

Há alguns anos, uma colegial foi assassinada quando voltava para casa por uma trilha erma. Descobriu-se que o criminoso era um adolescente que ela conhecia. Fazia algum tempo que ele vinha perseguindo a garota. Naquele dia, ele ficou de tocaia para atacá-la e acabou matando-a. Ele era um menino inteligente, ams parece que havia falha em sua personalidade. Naturalmente, a família da vítima sentiu um ódio profundo pelo criminoso. Mas, ao conhecer os ensinamentos da Seicho-No-Ie, passou a se esforçar em conceder-lhe perdão.
A irmã mais velha da vítima era adepta de uma igreja cristã, mas certo dia, atendendo aos frequentes convites, compareceu à Convenção dos Jovens da Seicho-No-Ie. Qiuando ela conheceu a Verdade de que todo ser humano é originalmente filho de Deus, o ódio que sentia pelo criminoso começou a abrandar. A irmã mais nova da vítima, que conheceu a Seicho-No-Ie um pouco antes, também deixou de odiar o adolescente criminoso. Até então, as duas irmãs odiavam até o pai do adolescente, que passara a se embebedar todos os dias depois daquela tragédia; mas, tendo conhecido os ensinamentos da Verdade, elas compreenderam a amargura desse pai e apiedaram-se dele. Movidas pelo desejo de que ele e os demais familiares do criminoso conhecessem a Verdade de que o ser humano é originalmente filho de Deus, as duas irmãs foram visitá-los certo dia e os convidaram a participar de um seminário da Seicho-No-Ie. Eles aceitaram o convite e, no dia do seminário, ofereceram-lhe carona até o local. Assim, as irmãs da vítima e a família do criminoso ouviram juntas as palestras que versavam sobre o tema 'a humanidade é isenta de pecado' e tinham como ênfase a Verdade de que Deus criou apenas o bem. Fiquei profundamente comovido ao constatar que as duas moças, ao vivenciarem a tragédia do assassinato da irmã, conseguiram um extraordinário progresso da alma e foram capazes de salvar até a família do criminoso.
Não há dúvida de que assassinato e estupro são atos abomináveis que não deveriam acontecer. É evidente que Deus jamais escreveu 'enredos' horríveis como assassinatos, estupros etc. Os 'enredos' escritos por Deus são repletos de amor, solidariedade, doação mútua, enfim, todos os sentimentos bons e nobres. Mas, na ocasião em que esses 'enredos' surgem no mundo terreno, sofrem sérias distorções em alguns pontos. O caso do assassinato da colegial foi uma distorção extremamente grave. Mas isso não quer dizer que foi apagado o 'enredo' original de amor e solidariedade; este surgiu mais tarde, eliminando o ódio e unindo as duas famílias em torno da Verdade.
Creio que, no decorrer do tempo, o próprio criminoso passará por uma grande transformação mental e, após cumprir a pena e se regenerar, voltará ao convívio com a sociedade como um cidadão que manifesta a sua natureza divina. Dizem que a realidade é mais estranha que a ficção. Se alguém escrever um romance com enredo como esse, será muito criticado e tachado de escritor sem valor. Entretanto, se esse 'enredo' for o de um romance da vida real, gerado como obra conjunta de sentimentos sinceros das pessoas, testificará a grandeza de Deus e mostrará quão sublime é a Verdade e quão maravilhosa é a verdadeira natureza do ser humano"
O simpático rapazote ao lado da capa do nosso livrinho chama-se Ives Ota. Em 1997 foi sequestrado e morto. Seus pais perdoaram os criminosos e criaram um instituto, com o mesmo nome de seu filho, destinado à prática da justiça e do... perdão. Esta história, que foi até contada pela revista Marie Claire, (http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML885696-1740-3,00.html) tem uma história muito semelhante a contada pelo professor Seicho, aqui descrita. No entanto, não sei nem se o próprio professor Seicho soube algum dia disso, mas... essa conversão do ódio em perdão se deu apenas em razão do conhecimento dos pais da Seicho-No-Ie...
Eis o site do movimento: www.ivesota.org.br. Lendo seus objetivos, vocês verão que qualquer semelhança com a SNI não é mera coincidência...
Com todo o respeito à dor narrada pela família da história do prof. Seicho, a história de Ives Ota é mais bonita. Como diria aquele comercial, os nossos japoneses são melhores que os outros... brincadeirinha!
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