"Se você quer ser feliz, deve em primeiro lugar ter uma fisionomia feliz. Pelo contrário, se ostentar costumeiramente uma fisionomia sombria, triste, mesmo tendo o desejo 'Quero ser feliz', dificilmente ele se realizará. Por quê?
Vamos raciocinar, imaginando que você vai às compras. Dependendo do produto que deseja adquirir, irá a uma determinada loja. Se quiser comprar roupa, irá a uma loja de roupas; e, se desejar um livro, irá a uma livraria. Para isso, você vai ler o letreiro com o nome da loja, ou a vitrine, e, vendo nela livros, entenderá o que é uma livraria, mas, se nela estiverem expostas roupas, saberá que se trata de uma loja de roupas e entrará nela.
Assim, o letreiro e a vitrine são muito importantes. Possuem poder de atrair fregueses. No caso da pessoa, o que corresponde ao letreiro é a fisionomia. Se a expressão facial é feliz, pensarão que você é uma pessoa feliz; e, se ostentar uma expressão sombria, melancólica, lamurienta, pensarão que você é uma pessoa infeliz.
As pessoas, por alguma razão, gostam de felicidade, e não gostam de infelicidade. Há quem saia vagueando pelo mundo à procura de felicidade, mas nunca vi alguém andar atrás de infelicidade. Isso acontece sem distinção de sexo. Não acontece de 'pelo menos o homem gostar de mulher infeliz'.
E as pessoas acabam reunindo-se ao redor daquilo que procuram, ou de quem gostam. É impossível reunirem-se ao redor daquilo que odeiam e ficarem chorando. Por isso, naturalmente, se você é infeliz, as pessoas não se aproximam de você nem desejam sua companhia. Às vezes lhe fazem companhia contra a vontade, mas estão pensando em afastar-se de você o quanto antes.
Mas, se perceberem que você é feliz, todos se sentirão atraídos para ficar ao seu lado e desejarão não se afastar de você. Ou seja, você será uma pessoa que 'faz sucesso' entre as pessoas. Um marido desejará permanecer mais tempo possível perto da esposa feliz e voltará para casa mais cedo do trabalho. Quando ele for viajar, desejará ser acompanhado da sra. Felicidade, que é a esposa.
Mas, se ela for a própria sra. Infelicidade e viver com cara amarrada, o marido não sentirá vontade de voltar para casa, muito menos viajar acompanhado dela. Isto porque, neste caso, chegar perto dela seria aproximar-se da infelicidade, e também ir ao encontro da 'sra. Morte'.
Nesta situação, não adiantaria nada a esposa possuir talento, grande cultura ou ser formada em escolas famosas. Como mostra sua fisionomia, ela será infeliz, antipatizada pela família e pelas demais pessoas, e terá de chorar lágrimas de solidão e desespero.
Portanto, se sua fisionomia for a própria felicidade, infalivelmente você será feliz. Possuir ou não escolaridade ou cultura, isso nada tem a ver. Faça com que sua fisionomia seja alegre e feliz. Seja você homem ou mulher."
No volume 1 da Verdade da Vida, o Mestre Masaharu Taniguchi nos disseca os três tipos de pensamentos existentes. Um é o pensamento propriamente dito, este que nós temos todo santo minuto, o segundo tipo é a palavra, ou seja, o pensamento falado. O terceiro tipo é a expressão fisionômica, justamente o título do nosso capítulo de hoje. Confesso que, quando li este trecho, dei menos atenção à chamada expressão fisionômica como forma de pensamento. Hoje, lendo, em especial a primeira parte deste capítulo, mudo de ideia. E, cotejando com o preceito diário que acabei de transcrever, do dia 03.07, que trata de palavras negativas, vejo a importância de uma expressão fisionômica feliz, como forma e manifestação de um pensamento positivo, em detrimento de uma cara jururu, que lhe seguirá, infalivelmente, um pensamento negativo.
Na segunda parte do texto, o professor Seicho Taniguchi, repetindo várias admoestações feitas por seu sogro ao público feminino, exemplifica às mulheres a importância de uma happy face. Os amigos podem encontrar várias destas admoestações, se minha memória não falha, no 18o e último capítulo do volume 7 da Verdade da Vida, em alguns capítulos do volume 16 (se não me engano o quarto e o sexto capítulos) e provavelmente, ainda não li, no volume 29, chamado, não sei se com uma ponta de exagero, de "A Bíblia da Mulher".
A diferença é que o Prof. Seicho Taniguchi "unissexualiza" tal comportamento, lhe conferindo um aspecto universal à jururuzice humana. Ou seja, tanto homens como mulheres podem ficar de cara amarrada, não é privilégio (!?) de nenhum sexo tal comportamento.
Em resumo, uma fisionomia feliz (por sua natureza de pensamento humano) está intrinsecamente ligado ao modo feliz de viver. Anotem tudo isso, pois, quando chegarmos ao fim do livrinho, pretendo fazer uma síntese de cada capítulo, para sabermos, afinal de contas, o conteúdo de um verdeiro modo feliz de viver.
E nem chegamos na metade do livrinho ainda!
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