"Em geral, as mulheres são boas narradoras. Existem algumas exceções, mas a maioria narra melhor que os homens. Isso porque fala com emoção, com sentimento. Algumas pessoas, quando sobem ao púlpito e apresentam seu relato de experiência, leem o que escreveram previamente. Por mais fluente que seja a leitura, tal relato não cativa os ouvintes porque não contém emoção.
Por outro lado, existem pesosas que não trazem anotações, nem lembretes e fazem o relato expressando, com emoção, tudo o que lhes vai na alma, e estas comovem a plateia. Elas podem ser consideradas boas narradoras, mesmo que gaguejem ou usem palavras erradas de vez em quando. Esse tipo de relato é fácil de compreender, é vibrante e desperta simpatia. Mesmo que haja falhas quanto à forma, o conteúdo é plenamente transmitido.
Também em outras circunstâncias não é bom apegar-se à forma. Muitas pessoas, que se preocupam demasiadamente com as formalidades, dizem: 'Como sinal de felicitação, preciso oferecer ao fulano um presente de valor considerável', 'Não fica bem dar-lhe um presente simples' etc. Isso não é verdade. Se o presente é oferecido de coração, não importa o valor nem a formalidade.
Quanto ao modo de falar, mesmo que a pessoa tenha algum sotaque, não precisa se preocupar. Muitas vezes, quem conversa de modo espontâneo e simples, com sotaque de dialeto da sua terra natal, desperta simpatia pelo seu jeito singelo, e os outros se divertem e riem com as narrativas dele.
Mas muitas pessoas sentem-se inibidas, hesitam e ficam tolhidas. Assim, não conseguem dizer o que gostariam de dizer, nem fazer o que gostariam de fazer, e vivem introvertidas e tristonhas. E, por não conseguirem viver o dia-a-dia com a mente descontraída, tendem a adoecer.
O fato é que muitas pessoas terminam a vida sem conseguir manifestar a sua natureza original maravilhosa. Não tem sentido viver desse modo. Devemos, pois, procurar viver melhor, falando de modo descontraído, expressando o que sentimos, mostrando boa vontade e sorriso espontâneo. Você próprio traça o seu caminho nesta vida. Não há razão para se acanhar diante dos outros, pois é um filho de Deus. Você está repleto de força vital e capacidade. Como pode permanecer apático, sem manifestá-las? Trate de manifestá-la à vontade.
Quanto mais você manifestar a sua natureza original maravilhosa, mais se sentirá satisfeito e feliz, e conseguirá levar uma vida plena. Qualquer que seja o lugar onde você mora agora, e qualquer que seja o lugar para onde vai se mudar, a felicidade lhe está assegurada.
Existem mulheres que não se sentem seguras de si por achar que não são bonitas. Mas elas estão equivocadas; na essência, todas as mulheres são belas.
Sobretudo ao se tornar mãe, a mulher se torna mais feminina e bonita, pois seu corpo alcança a perfeição."
Acho que já falei até aqui em outra ocasião, quando mencionei minha parábola preferida, a dos talentos. Este capítulo trata da mesmíssima coisa, e com um incentivo a mais: a busca pela excelência.
Ou seja, todos nós temos talentos, basta... basta... basta apenas uma pequena coisa... praticar... a prática leva à excelência, e nesse caso não é diferente.
E o que tem isso a ver com o fio condutor do livrinho, ou seja, ao viver de modo natural? Ora, o próprio capítulo fala: quanto mais manifestarmos nossos talentos, mais nos sentiremos satisfeitos e felizes.
E isso por apenas um motivo: porque quanto mais manifestarmos nossa individualidade e nossos talentos, mais viveremos de forma natural.
Simples, não?
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