Dinheiro ou riqueza material são bens fenomêncios, e as coisas fenomênica são como sombras. Cometemos erros quando vemos a sombra e ficamos fascinados por ela. Por exemplo, um jovem pode se sentir atraído pela maravilhosa silhueta de uma moça projetada na parede e, ao vê-la pessoalmente, pode perceber o equívoco constatando a fisionomia horrível dela.
Muitas vezes, vendo a sombra de algo e achando-a maravilhosa, apegamo-nos a ela e pensamos como seríamos felizes se pudéssemos tê-la conosco. Algumas pessoas, apegando-se ao dinheiro, que é apenas uma sombra, pensam que a riqueza lhes proporcionará felicidade, mas, quando enriquecem, são envolvidas pelas disputas financeiras e vários outros fatos desagradáveis e percebem que sua vida se tornou um inferno.
Portanto, não busquemos somente a riqueza material, que é mera sombra. Busquemos a fonte da verdadeira riqueza que faz maifestar a riqueza material. Cristo nos ensinou a esse respeito: 'Buscai, pois, em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas de acréscimo'".
(Mundo Ideal, Ano I, nº 8, pg. 1-2)
O mundo fenomênico é um mundo, por mais estranho que isso possa parecer, consequencial. Explico: ele nada mais é do que a consequência de todos os nossos atos e pensamentos passados. Assim, o mundo fenomênico é considerado como mundo das sombras, no sentido de que ele é apenas decorrência de todo o montante dos pensamentos coletivos de toda a humanidade.
E isso se aplica, também, à questão da riqueza. Achar que o acúmulo de riqueza material pode lhe transferir um mínimo de felicidade é ilusório. Vide, a esse respeito, meus comentários no capítulo "Sonho e Vida", quando trato da questão do sonho. O que apliquei em relação ao livro pode muito bem ser aplicado em relação à riqueza em si. Assim, torna-se despiciendo efetivar mais comentários.
Encerra o Mestre com a observação de que devemos perseguir não a consequência, mas a causa desta consequência. Os amigos hão de lembrar-se, quem tiver melhor memória, de que em "Saúde e Prosperidade", aquele livro azul com um girassol na capa, o Mestre dizia que o importante não era você capturar a colmeia inteira, e sim a abelha-rainha desta colmeia, que, uma vez capturada, naturalmente toda a colmeia (o bando de operárias) lhe seguiria fielmente.
Assim, a essência é a mesma: não adianta você capturar 10 operárias; colhendo apenas a abelha-ranha, outras 20 operárias lhe seguirão, naturalmente.
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