domingo, 30 de setembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - Palavras Doces E Palavras Salgadas ou Por Quem Os Sinos Dobram

Pg. 32:

"Não traz nenhum progresso ouvir o que os outros têm a dizer e aproveitar somente o que convier para si, ignorando o que for inconveniente. As pessoas crescem não só com 'palavras doces', mas também com 'palavras salgadas'. Assim como no tempero da comida, é necessário que ambos 'os sabores' estejam adequadamente combinados. A pedagogia da Seicho-No-Ie reconhece os pontos positivos e faz com que eles aumentem. Talvez o ato de 'reconhecer' os pontos positivos corresponda às 'palavras doces'. Mas, para ir além e fazê-los crescer, são necessárias as 'palavras salgadas de incentivo'. Sem o incentivo de quem diz 'Vá firme, sei que vai conseguir, estou torcendo por você, estude', não há progresso nem crescimento. Os japoneses precisam cultivar mais e mais, doravante, a moral, a boa vontade e a capacidade de se expressar."

Espere aí. Logo quando comecei a digitar este texto, imaginava eu que as tais das "palavras salgadas" fossem, digamos, críticas ou algo a ver com uma das mais famosas e despercebidas dicotomias da Seicho-No-Ie, a saber, a separação entre o Amor e a Sabedoria de Deus, e que as tais "palavras doces" fossem as amorosas, e as salgadas as sábias. Quer dizer que não é nada disso?
Ao que parece, o nosso bom e velho professor Seicho quis nos classificar como "palavras salgadas" aquelas que não apenas exaltam nossos pontos positivos, mas também nos incentivam a melhorar sempre, cada vez mais, rumo ao nosso objetivo. Sendo assim, tudo bem. Bem? Poucas vezes reconhecemos isso (é mentira, Terta?) e achamos que o sal das palavras apenas contribui para aumentar nossa pressão, deixando-nos zangados com os tais dos "incentivadores". Amiúde é assim.
No entanto, outras vezes não, às vezes nosso apetite espiritual anseia por um bom salgadinho (espiritualmente falando), e, quando recebemos algumas destas mensagens, achamos, injustamente, que são mensagens de Deus.
Digo injustamente porque não precisamos apenas das palavras salgadas, ou melhor, Deus não se encontra apenas em um sabor, aparece em vários!
Como exemplo das chamadas "palavras salgadas", desfrutem sem moderação da, na minha modesta opinião, mais bela canção de Raul Seixas (isso mesmo, melhor que Gita, Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás, Tente Outra Vez e tutti quanti): "Por Quem Os Sinos Dobram". Vale a pena!


Coragem! Eu e a torcida do Flamengo sabemos que você pode mais, muito mais!



Da Centésima Quarta Palestra

Bom, e hoje, em Itaipu, proferi minha centésima quarta palestra, no Domingo da Seicho-No-Ie. Tema: Ilumine Sua Vida Familiar. Livro Texto: Cap. 18 do vol. 7 da Verdade da Vida.

E como foi? Bom, ainda mais pela presença de uma neófita (em seichonoiês: "gente de primeira vez"), que veio por indicação de pessoas do Núcleo. Para não deixá-la mais perdida que ilusão quando encontra a Verdade (ou surdo em bingo, cego em tiroteio, fa lo stesso), fiz uma pequena introdução ao que vem a ser e o que pretende a Seicho-No-Ie.
Daí para engatarmos o significado etimológico da Seicho-No-Ie (que vocês devem estar mais careca que o próprio Kojak de saber, LAR do Progredir Infinito) e adequá-la para o tema da palestra foi um pulo.
Vocês também devem imaginar que eu devo ter falado sobre reverenciar nossos familiares e coisa e tal, reverenciar incondicionalmente (ou, para usar a expressão que criei em alguma destas palestras, reverenciar e agradecer e PONTO! (de "ponto final"), ou seja, sem maiores conjecturas, observações, condições e/ou ponderações. É bom você criar bordões como este, não para ficar parecer programa humorístico, mas para fixar bem em nossa mente a mensagem que se quer passar. Querem um exemplo?
Lá nos primórdios da minha faculdade, ainda no século passado (literalmente!) tive um professor de Direito Romano (não se iludam: a matéria é importante!) que em suas primeiras aulas bradava insistentemente: "Aluno meu não fala imissão de posse, aluno meu fala imissão NA posse, pois a imissão é NA posse!" (pelo Caps Lock vocês imaginam a ênfase no NA...). Pois bem, eu ainda analfabeto em direito nem sabia que coisa era imissão, mas já sabia que, se eu quisesse imitir, teria que ser NA posse...
A propósito: imissão NA posse é, rapidamente falando, é quando você retoma a propriedade de um bem injustamente esbulhado (ou tomado), geralmente imóvel. É o que acontece nas famosas reintegrações de posse, ou seja, a chamada imissão NA posse... Mundo da Imagem Verdadeira chamando de volta...
Assim, a ênfase que dei no "." (ou seja, "PONTO!") serve justamente para fixar a mente dos meus caros ouvintes ao fato de que o amor e a visualização do mundo da Imagem Verdadeira (e mais uma vez com fartas doses de interpretação da Revelação Divina) serve justamente para isso: tem de ser incondicional. Afinal de contas, "ser tolerante ou ser condescendente não significa estar em harmonia com todas as coisas do Universo". O resto, bem, o resto, como diria aquele rabino...

Da Centésima Terceira Palestra

Olá, amiguinhos! Desculpe-me a brevidade das posts, na realidade, a 103a e a 104a palestras (próximo post, please!) vão sem os capítulos do livro; na realidade, tive pouco tempo para estudar, mas, como li em outro lugar, fiz download do Divino e fi-las, para a alegria dos adeptos.

Esta 102a palestra caiu no meu colo graças à preletora Maria Inês, que, por problemas de saúde, não pôde proferi-la ontem, nos Jovens. Livro Texto: O Amor Tudo Cura (não, não é livro médico!). Tema: A Mente Que Agradece.

Como não digitei o capítulo, vamos então ao que interessa, basicamente, a um resumo da palestra...

Até o Kojak está careca de saber que um dos pilares da Seicho-No-Ie se chama gratidão. Nulla salvatio sine gratia, ou seja, fora da gratidão não há salvação (ok, quanto ao termo gratia consultei o vetusto dicionário de minha latina sinhoura - sim, ela estuda latim - e achei este o termo mais parecido. Quem souber do termo correto favor avisar este blogueiro...)
E a gratidão, ao contrário do que parece, não é apenas uma obsessão de todo seichonoiezeiro que se preste, a ficar repetindo indefinida e insanamente "muito obrigado". Quem fizer isso, bem, sei não...
A tal da gratidão está ligada, como já falei anteriormente aqui neste blog, a questão do princípio do Relógio do Sol. Em miúdos: quando agradeço a alguma coisa, eu reconheço o bem inerente àquela coisa. Reconhecer o bem inerente àquela coisa, em bom seichonoiês significa reverenciar aquela coisa (o raciocínio também é válido para aquela pessoa ou aquele fato), e, por fim, vivifico aquela pessoa, coisa ou fato que, em última análise, nada mais é do que cumprir a missão de FDD (não entendeu? É Filho De Deus!) que recebemos toda vez em que o lépido espermatozoide de papai encontra-se com o arredio óvulo de mamãe...
Sigam então a equação:

Gratidão = Reconhecimento de um bem = Reverenciar pessoa/coisa/fato = Vivificar pessoa/coisa/fato

Captaram? Pois foi mais ou menos isso que falei lá, com doses generosas de interpretação das Revelações Divinas do Acendedor dos Sete Candeeiros...

Próxima palestra, please...

domingo, 23 de setembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - Os Atos De Maldade E Deus

Pg.: 31:

"Se existem no mundo infindável número de pessoas que praticam atos de maldade, não é por falta de discernimento entre o bem e o mal. Apesar de terem consciência, praticam o mal. Qual é a razão disso? Pensam que elas próprias são 'pessoas más'. Pensam que entre Deus e elas não há nenhuma ligação. Por isso, entendem equivocadamente que a prática do mal é condizente com elas e, assim, curvam-se diante da tentação de praticar maldade. Portanto, para combater os atos de maldade, a solução é ensinar-lhes que todos os homens são bons, que sua natureza é búdica e que todos são maravilhosos. Desse modo, as pessoas passarão, sem falta, a praticar o bem. Se mesmo sabendo que são filhas de Deus e ainda assim praticam o mal, provavelmente acham que seu deus não é Deus verdadeiro, e sim um deus de mentirinha: aquele que frequentemente é complacente com os atos de maldade."

E o que dizer deste capítulo? Na minha modesta opinião, este é um daqueles que nos faz refletir - e muito - sobre a verdadeira natureza, os verdadeiros atributos de Deus. Já falei em algumas ocasiões aqui minha opinião a respeito das propaladas onipotência e onisciência divinas, que, para mim, são condicionadas à atuação do próprio homem. Neste sentido, Deus seria, primeiro e antes de tudo, uma potencialidade guardada dentro do ser humano, guardadas as devidas proporções, o quinhão de talentos de que fala Jesus na mais bela - a meu ver - de suas parábolas, pois fala justamente da relação entre nós, os humanos, e Deus, o, digamos, não-humano...
Por que falei tudo isso? Por uma simples razão: muitas vezes as pessoas se afastam da religião e dos assuntos espirituais por um motivo muito simples: não querem abrir mão de um centímetro que seja da sua personalidade para serem, digamos, formatadas pela "nova criatura" que se torna após receber Cristo, como diria São Paulo em uma de suas Epístolas.
Nada mais errado.
Em minhas últimas palestras, tenho ressaltado que não devemos nos tornar santarrões, ou seja, pessoas que sirvam de modelo para outras daquela santidade asséptica e, quase sempre, sisuda e circunspecta. Sim, pois Deus odeia carrancas. Qual é o quinto atributo que mentalizamos no Shinsokan-Nosso-De-Cada-Dia? Yes, baby, a alegria! Não é de fisionomias carrancudas, santarronas que precisamos, e sim da nossa face natural e absolutamente descompromissada com qualquer rótulo religioso ou comportamental que A, B ou C queiram nos impor.
Uma das minhas frases favoritas nas "Palavras de Sabedoria", que compõem o volume 22 d´A Verdade da Vida, cuja 40a leitura terminei hoje (agora só faltam 18 volumes!), e curiosamente uma das menos citadas é "comportamentos estereotipados não levam a nada". É mais ou menos por aí que quero chegar no presente capítulo: de tanto exortar a necessidade de uma reverência e uma circunspecção que nada combinam com Deus, alguns (nem todos, é verdade) se afastam dEle e praticam os chamados "atos de maldade", achando-se indignos de carregarem o Seu nome ou de portarem a sua filiação.
Novamente, nada mais errado.
Em nossa certidão de nascimento espiritual consta lá, claramente: Filho de Deus, dono de todos os atributos divinos, independentemente do que você faça ou deixa de fazer, acredite ou deixe de acreditar.
Em outras palavras, você, amável leitor, é Filho de Deus. E ponto. Final.

sábado, 22 de setembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - A Memória É O Esquecimento ou E O Resto Não Interessa!

Pg. 30:

"Com o passar do tempo, as pessoas tendem a esquecer as lembranças desagradáveis. Pelo menos, procuram relegar os detalhes ao esquecimento. Isso serve para tranquilizar o coração delas e fazer com que partam rumo ao futuro, com esperança. Por isso, você não deve temer o 'esquecimento'. Não odeie o esquecimento como se fosse um demônio. Se o temer ou odiar, ele mostrará a sua força mais do que o necessário e acabará por lhe tomar até a memória necessária. Não o odeie nem tema. Esqueça-se do esquecimento. Se viver de modo natural, com sentimento de gratidão, a memória e o esquecimento em doses adequadas enriquecerão a sua vida. Afinal, neste mundo não existe o mal, e tudo está a seu favor."

Depois da menção que fiz à Jéssica no meu último post, e que fez relativo sucesso, em especial com a própria, vamos a mais um capítulo do nosso livrinho.
Confesso que desta vez não entendi direito onde nosso bom e velho professor Seicho queria chegar. Quando ele fala das lembranças desagradáveis que somem com o tempo, devo dizer que discordo dele em parte. Podemos até esquecer, mas nosso subconsciente (ou inconsciente, como preferirem) não esquece e acaba nos dando um belo trauma...
Também confesso que não entendi, parafraseando Dr. Girafales, qual a razão, causa, motivo ou circunstância pela qual deveríamos temer o esquecimento. O esquecimento (consciente e principalmente inconsciente) deveria nos ser até mesmo uma bênção!
Este é mais um dos capítulos que poderíamos muito bem classificar como da espécie do "Princípio do Relógio de Sol", ou seja, concentrarmo-nos apenas nas coisas boas e deletar de nossa memória as coisas ruins.
Para quem acha que este tema é muito rebuscado ou pouco comum, equivoca-se. Sempre quando nas palestra falo do Princípio do Relógio de Sol (como domingo passado em Friburgo) menciono como exemplo ninguém menos que o seu, o meu, o nosso Ary Barroso, autor da nossa imortal Aquarela do Brasil, dona do mais pleonástico dos versos do cancioneiro popular brasileiro: "Ah, esse coqueiro que dá coco..." E eu jurava que ele desse banana... mas vamos lá, a anedota é curta, verídica e ilustra bem como, até mesmo em horas de desespero, podemos aplicar este princípio.
Uma das ocupações do nosso Ary era a de narrador de futebol (futebol, aqui, de novo?), e, como todos sabem, torcedor fanático do Flamengo (Flamengo, aqui, de novo?). Pois bem, reza a lenda que no meio da narração (de rádio, para piorar!) ele anunciava o placar: "E agora, meus amigos, o placar: Flamengo 0 e o resto não interessa!". E quando o Flamengo perdia a bola e sofria o contra-ataque: "Flamengo perde a bola no meio-campo e agora eu não quero nem ver...". E não via mesmo, deixava o amável e desesperado ouvinte, seja de que time fosse, a ouvir navios.... Mas nos serve de interessante lição, principalmente o "e o resto não interessa"...
E por quê? Porque deveríamos ser assim em todos os momentos de nossa curta existência provisória na terra: quando a situação estivesse ruim, deveríamos encarar a situação com um sincero "não interessa", não no sentido de escapismo, mas no sentido de não darmos tanto poder ao lado negro da força, como diria o Mestre Yoda...porque, para nós, como cantaria os Titãs, "só quero saber do que pode dar certo..."
E o resto não interessa!

Da Centésima Segunda Palestra

Corrijo o atraso de quase uma semana ao postar somente hoje minha palestra de segunda. É que durante a semana, infelizmente (pretendo mudar isso...) fica difícil postar alguma coisa aqui. Mas vai lá: Centésima segunda palestra, no novo núcleo de Icaraí (para quem ainda não sabe, Miguel de Frias, 88/402, perto da praia). O tema? Lá vai, capítulo 4 de "Para Realizar o Amor e a Oração" do prof. Seicho Taniguchi. Eis o capítulo:


PALESTRA – FRATERNIDADE ICARAÍ – 17.09.2012 – PARA REALIZAR O AMOR E A ORAÇÃO – CAPÍTULO 4 – COMO CRIAR UM BOM DESTINO – PG. 64/77

O homem é filho de Deus

A lei fundamental que a Seicho-No-Ie prega é aquela que diz “Nosso destino está em nossas mãos”, ou seja, que nós próprios criamos livremente o nosso destino. Essa lei mental está alicerçada na Verdade fundamental “O homem é filho de Deus”. Por ser filho de Deus, não há nada impossível ao homem, o qual constrói livremente, a seu bel-prazer, o mundo fenomênico, que é projeção da sua mente. Para construirmos a partir de hoje um bom destino, devemos primeiramente acreditar, do fundo do coração, na Verdade “O homem é filho de Deus, e Deus nos concedeu total liberdade de criação”. Se tivermos esta convicção fundamental, todas as demais condições surgirão naturalmente, e poderemos dominar livremente o mundo fenomênico.

Primeiramente, ter mente alegre

E de que forma se desenvolve esta convicção fundamental? Como se manifesta a imagem do homem filho de Deus que é capaz de dominar o destino? Mantendo, em primeiro lugar, a mente alegre. Ao redor de quem possui mente alegre, se desenvolve um destino alegre e bom, de acordo com a lei de atração dos semelhantes. Ao contrário, o bom destino jamais mostra seu ar da graça a quem possui mente sombria.
Deus é Luz e, sendo a treva ausência de luz, o importante é, primeiramente, acender na mente a luz da sabedoria e do amor. Quando Deus Se manifesta, a luz brilha resplandecentemente. Assim como a deusa Amaterasu saiu da gruta, você deve expor a sua mente e exteriorizar o alegre e iluminado Eu verdadeiro, que é Espírito de Deus. Essa alegria não é aquela de quem busca apenas os prazeres sensoriais. É o Amor, a aguçada Sabedoria divina da Imagem Verdadeira, que jamais desmorona, por piores que sejam as dificuldades.

O negativo se transforma em positivo

O sr. Atsuo Kondo, residente na cidade de Shimono-seki, Nishi Otsubo Moto-Machi, após formar-se em Economia pela Universidade de Tóquio, esteve longo tempo em Kinshu, Manchúria, administrando uma empresa. Ao terminar a guerra, a Manchúria foi invadida pelo Exército comunista, e ele foi encarcerado, ignorando completamente o motivo da prisão. Contudo, ele e sua esposa, que são adeptos fervorosos da Seicho-No-Ie, não se desanimaram e praticaram constantemente a Meditação Shinsokan, acreditando firmemente que ele logo seria libertado. Entretanto, o povo de Kinshu ia a todo momento comunicar à esposa que ele havia sido executado. Mas ela não dava ouvidos a esses boatos. Acreditava firmemente que seu marido voltaria brevemente para casa e ia, quase diariamente, à prisão levar algo a ele.
Observando esse caloroso amor conjugal, os carcereiros começaram a comentar discretamente “Aquele indivíduo não é mau. Se fosse mau, não iria receber a visita da esposa com aquela altivez”. E, toda vez que decidiam executá-lo, sempre aparecia alguém desconhecido que dizia:
– Esse preso não é um malfeitor, esperem mais um pouco para executá-lo.
O Amor de Deus se manifestou desse modo. Assim, o sr. Kondo conseguiu livrar-se da pena de morte, por diversas vezes. Mas chegou finalmente o momento da batalha decisiva entre o Exército comunista e o Exército do governo popular e, certamente, o Exército comunista se retiraria da Manchúria. Surgiu, então, o boato de que, antes da retirada, iriam executar todos os prisioneiros japoneses. Contudo, o casal Kondo não acreditou nisso. O sr. Kondo tinha certeza absoluta de que retornaria à sua pátria vivo.
Nesse interim, certo dia, uma pessoa influente do Exército da China comunista comunicou ao sr. Kondo o seguinte:
– Foi decidida a libertação de muitos japoneses. Entretanto, creio que você não será libertado de modo algum.
A situação dele se agravou drasticamente. Mas, assim mesmo, ele não se desesperou e acreditou, sem qualquer sombra de dúvida, que seria libertado. E perguntou a essa pessoa o motivo do seu encarceramento. Então, esse chinês lhe disse:
– Você está preso sob suspeita de ter sido um brigadeiro do Exército que conspirou diversos planos.
Assim, ele soube, pela primeira vez, o motivo de sua prisão. Isso, porém, era uma acusação falsa, um absurdo. Ele explicou que tudo era mentira, nunca estivera no Exército e se formara pela Universidade de Tóquio, que era um civil, proprietário de uma empresa e jamais causara algum dano à Manchúria. Então, esse chinês replicou:
– Em Tóquio não há nenhuma universidade com esse nome.
Naquela época, a atual Universidade de Tóquio chamava-se Universidade Imperial de Tóquio. Mas, o sr. Kondo disse propositadamente “Universidade de Tóquio” porque o Exército comunista não gosta da expressão “Imperial”. Mas não teve alternativa senão explicar que, na verdade, estudara na Universidade Imperial de Tóquio. O chinês começou, então, a perguntar-lhe detalhes sobre essa universidade. Conversando, o sr. Kondo ficou sabendo que esse chinês estudara nessa universidade no mesmo período. Assim se esclareceu que o sr. Kondo realmente se formou pela Universidade Imperial de Tóquio e não tivera tempo de se tornar um brigadeiro do Exército. Quando tudo foi esclarecido, a atitude do chinês mudou repentinamente, e ele disse:
– Sinto muito pelo que aconteceu. Peço que me perdoe por ter lhe causado tantos transtornos.
Logo após enviou-lhe o comunicado oficial de libertação. Assim, o sr. Kondo recebeu inesperadamente o aviso de que ia ser libertado, mas, na época, mesmo que os presos japoneses recebessem oficialmente a liberdade, eram sorrateiramente fuzilados no trajeto que os levava ao portão de saída. Nesse dia também, duas pessoas foram fuziladas. Chegando a vez do sr. Kondo sair, surgiu alguém que lhe aconselhou:
– Se sair agora, estará indo direto para a morte. Mais tarde, serão libertados 25 presos. É melhor sair em grupo, com eles.
Ele seguiu o conselho e conseguiu sair incólume pelo portão, voltando finalmente ao seu querido lar.

Comandando a vida através da Meditação Shinsokan

Esse foi um exemplo de pesso que construiu um bom destino através da mente alegre e da Meditação Shinsokan, sentindo profundamente que o mundo criado por Deus é perfeito. Desse modo, a Meditação Shinsokan não só torna o corpo físico saudável ou acaba com a desarmonia familiar, como também soluciona os mais diversos problemas da vida, orientando corretamente o destino do homem. Através da Meditação Shinsokan, um médico passará a emitir diagnóstico correto e tomar medidas acertadas; um artista conseguirá expressar neste mundo fenomênico a Verdade, o Bem e o Belo do reino de Deus, um cientista receberá a orientação de Deus e realizará grandes inventos e descobertas muito úteis para a vida; ou então descobrirá uma lei cósmica complexa e misteriosa; e, indo mais além, passará a melhorar o destino da humanidade.
Se o meditante for um técnico, a prática da Meditação Shinsokan o tornará um instrumento de Deus que ficará ligado diretament à Sabedoria divina, e ele conseguirá alcançar um grande avanço profissional, indo além das técnicas de âmbito material.
Por exemplo, o sr. Hiroshi Date, que também é de Shimo-no-seki, foi, no passado, um telegrafista da Marinha, e efetuou grandes feitos graças aos ensinamentos da Seicho-No-Ie. Após a guerra, ele passou a trabalhar como telegrafista da empresa Kyoei de produtos do mar e vem desenvolvendo intensas atividades num navio pesqueiro que atua na zona marítima entre o mar da China e o mar de Okhotsk. Ele disse que, sempre que vai enviar um telegrama, efetua antes a Meditação Shinsokan. Os navios se comunicam através do telégrafo para confirmar as respectivas posições. Normalmente é muito difícil realizar o encontro entre dois navios, e, quando a névoa é muito densa, não se percebe o outro navio, mesmo se cruzando com ele. Entretanto, quando o sr. Date efetua a Meditação Shinsokan e entra em contato com outro navio, ele sempre consegue encontrá-lo exatamente no lugar combinado. E, quando precisam entrar num porto em uma noite de névoa usando o radar, por incrível que pareça, conseguem fazer com que o navio chegue exatamente no local destinado se o sr. Date embarcar e realizar a Meditação Shinsokan.
Desse modo, o sr. Date oferece à empresa enormes lucros a cada viagem. Como se vê, mesmo para operar um telégrafo e um radar, que são a quintessência da ciência contemporânea, o resultado é extremamente diferente quando se opera após receber inspiração divina. Consequentemente, esse resultado exerce influência na situação da indústria pesqueira e, além disso, beneficia grandemente o destino do Japão e da humanidade. Nota-se, portanto, que a vida baseada na Meditação Shinsokan move realmente o mundo.

Saiba que não existe “impossível” para nós

Não existe nada impossível para quem está unido diretamente à Vida de Deus e possui intenso desejo de manifestar na face terrena a Sabedoria, o Amor e a Vida de Deus. A impossibilidade surge quando não se tem consciência de que Deus está dentro de si. Quando a vontade de Deus se torna a nossa própria vontade e nos lançamos de corpo e alma a serviço de Deus, a palavra impossível desaparece da nossa frente. Devemos ter uma postura ativa em tudo que fizermos, tal como o Sol e os movimentos do Universo são sempre ativos. Quem cria um bom destino é aquele que abandona toda e qualquer preocupação e enfrenta resolutamente a vida, com espírito ativo e positivo.
Somos filhos de Deus, vivificados por Deus. Tudo que desejarmos fazer, o conseguiremos indubitavelmente. O impossível jamais se manifestaá se não o traçarmos na mente.
O sr. Tameyoshi Tsuruta, residente em Kagoshima, contou-me outrora o seguinte episódio. Ele trabalhou durante dez anos na Indústria de Aço Showa, em Anshan, na Manchúria. Ao terminar a Segunda Guerra Mundial, o exército soviético emitiu ordem de que deveriam desmontar toda a instalação da indústria de aço e colocá-la em vagões no prazo de trinta dias. Caso contráriom, todos seriam fuzilados. Era algo inimaginável até então e totalmente impossível de se cumprir pelo senso comum, mas, sendo uma ordem terminante “Façam, senão todos serão mortos”, não havia outra saída a não ser trabalharem desesperadamente. Achando melhor que serem fuzilados, todos trabalharam, dia e noite, e conseguiram colocar tudo nos vagões em trinta dias.
O homem consegue assim realizar aquilo que é considerado impossível quando está numa situação de vida ou morte. O sr. Tsuruta diz que, graças a essa experiência, atingiu a conscientização de que o homem possui capacidade infinita, e se sente agradecido.
O valor do imposto de renda do sr. Atsushi Ueno, da cidade de Aira, referente ao ano passado, está bem acima do estimado. Ele é fabricante de carroças e, como este ano o movimento está baixo devido à crise, não estava conseguindo pagar os 96 mil ienes de imposto de renda do ano passado, e chegou até a receber um convite de certa pessoa:
– Vamos ingressar no partido comunista e participar do movimento para reduzir os impostos.
Sendo ele adepto da Seicho-No-Ie, acreditou firmemente que conseguiria pagar esse imposto e trabalhou incansavelmente. Mas a crise piorou cada vez mais, e ele não conseguiu pagar o imposto. Então, a delegacia fiscal o notificou de que iria confiscar a colheita de suas terras. O sr. Ueno aceitou isso docilmente. Porém, permaneceu confiante de que até a colheita conseguiria pagar todo o imposto, apesar de ter os instrumentos agrícolas e o cavalo confiscados, e continuou trabalhando sem nada temer nem guardar ressentimentos. Nisso, ao aproximar o final do ano, começou a aumentar a venda das carroças, conseguindo pagar 25 mil ienes em novembro e o restante no final do ano.
Não existe “impossível” para quem trabalha incansavelmente, com a mente alegre e muita confiança. Além disso, o sr. Ueno ficou sabendo, mais tarde, que o pessoal da delegacia fiscal também estava disposto a ajudá-lo, caso fosse preciso. Onde há sinceridade, jamais vem infelicidade nem aparece alguém que aja com má-fé.

Vivifique o agora

A seguir, o modo de viver mais importante para dominarmos o nosso destino é “Vivificar o agora”. E isso significa viver plenamente a Vida de Deus aqui e agora. Quem cria um bom destino vive plenamente o agora. A Seicho-No-Ie foi fundada quando o Mestre percebeu que o agora deve ser vivificado, pois a oportunidade só existe neste momento. Tudo existe neste agora.
Sêneca disse: “Comece agora a viver e faça de cada dia uma nova vida”. Todas as grandes personalidades criaram um bom destino vivificando sempre o agora. E isso abrange a disposição mental de valorizar e vivificar o tempo e o espaço (matéria).
Nós somos amados por aqueles a quem amamos. Quem ama o próximo será amado pelo próximo. Do mesmo modo, quem ama o tempo será amado pelo tempo e conseguirá ter horas valiosas, repletas de vida. Quanto mais a pessoa se queixa de que seu tempo é escasso, mais tempo está desperdiçando, pois não sabe vivificá-lo. A pior maneira de desperdiçar o tempo é não ser pontual nos compromissos e não iniciar uma reunião no horário combinado.
E quem desperdiça o tempo desperdiça também as coisas. Não dá o devido valor a nada. Certa feita, o sr. Hitomi, da Yahatahama, diretor-presidente de uma empresa metalúrgica, disse que o ápice do desperdício é fabricar produtos de má qualidade, ou seja, produtos que quebram logo. Isso fraz com que haja enorme desperdício de material, de tempo e de mão-de-obra.
Se, quando amamos, somos também amados, para construirmos uma vida maravilhosa, precisamos ter o máximo cuidado em não desperdiçar o tempo nem as cosias. É muito importante essa mentalidade que procura conhecer a causa de tudo.

Seguir docilmente as orientações

Como citei anteriormente, Deus é Amor e Sabedoria. Ele está sempre nos observando e orientando. Por isso, devemos nos tornar pessoas dóceis, que fazem do Amor de Deus o seu amor e obedecem às orientações da Sabedoria divina. Assim como Jesus Cristo disse “Só aquele que tem coração de criança entra no reino do céu”, a Sabedoria divina desce sobre aquele que possui coração amoroso e dócil, o qual é espontaneamente conduzido para um bom destino, através de uma misteriosa orientação, impossível de vir da inteligência humana.
Fazer do Amor de Deus o meu amor – significa amar infinitamente a Deus e todas as criações dEle, possuir um grande e caloroso coração misericordioso, que jamais busca recompensa de modo egoístico.
A sra. Kiyoko Iwaki, residente na cidade de Matsuyama, Okaga-machi, relatou certa vez o seguinte. Seu marido trabalhava num arsenal. Ela e os filhos se refugiaram na cidade natal, Matsuyama, para onde o marido também foi logo depois transferido, porque abriram uma fábrica filial nessa cidade. Assim, passaram a morar todos juntos, mas receberam ordem de despejo da casa onde moravam. A sra. Kiyoko orou intensamente ao praticar a Meditação Shinsokan: “Deus nos proporciona tudo aquilo de que necessitamos. No reino de Deus há muitas moradas.”
Assim, encontraram na cidade de Matsuyama uma casa com um magnífico vestíbulo. Encontraram também uma casa na periferia da cidade, mas essa, em comparação à outra, tinha um aspecto exterior muito feio e outras inconveniências. O casal decidiu então ocupar a primeira casa e, certo dia, foram os dois fazer a limpeza. A esposa lavou as divisórias corrediças e o marido limpou o teto e o assoalho. Quando a sra. Kiyoko terminou de lavar a sétima divisória, de repente, começou a não ter vontade de morar nessa casa. A essa altura, já não podia dizer isso a seu marido e acabou de lavar todas as dez divisórias e colou nelas os papéis que sua irmã guardara com carinho. Entretanto, o sentimento de repulsa contra essa casa aumentava cada vez mais. No caminho de volta, ela resolveu falar para seu marido:
– Quero fazer-lhe um pedido, mas pode ser que fique indignado comigo.
Como ele disse para falar, o que quer que fosse, ela falou:
– Não quero morar naquela casa, de jeito nenhum.
O marido pensou “Por que, se a casa é tão boa e até já fizemos a limpeza?”, mas, como a amada esposa dizia não querer morar lá com tanta seriedade, resolveram se mudar para a casa feia da periferia. Logo após a mudança, a cidade foi completamente bombardeada, e aquela bela casa foi totalmente incendiada. A casa de Kure também foi incendiada, restando apenas a casa onde moravam, que acharam ser muito inconveniente e feia. Essa casa não sofreu nenhum dano causado pela guerra, e nela vivem felizes até hoje.
Devemos viver cientes de que Deus sabe, mais que ninguém, o meio de tornar o nosso destino ainda melhor.  

domingo, 16 de setembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - Você É O Protagonista ou Sorria, Sorria

Pg. 29:

"Quando você se sente triste, não é só você que fica triste. O mundo todo fica triste, porque o mundo é extensão da mente. Quando você está feliz, o mundo inteiro fica contente. O acúmulo contínuo disso se transforma em belos montes e rios, embeleza as grandes e pequenas cidades e proporciona paz em todo o mundo. Por isso, vamos fazer com que mais pessoas se sintam felizes: em vez de uma, duas; e em vez de duas, três. Vamos também elevar mais a intensidade dessa alegria. Vamos ampliar a alegria de se dedicar às pessoas, consolá-las e ajudá-las. Assim, podemos concretizar o 'mundo ideal', sem falta. Os campos e as montanhas que se apresentam diante dos seus olhos são seus; não se esqueça de que você próprio é o protagonista."

Quando li as primeiras frases deste texto, não tive como não me lembrar de uma colega de trabalho minha, a quem devo apresentar, a Jéssica. Essa figuraça tem como marca principal o seu indefectível sorriso, que ela só guarda nos poucos momentos de seriedade (que são bem poucos, eu garanto). E porque me lembrei dela? Porque uma das histórias que contam no escritório é a de um outro colega meu que, ligando para ela num final de semana, obteve da mesma a seguinte resposta: "Lucas, você tá feliz? Porque eu tô feliz, tá todo mundo feliz!", assim, desta maneira totalmente disparatada (eu fico cá a imaginar o contexto...). Razão pela qual este escriba de vez em quando a amola com a seguinte pergunta: "Jéssica, você tá feliz?"
Feita esta introdução, imaginem agora que vocês todos são a Jéssica: vocês estão felizes? Porque, se vocês estiverem felizes, o mundo estará feliz, da mesma forma que o prof. Seicho Taniguchi coloca no texto. Será que o prof. Seicho estava feliz ao escrever isso? Provavelmente sim; desta forma, o mundo dele estará feliz também. Guardadas as devidas proporções, foi mais ou menos o que eu falei lá em Friburgo, ao tratar do Princípio do Relógio de Sol, e sem precisar fazer treino do riso, o que é o melhor!
E aí, você, caro leitor, está feliz? Não, então escute os sábios conselhos de Evaldo Braga em mais um SNI Hits, com "Sorria, sorria!" (eu conhecia a versão com o Agnaldo Timóteo, na coletânea Discoteca do Chacrinha vol. 1, a melhor coletânea da música brega já feita no Brasil, mas não achei no iutubi...)


Enjoy!


Da Centésima Primeira Palestra

Bem amigos, hoje tive mais um Miyoshi Matsuda Day, desta vez em Nova Friburgo, minha segunda ida lá (a primeira, conferi no livro de presenças, foi em 06 de novembro de 2011. O tema? Capítulo 3 do Volume 7 da Verdade da Vida. Trocando em miúdos, tratei sobre o importante Princípio do Relógio de Sol. Boa assistência, 17 pessoas, houve interação, muito bom! Só espero que não demorem tanto para me chamar de novo...
Ah, sim, a palestra? Tomem aí, desta vez foi relativamente curta...


PALESTRA – POMBA BRANCA – NOVA FRIBURGO – 01/04/2012

VIVAMOS SEGUNDO OS PRINCÍPIOS DO RELÓGIO DE SOL
(A VERDADE DA VIDA, VOL. 7, CAP. 3, PG. 41-44)

Vocês já viram um relógio de sol? Trata-se basicamente de um disco com as horas gravadas e um pino fixado perpendicularmente a ele; quando os raios do sol incidem sobre o pino, a sombra deste projeta-se na superfície do disco, indicando, assim, a hora. Logicamente, sem sol, não se pode ler as horas nesse relógio. Existem relógios de sol que trazem a seguinte inscrição em seu disco:
I record none but hours of sunshine” (Eu registro apenas as horas em que o sol brilha).
O homem também pode registrar apenas as horas em que o sol brilha – e eu chamo isso modo de viver segundo os princípios do relógio de sol. Caro leitor, se você quer fazer de seu lar um Seicho-No-Ie (Lar do Progredir Infinito), faça o possível para registrar apenas as horas radiantes, ou seja, lembre e fale somente de momentos alegres e felizes: use o poder criador da palavra para expressar a alegria. Eis o segredo da felicidade.
Se toda a humanidade passar a viver conforme os princípios do relógio de sol, registrando somente as coisas boas, alegres e positivas na mente, e expulsando sem demora as recordações desagradáveis, pensamentos tristes ou imaginações sombrias, quão alegr e feliz se tornará este mundo!
Por que será que muitas pessoas ficam se lembrando e falando de infelicidade, aborrecimentos, ódio, ciúme, humilhações etc., com que se depararam? É por desconhecimento da lei mental e do poder criador da Palavra. Esas pessoas precisam aprender que manifesta-se tudo aquilo que se pensa e fala; precisam saber que a infelicidade continua existindo somente quando se fica com a mente presa a ela, e se fala nela com frequência.
A nossa memória mental é como um veículo coletivo, no qual viajam os mais variados tipos de passageiros: desde cavalheiros bem apessoados e moças bonitas, até bêbados exalando um odor insuportável de álcool, e doentes com o corpo cheio de chagas. Mas não precisamos viajar prestando atenção na presença desagradável de bêbados ou pessoas cobertas de feridas.
Não é muito mais agradável ficarmos observando a expressão feliz de uma moça bonita ou o aspecto elegante de um cavalheiro? Estou dizendo isso para mostrar-lhe como é possível escolher livremente os registros do nosso arquivo mental. Não vá me interpretar erroneamente e pensar que não devemos nos compadecer dos doentes ou dos bêbados que precisam de ajuda. Num outro capítulo do presente livro, explico quão nobre é tratar com bondade as pessoas necessitadas.
Caro leitor, seja como um relógio de sol, que marca apenas as horas brilhantes. De que adianta ficar guardando a tristeza no coração, indefinidamente? De que adianta ficar lembrando as perdas sofridas? O mundo em nada se beneficiará com o fato de ficarmos desalentados, remoendo os nossos fracassos. Tristezas, perdas, fracassos – tudo isso são “bagaços” dos acontecimentos desta vida. Não fique segurando tais “bagaços” na sua mente o tempo todo; jogue-os fora! Você deve expulsá-los como se expulsa um ladrão. Precisamos nos conscientizar de que a mente é preciosa demais para ficar obstruída por “bagaços” como tristezas, desânimo e todos os demais pensamentos negativos.
Quando você ficar com a mente presa a pensamentos desagradáveis, ou se sentir dominado pelo ódio, ira, ciúme ou desejo de vingança, pense que “sua mente está sendo assaltada por ladrões que pretendem roubar o tesouro chamado felicidade”.
Se um ladrão entrar na sua casa para roubar, mesmo que seja apenas um par de sapatos, você o expulsaria, não é? Então, por que deixa permanecer tanto tempo dentro de sua mente os ladrões que entraram para roubar o maior de todos os tesouros – a Felicidade? Vamos jogar fora os “bagaços” que ficaram acumulados em nossa mente. Vamos atirar bem longe a tristeza, como se atira a pedrinha que entrou no sapato. Vamos abandonar o ódio, vamos nos livrar da melancolia e do tédio e viver alegremente apenas os momentos resplandecentes do sol. Este é o modo de viver da Seicho-No-Ie.

E aí, gostaram? Pois é, amanhã ainda tem mais, desta vez no novo Núcleo de Icaraí...

sábado, 15 de setembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - Um Mundo Onde Tudo Se Torna Conforme Pensamos

Pg. 28:

"Quando alguém pensa que no mundo 'as coisas não se tornam conforme pensamos', surge um mundo em que 'as coisas não se tornam conforme ele pensou'. Afinal, ocorreu 'exatamente como ele pensou', mas essa pessoa continua achando que 'realmente, as coisas não ocorrem como pensamos'. Tome uma decisão e pense que 'O mundo se torna conforme pensamos, com certeza'. Então, seu pensamento será realizado, e você vai perceber que 'realmente, aquilo que pensamos se concretiza'. Desse modo, na vida, seja o que for, é preciso pensar de modo positivo. O segredo para o sucesso na vida se resume em fazer a luz avançar. Assim, a treva desaparecerá, sem falta."

Ok, está tudo muito bonito no mundo de Alice no País das Coisas-Que-Ocorrem-Conforme-Pensamos. Mas, então, porque não tomamos esta decisão de que trata o prof. Seicho? Alguém aí gostaria de dar algum palpite, algum pitaco? Eu tenho um, e a resposta seria: o medo. Sim, medo. Medo de nos assumirmos como donos (bem, donos seria muito forte, o termo, digamos, mais adequado seria "locatários" da nossa própria vida.
E porque o Dr. Leonardo Brito Ximenes usou o termo "locatário" em vez de "locador" ou "proprietário"? Se não sabem, parem de ler este post e recitem o Canto Evocativo de Deus. É rápido, não leva um minuto...

(Pausa para recitação)

Captaram? "Eu vivo, não pela minha própria força, mas pela Vida de Deus-Pai que permeia os céus e a terra". Nós não vivemos, em absoluto, nós somos vivificados.
Então, por que cargas d´água, questiono eu, nós, os locatários da Vida de Deus, temos medo de assumir nossas próprias responsabilidades? Se, em última análise, como diria o Padre Fábio de Mello (ou Marcelo Rossi, não me lembro, ou ambos, então, para ser salomônico...), Tudo É Do Pai? Tudo vem de Deus e tudo volta para Deus. Neste bumerangue metafísico estaria a chave para não nos perturbarmos nem inquietarmos com as pequenices e miudezas do cotidiano como, por exemplo, "achar que este mundo não se torna conforme pensamos".
Pensemos em coisas boas então. Como diria o poeta: Nasci pelado, sem dente e sem dinheiro, o que vier é lucro!
No meu caso com uma agravante: nasci sem cabelo também! Ximenes em algum dialeto obscuro deve significar "calvo"...

Direto do Facebook... Saco Cheio...

Acabei de compartilhar no Facebook um post q dizia mais ou menos o seguinte: "

Atenção! Pare de dizer que  Deus te castigou por algo errado que você fez! O nome disso não é castigo, é consequência. Deus é bom, mas é justo também"

Justo. Muito Justo. Justíssimo, nos dizeres do Coronel não-me-lembro-o-nome (feito por José Wilker em "Renascer", lembram?). Pois bem... também acho isso, maaaaaaaas, porém, todavia, contudo, acho que a tal da "consequência" não vem nem de Deus também. Somos nós quem consenquenciamos, se é que vocês me entendem...
No post falei algo de mais uma obra do preletor em grau pagode Almir Guineto (lembram-se do "conselho" dele, na semana passada?). E que serve para dar a deixa para mais um SNI Hits, desta vez com este clássico chamado "Saco Cheio". Não se deixem levar pelo título meio chulo, mas apreendam a mensagem da música. Se apreenderam, ok, vocês captaram a mensagem. Se não, bem, (re)leiam "A Humanidade É Isenta de Pecado, em especial o seu primeiro capítulo. Mas acho que nosso amigo preletor conseguirá bem transmitir a mensagem...


E se não entenderam alguma coisa, leiam a letra:


Os habitantes da Terra
Estão abusando
Ao nosso Supremo Divino
Sobrecarregando
Fazendo o quê?
Fazendo mil besteiras
E o mal sem ter motivo
E só se lembram de Deus
Quando estão no perigo...(2x)
Deus lhe pague!...
Deus lhe pague!
Deus lhe crie!
Deus lhe abençoe!
Deus, é vosso pai
É vosso guia...
Tudo que se faz na Terra
Se coloca Deus no meio
Deus já deve estar
De saco cheio...(2x)
Os habitantes da Terra
Estão abusando
Ao nosso Supremo Divino
Sobrecarregando
Fazendo o quê?
Fazendo mil besteiras
E o mal sem ter motivo
E só se lembram de Deus
Quando estão no perigo...(2x)
Deus lhe pague!...
Deus lhe pague!
Deus lhe crie!
Deus lhe abençoe!
Deus, é vosso pai
É vosso guia...
Tudo que se faz!
Tudo que se faz na Terra
Se coloca Deus no meio
Deus já deve estar
De saco cheio...(5x)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - Personalidade Brilhante

Pg. 27:

"Há pessoas que, só de estarem presentes, alegram bastante o ambiente. Pessoas assim proporcionam   alegria ao local de trabalho, à família e à classe onde estudam, apenas com a presença delas, graças ao brilho da sua personalidade. Seja uma pessoa assim. Você certamente pode ser assim, e precisa ser assim. Seu destino é ser assim. O que o impede é apenas o seu 'complexo de inferioridade'. Você está confundindo o seu ego carnal com você mesmo. Livre-se desse complexo de inferioridade. Alegre-se! Alegre-se e acumule atos de bondade. O desprezo a si mesmo não é, de forma alguma, humildade nem modéstia; não passa de uma espécie de autodestruição."

Quando li o título deste capítulo, logo pensei com meus botões: o prof. Seicho deve estar escrevendo sobre mim! Quando continuei lendo as primeiras frases, tive a certeza: era de mim mesmo que ele estava falando!
Brincadeiras à parte, o que nos pode ensinar este trecho? Simples: não esconda o brilho de sua personalidade. É mais ou menos aquilo que Jesus nos ensinou no Sermão da Montanha (para mim toda a síntese do pensamento de Cristo pode estar resumido nos capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho de Mateus; o resto, como diria aquele rabino... bom, voltando...
A ideia de Cristo era o seguinte (perdoai a preguiça do blogueiro em apanhar a Bíblia mais próxima): "Vós sois a luz do mundo, não se coloca o lampião embaixo da mesa..." Lembraram? Bom, nós somos a luz do mundo e também o sal da terra. Em outras palavas, nós somos essa personalidade brilhante de que trata o capítulo. Se não acreditamos nisso, pelo complexo de inferioridade de que cita o trecho, bem, aí evoco outro trecho bíblico, que os mais bibliófilos podem lembrar: Qual o único pecado que não é perdoável? O contra o Espírito. O contra a nossa autoestima. O contra a nossa personalidade brilhante. E porque é imperdoável?
Porque você nega a presença de Deus neste mundo na forma de você mesmo. Em suma, você não manifesta Deus.
Captaram?


domingo, 9 de setembro de 2012

Conselho - Almir Guineto

Senhoras e senhores, eis aqui uma mensagem que gostaria de deixar do nosso querido preletor em grau Samba Almir Guineto (ok, ok, forcei a barra, mas se fosse um preletor que estivesse dizendo o que a letra do samba diria vocês todos diriam "Muito Obrigado!", não? Então saibam que Seicho-No-Ie se descobre assim, até mesmo num samba...)


Taí a Regina Casé  que não me deixa mentir...

http://www.portalkm.com/2011/01/regina-case-se-emociona-no-esquenta.html

Não é bonito? Não sei, sinceramente, se faria igual...

Da Centésima (Isso Mesmo!) Palestra

Povo do meu blog! Como vocês podem ter visto nos últimos dias, sacudi a poeira da minha letargia neste blog e estou aos poucos recuperando a velha forma, com a ajuda sempre benvinda do nosso bom e velho Seicho Taniguchi e seu livrinho "Convite Para Um Mundo Ideal". Mas, o que acabei de descobrir é algo que, sinceramente, merece comemorações.
Hoje fui novamente para Papucaia participar de mais um Domingo da Seicho-No-Ie. Foi legal, para variar, como sempre naquela agradável paragem. Já cansei de dizer aqui que quando vou para lá me sinto nos primórdios da Seicho-No-Ie, porque é a única reunião que participo em Niterói que tem japonês! E mais: tem mais japonês do que ocidental!
Por exemplo, das nove pessoas que hoje compareceram, três eram ocidentais e seis (isso mesmo!), seis tinham os olhinhos puxados. Isso, para o Rio de Janeiro atual, é muito emblemático...
Pois bem, agora, depois deste último post que fiz sobre nosso livrinho de estudo, recontei todas as minhas palestras desde o último registro que fiz aqui, em 9 de outubro do ano passado (exatos 11 meses), em que parei na 49ª palestra. Aí calculei:

Restante do mês de Outubro/11: 6
Novembro/11:............................6
Dezembro/11:............................3
Total final 2011:........................15

2012:
Janeiro:.................... 2
Fevereiro:................ 3
Março:.................... 6
Abril:....................... 5
Maio:....................... 5
Junho:...................... 6
Julho:....................... 4
Agosto:.................... 4
Setembro (até agora):1
Total:....................... 36

Agora somem: 49 + 15 + 36 = 100

Isto mesmo, meus caros neófitos! Cheguei à minha centésima palestra!!! Número emblemático, não acham?
Pois é, só tenho a agradecer a todo mundo que vocês estão carecas de ouvir: ao Mestre Masaharu Taniguchi, a meus pais, em especial minha mãe pela paciência (e pela falta de, também), meus antepassados (principalmente a Ximenada), minha adorável e paciente sinhoura que quase nunca reclamou dos meus périplos missionários), ao professor Miyoshi Matsuda (sim, ele mesmo, de quem me inspiro para ser cada vez mais presente e cada vez melhor em minhas palestras),  a todos que acreditaram nas palavras deste humilde Líder de Iluminação, em especial ao Carlos Victor, que foi o primeiro destes corajosos (sim, minha primeira palestra foi lá em São Gonçalo, devidamente registrada aqui, era um capítulo, acho que o 17, do Livro dos Jovens), e a todos, de Papucaia, Itaipu, Itaboraí, Icaraí, Nova Friburgo, (vou para lá semana que vem!), São Gonçalo, Cabo Frio, Búzios, Regional também, enfim, a todos os que acham que sou um razoável transmissor das palavras do Mestre, o meu mais respeitoso muito obrigado! Prometo solenemente fazer palestras cada vez melhores, não só porque vocês merecem, mas porquê aquele simpático japonês que ora nos observa nas Associações Locais da vida por onde perambulo também merece!
Ah, sim, a palestra de hoje? Fugi totalmente do tema proposto, na realidade era sobre um capítulo do "Vamos Ler A Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade", que digitei aqui, mas, na hora, o tema mudou totalmente de figura: contei um pouco da história da Sutra e examinei com os participantes, ainda que sucintamente, cada capítulo da Sutra, e depois, a leitura propriamente dita... deve ter ficado bom!
E se o Victor, lá de Papucaia, que substituiu a preletora Adelair hoje, estiver me lendo, pode dizer na próxima reunião que esta foi especial, e que adorei, mesmo sem saber, que a minha centésima palestra foi lá! Pode dizer (e agradecer também) a todo mundo!
Vamos lá então?


PALESTRA – 09.09.2012 – PAPUCAIA – BENEFÍCIOS DA SUTRA SAGRADA E DA GRATIDÃO – VAMOS LER A “CHUVA DE NÉCTAR DA VERDADE” - PG. 125/138

Ter perto de si

A Verdade da Seicho-No-Ie está registrada em forma de belo poema nas Sutras Sagradas Chuva de Néctar da Verdade, Palavras do Anjo e Contínua Chuva de Néctar da Verdade. Suas palavras tocam diretamente a nossa alma, ultrapassando a razão, porque nos foram reveladas por Deus através do mestre Masaharu Taniguchi.
Sendo em princípio um poema, é importante captarmos diretamente o seu significado por meio do ritmo das palavras, e não por meio de argumentos racionais. Devemos, portanto, ler, pois as palavras nos transmitem melhor o seu ritmo quando lidas em voz alta do que quando permanecem apenas em letras escritas. É o mesmo que uma partitura musical: sensibiliza nossa alma com muito mais intensidade quando interpretada através de um instrumento musical ou cantada, do que apenas observada visualmente.
Não significa, porém, que a partitura seja algo inútil. Pelo contrário, ela desempenha um trabalho muito, muito importante, pois, sem ela, é impossível transmitir corretamente uma melodia. Um pontinho ou um risquinho pode modificar totalmente a composição. Podemos dizer que a partitura é o original da melodia.
Se uma pessoa que entende de música conservar sempre junto de si um exemplar de uma partitura, sentir-se-á como se estivesse ouvindo a própria música; e, quanto mais próxima de si estiver a partitura, maior será a oportunidade de entrar em contato com o seu ritmo musical. O mesmo ocorre em relação às palavras da Verdade.
Por exemplo, quando os senhores forem treinar datilografia ou digitação em computador, procurareão ter sempre perto de si a máquina de escrever ou o computador, para que possam assimilar mais rapidamente as técnicas de manuseio do respectivo instrumento. Toda vez que olharem para tal instrumento, sentirão vontade de manuseá-lo e, assim praticando nele, estarão naturalmente desenvolvendo a habilidade de cada um. Portanto, o segredo para se tornar habilidoso no manuseio de algum instrumento é tê-lo sempre perto de si. Se quisermos aprender rapidamente a usar uma câmera fotográfica ou a tocar piano, devemos ter esse instrumento sempre à nossa disposição.

Ter a sutra no carro

Também em relação ao trabalho, se a pessoa deseja desempenhar melhor o seu ofício e se desenvolver até se tornar um mestre, não deve ficar muito distante do local de trabalho. É preciso ir ao trabalho diariamente, ou então, residir perto do local de trabalho para nele estar com frequência. Estando perto, haverá interação entre a alma da pessoa e a alma do trabalho.
Devido a esse princípio também, torna-se sumamente importante que os senhores tenham sempre perto de si os livros da Verdade, principalmente as sutras sagradas, como citei anteriormente.
Se no dia-a-dia carregarem sempre consigo a Chuva de Néctar da Verdade, deixarem um exemplar no interior do carro e em cada aposento da casa, sem que percebam, o conteúdo das palavras nela contidas irá impregnando a sua alma e ocorrerá a interação da Vida dos senhores com a Vida que há na sutra.
Portanto, é bastante signficativo o fato de ler em voz alta as sutras, carregá-las consigo e deixá-las em diversos locais. Quem assim proceder terá resultados maravilhosos como o de ser protegido pela Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade ou o o de receber uma inesperada graça.
O sr. Tomeo Suzuki, que mora na província de Ibaraki, cidade de Hitachi, Heiwa-cho, tem uma trasportadora e passou a deixar em todos os seus 31 veículos, da empresa e de uso particular, um exemplar do talismã Chuva de Néctar da Verdade. Isso reduziu praticamente a zero a ocorrência de acidentes.
Antes disso, já havia acontecido um grave acidente, no qual fora decepada a perna de uma pessoa.
O sr. Suzuki colocou as sutras nos veículos por sugestão do seu irmão mais velho, que é um fervoroso adepto da Seicho-No-Ie, e também da sua própria esposa que gosta muito da Seicho-No-Ie.
– Querido, que tal colocarmos o talismã Chuva de Néctar da Verdade nos veículos?
Aceitando esta sugestão da esposa, ele colocou no interior de cada veículo um exemplar do referido talismã.
No início, ainda ocorreram alguns acidentes. Por exemplo, certo veículo, apesar de estar com o talismã, envolveu-se num acidente que chegou a afundar a cabina, mas o motorista nada sofreu. Outro acidente aconteceu com um caminhão de duas toneladas que caiu da estrada nova de Hakone diretamente num vale. Nesse acidente o motorista fraturou o crânio e correu perigo de vida. Foi levado imediatamente para o hospital de Odawara, de onde ligaram ao sr. Suzuki que já estava dormindo:
– Que devemos fazer? Se o deixarmos assim, ele morrerá; mas, se fizermos uma cirurgia agora, ele se salvará, apesar de pode ficar com alguma sequela.
Este foi o diagnóstico do médico e o sr. Suzuki pediu-lhe que realizasse imediatamente a cirurgia, arcando com toda a responsabilidade. E se dirigiu, tarde da noite, à cidade de Odawara, levando sua esposa e a esposa do motorista acidentado.

A Kanzeon está aqui”

Logo ao chegar em Odawara, ao amanhecer, o sr. Suzuki foi à delegacia retirar os documentos do motorista e do veículo, mas não encontrou a Chuva de Néctar da Verdade. Perguntou ao pessoal da delegacia se não acharam mais nada, mas a resposta foi negativa. Foi ao local do acidente e procurou em vão, pois a sutra que havia colocado no caminhão desaparecera.
O motorista que sofrera fratura craniana, restabeleceu-se de forma milagrosa, sem sequela alguma. Foi realmente um acontecimento misterioso. Não há outra conclusão senão que o fato de ter colocado a sutra no veículo fez com que a manifestação da Imagem Verdadeira fosse mais reforçada.
Entretanto, após isso, o sr. Suzuki ponderou seriamente sobre a causa desses acidentes. “Será que posso ficar tranquilo só de deixar a Chuva de Néctar da Verdade em cada veículo? Desse modo estarei na total dependência dessa sutra, esperando receber passivamente os seus benefícios. O fundamental na fé é em que acreditar e de que forma acreditar. Portanto, é preciso que a minha mente sofra uma transformação e fique iluminada tal qual a mente de Deus, preenchida de amor profundo, bondade e gratidão”. Assim pensando, fez uma profunda reflexão e percebeu que lhe faltava sentimento de gratidão. A partir desse momento, o sr. Suzuki reorganizou a sua vida cotidiana e passou a agradecer a todas as coisas do céu e da terra. Desde então, nenhum de seus veículos passou por qualquer tipo de acidente.
Em consequência, no mês de abril de 1973, recebeu da Empresa de Transportes Hitachi S/A. (subsdiária da holding Indústria Hitachi) o reconhecimento de melhor empresa filiada; em novembro de 1983, foi premiado pela Zenkoku Rikujyo Kamotsu Jigyodan (Associação Nacional das Empresas de Transportes Terrestres) por operar durante cinco anos sem acidentes. E, no mês de novembro de 1985, foi premiado por funcionar sete anos consecutivos com ausência total de acidentes e sinistros.
Tudo isso foi, sem dúvida, resultante da fé pessoal do sr. Suzuki na condição de empresário, como também dos benefícios causados pela Chuva de Néctar da Verdade. Além disso, foi consequência da fé profunda de seus familiares que vivem o dia-a-dia com pensamentos irmanados. Para o sr. Suzuki, a sua esposa, dona Yoshiko, é a “Kanzeon da minha casa”. Foi ela quem fez a inscrição de todos os funcionários da empresa como membros da Missão Sagrada.
Além dela, na família Suzuki, existe mais uma Kanzeon. É a nora, dona Toshiko, que cuida praticamente szinha de todo o serviço de escritório da transportadora. Seu conceito é tão bom que todas as pessoas ligadas à Indústria Hitachi, à Transportadora Hitachi e demais empresas correlacionadas tecem elogios a ela.
Graças a essas duas Kanzeons, os negócios do sr. Suzuki prosperam cada vez mais. Aliás, não só os negócios vão bem, mas seu lar também está muito bem, é um verdadeiro paraíso. Para completar, zerou a ocorrência de acidentes e de qualquer sinistro, tornando realmente maravilhoso o seu ambiente de vida.

A mente que agradece

Como devem ter percebido através deste caso relatado, é muito importante deixar as sutras sempre perto de si, nos aposentos da casa e no interior de veículos, mas os benefícios são menores se a pessoa não compreende bem os seu conteúdo e não pratica seus ensinamentos.
A exemplo do sr. Suzuki, quando, além de colocar a sutra nos veículos (pendurada no espelho retrovisor), todos se tornaram membros da Missão Sagrada e cada pessoa viver com a mente preenchida de gratidão, em completa harmonia com os familiares, deixarão de ocorrer quaisquer acidentes.
Se, além disso, realizar diante do oratório a leitura diária da Chuva de Néctar da Verdade, ou oferecer a leitura em benefício de alguma pessoa, os resultados serãom naturalmente, ainda mais admiráveis. A seguir, vejamos o caso de uma pessoa que assim procedeu.
Na província de Gunma, cidade de Oota, Honcho, reside o proprietário de uma loja de máquinas fotográficas, o sr. Kosaku Kobayashi (52 anos, em 1986). Seu sogro, o sr. Kotaro Kawata, fora muito saudável até completar 83 anos. Em junho de 1985, porém, apareceu um nódulo na sua garganta e ele não conseguia ingerir nada. O irmão mais velho da esposa do sr. Kobayashi, que residia nas proximidades, ficou deveras preocupado e levou o pai para ser examinado no hospital da previdência social da cidade. Disseram-lhe, então, que havia suspeita de câncer e que o enfermo deveria se submeter a exames minuciosos no Hospital Universitário. Recebeu uma carta de apresentação e foi para o Hospital Universitário a fim de internar o pai para os exames. Nos primeiros dias, o sr. Kobayashi e a esposa permaneceram no quarto do hospital.
No dia do internamento, o hospital estava lotado, sem nenhum quarto apropriado à disposição; então instalaram o sr. Kawata num aposento enorme, onde havia apenas uma cama e um sofá. Era um quarto frio e desconfortável.
O sr. Kobayashi pegou a Contínua Chuva de Néctar da Verdade e começou a ler à cabeceira de seu sogro, com toda a sinceridade, desejando dar um pouco de conforto a ele que estava bastante abatido por estar sem se alimentar havia três dias. À medida que lia, brotou no íntimo do sr. Kobayashi a seguinte sensação: “Não estou lendo esta sutra para meu sogro, mas para mim, pois eu próprio estou aprendendo os ensinamentos.”
Lendo compenetradamente a sutra, cada palavra, cada frase penetrava fundo na sua mente e, quando se aproximou do fim da leitura, começou a soar forte em seu interior a palavra “agradeça”. Terminada a leitura, o sr. Kobayashi disse “obrigado” de todo coração e falou a seu sogro que estava deitado na cama:
– Papai (N. da t.: no Japão é costume chamar os sogros de pai e mãe), acho que não estávamos agradecendo o suficiente aos alimentos dos quais nos servíamos comumemente. A partir de agora, vamos agradecer a eles de todo o coração.
Então, seu sogro juntou as mãos com toda a naturalidade e disse do fundo do coração:
– Muito obrigado, muito obrigado!
Olhando essa cena, o sr. Kobayashi ficou muito comovido, sentindo o quanto é belo e nobre o ato de agradecer com toda a sinceridade. Não conseguiu conter as lágrimas ao ver o seu sogro agradecendo com as mãos justapostas.

Todas as coisas do céu e da terra tornam-se seus amigos

Depois, seu sogro adormeceu serenamente. Mas, durante a noite, apareceu repentinamente um médico e perguntou ao sr. Kobayashi:
– É seu pai?
– Sim – respondeu o sr. Kobayashi, achando que o médico lhe perguntara se o paciente era seu pai.
– Se seu pai conseguir se alimentar, não haverá mais perigo – disse o médico.
Até aquele momento, seu sogro sentia muita dor na garganta e não conseguia ingerir alimento algum. Por isso, o sr. Kobayashi sentiu que as palavras “Se ele conseguir se alimentar, não haverá perigo” era uma questão crucial. Era como se tivesse que solucionar a difícil questão: qual surgiu primeiro, o ovo ou a galinha? Então, o sr. Kobayashi pensou: “Se basta que ele se alimente, vamos agradecer aos alimentos e fazer com que ele possa comer”.
Ao amanhecer, sua esposa foi servir a refeição matinal e a ofereceu ao pai que já estava sentado no sofá, como que esperando a comida. Logo ele começou a comer avidamente. Vendo isso, o sr. Kobayashi se surpreendeu. Um doente que, até aquele momento, não conseguia ingerir nada, reclamando continuamente de dores na garganta, estava comendo tranquilamente, como se tivesse esquecido todos os problemas em algum lugar. Observando-o de perto, no início ficou preocupado achando que o sogro poderia engasgar e vomitar tudo, mas nada aconteceu e ele comeu tudo num instante.
Vendo essa mudança tão acentuada, o sr. Kobayashi sentiu profundamente a grandiosidade do sentimento de gratidão e, ao mesmo tempo, compreendeu o quanto a leitura sincera da Chuva de Néctar da Verdade, Palavras do Anjo e Contínua Chuva de Néctar da Verdade desperta a Vida das pessoas e faz projetar no mundo fenomênico a perfeição da Imagem Verdadeira. Desse modo, o sogro do sr. Kobayashi recuperou a saúde num tempo bastante curto.
Como ficou claro nestes dois casos, o primordial é ter a Chuva de Néctar da Verdade, – que contém palavras da Verdade – sempre perto de si e também carregá-la consigo. Não só tê-la por perto, mas é muito importante ler e praticar a Verdade escrita nela.
Um ensinamento que se destacou de modo especial em ambos os casos narrados foi o do sentimento de gratidão. Aquilo que parecia ser impossível, passou a ser possível quando conseguiram colocar em prática o ato de agradecer, aos funcionários e aos alimentos. Assim, ficou evidenciado que, com a gratidão, tudo se soluciona e consegue-se a natural saúde e a prosperidade.
Nas “Revelações Divinas do 'Acendedor dos Sete Candeeiros'” que consta na Chuva de Néctar da Verdade, está escrito:
“Reconciliar-se com todas as coisas do Universo significa agradecer a todas as coisas do Universo. (...) A reconciliação verdadeira será consolidade quando houver recíproco agradecer”.
Em suma, reconciliar é agradecer. E não basta agradecer parcialmente às coisas, mas a “todas as coisas do Universo”. Só assim o indivíduo estará reconciliado com todas as coisas do Universo e tudo se tornará seu amigo. Consequentemente, nada poderá prejudicá-lo.
Tanto o fracasso nos negócios quanto as doenças, o fracasso na educação, os erros governamentais, tudo se origina da falta de reconciliação, isto é, da gratidão. Então, podemos afirmar que é muito natural que tudo se solucione quando há total sentimento de gratidão.




Convite Para Um Mundo Ideal - O Mundo Tem Odores

Pg. 26:

"Não há paisagem mais bela do que a do Sol brilhante refletindo-se nas folhas verdejantes de primavera. É quando se sente o frescor do cheiro das árvores e ervas por todos os lados. Tudo possui seu cheiro, exibindo com orgulho a sua existência peculiar. Da mesma forma, as pessoas também possuem, cada qual, a fragrância da sua personalidade, e parte dela se torna o seu odor corporal. Não importa se é intensa ou fraca, a fragrância da mente mostra a sua personalidade. Ela faz com que o seu trabalho avance ou retroceda, e também muda o seu destino para melhor ou para pior. Se a sua mente estiver grata e em harmonia com todas as coisas do céu e da terra, inclusive com a Natureza, a sua fragrância penetrará agradavelmente no coração das pessoas, seu desejo será atendido, e seu ideal se realizará."

Olha, nestes tantos anos de Seicho-No-Ie nunca li uma metáfora como esta... fragrância da mente... ou seja, será que, espiritualmente falando, nós cheiramos bem e mal, é isso?
Odores à parte, o que o prof. Seicho quis nos dizer aqui é a velha questão da nossa atmosfera mental, a nossa postura mental perante a vida. Nos comportamos como vencedores ou como perdedores nos inúmeros aspectos da nossa vida? Na vida familiar, na vida profissional, na vida amorosa, com qual perfume nos banhamos antes de assumir nossos papéis sociais e fenomênicos?  As duas gotas de Chanel 5 de Marilyn ou duas gotas diárias de Shinsokan For Men, de Masaharu Taniguchi?
Pensem nisso...

sábado, 8 de setembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - Suas Qualidades

Pg. 25:

"Você possui qualidades que você mesmo desconhece. Talvez elas não lhe sejam perceptíveis, tal como o fato de não percebermos o nosso próprio cheiro. Isso ocorre porque a sensibilidade e a percepção funcionam de modo precário, e não tomamos conhecimento do aspecto total das coisas. Veja um bebê. Ele dorme profundamente, às vezes desperta, ri e chora. Contudo, o próprio bebê não tem noção do quanto ele é lindo e maravilhoso. Mesmo assim, ele é amado por todos, protegido e criado. O mesmo ocorre com você que, por suas qualidades que você mesmo desconhece, é amado e protegido por todos, e recebe colaborações. Tenha mais autoconfiança e sorria com descontração! Seja natural!"

Acho que foi Aristóteles quem disse que o princípio da filosofia é nos espantarmos com as coisas. O Mestre Masaharu Taniguchi fala disso também, ao citar, em alguns de seus livros, um trecho de um livro da literatura japonesa intitulado "Carne Seca e Batatinhas" (no original Gyuniku to Bareisho), a frase: "Eu quero me surpreender". Pois bem, eu proponho a você, amável leitor, uma proposta bastante semelhante ao que Masanobu Taniguchi faz em seu Princípio do Relógio de Sol: por que não se espantar com o natural?
Sim, senhores, espantemo-nos com o natural. Deixemo-nos levar pelo natural. Fomos muito mal doutrinados pelas histórias alegóricas dos grandes livros religiosos em que abundam fenômenos miraculosos e inexplicáveis, mesmo sobrenaturais, e achamos que o caminho de uma espiritualidade decente passe necessariamente por algo do tipo "Faz Um Milagre Em Mim" (nada contra o Regis Danese, longe disso, apenas estou exemplificando). Mas, pelo contrário, como diria Paul Rabbit (Paulo Coelho, para os lusófonos), o caminho espiritual é o caminho das pessoas comuns.
Muito bem, esta introdução toda foi feita para este pequeno trecho, por qual razão? Ora, ora, você, amável leitor que me honra com sua leitura, já parou para perceber a maravilha que você é, sendo simplesmente natural? Neste ponto, como diria o trecho, somos ainda bebês, pouco conscientes de nossa divindade inata. Você, amável leitor, já parou para imaginar que você, sim, você mesmo, é um pensamento condensado, materializado de Deus? Que você é Deus em potencial e em alcance? Não? Não mesmo? Pois está na hora de mudar isso... 
Ok, ok, como fazer este turning point? Simplesmente viva de forma... natural, ou seja, seja neste mundo quem você realmente é. Nesta hora é que me recordo do bom e velho e ateu Nietzsche (saúde!) quando ele nos exortava a nos tornar incessantemente aquilo que somos...
E o que somos? Filhos de Deus, em sua forma mais natural possível, aqui e agora mesmo.
O resto? Bem, o resto... vocês conhecem aquela do rabino, não?

Convite Para Um Mundo Ideal - Os Benefícios da Meditação Shinsokan

Pg. 24:

"O que você guarda na mente se manifesta, sem falta, sob alguma forma. transparece no seu semblante, em suas palavras e atitudes e, por fim, manifesta-se em seu corpo ou no ambiente. Por isso, purifique em primeiro lugar a sua mente. Tenha amor no coração, mantenha o pensamento alegre e não macule a sua mente com pensamentos baixos. Para tanto, pratique sem falta a Meditação Shinsokan, duas vezes diariamente: toda manhã, assim que despertar, e toda noite, antes de se deitar. Entregue o seu pensamento a Deus e passeie pelo mundo verdadeiro criado por Ele. Agindo dessa forma, a sua mente ficará, a cada dia, em sintonia com a vontade de Deus; você se tornará uma pessoa tal qual Deus criou - a 'pessoa ideal' na qual resplandecem a sabedoria, o amor e a Vida ilimitados -, e, assim, o seu destino só poderá ascender, brilhante, tal qual o Sol pela manhã."

Em junho, quando estava no Seminário para Preletores e Líderes da Iluminação, em Ibiúna, uma colocação do prof. Heitor Miyazaki me chamou muito a atenção: em suma, ele disse que se não praticamos, é porque temos dentro de nós o sentimento de autopunição (naquele momento pensei: "ué, preguiça mudou de nome?"), porque se praticarmos nossa vida vai funcionar. E penso nisso até hoje. Na realidade, a preguiça é falta de disciplina, e isso significa que deveríamos interiorizar as práticas, não apenas falando da boca para fora. Mas daí a ser chamado de autopunição...
Confesso que forçou um pouco a barra nosso bom prof. Heitor, mas não posso lhe tirar a razão. Tomemos por exemplo o nosso bom e velho Shinsokan: O que nos impede de dedicar ao menos dez minutos por dia a essa salutar prática? A posição das mãos? As palavras da oração? A falta de tempo? Pensemos, meditemos e pratiquemos... parafraseando o axioma latino, na Seicho-No-Ie nulla salvatio sine praxis, não há salvação sem prática, ou, em outras palavras, a boa, velha e conhecida tomar vergonha na cara...

PS.: Não sou nenhum moralista não, este texto também serve como puxão de orelha para mim!