Este pequeno texto foi publicado no Extra de 03.07.10, pg. 7 da Sessão Extra, mais precisamente na coluna do Paul Rabbit, ou, para os lusófonos, Paulo Coelho mesmo. Vale a pena ler:
"Confúcio sempre passava por determinada casa e parava para conversar sobre o jardim da varanda, que era o orgulho do proprietário.
Às vezes, o homem estava bêbado. Num dia em que o homem estava muito embriagado, um discípulo disse:
'Ele não escuta porque sua alma está cheia de álcool'.
Confúcio respondeu:
'Uma pessoa só consegue se desenvolver sabendo que tem um lado bom. Mesmo nos momentos de fraqueza é preciso chamar a atenção para este lado. Em algum canto de sua alma ele me escuta e, assim, eu consigo evitar que a culpa destrua sua vontade de seguir no caminho'.
A resposta de Confúcio é perfeita, e ressalta a importância do elogio, e não da bem intencionada mas estruturalmente errônea "crítica construtiva" para se moldar o caráter de uma pessoa. A menção aos "momentos de fraqueza" também intui uma necessidade de transcender o fenômeno. A menção ao "algum canto de sua alma" faz intuir a existência da Imagem Verdadeira deste cidadão. Por fim, o título do texto é uma evocação à quinta Norma Fundamental dos Praticantes da Seicho-No-Ie: "Ver sempre as partes positivas das pessoas, coisas e fatos e nunca as suas partes negativas".
Que eu me recorde, o Mestre jamais citou este trecho de Confúcio. Ele até menciona em alguns trechos alguma coisa do filósofo-estadista chinês, mas nada neste sentido. Mas o que Confúcio falou tem tudo a ver com a Filosofia da Seicho-No-Ie. Por que será, hein? Deixo com vocês a resposta...
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