terça-feira, 15 de novembro de 2011

Convite Par Um Mundo Ideal - Olhando Fixamente A Estrela Sagrada

"Não tema as mudanças. Não lamente também a falta delas. Mesmo quando parece não haver mudanças, tudo neste mundo está se transformando a cada instante. Por isso, basta fazer com seriedade aquilo que lhe compete fazer agora, dedicando com paixão toda a sua força. O que deve mudar mudará naturalmente, e o que não puder mudar será mantido. A questão não é mudar ou não, e sim 'de que modo viver'. Se você avançar visando unicamente à vontade de Deus, você será capaz de atravessar a vida cheia de dificuldades, tal qual se atravessa o deserto num camelo, olhando fixamente a estrela sagrada, e finalmente alcançará o oásis, sem falta. E, após chegar lá, avançará rumo ao oásis seguinte, que é ainda melhor. O caminho para onde deve seguir será indicado, ininterruptamente, pela estrela que é Deus"

Quase todo discurso religioso, e a Seicho-No-Ie não foge à regra, preocupa-se com a questão da instabilidade do mundo fenomênico. No caso específico da SNI, a "resposta", por assim dizer, a ser dada a tal questão é a existência do chamado "Mundo da Imagem Verdadeira", ou seja: não importa o quanto as coisas podem mudar no fenômeno, existe um lugar em que tudo é bem (como cantaria Roberto Carlos, "além do horizonte existe um lugar, bonito e tranquilo pra gente se amar". Pois bem, esse "além do horizonte" pode vir sob a forma de uma promessa futura (como no cristianismo, por exemplo: você come o pão que o diabo amassou e as almas penadas colocaram no forno aqui nesta terra para, num futuro próximo (leia-se depois da morte) você obter sua vaguinha no céu.
Pode vir também, como no budismo, como uma explicação básica sobre o funcionamento do mundo fenomênico (e, lembrando Renato Russo, os versos "toda dor vem do desejo / de não sentirmos dor") e as suas quatro verdades e, por fim...
Vem a Seicho-No-Ie e apresenta o famoso, o internacional Mundo da Imagem Verdadeira com uma novidade: a abordagem pode até ser meio budista (lembrem-se que a Revelação Divina que o Mestre recebeu foi baseado na Sutra da Sabedoria, maiores informações leiam o volume 20 da Verdade da Vida), mas, este chamado MIV pode ser alcançado aqui mediante duas pequenas considerações...
1a - o mundo fenomênico é assim mesmo, mutável e inconstante; mas, porém, todavia, contudo...
2a - mesmo assim, podemos mudar, aqui, neste mundão fenomênico de Deus, as coisas ao nosso favor, basta para tanto seguirmos as leis mentais, ou, como colocou metaforicamente o prof. Seicho, avançar de oásis em oásis até o destino final.
E sempre olhando fixamente a Estrela Sagrada de nossa Imagem Verdadeira!

Convite Para Um Mundo Ideal - Tudo Dentro de Você

"Tudo está dentro de você: montes, rios, ervas, árvores, seu país natal, seus pais, irmãos... Por isso, você precisa reconciliar-se, harmonizar-se consigo mesmo e agradecer a si próprio. Agradecer a si próprio significa encontrar a sua verdadeira identidade - de filho de Deus, - tornar-se uno com ela, sentir-se de fato assim e admirar o quanto isso é maravilhoso. Você dirá: 'Oh, como é gratificante ter nascido aqui, e ser eu mesmo!'. Quando se sentir assim, tudo em sua volta o abençoará, colaborará com você conforme sua vontade e exaltará as suas qualidades. Será que você está realmente contente em ser você mesmo?"

Passo a pergunta final para o amável leitor, ou leitora: será que você está realmente contente em ser você mesmo? Dadas as premissas acima, de que somos, apenas e antes de mais nada, filhos de Deus, deveríamos estar, né? Dando pulos de felicidade e contentamento, inclusive. Mas, será que estamos realmente felizes?
Lembram-se de um dos capítulos atrás, a que o prof. Seicho discutia sobre a importância da gratidão, aqui e agora? Pois é, este trecho tem algo a ver com ele, e nos suscita curiosas e interessantes reflexões: se porventura alguém que me lê agora não está contente em ser você mesmo, responda para si o que falta para estar contente. Ah, e desde já advirto: respostas como "as outras pessoas são melhores" desde já estão desclassificadas, afinal, este mundo não é lugar para autocomiseração, e, sim, para aprimoramento espiritual. Em vez de estarmos sentados na beira do caminho chorando nossas pitangas, devemos é arregaçar as mangas e partir para, como Nietzsche mesmo disse, "tornar-se incessantemente quem tu és". O resto, bem, o resto, como dizia aquele rabino...

Convite Para Um Mundo Ideal - Mente Alegre

"Assim como os raios de Sol alegram o coração das pessoas, uma mente alegre faz com que a vida se torne radiante. O seu destino pode tomar qualquer rumo, dependendo do quanto sua mente é alegre. Por mais que uma pessoa seja inteligente e se expresse muito bem, se a mente dela for sombria, seu destino será também sombrio. Se você pensa 'Por que não tenho sorte? Por que as pessoas não gostam de mim?', reflita e observe se a sua mente não é sombria, se não lhe falta alegria no semblante. A alegria da mente transparece em forma de palavras e expressões faciais alegres. Por isso, se utilizar palavras alegres e mantiver o semblante alegre, naturalmente a sua mente também assim se tornará"

Logo quando li este capítulo, não pude deixar de me lembrar daquela velha música interpretada por Agnaldo Timóteo, "Sorria, Sorria", que virou até tema de propaganda de carro: "Sorria meu bem, sorria / da infelicidade que você procurou / chorar, pra quê, chorar? / Você deve sorrir, que outro dia será bem melhor"...
Breguice a parte (e também deixo a modéstia à parte para dizer que interpreto esta cançoneta como ninguém!), a letra, por mais incrível que pareça, nos passa uma importantíssima lei mental, a de se ter sempre a mente alegre, inclusive e principalmente nos momentos difíceis...
Muitas vezes menosprezamos a questão da alegria, imaginando que ela seria um subproduto das dádivas divinas, nada mais falso. Com efeito, a alegria é tão, mas tão importante, que ela mesma é a quinta dos seis atributos divinos que shinsokamos todo santo dia (junto com a Sabedoria, o Amor, a Vida, a Provisão e a Harmonia). Ainda precisamos equacionar direitinho a questão de "religiosidade = seriedade", o que também é igualmente falso. Religiosidade é igual a naturalidade, e, como vimos aqui, está longe da sisudez e da seriedade. O pior é que os termos se confundem, infelizmente, senão, vejamos: o termo "irreverência" (não reverência) se confunde com descontração, ao passo que a reverência exige as tais da sisudez e da seriedade.
Como combinar isso, se Deus, também, é alegria? Simplemente vivendo de modo natural.

Parabéns Pra Você...

Bom, como passa da meia-noite, me permitam abrir um pequeno parêntese em nosso edificante estudo para lembrar-vos que O Mais Querido completa hoje 116 anos de vida. Sim, senhores, o seu, o meu, o nosso Clube de Regatas do Flamengo está de aniversário! E, para tanto, até mesmo um feriado nacional se fez necessário!
Na realidade, exageros a parte (se bem que todo exagero é pouco quando se fala do Flamengo), ele foi fundado em 17 de novembro de 1895, mas o pessoal resolveu antecipar a data para que todo aniversário fosse feriado nacional. Ou seja, desde sempre o Flamengo revela seu caráter marqueteiro!
Então é isso. Voltamos com a nossa programação normal (ou vocês acham sinceramente que este blogueiro iria deixar passar esta data em brancas nuvens?)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Convite Para Um Mundo Ideal - Viver Naturalmente

"Você não deve hesitar. Não deve parar e olhar à sua volta. Você deve avançar, seguir em frente, sem vacilar. Nessa hora, você deve ser capaz de caminhar corajosamente sobre uma corda colocada nas alturas. Se sentir insegurança ou vacilar, você cairá dessa corda. E, assim, sua vida sofrerá um revés. Por isso, você deve caminhar firme, adiante. Com o olhar voltado para a frente, caminhe em direção à sua meta, de modo imutável. Nessa hora, terá uma mente pura e transparente, um coração de criança, um coração sem pensamentos impuros. Viver naturalmente significa viver assim."

Não se espantem, o capítulo já acabou, mas encerra interessantes questionamentos. O que está por trás deste nosso comportamento de hesitação, de olhar para o lado ante uma situação aparentemente adversa? Viver naturalmente significa viver assim. Como assim "viver assim"?
Vou continuar no exemplo que o prof. Seicho nos falou: imaginemos se você se equilibrar num estreito meio-fio, de um lado está a calçada, do outro a rua. É fácil, não? Faremos isso com um pé nas costas e outro se equilibrando. Agora, imaginemos nos equilibrar desta mesma forma a dez metros de altura. Entraremos em pânico, não? Sim, mas como ficaremos nervosos se quando estávamos no chão ficávamos tão tranquilos?
A aparente resposta é uma só: instinto de preservação: ora, bolas, no chão não tem problema, mesmo que eu caia só levo um ou outro arranhão e só. A dez metros a história muda, eu posso cair e ser lembrado apenas na forma de uma tabuleta memorial ou se algum amigo se dignar a me inscrever no culto eterno, certo?
Certo. Absolutamente certo. Mas ainda não é a resposta para o nosso questionamento. Repiti-lo-ei: o que está por trás deste nosso comportamento de hesitação, de olhar para o lado ante uma situação aparentemente adversa?
A resposta é uma só: nossa imaginação. Veja bem, no exemplo que damos, a única variável existente foi a altura, a base de sustentação (onde nos equilibramos) permaneceria o mesma, poderíamos até mesmo dobrar a distância e o medo seria exatamente o mesmo.
Mas aí poderão dizer: claro que teremos medo, afinal, algo muito mais importante do que a imaginação funciona num quadro destes, é o instinto de auto-preservação.
Aí sim vocês chegaram onde eu queria chegar: instinto. Carregamos há milhares de anos, de nossos antepassados, tais comportamentos aparentemente medrosos, sob a forma de instinto, comportamentos estes que nos ajudaram a chegar onde nós estamos agora. Mas...
Mas até onde tamanha precaução e tamanho instinto de auto-preservação nos ajudaria a sermos pessoas melhores? Qual a fronteira entre este instinto e a fobia ou a covardia? E, pergunto mais, até que ponto a fé em nosso Deus interior nos permitiria utilizar este instinto de um modo tão controlado que nos permitiria a viver, como diria o prof. Seicho, de modo natural?
Ah, e não sou um superhomem neste sentido também não: várias e várias vezes este instinto aflora em mim de modo totalmente inconsciente, ou seja, aparentemente "descontrolado"...
A verdade, queridos leitores, é que certas verdades espirituais só se incutem em nós através de uma forte experiência. As promessas do Salmo 91 por exemplo ("Mil cairão a tua direita e dez mil a tua esquerda") só nos serão sentidas por experiência própria, que nem São Tomé. Até lá nosso instinto permanecerá como o único guia cego de nossas ações.
Salvo se... tivermos uma fé de uma criança, mesmo que do tamanho de um grão de mostarda. Aí podemos, efetivamente, viver naturalmente...

Há Dois Anos Atrás...

Interrompemos nossa programação para lembrar aos queridos leitores deste blog que hoje, exatamente hoje, há dois anos este Líder de Iluminação que vos tecla proferiu, em São Gonçalo, a sua primeira palestra oficial na Seicho-No-Ie, numa reunião de vizinhança na casa de Carlos Victor, alguém se lembra? Creio que só minha augusta esposa, presente à reunião, recorda-se. Devo ter escrito algo neste blog, à época também recém-criado, e que a preguiça mo impede de procurar. O tema era baseado no Livro dos Jovens, livro fetiche de CV (Carlos Victor).
Como já tive oportunidade de dizer aqui, novembro é o mês em que quase tudo referente a mim na SNI começou. Querem uma prova?

16/11/96 - 1a vez na SNI
23/11/96 - 1o Culto aos Antepassados (Culto mesmo, na época era assim!)
14/11/09 - 1a Palestra na SNI

Sem contar o blog que começou em novembro também, e no meu próprio casamento, no dia 20/11. Então, como é, vamos cantar parabéns?

Convite Para Um Mundo Ideal - Sentir-se Grato, Aqui E Agora

"As grandes metrópoles possuem a sua beleza, e o campo também. Se, estando numa metrópole, olharmos somente a sujeira que nela existe, ou, estando no campo, olharmos somente a falta de praticidade do local, estaremos errados. Isso seria comparável a um homem desejar ter nascido mulher; ou a uma mulher que, desejos de ter nascido homem, age propositadamente como se fosse um homem. Isso é um verdadeiro desperdício de tempo e energia. Como se não bastasse, ainda acumulam carma, ao instilar às pessoas a peçonha da 'insatisfação'. Você precisa primeiramente agradecer ao lugar onde mora. Agradeça, de coração, pelo fato de não ser um campo de batalha no Vietnã, nem estar diante dos tanques de guerra soviéticos no Afeganistão, mas simplesmente estar em uma metrópole ou localidade do interior, no Japão"

Excelente trecho, não acham? Ainda mais para mim que, tal como o eu lírico de Raul Seixas em "Eu Também Vou Reclamar", "pois eu sou um rapaz latino-americano que só sabe se lamentaaaaar", eu chorarei também minhas fenomênicas pitangas!
A pitanga mais imediata: arranquei hoje o que os odontólogos chamam de "segundo molar", ali, bem do ladinho do nascituro terceiro molar, que os referidos profissionais costumam chamar de siso. Doer não é bem o termo, mas confesso que estar com a boca amarrada por dentro não é lá uma situação très agréable, ainda mais em se tratando de tê-lo extirpado bem no meio de um feriadão, num dia chuvoso, o que me impediu, inclusive, de dar uma palestra hoje, afortunadamente transferida para a próxima segunda-feira, justamente sobre este livrinho!
Já que o professor Seicho também falou, vou dar mais uma choradinha: moro no quarto andar de um prédio sem elevador e não sei porque ofícios metabólicos eu só tenho engordado ao invés de afinar minha silhueta. Confesso que, quando estou no ponto de ônibus e esqueço meu Bilhete Único em casa, a vontade de xingar é muita, tamanha...
Que mais? Ora, minhas senhoras e meus senhores, todos nós temos nossos motivos de queixa, e frequentemente os mais ridículos possíveis: um dente, uma casa no alto (e isso que não lhes contei onde morava em Anchieta...!).
Mas quantos de nós agradecemos por ter a ventura de achar um dentista que não seja carniceiro (como o meu!) e tratou bem deste extirpado apêndice calcáreo? E pela felicidade de ter onde dormir, ainda que seja nas franjas do Everest (ok, ok, exagero um pouco, mas tudo bem...)
Se fôssemos colocar na ponta do lápis, teríamos muito mais motivos para agradecer do que para lamentar. Aliás, sequer teríamos motivos para lamentar, pois tudo vem para o nosso bem. Eu antigamente achava que esta frase ou era uma desculpa moral ou riminha infantil para educar crianças. Hoje, depois que certas coisas ocorreram comigo no último inverno e que um dia me disporei a dividir convosco neste espaço, acredito piamente que não: tudo ocorre, ocorre não é bem o termo, tudo concorre para o nosso êxito, mesmo as situações aziagas!
No fundo, é bem como cantarola Benito di Paula, no seu samba que todo malandro de verdadee deve entoar após efetuar um belo shinsokan: "Tudo está no seu lugar, graças a Deus, graças a Deus, não podemos esquecer de dizer: graças a Deus, graças a Deus..."

Convite Para Um Mundo Ideal - É Importante Doar

"Você já recebe abundantemente. O ser humano não pode pensar somente em benefícios próprios. É necessário dedicar-se aos outros e também contribuir para o bem-estar público. Da mesma forma, se uma nação visa somente a benefícios próprios, acabará sendo desprezada pelo mundo todo. Nesse sentido, também é necessário 'ajudar um aliado quando ele está em apuros, mesmo sabendo que isso acarretará algum inconveniente'. Se tal ajuda for uma atitude correta, o inconveniente será de alguma forma compensado, e a nação será retribuída. Ajudando o outro, quem ajuda também será ajudado. Toda causa sempre produz o seu efeito, e não falha. Dessa forma, aquilo que um dia foi oferecido retornará anos após, ou centenas de anos após, de modo multiplicado"

Quem já teve oportunidade de presenciar uma de minhas palestras em que trato da prosperidade está careca de saber que faço sempre remissão ao chiquitito pero cumplidor livrinho do Mestre "Chave da Provisão Infinita", em especial detectando e isolando o princípio básico que norteia aquela obra, que se resume no seguinte: a chave da prosperidade está na lei do "dá e receberás", ou seja, na questão da doação.
Outro dia, quando dei uma palestra nos jovens, se não me engano foi a 53a , ainda não publicada aqui, em 22.10, estudei o capítulo 10 do referido livrinho e li algo como "você deve doar principalemente àqueles que não têm condição de lhe devolver" (perdoem a imprecisão, estou tirando tudo de cabeça). E o tema deste primeiro capítulo (vão se acostumando, os capítulos são deste tamanho!) é justamente esse: a doação sem expectativa de retorno ou, se esperar por um retorno, este será a longo prazo (confesso que as "centenas de anos após", ainda que "de modo multiplicado" desanimam um pouco, mas...
Mas esta, queridos amigos, é uma das mais preciosas leis que temos dentro da espiritualidade: a da doação. E porque, perguntam, seria ela tão importante? Porque, em última instância, é uma das leis que mais comprovam a grande máxima seichonoieana de que "eu e o outros somos um". Parafraseando Lavoisier, "na espiritualidade nada se perde, nada se cria, tudo se renova, tudo se recicla..."

Convite Para Um Mundo Ideal - Introdução

"Toda e qualquer pessoa acalaenta algum tipo de 'ideal'. Existem ideais grandes e também ideais pequenos. Isso não se define como mera ambição, mas sim como algo mais elevado. É o desejo do ser humano de tornar-se melhor do que é atualmente. Podemos até dizer que é a busca pelo 'Reino de Deus'. Ou seja, seria algo como a liberdade, a igualdade, a riqueza etc.
Entretanto, na realidade, tais coisas não são visíveis aos olhos, o que não significa que não existam. Isso se deve ao fato de que o 'Reino de Deus' não pode ser visível. Quando alguém compreende que falsas são as coisas que podemos ver aos olhos carnais, e verdadeiras as que não podemos ver, e reconhece que o 'Mundo Ideal' já existe, está diante do 'convite' para tal mundo.

10 de abril de 2000
Seicho Taniguchi"

Quase todo livro da Seicho-No-Ie que se preza apresenta um texto à guisa de prefácio ou de introdução, que, ou conta a origem da obra (como, por exemplo, "Comande Sua Vida com o Poder da Mente") ou conta a razão para tal título.
Poderíamos afirmar, sem medo de errar, que mais um prefácio ou mais uma introdução numa obra tão pequena como esta só poderia apresentar ao leitor as razões para o título, sem nenhuma outra motivação para, por exemplo, contar a origem de tal obra. Como veremos a seguir, cada "capítulo" é composto de apenas um parágrafo, de modo que esta obra se compõe, essencialmente, de pequenas reflexões do cotidiano que só mesmo o nosso bom e velho Seicho é capaz de fazer (e que, dentro da literatura Seicho-No-Ie, acho que só mesmo sua nora, a prof. Junko, seria capaz de algo semelhante; nem mesmo o Mestre tinha esse dom de discorrer sobre o cotidiano de forma tão magistral, Masanobu então, pfui!).
Assim, o que podemos aprender sobre o livro que iremos estudar a partir de agora? Seria aquela velha mas sempre oportuna lição de Antoine de Saint-Exupèry, em seu "Le Petit Prince" ("O Pequeno Príncipe", para os lusófonos): o essencial é invisível aos olhos. E, em cada capítulo deste livrinho, irá se descortinar, ainda que em doses homeopáticas, vários aspectos desta "essencialidade" que é tão característica do pensamento da Seicho-No-Ie...

domingo, 13 de novembro de 2011

Convite Para Um Mundo Ideal

Comecemos pelo fim, à moda Brás Cubas (Machado de Assis sempre!). O opúsculo que os senhores podem observar ao lado é o mais recente lançamento da Seicho-No-Ie, "Convite Para Um Mundo Ideal" de autoria do nosso querido Seicho Taniguchi. A exemplo do que fiz com três obras dele, a saber, "Passaporte Para a Felicidade", "Modo Feliz de Viver" e "Viver de Modo Agradável" usarei este espaço para resenhar capítulo por capítulo tal obra.
Aliás, quando uso o termo "capítulo por capítulo" estou sendo assaz benevolente, uma vez que tal opúsculo comporta apenas pouco mais que sessenta parágrafos ao longo de suas setenta e quatro páginas. A grande maioria dos capítulos (com exceção de um deles e do prefácio) contém apenas um econômico parágrafo (as duas exceções apresentam dois...), de modo que somente alguém muito preguiçoso não se disporia a ler tal obra com vontade em aproximadamente uma hora de boa e recomendável leitura. É o que nos proporemos a fazer no próximo post.
Ah, sim, e desde já recomendo: é ótima e salutar leitura. E darei duas palestras, no próximo dia 21 e na conferência do dia 3, sobre este livrinho. Então, ao mesmo tempo que estarei passando para vocês, povo amigo do meu blog, um resumido estudo do livrinho, aproveito e estudo eu mesmo trechos do mesmo. Isso é o que chamo de aproveitar o tempo!

A Volta Do Que Não Foi

Sim, senhores, atendendo a pedidos e reclamações, a começar pela minha augusta esposa, volto a escrever neste blog. Na realidade, falar a verdade é preciso, desde que quando comecei a mexer no orkut melhoradinho chamado facebook (quero que alguém me dê, ontologicamente, provas da superioridade deste para aquele, que, pelo menos, ainda tinha comunidades para você se deleitar e (des)aprender um pouco mais. Mais enfin...
Volto, tendo que informá-los que outubro foi, disparado, o mês que fiz mais palestras (oito), e, consequentemente, mais pessoas me ouviram (102 ao total, contabilizei hoje ao enviar o relatório). Parece pouco, mas na minha carreira de dois anos de liderança iluminatória somente agora superei a barreira da centena de ouvintes), novembro está bombando de palestras também e dezembro inicia (vejam vocês a irresponsabilidade desta gente!) com uma Conferência aos meus cuidados!!! E para juvenis!!! Nem preciso dizer o quanto estou feliz com essa oportunidade e, ao mesmo tempo, redobrando meus estudos para tamanha responsabilidade...
Bom, o que mais? Ah, sim, temos o novo livro do prof. Seicho para comentar (um deles que eu trabalharei para esta conferência), enfim, um monte de novidades. Prometo atualizá-los de tudo, esquecendo um pouco desse tal de feicibuqui, que é um tanto quanto viciante, ao contrário do tal do tuíter, que não me agradou tanto assim...
Vamos lá então?