sábado, 31 de julho de 2010

Viver De Modo Agradável - Mentiras e Engabelações

"Existem pessoas que não falam com clareza; Não me refiro às pessoas com problema de fala ou às que usam dialetos difíceis de entender; refiro-me às pessoas que falam de um modo vago e costumam interromper a frase no meio, deixando o interlocutor sem entender direito a conclusão do fato narrado.
Às vezes, uma moça começa a me falar a respeito de um determinado lugar, mas se expressa de maneira tão vaga que eu não consigo saber se ela esteve ou não nesse lugar. Então, eu pergunto: 'Você já esteve lá?', e ela responde algo numa voz tão baixa que sou obrigado a repetir a pergunta. É muito trabalhoso conversar com pessoas assim. Se muitas mulheres agissem como essa moça pensando que isso é ser feminina e graciosa, as conversas seriam tão demoradas e sem objetividade que acabariam gerando muitos equívocos e mal-entendidos.
Felizmente, hoje em dia a maioria das mulheres não usa da 'falsa feminilidade' como à do caso citado. Mas ainda ocorrem casos em que a mulher não diz claramente 'sim' ou 'não'. E parece que, às vezes, o que ela diz não é o que tem em mente. Existem mulheres que, ao receber convite para ir a algum lugar, dizem que aceitam com prazer o convite, quando, na verdade, não têm a menor vontade de ir. Depois, ficam se queixando. Mulheres desse tipo aparecem com frequência nas novelas de televisão. São também muito comuns os personagens que mentem com maior facilidade para camuflar uma situação. Será que existem realmente tantas pessoas desse tipo, ou será que a maioria dos autores de novelas ilude o público?
De qualquer forma, a questão é séria, pois as palavras e as imagens possuem um grande poder de influenciar e 'contagiar' as mentes. É possível que muitas crianças, assistindo às cenas em que aparecem personagens mentirosos, pensem: 'Ah, é desse jeito que os adultos enganam os outos...' e procuram imitá-los. Com isso, acabar-sé-a criando uma sociedade problemática, cheia de mentirosos.
Dias atrás, uma senhora me escreveu dizendo que estava aflita por ter descoberto uma mentira de sua filha. Durante a ausência da mãe, essa garota saiu de casa deixando-lhe um bilhete em que dizia: 'Fui à casa de minha amiga'. Mas, na realidade, as duas adolescentes foram fazer um pequeno acampamento num monte próximo. Lá elas fizeram uma fogueira e acabaram provocando incêncio na mata.
Quando a causa do incêndio foi descoberta pela polícia, a mãe dessa adolescente levou um choque e foi tomada de uma profunda aflição ao saber que a filha cometeu dois erros básicos.: o de ter mentido e o de ter causado um incêndio. O que mais angustiava essa mãe, que é profunddamente religiosa, era a constatação de que a filha soubera esconder muito bem as faltas cometidas. Na carta, essa mãe me pergunta: 'Como devo lidar com minha filha?'. Meu conselho é o seguinte: Qualquer mãe pode repreender ou punir uma filha. Mas, por pior que seja o aspecto fenomêncio que a filha estava manifestando, uma mãe ninca deve deixar de ontemplar com os olhos da mente a perfeição da Imagem Verdadeira. Quanto mais negativo for o aspecto fenomênico, tanto mais intensos, argutos, claros e límpidos devem ser os olhos da mente, que captam a Imagem Verdadeira. É necessário que a própria mãe não minta nem engane outras pessoas. É essencial praticar todos os dias a Meditação Shinsokan e louvar a natureza divina de todas as pessoas."

E desse trecho, o que pode ser apreendido? Ele não fala, como os outros trechos, de algum "modo de viver natural". Então, o que podemos dele apreender?
Dizer a verdade, seja lá em que circunstância for, pode, surpreedentemente, salvar a vida de várias pessoas, como no exemplo dado em tela.
E, se o mote do capítulo de hoje é "dizer a verdade", simplesmente um "viver de modo agradável" engloba essa necessidade de dizer a verdade.
Assim, dizer a verdade é parte de um modo feliz de viver, de um viver de forma agradável.

Preceito do Dia 30 - Ser Belo É Ser Harmonioso

"Quando alguém diz que algo é sujo ou limpo, está dizendo, em outras palavras, que está adequado ou não. Deus é Verdade, Bem e Belo. Portanto, quando se manifesta a Vida de Deus, aí se manifesta o Belo. Entretanto, para ocorrer essa manifestação, é preciso adequação ao local. Excrementos nas bordas do vaso sanitário tornam-no sujo; mas lançados em terra cultivável, onde desabrocham flores de colza, tornam-nas belas. Em suma, a Seicho-No-Ie prega ensinamentos de harmonia, dizendo que tudo se torna belo quando há grande harmonia.
Mesmo no caso de um pintor, ao pintar um quadro, ele utiliza diversas belas cores, mas há ocasiões em que essa pintura se destaca justamente por ter duas a três pinceladas de uma cor intermediária, que parece de sujeira, assemelhando-se à cor de fezes. Então, algo com essa cor intermediária, ou de fezes, nem sempre significa que seja sujo. Em suma, quando isso estiver num lugar adequado, é belo; mas, se estiver num lugar inadequado, não é belo. Embora se diga que o vermelho ou o verde são belos, se pintar com vermelho de uma forma desordenada ou pintar todos os quadros totalmente de verde, isso não pode ser belo, por não estar adequado.

(Mundo Ideal, Ano XVI, nº 190, pg. 22)
E então? O que dizer deste trecho?
Bom, dele depreende-se um certo caráter utilitarista, no sentido de que tudo o que é adequado pode ser considerado belo ou bom, e vice-versa. Assim, a grande harmonia mencionada no texto significa, antes de mais nada, grande adequação, ou grande utilitarismo, ou seja, uma coisa só é útil (boa, bela e verdadeira) se ela for adequada. Seria esse raciocínio resquício de um pensamento do New Thought, em cujo solo natal norte-americano nasceu também o utilitarismo, ou teria ele nascido de Platão e seu belo (portanto útil) mundo das formas?
Não sei, mas, pelas raízes conhece-se a profundidade do pensamento da Seicho-No-Ie...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Viver de Modo Agradável - Quando A Mãe Segura O Bebê Junto Ao Peito - Pg 19

"Existem pessoas destras e pessoas canhotas. Sabe-se que a maioria é destra. Um fato conhecido desde antigamente é que a porcentagem de pessoas destras é bem maior entre os japoneses em comparação com os povos ocidentis. Nos dias atuais, está aumentando o número de canhotos també entre os japoneses, mas ainda predominam os destros.
Existe o princípio fundamental segundo o qual o lado esquerdo representa o yang (elemento ativo) e o lado direito, o yin (elemento passivo). O yang mantém a posição central e em torno dele gira o yin. Esse fato está patente no movimento dos astros no cosmos: os planetas, que representam o yin, sempre giram em torno de uma estrela fixa, que representa o yang.
No corpo humano, esse princípio fundamental se manifesta assim: a mão esquerda, que representa o yang, segura o objeto, e a mão direita, que representa o yin, executa movimentos minuciosos, e isso faz com que a pessoa seja destra. Por exemplo, os japoneses seguram firme com a mão esquerda a tigela de comida e movem os pauzinhos com a mão direita. Também para afinar ou aguçar um objeto, geralmente as pessoas o seguram com a mão esquerda e raspam movimentando a mão direita. No que concerne à família, a estrutura original é: o marido (o pai), que representa o yang, mantém firme o centro do lar, e a esposa (a mãe), que representa o yin, age conforme a orientação do chefe de família.
Nos lares em que ocorre o contrário, às vezes nascem crianças canhotas. Nos primeiros anos de vida, a criana apresenta um extraordinário desenvolvimento dos dendritos das células cerebrais. Por isso, as impressões do ambiente familiar que ela captou durante a vida intra-uterina e também nos dois anos após o nascimento atuam fortemente. Em outras palavras, nesse período se forma a base da 'rede de distribuição' dos neurônios cerebrais da criança. E é nessa fase que o canhotismo se fixa em algumas crianças. Alguns incômodos são inevitáveis na vida prática dos canhotos, porque a maioria dos objetos é feito para ser usado com a mão direita.
O corpo humano abriga o coração no lado esquerdo do tórax. Quando uma mãe pega o bebê no colo, a atitude natural é segurá-la com o braço esquerdo e aninhá-lo junto ao seu coração. Existem estudos que mostram que 80% da mulheres - independentemente de serem canhotas ou destras - agem desse modo. Certo professor de Psicologia da Universidade Cornell relatou esse fato após efetuar estudos de comportamento dos macacos e dos seres humanos. Segurando o bebê da maneira acima descrito, a mãe destra pode mover livremente a mão direita para cuidar dele.
Aconchegando o bebê recém-nascido junto ao coração, a mãe pode fazer com que ele ouça o seu batimento cardíaco. Ouvindo o 'ritmo biológico' regular e constante, o bebê se desenvolve tranquilamente. Na vida intra-uterina, o bebê dormitava a maior parte do tempo, embalado pelo suave ritmo do batimento cardíaco da mãe. Também após o nascimento, o bebê precisa, durante algum tempo, adormecer ouvindo esse ritmo, para poder preparar o cérebro e despertar a mente. Quando se torna mãe, toda mulher - mesmo a canhota - procura instintivamente seguir a lei natural. Então, por que não fazer disso uma postura fundamental? Podemos dizer que consiste nisso a verdadeira felicidade da mulher, na condição de mãe."

Sinceramente? Achei o trecho interessantíssimo, por um simples motivo: sou canhoto. Ao mesmo tempo que lia tal trecho, procurava me lembrar de canhotos famosos e conhecidos meus, particulares, e fiquei fazendo a mesma ilação que o professor Seicho fez a respeito da 'rede de distribuição' neuronial... agora, se repararam, como eu reparei, somente no último parágrafo - quase na última frase - é que o professor Seicho se refere a tal fenômeno como uma lei natural e sua relação com a verdadeira felicidade da mulher... ou seja, em outras palavras, viver de modo agradável é viver segundo a lei natural que existe de modo instintivo, mesmo na qualidade de mãe. Será que os outros capítulos continuarão seguindo este mote?


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Preceito do Dia 29 - É O Centro Que Unifica As Diferenças

"Para que coisas diferentes sejam colocadas em locais distintos e consigam a harmonia, é necessário um centro que coordena os traçados. Diz-se centro, mas nem sempre se trata de um centro geométrico. Mas é necessário que sempre haja um centro, e que a energia do todo esteja integrada nesse centro. O mesmo se diz tanto para efetuar uma ikebana (arranjo floral), quanto para efetuar a cerimônia do chá, e também para apreeender boas maneiras. É possível criar um belo vivido com a junção de coisas diferentes, porque todas as energias estão unificadas na energia central. O corpo humano, que é um agregado de diversos nutrientes, demonstra estar vivo porque a força central está atuando de forma uniforme. Um país democrático também escolhe um personagem central denominado presidente, e todos atuam coordenados por ele. Se não houver um centro, nem mesmo o corpo humano conseguirá sobreviver."



(Mundo Ideal, Ano XVI, nº 189, pg. 30)


Convergência para o Centro. Aquilo que todos nós rezamos na Oração pela Paz Mundial. Realmente, o Mestre está certo, se até mesmo um simples átomo tem seu centro, seu núcleo, uma simples célula também tem o seu núcleo, ou seja, o estabelecimento de um centro é, de certa forma, algo natural. Está em todos nós este Centro, portanto, antes de significar autoritarismo, o Centro, e a sua Reverência, significam reverência a algo que já se encontra dentro de nós desde o início, ou seja, o Centro dos Centro, Deus.

Viver De Modo Agradável - Manifestar Plenamente As Aptidões - Pg. 15

"Em geral, as mulheres são boas narradoras. Existem algumas exceções, mas a maioria narra melhor que os homens. Isso porque fala com emoção, com sentimento. Algumas pessoas, quando sobem ao púlpito e apresentam seu relato de experiência, leem o que escreveram previamente. Por mais fluente que seja a leitura, tal relato não cativa os ouvintes porque não contém emoção.
Por outro lado, existem pesosas que não trazem anotações, nem lembretes e fazem o relato expressando, com emoção, tudo o que lhes vai na alma, e estas comovem a plateia. Elas podem ser consideradas boas narradoras, mesmo que gaguejem ou usem palavras erradas de vez em quando. Esse tipo de relato é fácil de compreender, é vibrante e desperta simpatia. Mesmo que haja falhas quanto à forma, o conteúdo é plenamente transmitido.
Também em outras circunstâncias não é bom apegar-se à forma. Muitas pessoas, que se preocupam demasiadamente com as formalidades, dizem: 'Como sinal de felicitação, preciso oferecer ao fulano um presente de valor considerável', 'Não fica bem dar-lhe um presente simples' etc. Isso não é verdade. Se o presente é oferecido de coração, não importa o valor nem a formalidade.
Quanto ao modo de falar, mesmo que a pessoa tenha algum sotaque, não precisa se preocupar. Muitas vezes, quem conversa de modo espontâneo e simples, com sotaque de dialeto da sua terra natal, desperta simpatia pelo seu jeito singelo, e os outros se divertem e riem com as narrativas dele.
Mas muitas pessoas sentem-se inibidas, hesitam e ficam tolhidas. Assim, não conseguem dizer o que gostariam de dizer, nem fazer o que gostariam de fazer, e vivem introvertidas e tristonhas. E, por não conseguirem viver o dia-a-dia com a mente descontraída, tendem a adoecer.
O fato é que muitas pessoas terminam a vida sem conseguir manifestar a sua natureza original maravilhosa. Não tem sentido viver desse modo. Devemos, pois, procurar viver melhor, falando de modo descontraído, expressando o que sentimos, mostrando boa vontade e sorriso espontâneo. Você próprio traça o seu caminho nesta vida. Não há razão para se acanhar diante dos outros, pois é um filho de Deus. Você está repleto de força vital e capacidade. Como pode permanecer apático, sem manifestá-las? Trate de manifestá-la à vontade.
Quanto mais você manifestar a sua natureza original maravilhosa, mais se sentirá satisfeito e feliz, e conseguirá levar uma vida plena. Qualquer que seja o lugar onde você mora agora, e qualquer que seja o lugar para onde vai se mudar, a felicidade lhe está assegurada.
Existem mulheres que não se sentem seguras de si por achar que não são bonitas. Mas elas estão equivocadas; na essência, todas as mulheres são belas.
Sobretudo ao se tornar mãe, a mulher se torna mais feminina e bonita, pois seu corpo alcança a perfeição."

Acho que já falei até aqui em outra ocasião, quando mencionei minha parábola preferida, a dos talentos. Este capítulo trata da mesmíssima coisa, e com um incentivo a mais: a busca pela excelência.
Ou seja, todos nós temos talentos, basta... basta... basta apenas uma pequena coisa... praticar... a prática leva à excelência, e nesse caso não é diferente.
E o que tem isso a ver com o fio condutor do livrinho, ou seja, ao viver de modo natural? Ora, o próprio capítulo fala: quanto mais manifestarmos nossos talentos, mais nos sentiremos satisfeitos e felizes.
E isso por apenas um motivo: porque quanto mais manifestarmos nossa individualidade e nossos talentos, mais viveremos de forma natural.
Simples, não?

Preceito do Dia 28 - O Método Da Criação De Deus

"Assim, Deus é o Criador de tudo. Mas, quando se diz 'Deus criou todas as coisas, muitas pessoas se apegam à palavra 'criar' e tendem a pensar que Deus Se encontra num local elevado, estende a mão até este mundo terreno e, utilizando-Se de sua onipotência, cria diversas coisas, como o globo terrestre e o sistema solar, com materiais e instrumentos alheios a Ele. Entretanto, Deus não criou estendendo Sua mão de um mundo distante, diferente deste. Assim como já citei, de acordo com a oração xintoísta que diz 'Deus Se encontra no Takaamahara', as vibrações do princípio positivo e do princípio negativo preenchem este local e, através dos diversos cruzamentos, são criadas todas as coisas. Então, quando se diz que Deus criou as coisas, não significa que ele estendeu as mãos de outro local e as criou. Significa que Deus Se encontra dentro do Universo, que Sua Vida está presente em tudo"

(Mundo Ideal, Ano XVI, nº 187, pg. 28)
Tendemos a acreditar sempre que Deus é o Todo-Poderoso e que todas as coisas são criadas e feitas e acontecidas de acordo com o seu bel-prazer, à sua vontade, ao seu talante. Bem, este trecho nos diz que, muito ao contrário, Deus, Aquele que Jesus Cristo falou que nunca parou de trabalhar, Aquele que Krishna no Bhagavad Gita afirma que se parar de trabalhar um instante o universo pereceria, bem, esse Deus está mais dentro de nós e da natureza do que nossa vã e fenomênica imaginação poderia supor. A essência divina está presente em tudo, permeia todas as coisas existentes, porque elas nada mais são que sombra, que consequências do mundo da existência verdadeira. Ter isso em mente é altamente fundamental se quisermos entender bem a distinção entre fenômeno e imagem verdadeira: o que é visível também contém a presença divina, mas é toldado pela ilusão, posto que é fenômeno, é miragem, mas descende de um mundo mais alto, que é o mundo da criação divina. Deus está neste humilde blogueiro como está no mui digno leitor deste blog; ele está presente em tudo e em todos, e a sua essência, a sua verdadeira "mania" está em criar, em manifestar novas e belas coisas. Mais detalhes sobre isso no excelente livro "Comande Sua Vida Com O Poder Da Mente", o qual recomendo fortemente a leitura...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Viver de Modo Agradável - Tempo de Rejuvenescer - Pg, 11

"Cada novo ano traz novas esperanças. Por isso, no Ano-Novo, a fisionomia das mulheres parece tornar-se mais bonita e radiosa. Vendo-as, os homens acham que seria bom se a renovação ocorresse todos os meses, ou melhor, todos os dias. Com razão, pois nada é mais agradável do que o rosto feminino radiante de esperança. Outro fato gratificante no Ano-Novo é que as mulheres usam belas roupas. Todas as pessoas desejam ser bonitas, e até certo ponto é possível concretizar esse desejo. Não basta caprichar no visual apenas no início do ano. Devemos procurar sempre apresentar um bom aspecto, pois isso já contribui para elevar o nosso ânimo. Quando estamos animados e bem-dispostos, conseguimos realizar tudo com facilidade. O trabalho rende, e não corremos o risco de fracassar.
Usar roupa bonita contribui para melhorar o visual, mas existe um método muito mais eficaz: passar a ter uma fisionomia alegre, radiante. Adquirir uma roupa nova implica despesa. Mas, para 'renovar' a fisionomia não é necessário gastar dinheiro. Mesmo sem ir a um salão de beleza, podemos melhorar a nossa fisionomia. Basta fazer o 'treinamento de sorriso' para ter uma fisionomia bonita, luminosa e cheia de vivacidade. Se você duvida disso, coloque-se diante de um espelho e experimente fazer esse treinamento. No começo, sua expressão será de um sorriso forçado e esquisito, mas, com o treinamento, surgirá a natural vontade de sorrir, e então o seu sorriso se tornará autêntico e a sua fisionomia será realmente radiosa, cheia de vivacidade. Tudo isso não requer nenhuma despesa. No caso de mulher, a despesa se limitará à compra de um creme ou um batom. Isso porque, ao se ver bonita no espelho, ela pensará que um pouco de maquilagem lhe fará bem também.
Talvez algumas mulheres digam: 'Na minha idade, isso seria ridículo...' Qual será a idade das que dizem isso? Eu penso que é melhor as pessoas procurarem manter-se bonitas mesmo chegando aos 80 anos, pois todas merecem isso. O hábito de manter a fisionomia risonha resulta numa surpreendente melhora da saúde, pois equilibra a secreção hormonal. Sentimentos bons como o contentamento e a gratidão fazem surgir 'expressão de alegria' no corpo todo. Praticando todos os dias o treino para manter a fisionomia sorridente, sentimos que todo o nosso corpo se torna saudável e mais jovem. Conscientizemo-nos de que esse treino é mais eficaz que qualquer tônico ou produto de beleza.
O início do ano é o momento de renovação, de rejuvenescimento, que traz uma oportunidade única. É importante viver plenamente o agora. O que determina a futura felicidaede ou infelicidade de uma pessoa é o modo como ela vive o agora. Pessoas que alcançaram a felicidade são as que sempre viveram com a mente natural e simples fazendo o que consideravam certo em cada momento de sua vida. Elas nunca diziam: 'Ah, não consigo fazer isso, de jeito nenhum'.
Existem pessoas que apresentam vários motivos para justificar o rancor que sentem pela própria mãe. Mas, qualquer que seja o motivo, será inevitável que venham a sofrer a consequência do seu rancor. Remoer o ódio traz a infelicidade, ao passo que cultivar o sentimento de gratidão reconhecendo as qualidades do outro atrai a felicidade. É você próprio que faz a escolha. Nós, da Seicho-No-Ie, limitamo-nos a recomendar-lhe que escolha levar uma vida radiosa, cultivando o sentimento de gratidão e sorrindo alegremente."

O primeiro capítulo deste livrinho mais uma vez fala do Ano-Novo, misturando temas com que o professor Seicho já tinha falado em "Passaporte para a Felicidade" (lembram-se? Sobre a maquiagem etc?) e a necessidade, aí sim, que nos parece a tônica deste livro, de viver de forma natural ("Pessoas que alcançaram a felicidade são as que sempre viveram com a mente natural..."), com uma recomendação ao final, para cultivarmos o sentimento de gratidão e sorrir alegremente. Gratidão e alegria, esta parece ser a chave, o binômio para o rejuvenescimento e, via de consequência, vivermos uma vida de modo agradável. Serão apenas estes dois sentimentos necessários para uma vida agradável? Não percam, literalmente, os próximos capítulos deste livrinho...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Preceito do Dia 27 - Deus É Luz Infinita

"Realmente, Deus é luz infinita. Quando se diz que 'Deus é luz', talvez alguém pense que Ele é uma luz material, mas nem sempre se diz luz a uma luz material. Sendo Deus um Ser do mundo absoluto, ocorre confusão quando tentamos explicá-lO com as mesmas palavras usadas para explicar coisas manifestadas no mundo fenomênico. Sendo Deus a Verdade que ilumina a escuridão, não há outra opção senão chamá-lO de luz. No primeiro capítulo do Evangelho Segundo S. João (1, 4-5), consta: 'No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (...) Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas...'. No budismo também se diz: 'Buda de luz imensurável', 'Tathagata que tudo ilumina' e que 'Buda é a luz que ilumina infinitamente'. Este trabalho de iluminação das trevas, ou seja, das ilusões, que se explica metaforicamente com uma 'luz', está se referindo ao trabalho da Sabedoria."

(Mundo Ideal, Ano XV, nº 179, pg. 28)
Acho que a primeira referência que li sobre terminologia do mundo fenomênico ser aplicada para o Mundo da Imagem Verdadeira li, surpreendentemente, no Livro dos Espíritos, claro que não com o linguajar da SNI, mas com a mesma mensagem: não adianta tentarmos utilizar a linguagem dos cinco sentidos, fenomênica, para tentar descrever como é o Mundo da Imagem Verdadeira. Assim, por mais que se queira definir Deus como Luz Infinita, mesmo assim tal definição ainda padece de precisão, por mais boa vontade que tenha o Mestre em nos passar tal ensinamento.
Assim, Deus pode ser Luz, pode ser Verdade, pode ser o Caminho, todas estas definições corretas e todas elas completamente díspares entre si. Afinal de contas, que correlação tem a Luz com a Verdade, senão meramente metafórica? E se tentarmos combinar apenas estes três elementos? Chegaríamos a conclusões tão práticas e óbvias e, mesmo assim, ainda descreveríamos Deus em suas multiformes variações. Vejam só:
1. Deus é a Luz da Verdade;
2. Deus é a Verdade do Caminho;
3. Deus é o Caminho da Luz.
Viram só? Isso se presta para várias e várias manifestações, e todas elas ainda são imperfeitas para se precisar Deus e, curiosamente, nenhuma delas está, essencialmente, errada...
Querem mais uma prova dessa imprecisão semântica? Leiam o comecinho do capítulo Realidade da Sutra e vocês vão saber do que estou falando:
"(...)A Realidade, porque é universal, é chamada Caminho.
O Caminho está com Deus;
Deus é o Caminho, é a Realidade"
Viram só? Tudo vai se escoar a um denominador comum, chamado... Deus! E, por mais que nos esforcemos em defini-lO, ainda teremos definições imprecisas e parciais...

Viver De Modo Agradável - Prefácio - Pg. 7

"Hoje em dia, a maioria dos prédios tem ar-condicionado, e graças a isso não passamos frio no inverno nem sofremos com o calor no verão. São os benefícios do mundo moderno. Mas, às vezes, o ambiente interno é aquecido ou resfriado em demasia. O ideal é que tanto a temperatura quanto a ventilação e a umidade sejam adequadas.
Quando caminho por uma floresta ou um bosque ouvindo os cantos dos pássaros e o leve ruído da brisa que passa pelas ramagens, desfruto uma sensação muito agradável de paz e bem-estar. Observo os raios solares, que aquecem brandamente o solo umedecido pela chuva de véspera e fazem surgir a neblina, penso emocionado: 'Que sensação deliciosa!'
Queremos que o nosso modo de viver esta vida também seja agradável, e podemos conseguir isso vivendo conforme a nossa natureza inata. Procuremos viver uma vida repleta de vitalidade, manifestando simultaneamente o sentimento natural, a brandura, a força, a capacidade de ação e a fé."

15 de Janeiro de 2001
Seicho Taniguchi
E assim começamos mais um livrinho, o terceiro da série, com mais catorze pequenos ensaios, desta vez amealhados com o título "Viver de Modo Agradável". O que significa viver de modo agradável para vocês? Para o professor ST, resta claro no último parágrafo, que é viver conforme nossa natureza inata, o que nos leva, por conseguinte, à segunda Norma Fundamental, qual seja, "Conservar Sempre O Sentimento Natural". Então, podemos bem pressupor que cada um dos capítulos que estudaremos a seguir tenha como linha mestra a naturalidade em todos os nossos atos, naturalidade que nos leva a simplicidade no agir, por exemplo?
Para maiores informações, é bom prendermos a nossa curiosidade e ler, bem devagar, degustar cada capítulo do livrinho que iremos estudar agora, sem pressa e (perdoe o trocadilho!) bem natural...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Preceito do Dia 26 - O Lar Como Manifestação do Amor

"Por serem almas que eram originalmente uma, atua nessas pessoas a força de atração, e esse é o sentimento de amor. Esse não é, em absoluto, um sentimento repugnante nem pecaminoso. É, ao contrário, um sentimento nobre. Por ser algo nobre, devemos tratá-lo como tal, e não digo isso, em absoluto, por ser um sentimento meu. Até agora, no Japão, o sentimento de amor entre um homem e uma mulher foi considerado impuro e, por isso, escondiam-no dos pais, perdendo assim a oportunidade de receber conselhos adequados destes, muitas vezes, uniam-se em segredo com um(a) parceiro(a). Ou, então, os pais que ignoram o sentimento da filha empurram-lhe um pretendente que não condiz com a vontade dela, assim gerando muitas tragédias. Isso ocorre quando não sabem que, sendo o namoro algo nobre, deve ser tratado como tal. Se o namoro, a paixão não fossem sentimentos nobres, mas algo irresponsável e frívolo, tal como achar que basta ser agradável, não teria nenhum problema tratá-los de qualquer forma, mas isso não é verdade. Originalmente, nossas vidas eram uma só, eternamente, mas ela se dividiu pela metade, formando o homem e a mulher, para encontrarem cada qual o(a) parceiro(a)."

(Mundo Ideal, Ano XV, nº 175, pg. 20)
Este capítulo deve ter se baseado em muita história de amor pretensamente frustrado que o Mestre, ao longo de sua vida, acompanhou. Teve um volume recente que li da Verdade Da Vida, se não me engano o 15 ou o 16 que ele fala da história de amor de um casal em que o rapazola teve que ser fortemente admoestado para, como diríamos hoje, "dar um tempo" no relacionamento, se não me engano o nome dele ou de sua amada era Kusuno (estou com preguiça, confesso, para pegar tal obra e confirmar, quem quiser pesquisar esteja a gosto, mandando-me um comentário onde encontrar melhor tal história, sei que fica entre o vol. 15 e o 16...)
Cabe aqui uma importante reflexão: o Mestre nos fala que tal sentimento não pode ser qualificado de impuro ou pecaminoso. Concordo. O amor em sua maioria esmagadora cega, não nos permite ter um real discernimento das coisas, mas o que é isso senão, literalmente, uma das manifestações da visualização de nossa Imagem Verdadeira? Outra visualização fenomênica forte é o amor dos pais, em especial o da mãe, que não permite ver o filho como alguém ruim: "Meu filho? Ele jamais praticaria atos desta natureza!", mesmo sendo o tal filho assassino confesso de um crime brutal.
Em ambos os casos, não é interessante constatar que estas "visualizações da Imagem Verdadeira" estejam diretamente ligadas ao sentimento do amor? Pensem nisso!

Passaporte Para A Felicidade - As Paredes Têm Ouvidos - Pg. 63

"Certa vez, uma adolescente acordou no meio da noite e ouviu o pai e a mãe falando a seu respeito. A mãe, queixando-se da filha, desabafou: 'Essa menina dá muito trabalho, já não a suporto. Às vezes, prefiro a sua ausência...'.
Ouvindo isso, a garota ficou chocada e revoltada; e, a partir desse dia, passou a ter sérios atritos com a mãe. Acabou brigando também com o pai e, por causa do tumultuado ambiente familiar, o seu desempenho escolar sofreu uma queda brusca.
Citei esse caso para alertar sobre o mau uso da palavra. É um exemplo de como as tolas lamúrias de uma mãe podem exercer influência perniciosa na filha e estragar a sua vida.
Tudo seria diferente se, naquela ocasião, essa garota tivesse ouvido comentários elogiosos dos pais a seu respeito, tais como 'Ela é um tanto quanto espevitada, mas é uma boa menina. Que bom termos uma filha como ela. Creio que será uma boa moça e terá um futuro feliz...'. Ela teria ficado feliz com esses elogios e passado e se comportar de modo a merecê-los. Mesmo que tivesse alguns defeitos, o esforço para melhorar acabaria fazendo com que as qualidades se sobressaíssem. Aumentando as qualidades, é natural que os defeitos acabem desparecendo. Assim, é certo que ocorra a melhora.
Que acontecerá se uma dona de casa tiver o hábito de falar mal do marido juntamente com os filhos? Com certeza, o ambiente desse lar será propício a formar um mal marido e pai.
Talvez a mulher pense que falar mal do marido, na ausência dele, não trará problemas. Mas está equivocada. Conforme o velho ditado, 'as paredes têm ouvidos', as paredes da casa 'ouvem e gravam' as maledicências da esposa e dos filhos e, quando o marido voltam, transmitem-lhe as maledicências como se fossem um gravador. Você acha que ninguém, nunca, ouviu tal 'transmissão'? Pois eu explico: as paredes não transmitem as palavras que 'ouviram', mas as maledicências formam uma atmosfera desagradável na casa e o marido, ao entrar, capta-as com os 'ouvidos da mente'.
As mentes se comunicam. por maior que seja a distância. Por isso, tanto as malediências como as palavras elogiosas se propagam. As palavras têm o poder de 'moldar' a vida conforme o seu teor. É preciso que as pessoas tenham real consciência disso e profiram palavras que criem a 'vida que elas gostariam de ter'.
Isso parece fácil demais, e talvez haja pessoas que duvidem do resultado. Mas, se elas procederem conforme essa recomendação durante um ano, constatarão que tudo se concretiza pelo poder da palavra. Os roteiors das notícias de televisão são feitos com palavras, as decisões nas reuniões das empresas são expressas em palavras, e assim por diante.
Um funcionário pode ser transferido para Nova York ou para Londres, pela ordem superior expressa na notificação do seguinte teor: 'Em tal data, V. Sa. será transferido para tal lugar'. Assim é o poder da palavra.
Se uma mulher menosprezar o marido pensando: 'Você é uma pessoa inútil, um traste', com certeza essas palavras mentalizadas emitirão vibrações negativas que acabarão empurrando o marido para onde se juntam os fracassados considerados 'refugos desta vida'. Jamais procedamos de modo a transformar alguém num 'refugo'. Devemos ter a firme convicção de que todo ser humano é filho de Deus, respeitar todas as pessoas e expressar isso em palavras e atitudes. Com o poder da palavra, façamos com que nosso cônjuge, nossos filhos e nós próprios manifestemos a perfeição original , contribuindo, desse modo, para a prosperidade do mundo, harmonia no lar e preservação da Terra e do Universo."

Com estas exortações encerra-se o presente livrinho, sendo este seu último capítulo. Amanhã iniciaremos o estudo de mais um deles, o terceiro, "Viver De Modo Agradável", no mesmo molde que os outros dois estudados, ou seja, um prefácio e catorze pequenos capítulos, também de autoria do professor Seicho Taniguchi.
Mas, voltando, e quanto a este capítulo aqui?
Ele nos ensina o poder da sinceridade e do elogio. Sinceridade, como ele mesmo falou anteriormente em capítulo nem tão antigo, no sentido de demonstrar amor e elogio como manifestação verbal desta demonstração de amor.
Um fato que merece destaque é a constatação de que "as paredes podem contar tudo para as pessoas, que escutam com o ouvido da mente". Curiosa e inédita afirmação, o que denota a importância do fator mental e do ambiente na comunicação sem palavras...
Bom, agora é só esperar pelo próximo livrinho!

domingo, 25 de julho de 2010

Ué, Você Não Está Na Convenção?

Bom, vocês devem estar estranhando o fato de não estar na 55a Convenção Nacional dos Jovens, logo este ano em que participaria pela primeira vez na qualidade de Líder da Iluminação. Pois é, também não posso esconder uma ponta de frustração por desde 2004, faltar à minha primeira convenção. Mas não tem problema, ainda que não ajude muito, estou acompanhando via twitter com atualizações quase que instantâneas através do link http://twitter.com/AJSIBR ou @ajsibr, eu ainda tenho que aprender melhor a usar esse tal de twitter...
Ainda tenho alguns assuntos a tratar aqui, mas como daqui a pouco Flamengo e Inter jogarão, com meus dois times jogando é meio que covardia, vocês hão de convir...

Preceito Do Dia 25 - O Mundo Como Manifestação Da Sinceridade

"O Tathagata está presente em todos os lugares. Nós contemplamos este mundo como sendo manifestação da sinceridade de Deus. Seja qual for a forma como se manifesta a intensa sinceridade do amor que Deus dedica às pessoas, ela é inegavelmente verdadeira. Isso se compara ao fato de o hijitsuki (apoio de cotovelo) que há sobre a escrivaninha parecer vermelho ou enegrecido para um daltônico e, para um cego, algo áspero, mas não haver nenhuma diferença na sinceridade da pessoa que desejou evitar que o 'cotovelo do mestre se esfriasse'. O espaço entre o céu e a Terra está repleto do desejo de Deus de nos vivificar. Se até o apoio do cotovelo está repleto desta sinceridade, que dizer do espaço entre o céu e a Terra? Esse é um fato inegável, seja para um daltônico, seja para um míope, ou para quem sofre de hipermetropia, ou para quem sofre de cegueira noturna, ou para um cego. Assim como não se pode negar que o apoio de cotovelo, seja de que cor ou forma, foi criado pelo sentimento sincero de uma pessoa, sua verdadeira natureza é a sinceridade"

(Mundo Ideal, Ano XIV, nº 164, pg. 23)
Engraçado, eu iria morrer e reencarnar e não saberia que o simples ato de postar um apoio para o cotovelo expressaria sinceridade para alguém... só mesmo o Mestre para notar isso... isso que, aliás, nos dá algumas importantes lições: o fato de que até mesmo as pequeninas e insignificantes coisas, atos ou atitudes são levadas em conta por Deus. Assim, questiono: existe alguma pequena atitude nossa que, muito embora conscientemente estejamos longe de perceber, revela algum tipo de sinceridade? Pensem bem, eu estou pensando também.
Com o perdão do trocadilho, sejamos sinceros nesta reflexão. Tenho um pequeno relato a fazer sobre isso, a interpretação vem de cada um depois disso.
Sexta-feira, voltando do trabalho, peguei o 31 no Centro de Niterói e sentei-me entre o meio e a saída do ônibus. Logo depois o ônibus encheu e uma pessoa me chamou a atenção: uma senhora se posta ao meu lado com mais bolsa do que empacotador de mercado, e todas uma mais difícil que carregar do que a outra: tinha refrigerante e cerveja gelada, pra se ter uma ideia...
Polidamente, quis ajudar a senhora, pegando bolsa após bolsa. Ficou apenas uma com ela, o resto me soterrou durante alguns pontos até ela conseguir, um ponto antes de eu saltar, um lugar, ou melhor, dois para ela descarregar todos os apetrechos para o provável rega-bofe que iria iniciar o fim de semana. Ela me agradeceu muito, desejando-me saúde.
Um evento comezinho, não? Agora, o quanto de sinceridade tive por aquele ato? O desejo de ajudá-la com seus fardos, na qualidade de mais confortável que estava? (até receber as bolsas, claro!) O desejo de ajudar o tráfego naquele ônibus, ou seja, ajudar os demais passageiros a não receber um engradado de cerveja nos pés cansados de mais um dia de trabalho?
Viram vocês quanta coisa deriva de pequenos atos do cotidiano, coisas básicas que sequer nos atentamos? E tudo derivando da sinceridade... pensem nisso...

Passaporte Para A Felicidade - Beleza e Personalidade - Pg. 59

"Existem pais e mães que, referindo-se ao filho, fazem comentários tais como: 'Não adianta... Esse menino não tem jeito mesmo', 'Infelizmente, nasceu feio; acho que puxou a mim' etc. É um erro grave manter essas ideias. Todo ser humano é filho de Deus, uma criatura maravilhosa. Por que algumas pessoas não reconhecem isso? Certamente, pelo fato de elas não darem valor a si própras. Ninguém deve menosprezar a si mesmo - sobretudo quem tem um filho. Se uma mãe não tiver consciência do próprio valor, a sua postura mental negativa acabará causando grande dano ao filho.
Na realidade, ninguém é feio. Cada ser humano possui personalidade própria e beleza peculiar, cuja forma original se encontra no mundo de Deus. Essa forma é realmente bela, maravilhosa, pois trata-se de obra divina. Portanto, toda criança é originalmente bonita e inteligente, não importando se, no aspecto fenomênico, tenha nascido de pais que não são bonitos nem inteligentes.
Toda criança é um ser divino, belo e inteligente. Mas, se os pais menosprezarem a si próprios e não reconhecerem a perfeição original do filho, as maravilhosas qualidades inatas da criança serão bloqueadas e ela não se desenvolverá de maneira perfeita. Reprimir a manifestação da natureza original perfeita da criança e se queixar dos defeitos dela é como colocar pedra sobre uma plantinha que está despontando e reclamar que ela não cresce: a plantinha, apesar do bloqueio da pedra, se esforça e consegue crescer, mas fica torta. A culpa não é da plantinha. Ela não tinha defeitos inatos; não cresceu direito apenas porque uma pedra a impediu de manifestar a sua perfeição original. O mesmo acontece com a criança: se ela apresenta defeitos, é por causa da 'pedra mental' com a qual os pais bloqueiam a manifestação das suas qualidades inatas. Ela não herda o aspecto imperfeito dos pais. Na essência, possui personalidade e peculiaridade maravilhosas, herdadas de Deus-Pai.
Portanto, se você é pai ou mãe, nunca menospreze um filho seu. Não tenha pensamentos tais como: 'Ele nasceu feio, pois puxou a mim'. Conscientize-se de que você próprio(a) não é uma pessoa insignificante. Se você é mulher e não parece bonita, é porque se julga destituída de beleza e, desanimada, nada faz para mostrar-se atraente: não se arruma nem se maquila. Em tudo, é necessário o treinamento; quanto mais a pessoa treina, maior se torna a sua habilidade. Isso acontece também no que se refere à maquilagem. Você é uma pessoa bonita. Só que está encobrindo sua beleza inata com uma atitude mental incorreta. Talvez as suas roupas sejam de mau gosto, os seus cabelos estejam malcuidados, desgrenhados e até cheios de caspa. Desse modo, você está estragando a si própria.
Antes de mais nada, elogie a si próprio(a). Elogie também a sua esposa (seu marido) e seus filhos, mas não bastam as palavras; demonstre com atitudes o seu afeto por eles. Coloque isso em prática, a partir de hoje. Além de escrever num caderno palavras de elogio a seus familiares, expresse verbalmente e por meio de atitudes o afeto e a admiração que tem por eles. Assim, você próprio(a) passará a manifestar a beleza inata de sua personalidade e se tornará uma pessoa mais atraente do que alguns artistas de TV. Se você vai conseguir isso, ou não, dependerá de sua capacidade de ação, de seus esforços e de sua convicção".

Não, minha querida leitora deste blog, você não errou de página. Este é realmente o blog do LeoJisso, apresentando, por tabela, dicas de maquiagem, beleza e bem-estar pelo expert de beleza, vindo diretamente de Tóquio, o básico Seicho Taniguchi!
Quando transcrevia o capítulo, levei um susto, pensando se tratar de mais uma daquelas cartas respondendo às intermináveis dúvidas femininas sobre beleza, maquiagem e coisas do gênero. Mas, afora isso, o que nos pode ensinar este capítulo?
1. Não menospreze a si próprio(a). Você é dono(a) de uma beleza única, ímpar.
2. Muito embora o prof. ST não tenha feito menção diretamente a este ponto, não menospreze o seu cônjuge em comentários do tipo: "Meu filho é assim porque puxou a família do pai, que sempre foi desse jeito..."
3. E, para encerrarmos este capítulo purpurinado e cheio de glamour, nada melhor do que encerrar seus comentários, com o comentário mais do que acertado, ainda que um tanto quanto nojento, de minha santa avozinha, dona Raimunda Rodrigues de Albuquerque, que, em certa ocasião, disse à minha mãe, cheia daquela sabedoria crua que só o nordestino possui: "Minha filha, não existe ninguém feio nem bonito neste mundo não; uns gostam dos olhos e outros da remela..."
4. Éééé, vó, a sua bênção!

sábado, 24 de julho de 2010

Preceito Do Dia 24 - Torne-se Um Com O Universo

"Foi na época em que eu ainda morava na província de Hyogo, Mukogun, na vila Sumiyoshi, e escrevia artigos para a revista Seicho-No-Ie, ao mesmo tempo que trabalhava numa empresa houve um cavalheiro que, não se importando com a longa distância, veio até a vila Sumiyoshi, receber os ensinamentos diretamente de mim, por ter-se impressionado muito ao ler a revista Seicho-No-Ie. Ele se chamava Seijin Sawada, e era presidente da Câmara da vila Oohama, na província de Kumamoto.
Como eu trabalhava numa empresa durante o dia, só recebia visitantes à noite. O sr. Sawada fez-me diversas perguntas, uma após a outra, e, dentre essas perguntas, havia uam que se referia ao seguinte ensinamento.
Na coleção A Verdade da Vida, há um volume no qual constam poesias que escrevi sob inspiração divina. Numa dessas poesias, há um trecho que diz 'Ouvi uma voz vinda do céu dizer 'Vós sois a própria Imagem Verdadeira'". No homem existem duas imagens. Quando se observa o homem exterior, ele é um corpo carnal que adoece e se fere quando sofre um acidente de carro, mas isso é uma espécie de 'vestimenta' da alma, não sendo o homem em si, que adoece ou se fere. O corpo carnal visível não é a 'verdadeira imagem' do homem, mas uma imagem provisória . E chamamos de 'verdadeira imagem' ao Jisso, ou Imagem Verdadeira."

(Mundo Ideal, Ano XI, nº 127, pg. 21)
Preceito bem basiquinho este, bem de introdução ao pensamento da Seicho-No-Ie, mas que devemos sempre nos lembrar, não importa quanto tempo temos de SNI: a distinção do que vem a ser realidade e falsidade em relação ao homem. Leiam o capítulo Realidade da Sutra Sagrada, ou como disse a preletora Magali numa de suas palestras, estudem, ou transcrevam este capítulo várias vezes que vocês terão uma visão mais nítida e cristalina do que vem a ser a famosa e propalada Imagem Verdadeira, ou Jisso, como preferirem, do homem... o resto, bem, o resto, vocês sabem o que disse aquele rabino...

Passaporte Para A Felicidade - "Talvez..." - Pg. 55

"Uma jovem senhora foi consultar um ginecologista e recebeu a seguinte recomendação: 'Constatei que existe em seu útero uma lesão que talvez evolua para um tumor maligno. É melhor fazer uma cirurgia para retirar o útero. Tome providências para a internação'.
Como ainda não tinha filhos, ela ficou desesperada com a possibilidade de perder o útero e foi pedir orientação a um professor da Seicho-No-Ie. Seguindo os ensinamentos dele, passou a cultivar sincera gratidão aos pais e ao marido e a orar pelos antepassados. Em vez de se submeter à cirurgia para a remoção do útero, - conforme a recomendação do médico -, ela passou a viver todos os dias com a mente alegre, repleta de pensamentos positivos. Em pouco tempo, a lesão do útero desapareceu e ela conseguiu engravidar. Hoje, ela tem três filhos e sua vida é repleta de felicidade.
Se ela, atemorizada com a perspectiva sombria, tivesse concordado em submeter-se à cirurgia da retirada do útero, não teria conseguido a felicidade. Casos como esse acontecem com bastante frequencia. Até que ponto é admissível uma cirurgia preventiva? Falando em prevenção, lembrei-me do seguinte caso: certa senhora ia fazer uma pequena viagem, e o marido sugeriu-lhe que fosse de trem, em vez de automóvel. Ela não ouviu o conselho do marido e viajou de carro. O veículo se acidentou e ela sofreu ferimentos. Creio que, nesse caso, o marido possuía espírito bastante elevado, pressentiu vagamente o perigo que ameaçava a mulher e por isso lhe dissera para não viajar de carro.
No caso da jovem senhora citada anteriormente, se ela tivesse se submetido à cirurgia de retirada do útero, não seria hoje mãe de três filhos. Algumas mulheres optam por abortar o feto ao receber o diagnóstico de que 'talvez a crianã nasça com deficiência física'. Mas a probabilidade de o prognóstico se concretizar não é tão grande; no pior dos casos é de 50%. Também no caso de uma gestante contrair rubéola, a probabilidade de o feto ser atingido não é tão grande, cerca de 20%. Será que é uma medida correta eliminar a vida do feto, pelo medo da probabilidade de o prognóstico se concretizar?
Uma 'cirurgia preventiva' como essa não pode ser atribuída à verdadeira medicina moderna. É antes uma espécie de aposta. Permitir tal 'cirurgia preventiva' em nome da medicina é como permitir que uma tropa, informada de que cerca de vinte guerrilheiros se esconderam num vilarejo com cerca de cem habitantes, invada todas as casas desse lugar e mate todos os moradores, e depois tentar justificar o ataque com a afirmação de que se tratou de uma medida preventiva para eliminar os guerrilheiros.
'Medida preventiva' como essa é um abuso cometido em nome da medicina, um desrespeito à vida humana. O mundo se tornaria caótico se as pessoas passassem a fazer prognóstico negativista em todas as situações e optassem por tomar 'medida preventiva' precipitada. Poderá haver casais que optam por separação simplesmente por pensar na eventualidade de a relação acabar mal. Suponhamos que uma esposa diga aos outros: 'Talvez meu marido arranje uma amante. Prefiro separar-me dele antes que isso aconteça'. Provavelmente, as pessoas pensarão que ela é meio maluca.
Muitas pessoas agem em função da probabilidade pensando que estão agindo de maneira 'científica', mas acabam optando por medidas nada científicas ou racionais e, ainda por cima, agradecem aos que executam o serviço desse tipo."

Algumas considerações a serem feitas deste capítulo:
1. Leiam o capítulo sobre a formação do destino no mundo mental, no meio, mais ou menos, do volume 1 da Verdade da Vida. Vai esclarecer muita coisa sobre este capítulo, muito embora ele não fale em termos de "se", "talvez", etc.
2. Talvez a maior contribuição do mencionado capítulo é saber que o nosso destino já está desenhado algum tempo antes de ele ocorre no mundo fenomênico. Alguns eventos podem ser considerados inevitáveis, outros, com o auxílio de bons espíritos, podem ser devidamente contornados.
3. Que eventos podem ser considerados inevitáveis? Aqueles já sujeitos à força inercial do carma. O exemplo que o Mestre nos dá no início do volume 8 da Verdade da Vida sobre o carro desgovernado é um bom exemplo.
4. Que eventos podem ser considerados evitáveis? Um bom exemplo é o da senhora com o útero avariado: ela estava praticamente condenada a nível fenomênico, mas, voltando-se à Grande Luz, e com o auxílio sempre prestimoso dos bons elementos espirituais, eis que a senhora conseguiu reverter o seu destino, ou, falando em termos de volume 8 da VV, conseguiu controlar o seu carro, freá-lo e estacioná-lo numa maternidade, para ter três lindos pimpolhos!
5. Que lição podemos dela apreender? Este mundo fenomênico é, como já estou careca de falar aqui, consequencial, ou seja, acontece antes para acontecer aqui depois, tal como um programa de televisão, imaginemos: os capítulos são gravados antes na TV Fenômeno. Acaso não haja modificação da programação por influência de um diretor desta televisão, ou por pressão do público, a TV Fenômeno, religiosamente, apresentará o seu Bom Dia, Fenômeno, Mais Fenômeno, Fenômeno Esporte, Fenômeno Hoje, Vale a Pena Ver o Fenômeno de Novo, Jornal Fenomenal, todos os dias em sequência, com a nossa passividade, sofrimento ou estéril indignação, tal como no Eterno Retorno pregado por Nietzsche... e o "talvez" só ocorrerá com uma correta compreensão de como funciona nosso mundo mental, tanto para o bem como para o mal...

E Tome Elogio!

Vejam vocês! A AL Jardim Chapadão me respondeu:


Fantástico! RT: @LeoJisso http://leojisso.blogspot.com/2010/07/passaporte-para-felicidade-prefacio.html via web

@LeoJisso Leo, o que é bom deve ser divulgado. Parabéns pelo trabalho maravilhoso! Estamos com você no caminho de espalhar a Luz! via web

Isso me deixa muito feliz!!! Alguém me lê!!!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Preceito Do Dia 23 - Deus É Amor

"Deus é amor. Deus nos ama. Amar é sentir-se um com o outro. É o pensamento, a conscientização de que 'eu e o outro somos um'. A isso denominamos amor.
Dentro da nossa boca, há muita saliva. Mas ninguém considera isso algo sujo. Isso porque, quando está dentro da boca, sentimos que a saliva está integrada a nós - ou seja, sentimos amor por ela. Não sentimos que é suja, porque existe amor. Entretanto, uma vez cuspida, sentimos que é suja e não temos vontade de colocá-la novamente na boca. Acontece isso porque, uma vez cuspida, perdemos a sensação de que está integrada a nós. Sentimos que é suja porque já não existe amor.
Mesmo que seu pai ou sua mãe esteja doente e com o corpo sujo, ao cuidar dele ou dela, não sentirá que é sujo. Isso porque, mesmo que os corpos estejam separados, possui a sensação de que o pai, a mãe e o filho são um só corpo desde o nascimento"

(Mundo Ideal, ano XI, nº 121, pg. 21)
Num dos livros do Mestre (acho que "Imagem Verdadeira e Fenômeno") ele nos conta que o amor entre os antigos japoneses era chamado de musubi, ou seja, "eu e o outro somos um". Sempre tive esse conceito bem fixado na minha mente até bem pouco tempo atrás, quando fui formalmente apresentado ao conceito de shimuryoshin, que se divide em quatro partes: caridade infinita, piedade infinita, alegria com os outros infinita e desapego infinito.
A parte da saliva é cuspida, ou melhor, extraída, eu acho, da Verdade da Vida vol. 11.
Amor é isso, é sentir-se uno com o objeto amado. E é por isso que Deus nos ama, porque Ele está intrinsecamente dentro de nós.

Passaporte Para A Felicidade - Elimine O Temor - Pg. 51

"De nada adianta alguém viver temendo as doenças, pois isso não o impede de ficar doente. Pelo contrário, quem pensa que é propenso a resfriados e problemas intestinais e se agasalha demais ou toma cuidado exagerado com alimentos acaba enfraquecendo cada vez mais, apanha resfriado ou é acometido pela diarreia com frequência e passa a apresentar uma fisionomia pálida e um aspecto franzino. Já as pessoas que não vivem temendo as doenças e, mesmo no inverno, enfrentam o vento frio sem se agasalhar demais e trabalham com ânimo ou praticam esportes com grande entusiasmo, conseguem levar uma vida saudável.
O temor inibe a força, tanto no ser humano como nos animais. Quando um animal fraco se vê diante de um predador poderoso como o leão, perde a força de suas patas e não consegue fugir. O ser humano também, quando se apavora, fica com as pernas bambas. Antigamente, se um samurai ficava com as pernas bambas diante do adversário, era considerado poltrão e desdenhado pelos outros.
O princípio é o mesmo, qualquer que seja o 'inimigo' - pessoa, vírus, micróbio, calor, frio, poeira, pólen etc. -, é fundamental encará-lo sem temor. Algumas pessoas pensam que não ocorrerão conflitos se for incutido o temor na mente do povo. Mas há um equívoco nesse modo de pensar. O temor não impede a ocorrência de conflitos; um povo temeroso está sujeito a 'ser subjugado por um inimigo forte sem oferecer nenhuma resistência'. Tal povo é exatamente como um animal pequeno que fica paralisado diante do leão.
A pusilanimidade era o sentimento mais desprezado no tempo dos samurais. Hoje em dia, são consideradas 'pacificistas' as pessoas com a postura mental citada no parágrafo anterior. A verdadeira paz não é aquela em que um país se deixa controlar por outro, receando o conflito. A verdadeira paz é aquela em que as nações convivem em harmonia, cada qual mantendo sua autonomia e liberdade. Para estabelecer a verdadeira paz, é preciso não suscitar temor na mente das pessoas. É essencial eliminar o temor, divulgando a Verdade de que 'o homem é filho de Deus e, portanto, jamais morre'.
Quando a pessoa se conscientiza de que o homem é um ser divino, verdadeiramente livre e imortal, liberta-se de todos os temores, preenche-se de força vital, torna-se imune a doenças, deixa de recear fracassos e de se abalar com comentários mesquinhos dos outros. Assim, não haverá para essa pessoa inimigos em lugar algum, e ela viverá de modo realmente natural e livre. Não se prenderá aos incidentes do passado, fará julgamento correto em qualquer situação e vencerá na vida.
Se uma pessoa como essa se tornar governante de um país, ela será capaz de adotar uma linha políitca mais adequada e segura para o povo. Com certeza, não tomará atitude medrosa e subserviente, dizendo que, 'para não suscitar animosidade nos outros países, é melhor não termos nenhuma força de defesa'. Tal governante agirá com sabedoria e conseguirá adotar uma política de autodefesa perfeitamente natural e lógica, que pode ser resumida na expressão 'Quando chove, abrimos o guarda-chuva; quando o tempo está bom, não precisamos abrir o guarda-chuva'".

Capítulo essencialmente político este. Tem até uma velada crítica à política pacifista japonesa, que, digamos, fora imposta pelo governo norte-americano aos nipônicos através do artigo 6º ou 8º da Constituição do Japão, que não permitia ao governo japonês envolver-se com conflitos externos que não lhe diziam respeito. Mais tarde, ou foi no Iraque ou no Afeganistão, pela primeira vez em mais de meio século, soldados japoneses estavam em operação fora dos limites de seu país.
É sabido que em alguns trechos de literatura da SNI o Mestre era radicalmente contra o conceito ocidental de democracia, que privilegia o individualismo em detrimento do coletivismo. Coletivismo que, no Japão, não era sinônimo de socialismo, que o Mestre também tinha rematado pavor, muito em parte de seu confesso e escrachado materialismo. O coletivismo no Japão era muito mais baseado no consenso do que no socialismo. É todos terem um objetivo comum, o que não era sinônimo da Vontade Geral de Rousseau em seu Contrato Social, mas...
Olhando por outro prisma, o professor nos ensina que até mesmo as nações, sendo expressão máxima do coletivo nacional de um povo, podem, sim, viver de forma natural, e execrando as várias manifestações de temor, sejam elas oriundas de um inimigo externo ou interno.
Por fim, uma pequena curiosidade: no trecho, logo no início do capítulo, em que o professor Seicho fala de "enfrentar o vento frio", me lembrei de um dos trechos mais geniais de uma das músicas mais geniais do genial Raul Seixas, "Eu Nasci Há Dez Mil Anos", e que é a seguinte: "E quando todos praguejavam contra o frio, eu fiz a cama na varanda". Raulzito sintetizou com raro brilhantismo, assim, o que significa viver sem temor!
E para aqueles que provarem que estou mentindo, segue o link: http://www.youtube.com/watch?v=3j2x29Lymtc

PS.: Esta música merece um post especial. O que vem a ser "Eu nasci há dez mil anos atrás" senão a mesma declaração de Cristo de que "Antes que Abraão existisse eu sou"? Pensem bem...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Preceito do Dia 22 - Quem É O Fundador da "Seicho-No-Ie"?


"Quem fundou os ensinamentos da Seicho-No-Ie foi Kanzeon Bosatsu. A inscrição Jissô (Imagem Verdadeira), que reverenciamos nos salões da Seicho-No-Ie, significa a Imagem Verdadeira de cada um dos adeptos, e quem nos ensina sobre essa Imagem Verdadeira não é um ser humano, mas Kanzeon Bosatsu, que se encontra no mundo espiritual.

E consta claramente na Sutra do Lótus que Kanzeon Bosatsu possui uma força sobrenatural infinita, que salva as pessoas na vida cotidiana.

A Sutra do Lótus foi criada por Sakyamuni nos últimos dias de sua vida. É considerada a melhor e mais preciosa sutra entre todas as sutras do budismo. E foi Kanzeon Bosatsu que fundou a Seicho-No-Ie. Está escrito na Sutra do Lótus que qualquer que seja o desejo da pessoa, se pronunciar o nome de Kanzeon Bosatsu e orar com fé, esse desejo será realizado naturalmente."


(Mundo Ideal, Ano XII, nº 141, pg. 21)


Se teve duas Entidades que sempre gostei dentro da SNI, e que chegaram a ser batizada como meus hipotéticos filhos junto a minha augusta noiva, eram Kanzeon Bosatsu (a quem chamava carinhosamente de "Kankan"" e Deus Sumiyoshi (a quem abusadamente alcunhei de "Sussu"). É bom ter essa intimidade carinhosa com tais entidades, tome-se por exemplo o "Amiguinho" da preletora Ednalva e "O Cara Lá de Cima" da Xuxa, por exemplo.

Mas, voltando ao texto, Kankan, ou melhor, Kanzeon Bosatsu é o fundador ou a fundadora da Seicho-No-Ie...

Resta muito claro a razão pela qual Kankan é o(a) fundador(a) da SNI: Kanzeon Bosatsu é aquele que escuta as vozes do mundo e livra a humanidade dos sofrimentos, certo? Certo. Agora, peguem a edição especial do primeiro número da revista Seicho-No-Ie e leiam o "Significado Espiritual do Surgimento da Seicho-No-Ie e Sua Obra". Até eu vou pegar, um instante...

Achei. A minha edição, eu a tenho ainda a nota fiscal, comprada em 18 de agosto de 1999, custou a bagatela de 2 míseros reais, o preço de uma revista sagrada de hoje. Vou destacar apenas e tão somente o segundo parágrafo, escrito pelo Mestre (será que foi ele mesmo???):


"A humanidade encontra-se agora diante do perigo. Variadas formas de miséria avançam sobre a humanidade, que é arrastada como um pequeno barco prestes a ser tragado por ondas bravias. Hesitei em me levantar e tornar-me um líder, pois temia ser acusado de presunçoso. Queria permanecer sempre humilde como um simples perseguidor da Verdade. Porém, o desejo de permanecer na humildade parece-me tentação para levar uma vida sossegada. Preciso vencer essa tentação e salvar a humanidade. Preciso salvar a humanidade com toda a chama que possuo. Por menor que seja a minha chama, não deixarei de iluminar o caminho que a humanidade deve seguir"


Será que qualquer semelhança é mera coincidência? Creio eu que não. E vocês? Salve Kankan!


PS: Levei até susto ao procurar uma imagem de Kankan para ilustrar este post. Vocês viram o símbolo que lhe adorna o pescoço? É de arrepiar, não???

Passaporte Para A Felicidade - Reumatismo e Maratona - Pg. 47

"Foi muito agradável ouvir a notícia de que pacientes de reumatismo conseguiram completar a corrida na maratona de Boston. A maratona de Boston é uma corrida tradicional, conhecida mundialmente, e na 85a edição sagrou-se campeão o Sr. Toshihiko Seko, marcando o recorde de 2 horas, 9 minutos e 26 segundos. Naturalmente, isso foi motivo de euforia para nós, japoneses, mas o que impressionou a todos foi o fato de que, entre os 7.000 participantes da corrid, havia dois japoneses portadores de reumatismo, o sr. Teruo Ueda e a sra. Asako Obara.
Ambos são pacientes da Clínica Yamauchi, especializada em tratamento de reumatismo, cujo endereço é: Oita-ken, Oita-gun, Hazama-machi, Akano. O sr. Ueda levou três horas e meia para concluir a corrida, e a sra. Obara mais de quatro horas. Mas o que importa é que eles conseguiram extrair do seu interior força suficiente para concluir a corrida.
Em geral, as pessoas que sofrem de reumatismo vivem se queixando das dores e fazem o possível para não mover as articulações. Mas, na citada clínica, os pacientes não ficam parados. Dizem que ali os terapeutas submetem os pacientes a temperaturas baixas para estimular-lhes o corpo e os obrigam a movimentar bastante as articulações. Com isso, o organismo do paciente reage, fazendo surgir a força curativa natural, o que possibilita a ocorrência de cura sem o uso de medicamentos.
Concluindo os árduos exercícios na referida clínica, os mencionados pacientes puderam participar da maratona de Boston. Com isso, mostraram que é possível superar o reumatismo. O mais importante é o fato de eles terem conseguido aprender a postura mental básica para enfrentar as vicissitudes da vida. A maioria das pessoas, ao ser acometida por uma doença séria, acha que é vítima de um grande azar e se entrega ao desânimo e à tristeza. Alguns pacientes pensam que não há esperança de cura e tentam o suicídio. Agir desse modo é ser um perdedor. Esta vida é como uma grande escola, e os mais variados problemas que se apresentam diante de nós são como deveres escolares que precisamos fazer. Portanto, todos os problemas têm solução, e no esforço para solucioná-los as pessoas evoluem e passam para um 'curso' de nível mais alto.
Por exemplo, se a pessoa recebeu o problema chamado 'reumatismo', deve solucioná-lo. Caso se esforce bastante e consiga resolver esse problema, significa que ela acumulou valiosas experiências e alcançou um grande progresso espiritual. Então, ela se sente capaz de enfrentar dificuldades maiores e surge-lhe a vontade de enfrentar desafios tais como o de 'correr durante quatro horas ou mais'.
Pode também acontecer que a pessoa, diante do problema, faça um exame de consciência e reconheça que lhe faltavam sorrisos e palavras afetuosas em seu relacionamento com os outros. A pessoa pode refletir: 'Reumatismo não é uma doença que afeta todo mundo. Por que fui acometido por esta doença, e o fulano não?'.
Quando a pessoa reflete seriamente acerca do problema que está enfrentando, compreende que não se trata de mero acaso nem do castigo de Deus, mas sim de um acontecimento fenomênico que ela própria gerou com sua mente, e então pode mudar por completo a postura mental que vinha mantendo."

Um dos temas preferidos do prof. Seicho - e é até título de uma das obras dele - é a noção de que este mundo fenomênico é uma grande escola. Já começamos aí com um paradigma. Nossa vinda ao mundo fenomênico, além de "estudar" as matérias que nos são destinadas, é manifestar o filho de Deus existente em nós, é buscar superar nossos limites. Em que sentido? No sentido que quisermos desenvolver, ou seja, para isso Deus nos deu o livre arbítrio. Superar, esta é a palavra chave para vivermos neste mundo.
Imaginem só: somos seres espirituais. Não temos forma definida, certo? Certo. Então viemos a este mundo carregando um corpo carnal, que às vezes pode ser belo, às vezes disforme, às vezes completo, às vezes incompleto, com tamanho, cor, cheiro e alguns outros etcs. totalmente distintos uns dos outros, certo? Começa aí a nossa primeira superação. E muita gente, para não dizer a grande maioria, para por aí. "Ah, nasci assim, ah, nasci assado, ah, foi um carma que cometi, ah..." Ah...
Como se não bastasse isso, o que Deus nos deu de inocência nos deu de incultura ou mesmo de incivilização. Tivemos que aprender tudo, consciente ou inconsciente, de maneira fácil ou árdua. Estudamos, por volta da nossa segunda década de vida, uma determinada matéria técnica, para, em teoria, vivermos dela por boa parte de nossa vida. Ou seja, superamos mais uma vez nossas limitações.
E por aí vai.
Pensem em alguma limitação que vocês superaram. Todos vocês superaram. Todos nós superamos, desde aquele mágico instante em que metade de nós, concentrados na cabeça de um espermatozóide, teve a ventura de perfurar, no ponto exato, um óvulo e começar a troca de material genético que permitiu você ser você, e eu ser eu.
Por fim, uma das parábolas que sempre me chamaram - e muito - a atenção, foi a dos Talentos: um com cinco, outro dois outro um talento. E, quando o dono destes talentos a nós confiados nos pedir contas, o que deles fizemos? Pensem bem na profundidade disso!
É, meu povo, somos Filhos de Deus. E viemos a este mundo com apenas uma missão: superação. O que nós estamos fazendo com os nossos talentos?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Preceito do Dia 21 - O Mundo Como Concretização da Luz

"Se compreendermos que todos os seres vivos se originaram de uma única e grandiosa Vida, ou seja, de 'Deus', embora aos olhos carnais pareçam viver em luta uns com os outros, perceberemos que, na verdade, não estão lutando nem se devorando entre si. Para isso, devemos saber distinguir o 'mundo que existe verdadeiramente' do mundo que vemos através dos nossos cinco sentidos. É crucial sabermos distinguir entre o mundo das aparências e o mundo que existe verdadeiramente, ou seja, o mundo criado por Deus, que não é o mundo dos cinco sentidos, visível aos olhos carnais. O mundo dos cinco sentidos é aquele manifestado pela mente das pessoas e, portanto, que não existe verdadeiramente. O mundo que existe verdadeiramente é apenas o mundo criado por Deus. Neste mundo que existe verdadeiramente, todos os seres vivos vivem em harmonia, assim como consta no livro de Isaías (11. 6-8): 'E morará o lobo com o cordeiro, (...) o leão comerá palha com o boi (...), e a criança de peito brincará sobre a toca da áspide'. E, ao compreendermos que o mundo captado pelos cinco sentidos é o mundo da manifestação exclusiva da mente, de acordo com o nosso estado mental, conseguiremos manifestar, neste mundo dos cinco sentidos, esse mundo perfeitamente harmonioso da Imagem Verdadeira"

(Mundo Ideal, Ano XV, nº 176, pg. 20)
Parece até complemento do post anterior! Se lá eu falei da inconstância da chamada "mente" na manutenção e alteração do estado de saúde, este texto vai mais além, informando que a mesma 'mente' fenomênica é governada pelos cinco sentidos, que nos servem apenas para nos guiar no mundo do fenômeno, como nos disse o Mestre certa vez, creio que num dos volumes da Verdade da Vida. Mais nada. Assim, resta fácil entendermos que nossa mente fenomênica inexiste. Resta fácil, mas vai aplicar isso na prática... o segredo é, efetivamente, praticar. Se a visão de Isaías nos parece ainda surreal e visionária ao extremo, é porque ainda não nos conscientizamos de que este é efetivamente o único mundo existente e, como tal, o único com o qual nos devemos importar, verdadeiramente. Assim, o Mundo Verdadeiro é, efetivamente, concretização da Luz.

Passaporte Para A Felicidade - O "Motor" Do Corpo Carnal - Pg. 43

"Nos últimos tempos, também no Japão aumentou muito a quantidade de carros. A cada ano surgem novos motoristas. Mas, por mais inepto que seja um motorista novato, certamente sabe que não deve colocar água, saquê etc. no tanque do carro, em substituição a gasolina, pois isso danificaria o motor imediatamente.
O curioso é que as pessoas, quando se trata do próprio corpo, não hesitam em 'abastecê-lo' com líquidos ou substâncias inadequados e até prejudiciais. Lamentavelmente, elas não percebem que, com isso, a 'máquina' chamada corpo carnal, acaba enguiçando. É comum a ideia de que, na juventude, as pessoas podem beber e fumar à vontade, pois isso não lhes caus problemas graves. Como podem pensar assim?
Muitas pessoas que bebem e fumam insistem em oferecer bebida e cigarro aos outros. É como se colocassem água no tanque de seu carro e aproveitassem a ocasião para fazer o mesmo com o carro dos outros.
Existem também pessoas que praticam algo que é ainda mais prejudicial à saúde delas e à dos outros: tumultuam a própria mente e a dos outros com questões insignificantes, o que é pior do que despejar uma mistura de urina de boi, aguardente e outras substâncias no tanque do próprio carro e no de carros alheios. É como se abrissem o capô e ateassem fogo no motor.
Quando você estiver prestes a brigar com alguém, lembre-se destas palavras e perceba que está a ponto de 'atear fogo no motor de seu próprio carro'. É evidente que, se você se deixar pela raiva e pelo ódio, o 'carro' supereficiente que é o seu corpo carnal não durará muito.
Talvez você duvide, mas é verdade. A máquina chamada corpo carnal é movida pela mente: quando pensamos em ir para o lado direito, nosso corpo se movimenta nessa direção; quando pensamos em ir para o lado esquerdo, nosso corpo se movimenta nessa direção; quando queremos abrir os olhos, eles se abrem; quando queremos fechá-los, eles se fecham, e assim por diante.
Como se pode perceber, o corpo é movido pela mente e a sua condição varia conforme o estado mental. Por exemplo, quando a pessoa fica furiosa, sente o 'sangue ferver nas veias' e não consegue controlar o 'veículo' chamado corpo carnal.
Devemos perceber, também, que o corpo contrai diversas doenças de acordo com o estado mental. Quem vive brigando com seu superior tende a contrair doença que afeta a cabeça; quem é melancólico e tristonho tem facilidade para contrair doença do peito; pessoas muito teimosas e egoístas, com a mente centrada em si próprias, têm propensão para desenvolver um tumor, como reflexo do 'nódulo mental'".

Bom, aprendemos aqui que a mente é o motor do corpo carnal, fácil explicação para quem já conhece a tal da medicina psicossomática. Mas apenas é a "mente" com "m" minúsculo que nos governa aqui no plano fenomênico. Quem teve a oportunidade de assistir minha última palestra soube, através da revelação que o Mestre Masaharu Taniguchi teve, de que essa "mente" não existe efetivamente, que ela é sinônimo de nada. Assim...
Assim, isso significa que tudo o que sentimos, tanto de bem como de mal, é puramente ilusório. Se entregamos nossa condição física e mental a algo essencialmente inexistente, é sinônimo de que o seu efeito, a sua consequência, também será inexistente. Isso pode parecer um tanto quanto assustador quando se fala no aspecto saudável do ser humano, mas pensa numa doença e no que uma conscientização desta natureza pode causar no desenvolvimento dela...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Da Décima Sétima Palestra

Dei minha décima sétima palestra hoje, no Seu Áureo, Fraternidade, o mesmo capítulo 6 da Humanidade É Isenta de Pecado que dei no Carlos Victor em junho passado. Superou minhas expectativas, acho que deu umas nove ou dez pessoas, e a assistência estava boa. Fiquei meio receoso de repetir palestra, ainda que apenas Seu Rocha estivesse presente às duas, mas acho que dei bem conta do recado. Não foi minha melhor palestra, mas não saí com aquela sensação de ter faltado um pouco mais, não...
As próximas palestras, em agosto, serão 24.8 em Itaipu, sobre o Shinsokan e 28.8, Carlos Victor, outro remake de palestra, desta vez o capítulo 17 do Livro dos Jovens... é... estamos progredindo!

Preceito do Dia 20 - Deus Fala Comigo

"Poema 'A Luz Extingue a Treva'

Criança pequena tem medo do escuro.
Mas, na verdade, não existe nada temível.
Acendendo a luz, a treva se apaga.
Não adianta dizer 'Não tenha medo do escuro'.
E não acender a luz.
Será difícil para a criança superar esse medo.
A Humanidade é criança ainda,
ela precisa de luz,
necessita da luz da Verdade.
E você não é um dos que possuem a luz da Verdade?"

(Mundo Ideal, Ano XIV, nº 160, pg. 24)
Bom, se a humanidade é criança ainda e se temos a luz da Verdade, isso significa que pelo menos os sinceros adeptos da SNI estão chegando próximo da pré-adolescência...?
Possuímos a luz da Verdade? Sem sombra de dúvidas que sim, aliás, estou passando a exortar em minhas palestras para este fato: a responsabilidade que nós temos de propagar este ensinamento ao maior número possível (quiçá impossível) de pessoas. E já estou me convencendo, inclusive, de que isso não se trata de mero proselitismo.
Afinal de contas, trata-se de um ensinamento que nos leva à Felicidade. Isso é o mais importante. Se não nos leva à Felicidade, pelo menos nos dá vários caminhos para alcançá-la, nos dá o mapa, enfim. Seguir ou não vai depender unica e exclusivamente de nós. Aí é que está... se não nos livrarmos do apEGO, danou-se. Mesmo que conscientemente queiramos, vamos ficar na saudade subconscientemente.
Temos toda a possiblidade de alcançarmos a felicidade aqui e agora, basta nos conscientizar disso. Como obter essa consciência? Ah, aí já são outras 500...leituras de sutras!

Passaporte Para A Felicidade - Não Brinque Com O Fogo

"Muitas pessoas só percebem a importância de ter saúde quando são acometidas por uma doença e, em alguns casos, é tarde demais. Adoecer-se por própria displicência é comparável a ferir-se por descuido. O melhor meio de evitar ferimentos é tomar os devidos cuidados; da mesma forma, a melhor maneira de evitar doenças é tomar cuidado para não adoecer. Em que consiste esse cuidado?
Para não sofrer ferimentos, é preciso proceder conforme as normas usuais de segurança. De modo análogo, para não adoecer, é necessário levar uma vida em conformidade com as leis naturais de saúde. Quem comete o descuido de se aproximar demais de uma máquina em movimento corre o risco de ser apanhado por suas engrenagens e sofrer ferimentos graves; e quem pratica 'atos arriscados', seja no local de trabalho, seja no lar, corre o risco de contrair doenças graves. É comum a expressão 'brincar com o fogo'. Muitas vezes, quando alguém 'brinca com o fogo' no trabalho ou no relacionamento pessoal, acaba contraindo uma doença.
Portanto, nunca 'brinque com o fogo'. Assim, você não sofrerá com problemas decorrentes de relacionamentos ilícitos nem ficará doente por causa da aflição com as dívidas de jogo. Mas, se tiver a infelicidade de se envolver em situação difícil, apresse-se em afastar da mente as aflições e os sofrimentos. Pare de se atormentar e confie tudo nas mãos de Deus. Desse modo, a situação melhorará, com certeza.
Algumas pessoas dizem que não conseguem confiar em Deus. Será que elas conseguem solucionar seus problemas por si mesmas? Não. Empenham-se em solucioná-los, pensando que vão conseguir, mas a situação piora cada vez mais e fica fora de controle.
Em que consiste 'confiar tudo nas mãos de Deus'? Consiste em melhorar a postura mental, deixar de agir de modo incorreto tanto no lar como no local de trabalho e procurar levar uma vida irrrepreensível. Assim, sua mente ficará límpida e serena, livre de aflições e sofrimentos, e, como reflexo disso, desaparecerá a doença, que é manifestação da disposição mental negativa. É preciso saber que a causa de toda situação fenomênica - doença, ferimento, fracasso no empreendimento etc. - está na mente. Portanto, é da máxima importância a 'libertação da mente'. 'Libertar a mente' significa abandonar o apego a si próprio, confiar tudo na providência divina e viver com a mente radiosa e descontraída. É bom lembrar que quem não confia em Deus não obtém a verdadeira paz espiritual."

Como vou falar daqui a pouco, acabo de chegar de minha 17a palestra, e nela, estudei mais uma vez o capítulo 6 da Humanidade É Isenta de Pecado. Neste capítulo, há uma parte que bate justamente neste trecho da inexistência do eu, do ego. Será mais ou menos por aí que este post vai se encaminhar...
Libertar a mente significa abandonar o apego. Frase que deve estar constantemente guardada em nossos corações, ou melhor, fora dele, porque se estiver dentro já se configura apego. Apego é prender-se a algo, pior, prender-se a algo imaginando que ele tem existência verdadeira. Esse é o grande mal de nós, de todos nós.
Um pequeno grande antídoto para nos livrarmos do apego é repetirmos e meditarmos o Canto Evocativo de Deus, na SNI. Recitemo-lo, verso por verso:
"Ó Deus-Pai que dais vida a todos os seres viventes, abençoai-me com Vosso Espírito" = ou seja, somos dependentes Dele.
"Eu vivo, não pela minha própria força, mas pela Vida de Deus-Pai que permeia os céus e a terra" = a nossa existência depende intimamente de Deus.
"As minhas obras, não sou eu quem as realiza, mas a Força de Deus-Pai que permeia os céus e a terra" = Querem maior desapego que este?
"Ó Deus, que vos manifestastes através da Seicho-No-Ie para indicar os Caminhos dos céus e da terra, protegei-me" = E, acima de tudo, Ele nos orienta nesta vida.
Em suma, somos abençoados, vivificados, potencializados e orientados por Deus. Em suma, não fazemos absolutamente nada, quem faz é Deus, quem vive é Deus, quem atua é Deus.
Prezados Filhos de Deus, temos esta convicção?

Preceito do Dia 19 - O Mundo É Uma Manifestação da Lei

"A força da Vida cria o cérebro do nada. A mente, altamente desenvolvida, que criou o cérebro complexo e delicado, com um método que nenhum doutor em medicina imaginaria, é a nossa 'Vida'. Portanto, é um erro afirmar que a 'mente' seja produto de uma ação química. Antes de o cérebro existir já existia a 'mente', e foi essa 'mente' que criou o cérebro e a utiliza. Essa 'mente' cria os cristais da neve e também a estrutura das folhas das árvores. Quando observamos uma folha de alguma árvore, nos surpreendemos com quão sutil e esmerada é a sua estrutura. Por mais grandioso que seja um inventor, ele não consegue criar, com sua capacidade mental, nem mesmo uma folha de uma planta. Essa 'Vida' tão sábia e maravilhosa está sempre atuando, em todas as partes do Universo. A energia dessa delicada e grandiosa sabedoria se alojou em nosso interior e construiu a estrutura deste corpo humano. E a Mente do Universo que é a energia desta sutil e grandiosa sabedoria, é a essência da nossa Vida.
Dessa forma, a sábia energia alojada em nós, ou seja, a mente, a vida, possui uma sabedoria extraordinária, a Sabedoria de Deus. Como temos em nosso interior essa Sabedoria divina que criou o nosso cérebro, quando confiamos tudo a essa Sabedoria, sem depender da inteligência cerebral, com certeza tudo transcorre de forma conveniente. A inteligência cerebral é inteligência do ego."

(Mundo Ideal, Ano XV, nº 173, pg. 21)
Belo trecho. São trechos como este que me convencem, cada vez mais, que a SNI transcende não apenas o sectarismo religioso, mas até mesmo o ateísmo. No momento em que se despersonifica Deus, dando-lhe o aspecto impessoal de Vida, ou Grande Vida, Sabedoria Natural ou coisa que o valha, qual o ateu que se dignaria a não acreditar em Sua existência? Dawkins? Hitchens? Onfray?
Sim, senhores, se Deus não existe, tal como o concebemos, acreditar que sequer esta inteligência universal existe, com todo o meu respeito, é sinal de desinteligência. E, no momento em que passamos a acreditar nisso, bingo, não importa qual seja o seu (anti)credo religioso, você se tornará infalivelmente um teísta. Mesmo que não acredite em Deus nenhum. Não é à toa que muitos cientistas naturais, Dawkins, por exemplo, são ateus de carteirinhas. Eles não creem em Deus. Mas creem em Seu apelido, Natureza. O que, no fundo no fundo, é a mesmíssima coisa!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Passaporte Para A Felicidade - Mesmo No Infortúnio, Ver Oportunidade Para O Aprimoramento Espiritual - Pg. 35



"A cada novo ano, vemo-nos diante de novos acontecimentos. Às vezes, são acontecimentos felizes, outras vezes não. Mas, em muitos casos, mesmo um acontecimento aparentemente péssimo acaba trazendo resultado positivo. Isso porque existe, por trás de todas as coisas fenomênicas, a perfeição da Imagem Verdadeira, que nos faz refletir e buscar, em cada ocorrência desta vida, oportunidade para melhorar.


Há alguns anos, uma colegial foi assassinada quando voltava para casa por uma trilha erma. Descobriu-se que o criminoso era um adolescente que ela conhecia. Fazia algum tempo que ele vinha perseguindo a garota. Naquele dia, ele ficou de tocaia para atacá-la e acabou matando-a. Ele era um menino inteligente, ams parece que havia falha em sua personalidade. Naturalmente, a família da vítima sentiu um ódio profundo pelo criminoso. Mas, ao conhecer os ensinamentos da Seicho-No-Ie, passou a se esforçar em conceder-lhe perdão.


A irmã mais velha da vítima era adepta de uma igreja cristã, mas certo dia, atendendo aos frequentes convites, compareceu à Convenção dos Jovens da Seicho-No-Ie. Qiuando ela conheceu a Verdade de que todo ser humano é originalmente filho de Deus, o ódio que sentia pelo criminoso começou a abrandar. A irmã mais nova da vítima, que conheceu a Seicho-No-Ie um pouco antes, também deixou de odiar o adolescente criminoso. Até então, as duas irmãs odiavam até o pai do adolescente, que passara a se embebedar todos os dias depois daquela tragédia; mas, tendo conhecido os ensinamentos da Verdade, elas compreenderam a amargura desse pai e apiedaram-se dele. Movidas pelo desejo de que ele e os demais familiares do criminoso conhecessem a Verdade de que o ser humano é originalmente filho de Deus, as duas irmãs foram visitá-los certo dia e os convidaram a participar de um seminário da Seicho-No-Ie. Eles aceitaram o convite e, no dia do seminário, ofereceram-lhe carona até o local. Assim, as irmãs da vítima e a família do criminoso ouviram juntas as palestras que versavam sobre o tema 'a humanidade é isenta de pecado' e tinham como ênfase a Verdade de que Deus criou apenas o bem. Fiquei profundamente comovido ao constatar que as duas moças, ao vivenciarem a tragédia do assassinato da irmã, conseguiram um extraordinário progresso da alma e foram capazes de salvar até a família do criminoso.


Não há dúvida de que assassinato e estupro são atos abomináveis que não deveriam acontecer. É evidente que Deus jamais escreveu 'enredos' horríveis como assassinatos, estupros etc. Os 'enredos' escritos por Deus são repletos de amor, solidariedade, doação mútua, enfim, todos os sentimentos bons e nobres. Mas, na ocasião em que esses 'enredos' surgem no mundo terreno, sofrem sérias distorções em alguns pontos. O caso do assassinato da colegial foi uma distorção extremamente grave. Mas isso não quer dizer que foi apagado o 'enredo' original de amor e solidariedade; este surgiu mais tarde, eliminando o ódio e unindo as duas famílias em torno da Verdade.


Creio que, no decorrer do tempo, o próprio criminoso passará por uma grande transformação mental e, após cumprir a pena e se regenerar, voltará ao convívio com a sociedade como um cidadão que manifesta a sua natureza divina. Dizem que a realidade é mais estranha que a ficção. Se alguém escrever um romance com enredo como esse, será muito criticado e tachado de escritor sem valor. Entretanto, se esse 'enredo' for o de um romance da vida real, gerado como obra conjunta de sentimentos sinceros das pessoas, testificará a grandeza de Deus e mostrará quão sublime é a Verdade e quão maravilhosa é a verdadeira natureza do ser humano"


O simpático rapazote ao lado da capa do nosso livrinho chama-se Ives Ota. Em 1997 foi sequestrado e morto. Seus pais perdoaram os criminosos e criaram um instituto, com o mesmo nome de seu filho, destinado à prática da justiça e do... perdão. Esta história, que foi até contada pela revista Marie Claire, (http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML885696-1740-3,00.html) tem uma história muito semelhante a contada pelo professor Seicho, aqui descrita. No entanto, não sei nem se o próprio professor Seicho soube algum dia disso, mas... essa conversão do ódio em perdão se deu apenas em razão do conhecimento dos pais da Seicho-No-Ie...
Eis o site do movimento: www.ivesota.org.br. Lendo seus objetivos, vocês verão que qualquer semelhança com a SNI não é mera coincidência...
Com todo o respeito à dor narrada pela família da história do prof. Seicho, a história de Ives Ota é mais bonita. Como diria aquele comercial, os nossos japoneses são melhores que os outros... brincadeirinha!

domingo, 18 de julho de 2010

Preceito do Dia 18 - A Sabedoria De Cada Um

"Sua 'mente' cria seu destino. A pessoa cria o seu próprio destino conforme sua postura mental. E é ela quem escolhe a seu bel-prazer que postura mental adotar. Portanto, não adianta ela se levantar após ver que teve um destino ruim. É bom que, desde pequenina, saiba qual é a melhor postura mental. Para isso, deve ler livros que contêm a Verdade.
A mente das pessoas é grandemente influenciada pelos livros que leem. Isso porque as palavras possuem poder de criar. Se a pessoa lê histórias em quadrinhos de baixo nível, que induzem o leitor a se divertir com fracassos alheios, assim cultivando uma mentalidade que acha graça da infelicidade alheia, está gravando na sua própria mente o fracasso, e, de acordo com a lei que diz 'manifesta-se aquilo que se desenha na mente', a própria pessoa passará a sofrer diversos fracassos"

(Mundo Ideal, Ano XIII, nº 144, pg. 24)
Este trecho é mais ou menos continuação do post passado. Se lá falamos da necessidade de controlar a mente, aqui consta o que a mente faz para nós, ou seja, cria nosso destino. Mas não cria aleatoriamente, e sim seguindo um plano. Os autores deste plano sempre somos nós. Nós criamos e a mente executa. Esta é a verdade.
Para isso, por mais autoritária e fascista que possa parecer a ideia, é ideal e imprescindível escolhermos, filtrarmos, joeirarmos as informações que vêm à nossa mente, que, por sua própria natureza, é altamente sugestionável, maleável, e recebe todas as informações com uma predisposição à verdade. Lembram-se daquele trecho da sutra: "Se comunicarem por engano a morte de tua mãe, tua mente se enfraquecerá, mas esclarecendo que era falsa a notícia anterior a cor voltará a sua face", em trascrição de memória da Contínua Chuva de Néctar da Verdade.
E não se trata apenas de mortes de parentes. Doenças, a mente se torna suscetível. Violência, idem. Isso necessariamente não é um mau sinal, desperta em nós um certo sentimento de autoproteção. Mas quando este sentimento é exarcebado, surgem situações extremas como hipocondria ou fobias, por exemplo. Para isso, como já falei no outro post, Shinsokan neles!!! Shinsokando como se deve, domaremos nossa mente, e, domando nossa mente, podemos guiá-la para um destino feliz. O resto, como diria aquele rabino novamente, é comentário jurídico...