segunda-feira, 5 de julho de 2010

Preceito do Dia 5 - Deus É Misericórdia e Amor

"Em primeiro lugar, devemos saber que Deus é amor. Mentalize o seguinte: 'Deus jamais se ira, jamais sente ciúmes, jamais pensa em vingança, jamais castiga. Deus é misericórdia, é generosidade, é magnanimidade, e me contempla fixamente com benevolência, com olhar que irradia amor. Diante do Seu amor magnânimo, todos os sentimentos em mim reprimidos - como a tristeza, a ira e o ódio - estão se dissipando. Diante da benevolência de Deus, todos os sentimentos por mim reprimidos se dissiparam, e a minha alma se purificou completamente. Assim como Deus me perdoou, perdoei os erros de todas as pessoas".

(Mundo Ideal, Ano IV, nº 41, pg. 23)

Trecho pequeno, de enooooorme significado. Seu título me lembra aquele trecho da Bíblia, em que Deus nos admoesta, na boca de Miqueias, se não me falha a memória: "Misericórdia quero, e não sacrifício". Mas, digitando o conteúdo do mesmo, percebi que aqui se desenha um termo que, creio que num futuro não muito distante, vai virar coqueluche em todas as reuniões de treinamento de preletores, termo budista meio adormecido e esquecido naquele livro do Shinsokan, evocado no início do ano pelo professor Masanobu e revivido mais adequadamente na Verdade vol. 7. Adivinharam? Sim senhores, estou falando dele, o seu, o meu, o nosso...

... SHIMURYOSHIN...!

Na Verdade Vol. 7 o Mestre compara este termo ao joanino e bíblico "Deus é Amor", e o transcorrer do trecho ora esquadrinhado nos mostra exatamente o shimuryoshin da coisa. Como ashimuryoshin? (Nossa, esse trocadilho foi podre!!!)
Shimuryoshin é o Amor Absoluto (zettai no ai da Sutra Sagrada) (não, vou resistir a pegar um livro do Mestre, os conceitos virão da minha própria mente mesmo!) que se subdivide em quatro partes, a saber: caridade infinita, piedade infinita, alegria pelos outros infinita e desapego infinito! Caros colegas Preletores e Líderes da Iluminação, ouviremos falar muito sobre isso, talvez quase tanto como Furyomonji...
Bom, ainda segundo o Mestre no livro citado, os dois primeiros tipos de amor são fáceis de seguir, o duro são o contentamento com a alegria dos outros (confessa que não te dá uma inveja do teu amigo?) e o desapego das coisas (lembra-me Santo Agostinho e o seu "Ama e Faze o Que Quiseres"). Isso nos mostra o quanto teremos de orar para que estes atributos divinos se incorporem em nós de uma forma plena e porque não dizer, radical!

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