domingo, 3 de fevereiro de 2019

Happy - Pharrell Williams

Já tem umas semanas que eu venho com essa ideia e estou implantando hoje: a de na noite de domingo postar alguma música alto-astral-e-bem-a-cara-da-Seicho-No-Ie para iniciar a semana bem. E nada melhor do que este hit: Happy, de Pharrell Williams! E ainda, achei-a legendada. Escute, fique parado se puder, leia e interprete a sua letra e depois me diga: é ou não é um autêntico Hino Sagrado da Seicho-No-Ie, só que em inglês? So, ladies and gentlemen, enjoy!

Mas, Preletor, E As Partes Positivas das Pessoas, Coisas, Fatos e Notas?

Em bom japonês: "Nanakorobi Yaoki"
Quando acabei de publicar o último post, pensei cá comigo: "ué, mas eu estou me queixando de minha nota 3,8? E cadê as partes positivas das pessoas, coisas, fatos e notas?" Então, vamos lá...
Não me queixei da nota. Queixei da minha postura. Tudo bem, vamos dar o devido desconto, início de ano, estamos ainda nos acostumando com um novo ritmo, uma nova pegada, mas tinha assuntos ali nas metas que eu deveria ser um tanto quanto mais incisivo, e não fui. E o resultado está aí. Mas não me queixo, até porque vivenciei isso anos atrás na faculdade...
Imaginem um nerd como eu ao fazer sua primeira prova na faculdade, Economia Política com um professor que fez me apaixonar perdida e tardiamente por filosofia, que praticamente passou o semestre todo nos incutindo uma pergunta: "A natureza humana é boa ou má?" (E aí, o que vocês acham?), e que na sua primeira prova foi me dar um... 4! Quase 3,8, non è vero?
Imaginem este golpe de rasteira na minha autoestima estudantil! Só me restou estudar como um condenado, engolir a vida e a obra (mais a vida do que a obra propriamente dita, para dizer a verdade...) de Adam Smith para apresentar um trabalho na turma (ele dividiu a turma em seis pensadores para resolver a questão que levantei acima: além de Adam Smith, tinha Maquiavel, Hobbes, Montesquieu, Bernard de Mandeville e Rousseau), para finalmente parir um 8 e com a média chegar aos seis e garantindo minha aprovação. Mas não depois de um susto e tanto...
Mas que me fez lembrar, quase trinta anos depois (nossa, como já tô velho!) os exatos seis pensadores que imaginei nunca mais lembrar... ou seja, tem coisas que não adianta, ficam na nossa memória...
Como diz o meu ditado japonês favorito: Nanakorobi Yaoki! Ou seja, "Caia sete vezes, levante-se oito!" Oito, viu? E não 3,8!


Nota 3,8

Na verdade, é bastante temerário de minha parte escrever este post (nem vou fazer muita divulgação, deixem apenas os iniciados no blog saberem disso), mas ao mesmo tempo serve para uma boa reflexão...
No início do ano, como quase todo ano faço, fiz uma lista de metas para cumprir. Só que desta vez, por motivos que poderei comentar mais a frente, resolvi tomar por capricho o seu cumprimento, mas, para minha maior desdita, embora tivesse traçado planos para apenas três áreas da minha vida, existem várias submetas e acaba que fiquei com algo em torno de nada menos do que 34 (!!!), isso mesmo, trinta e quatro metas quando geralmente acho dez um absurdo para ser cumprido num ano.
Claro, tem muita coisa repetida, mas mesmo assim são 34 metas... uma delas vocês até já sabem, é voltar a escrever com regularidade no blog, e desde janeiro venho me esmerando nisso. Pra vocês terem uma ideia, em janeiro escrevi 32 posts em 31 dias, algo que não vejo sabe Deus quando (acho que desde a primeira fase do blog não sou tão prolífico...)
Mas o que me chamou a atenção foi que, no cômputo geral, nos 31 dias de janeiro, apesar de dar espaço para cada um dos planos aqui desenhados, meu desempenho foi pífio... de todas as metas, talvez quatro ou cinco estejam realmente de vento em popa, surpreeendendo até a mim mesmo pela disciplina que vou me impondo, maaaaaasssss.... no cômputo geral (literalmente, eu fiz uma contagem e planilhei cada uma das metas, dando justificativas ("desculpas" seria o termo mais adequado...) para o seu não cumprimento ou o seu cumprimento deficiente.
E, no final, chegamos, de um total de 10, à ridícula nota de... 3,8!
Ou seja, no geral, para cumprir minhas metas, obtive 38% de êxito. Fraco. Ruim. Péssimo.
Mas pensemos no lado positivo: tomar boa parte da tarde do meu domingo fazendo um mea culpa do que está ou não funcionando é até bom: faz-nos relembrar mensalmente do que nos prometemos quando espoucavam os fogos de artifício. E faz corrigir rotas. Se bem que alguma coisa tomou rumos digamos um tanto quanto distintos. Mas deixa estar, melhor assim. A cada 3 meses vou fazer uma correção de rota, ver o que eu consegui e o que não consegui, retocar um pouco os erros. E assim caminha a humanidade...
Esse 3,8 provou que tenho muito que sair da minha zona de conforto. Muita coisa para fazer e implantar na minha vida ainda. Mas vamos lá. Este blog além de ser um ponto de encontro de estudiosos e diletantes da Seicho-No-Ie volta e meia abriga algum desabafo meu. Como o fato de minha primeira nota no boletim ter sido 3,8...

sábado, 2 de fevereiro de 2019

13 - Não Deveis Enganar A Vós Próprios, Dizendo: "Sou Inocente Porque O Pecado Inexiste Originariamente"

E aí, resolveram o koan do post anterior? Não lembram? Vou repostar aqui:

Como podemos ocultar algo inexistente? E dar a esse algo inexistente fumos de existência?

Essa é a mesma incoerência que já tinha apontado anteriormente que chegaria nesta frase, só que aqui a coisa piora: como podemos nos enganar a respeito de declararmos inocência ante a inexistência do pecado? Vou colocar em destaque mais uma vez:

Como podemos nos enganar nos declarando inocentes sobre algo inexistente?

Em suma: como a Seicho-No-Ie diz que nos enganamos ao dizer que o pecado não existe?
Ou seja, num momento ela é enfática ao afirmar que o "pecado não existe", noutro ela afirma que nos enganamos ao afirmar isso. Como assim, Mestre?
Para piorar antes de (tentar) responder a esse novo koan, transcreverei o que consta na página 72 do volume 36 d´A Verdade da Vida:

"Se alguém nos perguntar 'Seicho-No-Ie é budismo?', responderemos 'Sim, certamente'. E se nos perguntarem 'Seicho-No-Ie é cristianismo?', responderemos também 'Sim, certamente'. Se nos questionarem 'Isso é uma contradição', diremos 'Sim, exatamente'. Se não abarcar a contradição, não será grande estrada da liberdade absoluta"

Mestre, isto é uma contradição! "Sim, exatamente. Agora vá você resolver!"
Vamos lá então...
Nos enganamos porque por mais que declaremos aos quatro ventos nossa inocência, sim, nos consideramos pecadores. Nos consideramos falhos, imperfeitos e tutti quanti
A próxima frase complementa o que quero dizer aqui, mas não vamos dar spoiler, por mais que a tentação seja grande.
Assim, se tivéssemos a verdadeira consciência divina de inexistência de pecado, saberíamos de cor e salteado um ponto importantíssimo que a Doutrina da Seicho-No-Ie frisa sempre que pode: a tal da tripla adequação à pessoa, ao tempo e ao local.
Pensem bem: se o pecado é algo existente somente no mundo fenomênico, e o mundo fenomênico é instavél e mutável par excellence, o que vem a ser pecado também é instável e cambiante. Sim, é verdade esse bilhete! Explico:
Sempre aprendi nos catecismos da vida que a figura mais impecável (literalmente!) era Jesus Cristo, no sentido de que foi o único até hoje sem pecado algum. Concordo. Mas, analisemos três passagens da vida dEle e veremos algo insólito:
1 - Bodas de Caná - Ele dá um esporro na mãe dele (sim, em Nossa Senhora em pessoa!) antes de transformar a água em vinho;
2 - Figueira - Ele amaldiçoa (Cristo amaldiçoando?) uma figueira só porque esta estava sem frutos para lhe matar a fome; e, para mim, a minha preferida:
3 - A Expulsão dos Vendilhões do Templo - Em que Ele surtou no Templo de Jerusalém com apenas um chicote (fico imaginando se Ele estivesse armado...) botando para fora os camelôs da época a chutes e pontapés.
Agora pensemos: fosse eu ou você, amável leitor(a) que me dá a honra da leitura, que desse uma descompostura na sua própria mãe em público (tanto que acabou parando no Evangelho...), amaldiçoasse uma figueira ou criasse sozinho uma arruaça no principal local da sua religião, você no mínimo seria um pecador, desequilibrado, mal-agradecido e um herege, não? E com algumas doses de Rivotril depois, iria pedir sua penitência junto ao padre mais próximo, não?
Não com Jesus. Ele sabia da tal tripla adequação.
Volto com o Mestre, n ´A Verdade da Vida, vol. 35, pgs. 134-135:

"Ate mesmo no cristianismo, que prega o amor e o perdão de Deus, existe o episódio em que Jesus Cristo, ao chegar ao Templo de Jerusalém e deparar com comerciantes vendendo suas mercadorias e cambistas sentados às suas barracas, enfureceu-se pelo fato de estarem maculando o templo e os expulsou brandindo um chicote. Naquele momento, Deus manifestou-Se através de Jesus Cristo, usando 'arma cortante' (repreensão severa). Deus é bondoso e severo, é amor e justiça, e Se manifesta sob um ou outro aspecto, dependendo da circunstância."  (grifamos)

Viram? Dependendo da circunstância, algo pode ser ou não pecado. E tendo essa tripla adequação em mente, saberemos quando é isso...
Aí vocês me perguntam: e como saber? Meditação Shinsokan, crianças, Meditação Shinsokan...
Mas desconhecemos a tripla adequação, e achamos que algo pode ser pecado ou não. E pior, levamos esse pecado para nós mesmos. Aí, com uma interpretação superficial de que "o pecado não existe" você vai conseguir se livrar este estigma? Me engana que eu gosto...

PS.: Voltando ao episódio das Bodas de Caná, lastimo profundamente que tenham truncado um ou dois versículos daquele relato, que deveria ser a resposta de Nossa Senhora: "Então Sua mãe virou-se para Ele e disse: 'Olha aqui, você pode ser Filho de Deus, Filho do Homem, Salvador do Mundo, o que for, mas aqui você é meu filho, e como tal, me deve obediência, senão vou contar para o seu pai! Agora trate de salvar este casamento aqui para os noivos não passarem vergonha! E Jesus concordou", e aí aparece a cena de Maria dizendo "Façam tudo o que Ele pedir" e aí o resto é história...

Revelação Divina do País da Grande Harmonia

E assim chegamos à última Revelação Divina, da mesma forma baseada mais na história e nos costumes fenomênicos japoneses do que tratando propriamente dito sobre a doutrina. Pontos a observar? Querem saber mais sobre tenson-korin? Vão até Imagem Verdadeira e Fenômeno. Destaco o ponto em que é revelado que Deus "jamais amaria especialmente o povo japonês. Erraram porque ficaram convencidos demais". Essa história de "povo escolhido" me lembra muito sobre os judeus... até outro dia vi um rabino falando disso, achei bem interessante... mas isso é outra história, envolvendo outro povo, outra religião...

"Vou falar novamente sobre o significado de Dai-nipponi-amatsu-hitsugi-sumera-mikoto (venerável herdeiro da grande fonte de luz). Tenson-korin1 é a expressão simbólica da ideia de que a vontade do Pai do céu desce do alto, e toda a face da terra se torna um mundo de luz, um mundo de grande harmonia. Não significa que o povo japonês irá dominar o mundo. Significa que chegará o tempo em que Tenson, isto é, a vontade do Pai do céu, irá reger o mundo. Este é o significado da Oração do Pai Nosso, ensinada por Jesus: 'Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu'. A terra onde se realiza a vontade de Deus é o Hikari-amaneki-sekai-no-kami (pais do mundo repleto de luz). Interpretando esta expressão em sentido restrito, pensam equivocadamente que se trata do Japão. Este é o pequeno Japão, não o país de grande luz. Referindo-me à chegada do tempo em que a vontade do céu preencherá toda a face da Terra, ensinei que 'chegará o momento de restituir as terras dos cinco continentes ao herdeiro do céu (vontade de Deus)'. 'Herdeiro do céu' não se refere ao corpo carnal. Ensinei tanto que 'o corpo carnal não existe', mas pensam que se trata de corpo carnal e apegam-se a ele, razão pela qual cometeram um grande erro inseparável. Aos olhos de Deus, todo ser humano é filho de Deus, e, portanto, Ele jamais amaria especialmente o povo japonês. Erraram porque ficaram convencidos demais. Dai-nippon-amatsu-hitsugi-sumera-mikoto não é nome próprio, é expressão simbólica de uma ideia. Dai-nippon significa luz onipresente; Amatsu significa Pai do céu; hitsugi significa aquele que herda a vontade de Deus; sumera-mikoto significa soberano que desceu do céu. Em suma, significa 'Soberano que desceu do céu herdando a vontade do Pai do céu, que é luz onipresente'. Quando a luz da vontade do Pai celestial iluminar o mundo inteiro e nele reinar a paz, haverá o verdadeiro 'país da grande harmonia'. Este é o verdadeiro significado do 'Mundo regido por Dai-nippon-amatsu-hitsugi-sumera-mikoto'. Não estou falando do corpo carnal."

(Revelação Divina da manhã de 6 de janeiro de 1946)

1A vinda do herdeiro do céu à terra, segundo a mitologia japonesa.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

12 - Se Conheceis A Verdade De Que O Pecado É Originariamente Inexistente, Por Que Ocultar O Pecado, Temendo Sua Exposição?

Uma das várias pegadinhas desta Revelação Divina. Se vocês acreditam realmente que o pecado não existe, por que escondê-lo? Porque escondê-lo seria, em tese, reconhecer a sua existência. Se reconhecermos a sua existência, isso significa que todo o nosso discurso de que "o pecado não existe" é conversa fiada. Se é conversa fiada, ergo, podemos concluir que a Verdade não penetrou adequadamente em nossos corações e mentes, para usar uma expressão que americano adora. E se a Verdade não penetrou em nossos corações e mentes, o que fazer? Voltar à boa e velha Escolinha do Professor Taniguchi:
O pecado não existe de forma consistente, apenas de forma aparente. Em outras palavras, o pecado não é essência, é aparência. Se ocultamos o pecado (incluo o verbo na primeira pessoa do plural porque este que vos digita também amiúde oculta o que não devia ocultar) é porque trocamos as bolas e confundimos essência com aparência.
Ah, essa mania de confundir Imagem Verdadeira com fenômeno... isso porque damos moral aos nossos cinco sentidos, achando que as percepções que eles captam são verdadeiras... no entanto, nada mais falso. Vejam os daltônicos, como eu, por exemplo: como você pode convencer que o que ele enxerga vermelho (eu!) é na verdade marrom? É a percepção dele! Se a maioria vê marrom em vez de vermelho, podemos inferir que esta maioria forma uma convenção, ou seja, convenciona-se que uma determinada cor com determinadas características só pode ser uma determinada cor, e ponto.
Bom, depois desta defesa dos daltônicos (mas vejam se não estou lá certo?), esta frase oculta (com trocadilho, s´il vous plaît!) um bom koan à moda zen neste sentido (e a próxima frase, sem querer dar spoiler, mas já dando, confunde ainda mais nossa racional consciência). Quem acertar vai ganhar uma sutra... vamos lá então...

Como podemos ocultar algo inexistente? E dar a esse algo inexistente fumos de existência?

Nossa mente racional não foi treinada para pensar em termos de existência/inexistência, ou pensamentos contrários. Para ela é impossível escondermos algo que não seja existente. Mas, pergunto novamente, como podemos resolver isso?
Ah, e não vale como resposta o fato de não nos aprofundarmos no pensamento da Seicho-No-Ie. O pensamento da Seicho-No-Ie já resolveu esta questão, mas a sua mente racional está longe da resposta. Ops, acabei dando uma dica...
Mas vou deixar esta questão fermentando na mente de vocês, pelo menos até o estudo da próxima frase. Boa sorte! Quem resolver a questão, pode mandar a resposta nos comentários! Eu ficarei muito feliz! Ou, caetana e koanmente, não...

Revelação Divina da Identificação Entre o Governante e o Povo

Penúltima Revelação Divina. Como já dito anteriormente, com assuntos pertinentes ao Japão fenomênico, neste caso, da meia-noite de 28 de dezembro (faltou informar o ano, Mestre!). Mas boa parte do que entendemos como a, por assim dizer, "Doutrina Política da Seicho-No-Ie" está aqui delineado. Vocês podem catar aqui e ali tal doutrina, mas, para quem realmente se interessa, podemos ver alguns excertos dele em Descoberta e Conscientização da Vida Humana, O Que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação e Guia Para Uma Vida Feliz, dentre outros. Isso até mereceria uma análise mais acurada. Quem sabe mais à frente?

"O país é extensão da Vida do homem, assim como o corpo físico é extensão da Vida da pessoa. A conscientização de que a Vida do ser humano nasceu de Deus e é divina, exige que o país, que é sua extensão, também seja divino e nascido de Deus. Esta exigência é que dá origem à mitologia de que o país foi criado por Deus. Além disso, o ser humano tem a consciência de que ele é nada e ao mesmo tempo absooluto, senhor de tudo, ser eterno e soberano (democrático), e essa consciência exige que seja atribuída também ao mundo, que é extensão da Vida do homem. Isto porque o mundo que se contempla é o mundo da mente da pessoa que o contempla.
Tanto o corpo físico como também o país, ambos são “mundos” (objetos) projetados por aqueles (sujeitos) que os veem.
A exigência da 'mente que vê' manifesta-se no corpo carnal como cérebro, e no país como eterno chefe de Estado; ela exige a existência1 do Tenno2, que é nada (desapegado), absoluto e soberano. O caráter divino do Tenno advém do fato de que a Vida do próprio ser humano é divina. Isto é, sendo divino o 'sujeito (o povo) que vê', é também divino o Tenno, que é o objeto (alvo) visto. Por isso, quando a natureza do 'sujeito (povo) que vê' fica encoberta e turva, o caráter divino do Tenno fica encoberto e não se manifesta. Assim é a situação atual.
O ser humano, sendo ele próprio divino, criou no país de origem divina a mitologia da descendência divina e se vê residindo dentro dessa história. Descendência divina se refere ao próprio ser humano; isto é, o próprio povo é descendente do Céu, e isso nada mais é que reflexo da consciência de que ele é filho de Deus. Portanto, o povo é o sujeito, e o governante é o objeto. Considerando isso do ponto de vista da unidade entre o sujeito e o objeto, compreende-se que o governante e o povo constituem uma só unidade, na qual o povo reverencia o governante e esse reverencia o povo. O governante que reverencia o povo identifica-se com o fato de o povo reverenciar o governante. O governante e o governado são um; governar e sentir são um; o governante e o povo se identificam. O caráter absoluto do Tenno advém do caráter absoluto do ser humano (povo), que é o sujeito que vê o objeto. Quando o povo perde a consciência de sua natureza absoluta, desaparece o caráter absoluto do país e do Tenno. A perda da consciência da natureza eterna do povo por causa de sucessivas derrotas manifestou-se em forma de interrupção temporária da soberania do país e do Tenno."

(Revelação Divina da meia-noite de 28 de dezembro)
1N. da T.: No Japão.
2N. da T.: Imperador do Japão.