Sejamos o próprio bem. Se pensarmos no bem, seremos o próprio bem. Se pensarmos em destruição, ocorrerá destruição e, se pensarmos na guerra, é o pensamento. Devemos sempre preencher nossa mente com o bem. Assim nos tornaremos saudáveis. Deus é o Bem, o Belo, a Vida saudável. Esse Bem, esse Belo e essa Vida saudável não são atributos divinos isolados entre si. São três faces de Deus. Quando se realiza o Bem, realizam-se também o Belo e a Saúde".
(Mundo Ideal, Ano II, nº 35, pg. 23)
Muito bonito este trecho. O que podemos dele apreender?
A Vida é o homem. E o que é a Vida? Lembram-se do estudo da música do Gonzaguinha? A Vida simplesmente é, e se basta. Gramaticalmente falando, é intransitiva, não precisa de complemento. O homem é a força de viver, de pensar, é a Vida, em outras palavras, não aquela Vontade de Viver schopenhaueriana, que procura devorar a todos, sem uma conduta ética, é a Vontade de Viver ética, visando o Bem, o Belo e aqui, no caso, a Saúde, uma trindade indissociável e que, segundo o Mestre, são as três faces de Deus. Acho que poderíamos sintetizar essa Trindade no Supremo Bem, que engloba o Bem propriamente dito, o Belo, a Saúde e todas as demais coisas excelentes. Deus é, assim, o Supremo Bem. E nós somos partículas, ainda que infinitesimais, deste Supremo Bem. E que, como tal, temos todas as condições do mundo de manifestá-lo aqui, no mundo fenomênico. Basta quereremos e sabermos como agir. Afinal de contas, como disse o texto, um pensamento formulado pela Vida se concretiza, tal e qual. Não é este, portanto, o Fenômeno (com F maiúsculo) de que nos fala a Sutra quando diz que "Quando a Mente deste Deus onipotente, deste Deus perfeito, entra em vibração e se torna Palavra, desenvolve-se todo Fenômeno e todas as coisas passam a ser?" (pg. 27/28). Pois a questão, a meu ver, é bem por aí!
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