domingo, 4 de novembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - A Alegria Do Esforço

Pg. 42:

"Todo gênio se esforça. Certo pianista disse que treina durante dez horas, diariamente. Ele se dedicou a ponto de tornar-se capaz de realizar tal esforço. Isso é como uma máquina de perfurar rochas: escava as placas de pedra e faz jorrar para o alto, naturalmente, a água termal guardada no subsolo. Essa é a mina do dom. Dependendo do local e do modo de escavar, talvez o tipo de mina seja diferente. De qualquer modo, é um dom natural que Deus lhe proporcionou. Porém, de forma alguma esse dom pertence somente a você; ele pertence a toda a humanidade. Por isso, você deve escavar a mina e dividir as bênçãos dessa mina com um grande número de pessoas. Você recebeu a missão de se esforçar. E o seu esforço fará a sua 'alegria'".

Se tem um tema que eu gosto muito dentro da literatura SNI, esse é o do valor do esforço. Se vocês repararam na palestra que dei hoje, vão ver que o capítulo também trata da questão do esforço. E qual a razão de gostar tanto? Porque a SNI desmistifica aquela história de que para ser um gênio você terá de nascer como um. Nada mais falso. O gênio se faz com o esforço, repetido e constante.
Vou dar um exemplo fora da SNI. Certa feita, fizeram, acho que no Domingo Legal ou algum programa do SBT um desafio com o Oscar Schmidt, nosso grande cestinha, o maior do mundo, aliás, com mais de quarenta mil pontos marcados (e isso em época de NBA). O desafio era o seguinte: ele, de olhos vendados, da linha do garrafão, teria que acertar em dez tentativas o maior número de cestas. Ele não acertou todas, mas acho que fez oito ou nove em dez. Em dez!
Quando tiraram a venda, todos boquiabertos, o repórter chamou-o pelo seu apelido: "Mão Santa", ao que ele respondeu: "Mão Santa, não, mão treinada".
É mais ou menos por aí. Não existe milagre de genialidade, e sim milagres de prática. Será por isso que a Seicho-No-Ie diz tanto para praticarmos, praticarmos e, no final, praticarmos um pouco mais?
Infelizmente nossa cultura tende a ver com maus olhos o significado da palavra esforço, denotando algo quase sobre-humano de se fazer. E, neste sentido, encaramos a questão do "esforço" como algo que nos fatigaria muito, nos cansaria muito.
Na realidade, isto não existe. Vamos pegar um exemplo dos jovens que ficam jogando horas a fio no computador, até pegarem as manhas de como vencer as batalhas e sucessivamente passarem de fase. Isto implica em esforço? Sim, sem dúvida. Mas isto implica em cansaço? Na maioria das vezes, não, porque eles não veem isso como algo cansativo, enfadonho, pelo contrário, encaram-no como algo que realmente vale a pena.
Assim é que devemos interpretar e canalizar os nossos esforços rumo ao esforço. Como algo digno de se fazer... naturalmente!

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