domingo, 11 de novembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - Gemer, Chorar E Rir

Pg. 47:

"Um monge da seita zen-budista, ao sentir fortes dores físicas, gemeu o quanto pôde. Ele contou a sua experiência de que, desse modo, superou essa dor, que desapareceu não se sabe quando. Gemer quando sentir dor, e chorar quando estiver triste. Rir o quanto puder quando estiver feliz. Pessoas que agem assim nunca são derrotadas pela infelicidade. Pelo contrário, são capazes de seguir avante, superando tudo isso. Como o corpo carnal é a porta de saída da mente, abrindo-o totalmente, é eliminada a pressão exercida sobre a mente, recuperando o vigor. Entretanto, muitos se preocupam com a aparência ou forma, comportam-se e mostram uma expressão no rosto totalmente contrária à mente. Como resultado, seu sofrimento se delonga, provocando câncer, derrame cerebral, suicídio ou neurose."

Uma das coisas que mais me encanta na Seicho-No-Ie, e que, confesso, descobri recentemente, é justamente a sua segunda norma fundamental: "Conservar sempre o sentimento natural". E o que é esse tal de sentimento natural?
Como falo nas minhas palestras, até fazendo menção à Revelação Divina da Grande Harmonia, nós temos que procurar desenvolver dentro de nós o sentido do natural, e não do sobrenatural. Não esperem que no meio de uma palestra apareça uma entidade sobrenatural pela porta e resolva tomar a palavra para si, porque isso, verdadeiramente, não existe. E sabem porquê? Por que isso seria conservar o sentimento sobrenatural dentro de nós, esperar que a Seicho-No-Ie resolva todos os nossos problemas num estalar de dedos, quando, a realidade, é muito, muito diferente...
Neste sentido, não há demérito nenhum em, fenomenicamente, fraquejarmos. Atente para o "fenomenicamente": guardadas as devidas proporções, é como se estivéssemos atuando numa grande peça de teatro ou cinema chamado "vida terrena". Quando o ator sai da personagem, acaba o sofrimento, acaba o drama. Pois bem, o ator seria a nossa Imagem Verdadeira e a personagem, o nosso eu fenomênico.
Isso é viver naturalmente. Viver como deve ser vivido, sem mais, nem menos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário