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segunda-feira, 19 de julho de 2010
Passaporte Para A Felicidade - Mesmo No Infortúnio, Ver Oportunidade Para O Aprimoramento Espiritual - Pg. 35
"A cada novo ano, vemo-nos diante de novos acontecimentos. Às vezes, são acontecimentos felizes, outras vezes não. Mas, em muitos casos, mesmo um acontecimento aparentemente péssimo acaba trazendo resultado positivo. Isso porque existe, por trás de todas as coisas fenomênicas, a perfeição da Imagem Verdadeira, que nos faz refletir e buscar, em cada ocorrência desta vida, oportunidade para melhorar.
Há alguns anos, uma colegial foi assassinada quando voltava para casa por uma trilha erma. Descobriu-se que o criminoso era um adolescente que ela conhecia. Fazia algum tempo que ele vinha perseguindo a garota. Naquele dia, ele ficou de tocaia para atacá-la e acabou matando-a. Ele era um menino inteligente, ams parece que havia falha em sua personalidade. Naturalmente, a família da vítima sentiu um ódio profundo pelo criminoso. Mas, ao conhecer os ensinamentos da Seicho-No-Ie, passou a se esforçar em conceder-lhe perdão.
A irmã mais velha da vítima era adepta de uma igreja cristã, mas certo dia, atendendo aos frequentes convites, compareceu à Convenção dos Jovens da Seicho-No-Ie. Qiuando ela conheceu a Verdade de que todo ser humano é originalmente filho de Deus, o ódio que sentia pelo criminoso começou a abrandar. A irmã mais nova da vítima, que conheceu a Seicho-No-Ie um pouco antes, também deixou de odiar o adolescente criminoso. Até então, as duas irmãs odiavam até o pai do adolescente, que passara a se embebedar todos os dias depois daquela tragédia; mas, tendo conhecido os ensinamentos da Verdade, elas compreenderam a amargura desse pai e apiedaram-se dele. Movidas pelo desejo de que ele e os demais familiares do criminoso conhecessem a Verdade de que o ser humano é originalmente filho de Deus, as duas irmãs foram visitá-los certo dia e os convidaram a participar de um seminário da Seicho-No-Ie. Eles aceitaram o convite e, no dia do seminário, ofereceram-lhe carona até o local. Assim, as irmãs da vítima e a família do criminoso ouviram juntas as palestras que versavam sobre o tema 'a humanidade é isenta de pecado' e tinham como ênfase a Verdade de que Deus criou apenas o bem. Fiquei profundamente comovido ao constatar que as duas moças, ao vivenciarem a tragédia do assassinato da irmã, conseguiram um extraordinário progresso da alma e foram capazes de salvar até a família do criminoso.
Não há dúvida de que assassinato e estupro são atos abomináveis que não deveriam acontecer. É evidente que Deus jamais escreveu 'enredos' horríveis como assassinatos, estupros etc. Os 'enredos' escritos por Deus são repletos de amor, solidariedade, doação mútua, enfim, todos os sentimentos bons e nobres. Mas, na ocasião em que esses 'enredos' surgem no mundo terreno, sofrem sérias distorções em alguns pontos. O caso do assassinato da colegial foi uma distorção extremamente grave. Mas isso não quer dizer que foi apagado o 'enredo' original de amor e solidariedade; este surgiu mais tarde, eliminando o ódio e unindo as duas famílias em torno da Verdade.
Creio que, no decorrer do tempo, o próprio criminoso passará por uma grande transformação mental e, após cumprir a pena e se regenerar, voltará ao convívio com a sociedade como um cidadão que manifesta a sua natureza divina. Dizem que a realidade é mais estranha que a ficção. Se alguém escrever um romance com enredo como esse, será muito criticado e tachado de escritor sem valor. Entretanto, se esse 'enredo' for o de um romance da vida real, gerado como obra conjunta de sentimentos sinceros das pessoas, testificará a grandeza de Deus e mostrará quão sublime é a Verdade e quão maravilhosa é a verdadeira natureza do ser humano"
O simpático rapazote ao lado da capa do nosso livrinho chama-se Ives Ota. Em 1997 foi sequestrado e morto. Seus pais perdoaram os criminosos e criaram um instituto, com o mesmo nome de seu filho, destinado à prática da justiça e do... perdão. Esta história, que foi até contada pela revista Marie Claire, (http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML885696-1740-3,00.html) tem uma história muito semelhante a contada pelo professor Seicho, aqui descrita. No entanto, não sei nem se o próprio professor Seicho soube algum dia disso, mas... essa conversão do ódio em perdão se deu apenas em razão do conhecimento dos pais da Seicho-No-Ie...
Eis o site do movimento: www.ivesota.org.br. Lendo seus objetivos, vocês verão que qualquer semelhança com a SNI não é mera coincidência...
Com todo o respeito à dor narrada pela família da história do prof. Seicho, a história de Ives Ota é mais bonita. Como diria aquele comercial, os nossos japoneses são melhores que os outros... brincadeirinha!
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