sexta-feira, 22 de julho de 2011

Questões Doutrinárias: Porque Não Ocorre, Em Grande Escala, A Revolução Na Educação?

E nossas questões doutrinárias prosseguem. Com a palavra, o preletor Eduardo Nunes da Silva, no Círculo de Harmonia de setembro de 2010, pg. 16:

"O mestre Masaharu Taniguchi nos ensina que educação não consiste em acumular conhecimentos de fora para dentro, mas sim em ajudar alguém a desenvolver seus dotes próprios, naturais, e que ensinar consiste em 'tirar de dentro' e desenvolver a potencialidade infinita que se aloja no indivíduo. Isso é muito mais do que uma questão metodológica, mas requer uma mudança profunda na forma de ver e conceituar o próprio ser humano.
De certa forma, grandes teóricos da educação têm avançado no sentido de criar mecanismos para que os educadores possam extrair os dotes interiores dos educandos, mas, em contrapartida, não vemos nenhuma grande revolução na educação. Por que será que isso ocorre? A educadora Gisele S. Lira Resende, no ensaio Uma Reflexão Crítica sobre a Educação Brasileira, diz: 'É possível observar que os cursos de formação continuada, bem como os estudos reflexivos realizados nas escolas, pregam a necessidade de mudanças em relação ao modelo atual. Entretanto, a prática pedagógica permanece estagnada'. Parece que, apesar de sua vontade, os professores e educadores em geral se veem curvados pelo peso da gigantesca tarefa de substituir os velhos modelos e práticas educacionais por novos.
Prossegue a educadora Rezende: 'Há muito estudiosos, como Vygotsky, Wallon, Piaget, Freire entre
tantos outros, já insistiam na singular importância de que ao aprendiz cabe construir seu conhecimento por meio de suas vivências, da interatividade, de suas descobertas, do enfrentamento das incertezas, de sua criatividade e criticidade'. Com alegria vemos que ela, assim como os estudiosos citados, reconhecem grandes potenciais no interior dos educandos. Por outro lado, ela afirma que o modelo educacional que temos 'privilegia a memorização, que incentiva a leitura linear do mundo, não dando direito ao aprendente de formular seus próprios conceitos'.
Apesar de o referencial teórico nos oferecer perspectivas bastante interessantes, os educadores, de maneira geral, não vêm sendo capazes de liberar os incríveis potenciais dos educandos, pois permanecem tolhidos pelos velhos métodos e conceitos. Se a própria pedagogia contemporânea nos abre perspectivas muito interessantes e promissoras, por que, afinal, não vemos mudanças significativas no campo da educação?
Mais à frente, Rezende pergunta: 'Será que não está na hora de lançar um olhar sobre a educação de quem educa?'. Nesse particular, a revolucionária Educação da Vida, proposta pela Seicho‑No-Ie, deve dar sua contribuição, para que os educadores possam revelar seu talento natural e, a partir daí, obterem resultados expressivos em sala de aula.
A verdadeira revolução na educação só ocorre quando o educador descobre o seu próprio potencial a partir da conscientização de que ele próprio é filho de Deus. Aí, então, flui naturalmente a verdadeira Sabedoria. Os educadores são, de maneira geral, pessoas inteligentes e cultas, mas o professor Masaharu Taniguchi diz em O Livro dos Jovens que “Por mais talentoso que seja um homem, se o seu talento está dentro dos limites da sua ‘pequena inteligência humana’, cedo ou tarde ele acabará fracassando. [...] A verdadeira sabedoria é uma sabedoria infinita que normalmente se parece com a água calma, porém, nas horas certas e nos momentos oportunos começa a fluir abundantemente'.
O estudo da Seicho‑No‑Ie oferece ao educador e a todas as pessoas o acesso à Sabedoria transcendente, que está dentro de todos nós. Chegamos a ela por meio de algo que, em linguagem religiosa, chamamos renascimento. O verdadeiro renascimento é a renovação da consciência; é conscientizarmo- nos de que somos filhos de Deus, possuidores de capacidade infinita. Somente por meio do despertar espiritual será possível a revolução na educação."

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