E, quando seguimos a requisição sincera e profunda, tal qual uma ordem suprema que brota do nosso interior, superamos os nossos desejos carnais, superficiais, mundanos, e temos nossa mente ordenada.
A respeito disso está escrito na Sutra Vimalakirti Nirdesa que, quando se manifesta o profundo e sincero desejo do íntimo da pessoa, a mente é controlada, harmonizada, e o mau sentimento é rendido.
Assim, quando a mente falsa é rendida e ocorre a harmonização, desaparecem as perturbações mentais."
(Mundo Ideal, Ano XI, nº 130, p. 21)
Ou seja, a mente verdadeira é a mente boa. Seria isso? Acho que sim, resta óbvio até. Agora, o que não resta óbvio é como controlar essa mente má.
Bom, para controlar algo ruim, você, previamente, raciocínio a priori seria o reconhecimento de que alguma coisa é ruim. A adjetivação é a chave. Quando você adjetiva algo, você limita a atuação dela e, limitando essa atuação, você passa a conhecer o objeto. Conhecendo o objeto, você tem um certo domínio sobre ele.
E como teríamos domínio sobre um objeto ruim ? Admitindo, de uma certa forma, a inabilidade em tratá-lo como algo bom. Mas, como estamos carecas de saber, se toda coisa é intrinsecamente boa, porque acreditamos que algo ainda seja ruim? É a nossa mente que assim o concebe, e, assim o concebendo, conhecemos e damos poder a essa coisa.
Metafísica a conversa de hoje, né? Estou dando voltas e rodeios para dizer uma simples coisa, que já repeti, aliás: SNI é mudança de paradigma, antes de tudo. É mudança de adjetivação, partindo de um pressuposto básico: a de que tudo o que Deus criou é bem e somente o bem. Assim, todo o resto virá como emanação deste Supremo Bem. O resto, como diria aquele rabino da história, é comentário jurídico...
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