domingo, 11 de julho de 2010

Domingo da Seicho-No-Ie - 11.07.10


DOMINGO DA SEICHO-NO-IE – 11.07.10

1a PALESTRA – RELAÇÃO ENTRE EMOÇÃO E SAÚDE (A VERDADE, Vol. Suplementar), (pg. 137 – 145)


A teoria geocêntrica é substituída pela heliocêntrica

Já faz 30 anos que a Seicho-No-Ie declarou que a doença é causada pela mente, mas, naquela época, o povo só acreditava que a doença era provocada por vírus e bactérias ou pela carência nutricional do corpo físico. Como achavam que as pessoas adoeciam devido a algum problema relacionado com a matéria, a imprensa alardeou que a Seicho-No-Ie, que preconiza a cura pela mente, era uma religião enganosa (...)
Após 29 anos que a Seicho-No-Ie vem divulgando esta Verdade, finalmente a imprensa começou a publicar reportagens sobre a mesma teoria com o nome de Medicina Psicossomática, considerando-a legítima e progressista. Então, é inevitável afirmar que a Medicina atual está atrasada 29 anos em relação à Seicho-No-Ie. E é realmente lamentável que o conceito de que a doença vem da mente só fosse aceito neste país quando foi trazido do exterior, citando o nome dos cientistas estrangeiros que o defendem.

A causa das doenças e 74% dos pacientes era de fundo emocional

Página 10 do Sunday Mainichi, de 15.01.56: “A causa das doenças de 74% dos pacientes era de fundo emocional”:
“(...) Segundo um relatório apresentado há alguns anos por um hospital de Nova Orleans, EUA, 74% dos pacientes internados na sua ala de gastrenterologia estavam doentes devido a causas de fundo emocional. E no relatório de 1951 do hospital da Faculdade de Medicina da Universidade Yale consta que 75% dos pacientes que foram examinados estavam doentes devido também a causas de fundo emocional. Além disso (...) o dr. Schindler elaborou um gráfico demonstrando qual a porcentagem das causas psíquicas dos distúrbios físicos mais comuns do nosso cotidiano:
Dores na parte anterior do pescoço: - 75%
Inflamação da garganta: 90%
Dores ulcerosas: 50%
Dores císticas e cistálgicas: 50%
Flatulência: 99%
Vertigem: 80%
Cefaleia: 80%
Prisão de Ventre: 70%
Estafa: 90%
“As nossa emoções, agradáveis ou desagradáveis, são provocadas pela ação do diencéfalo1, localizado logo abaixo do cérebro e que tem o tamanho de uma bolota.
Se o diencéfalo se excita devido a temor ou susto, de um lado ativa a glândula supra-renal através dos nervos ligados a medula espinhal, e controla o 'mecanismo de combate', que se desencadeia no organismo, como foi citado anteriormente. Ou seja, o organismo vai reagindo de acordo com cada situação, acelerando as batidas cardíacas, suspendendo a função intestinal, retesando os músculos, facilitando a coagulação sanguínea etc. Por outro lado, age sobre o lobo anterior da hipófise e desencadeia o 'mecanismo de defesa', ou seja, o processo de recuperação da fadiga por meio do descanso. O diencéfalo controla os hormônios e está se evidenciando que ele transforma as emoções em atividades físicas através dos hormônios e dos nervos, mexendo simultaneamente com as emoções, captando sutilmente as mudanças físicas ...”

Será que as emoções se originam do diencéfalo?

A questão importante é saber o que controla o diencéfalo. (...) Será que a mente dos senhores é produto da ação do diencéfalo? Ou é uma substância de ordem espiritual?
O diencéfalo é uma antena que capta as “vibrações mentais”
Se o diencéfalo se excita devido às emoções, significa que ele se excita estimulado pela ação da emoção. Conclui-se, assim, que o diencéfalo é instrumento da emoção (mente) e o que o estimula e o impele a se excitar é a mente.
Não podemos ver a mente, mas é ela que nos comanda, e as emoções não são provocadas pelo diencéfal. A mente, portanto, não é produto do diencéfalo. O diencéfalo exerce a função de antena central do sistema nervoso autônomo. Ou seja, o espírito emite, por exemplo, ondas mentais de ira em direção a essa antena, que as capta e as materializa transformando-as em uma espécie de ondas nervosas eletromagnéticas que, passando pelo diencéfalo, pela hipófise e, atingindo as glândulas supra-renais, estimulam o córtex supra-renal a secretar a cortisona. Se doses adequadas de cortisona entrar na corrente sanguínea e circular pelo organismo, será excelente o estado de saúde desse corpo. Mas, se ondas mentais de ira estimularem as supra-renais a secretarem doses maiores de cortisona, a pessoa demonstrará momentaneamente um aspecto saudável, com a pele corada, e sentirá maior ânimo, mas reduzirá a força de resistência contra bactérias, tornando-se mais suscetível a elas. Desse modo, pessoas sadias ficarão mais sujeitas a contrair tuberculose, e pessoas doentes terão agravada a doença, podendo vir a falecerem. (...)
É só lembrarmos das nossas experiências de vida que compreenderemos esse processo, pois, quando enfrentamos algum problema e ficamos muito irados ou excitados, no dia seguinte ou alguns dias depois após, pegamos resfriados, temos diarreia ou, então, somos acometidos de nevralgia ou reumatismo.

2a PALESTRA – INFORTÚNIOS QUE AS PESSOAS ATRAEM POR SI MESMAS - “VOCÊ PODE CURAR A SI MESMO”, CAP. 8, PG. 121-146


Muitos doentes não desejam realmente a cura

Do livro O Homem Contra Si Próprio, de Karl Menninger:
“Existem muitos casos em que o paciente, apesar de dizer que quer ser curado, na verdade não deseja a cura. Às vezes, o médico constata que também os familiares do paciente, que se mostram solícitos em cuidar dele, na realidade não desejam vê-lo curado. O médico descobre que os seus esforços para curar o doente não surtem efeito, não só por caus da resistência das bactérias ou das toxinas, mas também devido ao estorvo do 'diabinho' rabugento que mora na mente do próprio paciente”
Pena de talião exigida pela consciência, ou ação corretiva da natureza divina?
Num dos capítulos finais do livro Mistérios da Vida, expliquei que a consciência, ou seja, a vontade da natureza divina que atua no interior do ser humano, trabalha sempre com o objetivo de conduzir o destino das pessoas para o rumo correto: ela trabalha no interior de cada pessoa, controlando-lhe o “leme da mente”, fazendo-a refletir acerca de si própria e corrigindo-lhe o desvio do destino2. Não devemos interpretar de maneira errada a ação da consciência, atribuindo-lhe a conotação negativa de 'retaliação', e sim interpretá-la corretamente, reconhecendo-a como trabalho benéfico que visa orientarnos de dentro.

Por que as pessoas, às vezes, 'planejam' a autodestruição?

Por que existem pacientes que não desejam a cura e pessoas que praticam atos que ferem a si próprias? A respeito dessa questão, Menninger concorda com o ponto de vista de Freud. Ele afirma que no ser humano coexistem o instinto de Vida e o instinto de morte, que podem ser chamados de tendências construtiva e destrutiva da personalidade. Diz também que o instinto de Vida e o instinto de morte estão em constante conflito e interação3.
Eu, porém, acredito que no ser vivo existe unicamente o instinto de Vida: não creio na existência de instinto de morte. O que passou a ser chamado 'instinto de morte' é, na verdade, um sinal de alerta que a Vida da pessoa emite para direcioná-la para o rumo correto. Se os atos autodestrutivos originassem do instinto de morte, não haveria necessidade de tecer outras explicações sobre tais atos além de atribuí-los ao instinto. Mas Menninger, tendo afirmado que os atos autodestrutivos são provenientes do instinto de morte, diz também que os atos autodestrutivos são consequências do desejo de autopunição suscitado pela ideia de pecado. Se a pessoa despertar para o fato de que o homem é filho de Deus, libertar-se da ideia de pecado e eliminar a distorção do instinto da Vida decorrente dela, não haverá mais o que possa ser chamado instinto de morte.


Autopunição acarretada pela ideia de remissão dos pecados

Menninger cita também a prática da automutilação com a intençao de remir os pecados. No volume 12 de A Verdade da Vida, citei o caso de uma mulher chamada Therese Neumann, cujas mãos e cujos pés apresentavam estigmas, feridas representativas das chagas de Cristo, e afirmei que a automutilação ou autoflagelação é suscitada pela ação do subconsciente, no qual existe a ideia de que, causando sofrimento ao corpo, pode-se expiar os pecados e conseguir a elevação espiritual4.
O Homem Contra Si Próprio: “(...) Às vezes, o ser humano pratica atos que causam dor e ignomínia a si mesmo, e isso é uma prova de que, por alguma razçao, ele sofre de sentimento de culpa e deseja a punição para se redimir e livrar-se do sofrimento (...) Até mesmo impulsos instintivos, em si inocentes, podem suscitar sentimento de culpa e remorso”
Independentemente da origem da ideia de pecado, enquanto ela existir (no consciente ou no subconsciente), o homem tende a pensar que precisa passar por algum tipo de sofrimento para expiar seus pecados.

Quem odeia o outro acaba ferindo a si próprio

(Sobre o homem que matou sua própria filha, consequência do ódio que sentia pela mãe): Depois, tentou justificar esse ato dizendo que desejava poupar a criança do sofrimento pelo qual ele próprio passara. Mas as justificativas servem para camuflar o verdadeiro motivo, e os psicanalistas chamam de “racionalização” a tentativa de justificação (abordei esse assunto no livro Ningensei no Kaibo, “Análise da Natureza Humana”)5.
O ódio é um sentimento que não harmoniza com a natureza verdadeira da pessoa, e a autopunição ocorre como resultado dessa desermonia

Suicídio orgânico

O que pretendo dizer é que, tanto na literatura médica como em nossa vivência cotidiana, deparamos com casos em que a doença física tem estreita ligação com acontecimentos ou situações que suscitam tensão emocional.
Menninger cita alguns dos motivos inconscientes de auto-agressão: 1) impulso de expressar o ressentimento ou a hostilidade contra alguém ou alguma coisa do seu ambiente, que não podem ser exprimidas de outra forma; 2) impulso de punir a si próprio, pelo fato de sentir-se culpado por nutrir hostilidade no coração.
Para que deixem de ocorrer infortúnios e doenças provenientes do desejo de autopunição, é essencial eliminar a ideia de pecado latente no subsconsciente das pessoas.

PRÁTICA


1. Meditar, durante 30 dias, a Oração ao Corpo Divino Indestrutível, A Verdade em Orações, vol. 1, pg. 79-80.

Oração ao Corpo Divino Indestrutível


“Meu corpo é corpo de Deus! É eternamente saudável, é indestrutível, é um sagrado corpo espiritual, é corpo búdico, é corpo divino. Por isso, está repleto de infinita força vital de Deus. Ou melhor, a própria 'infinita força vital de Deus' constitui o meu 'verdadeiro Eu'.
Se algum dia adoecer, será quando eu esquecer que o meu corpo é corpo Divino, corpo espiritual indestrutível. Sempre recupero a saúde lembrando-me de que o meu corpo é corpo de Deus.
A Vida de Deus é a substância do meu corpo! Logo, a substância do corpo é 'Espírito'. Visto pelos olhos carnais, ele parece ser corpo material, mas isso não passa de uma aparência falsa e provisória.
Todas as doenças se originam da ilusão da mente que vê o corpo como 'matéria'. Da associação da ideia de que 'a matéria se desgasta com o uso, é vulnerável aos micróbios e apodrece quando envelhece' – dessa ilusão, originam-se os fenômenos em que o corpo se cansa, é atingido por micróbios, envelhece e morre. Para nos livrarmos dessa ilusão da humanidae, devemos praticar o Shinsokan uma ou mais vezes todos os dias, num horário determinado, e mentalizar que somos Filhos de Deus e 'corpos espirituais'.
Aqui e agora a infinita Vida de Deus está preenchendo o meu ser! A cada minuto, a cada segundo, a Vida de Deus está suprindo perfeitamente a energia consumida. A esse fato damos o nome de 'metabolismo'. O metabolismo do meu corpo está sendo conduzido de modo extremamente perfeito pela ação autopurificadora da infinita Vida de Deus. Logo, as células do meu corpo estão sempre novas e vigorosas e jamais se enfraquecem.
O meu ser é a própria Vida de Deus! Por isso, existe desde muito antes que este mundo fosse criado por Deus. Mesmo que este mundo seja destruído pelas bombas nucleares, o meu corpo-Jisso não será destruído e continuará existindo eternamente. A isto se refere a Sutra do Lótus com as seguintes palavras: 'Mesmo quando chegar o fim do ciclo e a humanidade parecer consumida pelo fogo, a minha terra permanecerá tranquila e cheia de anjos celestiais'. A Vida do ser indestrutível e eterno, que vive sempre e eternamente no Reino Celestial – isto sou eu!
Agradeço a Deus por me fazer conhecer esta Verdade! Muito obrigado!

2. Anotar, diariamente, durante os trinta dias de meditação
11/07
12/07
13/07
14/07
15/07
16/07
17/07
18/07
19/07
20/07
21/07
22/07
23/07
24/07
25/07
26/07
27/07
28/07
29/07
30/07
31/07
01/08
02/08
03/08
04/08
05/08
06/08
07/08
08/08
09/08

3. Anotar as mudanças práticas

4. Caso deseje, me envie um e-mail contando seu relato de experiência: lbximenes@ig.com.br. Se quiser, a mesma poderá ser publicada no meu blog http://www.leojisso.blogpspot.com/. Muito obrigado!

1Diencéfalo – Do grego dia, “entre, através” e enkhefalous, “cérebro”. Aqui a palavra significa “o que está entre o cérebro”, isto é, entre os dois hemisférios cerebrais” (do site www.simoesadvogados.com/med/arquivos/dicionarioetimologico.pdf, acessado em 05.07.10)

2Mistérios da Vida, pg. 276: “Se fôssemos dominados apenas por essa lei, não teríamos alternativa senão ficar à mercê dos maus hábitos (transmigração do carma). Entretanto, por felicidade, uma outra lei brota de dentro de nós. A lei do carma tende a repetir sempre exatamente o carma do passado, mas a natureza divina alojada em nós procura corrigi-lo com todo zelo. A força propulsora do nosso ideal interior nos impele para o melhor. É o forte apelo interior da alma que clama 'Não posso continuar sendo seduzido por essas coisas materiais!'. Governados por duas forças – a força da transmigração do carma e a grande força da natureza divina interior – renascemos no mundo posterior. E no período intermediário até renascermos, descansamos num mundo (mundo astral) que não é material nem carnal. Como nesse mundo não existe matéria nem corpo carnal, nosso apego em relação à matéria se reduz e podemos realizar uma reflexão imparcial. Assim, os desejos da nossa alma são parcialmente purificados e partimos para a nova reencarnação”.

3“Eros/Tanatos: As duas pulsões fundamentais descritas por Freud nas suas últimas obras. Ao lado do instinto erótico (Eros) coloca-se Tanatos, uma pulsão de morte, violenta e destrutiva. A complementaridade entre essas duas forças psíquicas leva Freud a considerar não eliminável a agressividade e, portanto, os conflitos sociais” (in Antologia Ilustrada de Filosofia, Ubaldo Nicola, Ed. Globo, pg. 430).

4“A Verdade da Vida” vol. 12, pg. 82-91.

5Vide também Convite à Felicidade, vol. 1, pg. 123: “Entretanto, ela se satisfaz dando uma razão lógica e tentando apresentar uma explicação racional aos demais – a isto os psicólogos denominam racionalização. A racionalização disfarça e embeleza o real sentimento da pessoa; a verdadeira causa está sempre em outra coisa.”. Vide também o terceiro encobrimento da Natureza Humana, constante no volume 13 da Verdade da Vida, pg. 128: “Justificar os 'pecados' constitui o terceiro encobrimento da natureza divina do homem”


Era essa a palestra. Notem que fiz uma prática, pedindo para que mandassem seus relatos de experiência ao meu e-mail para que, depois, pudesse disponibilizar aqui. Fiz isso para incentivar a prática. Afinal de contas, SNI é ou não prática? E aí? Gostaram?

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