domingo, 11 de novembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - Sobre O Amor Que Liberta

Pg. 45:

"Amar alguém de verdade é muito difícil. Isso porque as pessoas tendem a querer controlar a pessoa a quem amam. Desejam que tudo seja conforme sua vontade. Contudo, desse modo, nem sempre o outro ficará feliz. Especialmente no amor entre homem e mulher, há o desejo de ficarem a sós e, além disso, é forte o sentimento de apego de quem quer fazer o outro igual a si próprio. Contudo, essa é apenas uma face do amor. O casal é uno, mas, ao mesmo tempo, cada cônjuge possui uma personalidade diferente. Por isso, se permanecerem presos indefinidamente, no final a situação acabará sufocante, sem liberdade, e começarão a ocorrer conflitos, surgindo o desejo de separação. O amadurecimento do amor é necessário e indispensável. Assim, as pessoas conhecem o 'amor que liberta'. Mesmo que não queiram, sem que aprendam isso não poderão experimentar a 'felicidade de amar'".

O que eu achei mais interessante neste texto foi a vinculação daquilo que nós chamamos de "ego" ao amor. A questão de "desejar que tudo seja conforme sua vontade" realmente existe e não deixa de ser prejudicial. É prejudicial porque incita a um tal certo "vampirismo energético", ou seja, uma pessoa se aproveita de outra para, sob o pretexto de "amar", desejar controlar sua vida. Isso é pura chantagem emocional, totalmente contrário ao amor. Quem viu o vídeo que postei de Monte Castelo, do Legião Urbana, semana passada, acredito, sabe do que estou falando. Quem não o viu, basta ler um dos mais famosos trechos bíblicos, o 13º capítulo da Primeira Carta ao Coríntios, que vai também saber do que estou falando. Vejamos um compacto dos melhores momentos deste trecho, e comparem com o texto acima lido:

"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece; não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal (...) tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta"

Reconheceram? São os versículos 4, 5 e 7 do aludido capítulo. Passando por este filtro, quantos de nós poderíamos bater no peito, orgulhosos, e dizer que amamos alguém, hein, hein, hein?
Resposta: Ninguém, caros amigos, ninguém! Se esqueceram de ler que o amor "não se ensoberbece"?
Não caiam nas armadilhas do ego, quando o que tratamos é o amor. O Amor é totalmente desprovido de ego, porque o Amor verdadeiro é o Amor universal, o Amor do "Todos somos uma única coisa em Deus", que não admite separações ilusórias como o ego e que, consequentemente, anula toda vaidade simplesmente pelo fato de "ser um com todas as coisas do Céu e da Terra".
Como dizia Santo Agostinho: "Ama, e faze o que quiseres"...
E o resto, bem, o resto...

Nenhum comentário:

Postar um comentário