Dentro da nossa boca, há muita saliva. Mas ninguém considera isso algo sujo. Isso porque, quando está dentro da boca, sentimos que a saliva está integrada a nós - ou seja, sentimos amor por ela. Não sentimos que é suja, porque existe amor. Entretanto, uma vez cuspida, sentimos que é suja e não temos vontade de colocá-la novamente na boca. Acontece isso porque, uma vez cuspida, perdemos a sensação de que está integrada a nós. Sentimos que é suja porque já não existe amor.
Mesmo que seu pai ou sua mãe esteja doente e com o corpo sujo, ao cuidar dele ou dela, não sentirá que é sujo. Isso porque, mesmo que os corpos estejam separados, possui a sensação de que o pai, a mãe e o filho são um só corpo desde o nascimento"
(Mundo Ideal, ano XI, nº 121, pg. 21)
Num dos livros do Mestre (acho que "Imagem Verdadeira e Fenômeno") ele nos conta que o amor entre os antigos japoneses era chamado de musubi, ou seja, "eu e o outro somos um". Sempre tive esse conceito bem fixado na minha mente até bem pouco tempo atrás, quando fui formalmente apresentado ao conceito de shimuryoshin, que se divide em quatro partes: caridade infinita, piedade infinita, alegria com os outros infinita e desapego infinito.
A parte da saliva é cuspida, ou melhor, extraída, eu acho, da Verdade da Vida vol. 11.
Amor é isso, é sentir-se uno com o objeto amado. E é por isso que Deus nos ama, porque Ele está intrinsecamente dentro de nós.
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