(Mundo Ideal, Ano XV, nº 179, pg. 28)
Acho que a primeira referência que li sobre terminologia do mundo fenomênico ser aplicada para o Mundo da Imagem Verdadeira li, surpreendentemente, no Livro dos Espíritos, claro que não com o linguajar da SNI, mas com a mesma mensagem: não adianta tentarmos utilizar a linguagem dos cinco sentidos, fenomênica, para tentar descrever como é o Mundo da Imagem Verdadeira. Assim, por mais que se queira definir Deus como Luz Infinita, mesmo assim tal definição ainda padece de precisão, por mais boa vontade que tenha o Mestre em nos passar tal ensinamento.
Assim, Deus pode ser Luz, pode ser Verdade, pode ser o Caminho, todas estas definições corretas e todas elas completamente díspares entre si. Afinal de contas, que correlação tem a Luz com a Verdade, senão meramente metafórica? E se tentarmos combinar apenas estes três elementos? Chegaríamos a conclusões tão práticas e óbvias e, mesmo assim, ainda descreveríamos Deus em suas multiformes variações. Vejam só:
1. Deus é a Luz da Verdade;
2. Deus é a Verdade do Caminho;
3. Deus é o Caminho da Luz.
Viram só? Isso se presta para várias e várias manifestações, e todas elas ainda são imperfeitas para se precisar Deus e, curiosamente, nenhuma delas está, essencialmente, errada...
Querem mais uma prova dessa imprecisão semântica? Leiam o comecinho do capítulo Realidade da Sutra e vocês vão saber do que estou falando:
"(...)A Realidade, porque é universal, é chamada Caminho.
O Caminho está com Deus;
Deus é o Caminho, é a Realidade"
Viram só? Tudo vai se escoar a um denominador comum, chamado... Deus! E, por mais que nos esforcemos em defini-lO, ainda teremos definições imprecisas e parciais...
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