sábado, 23 de janeiro de 2010

O Livro dos Espíritos

Bom, passou-se uma semana e ainda estou na metade do livro título deste post. Mesmo assim, consegui garimpar algumas boas coisas, em especial a pergunta...

"206. Do fato de não haver filiação entre os Espíritos dos descendentes de qualquer família, seguir-se-á que o culto dos avoengos seja ridículo?
De modo nenhum. Todo homem deve considerar-se ditoso por pertencer a uma família em que encarnaram Espíritos elevados. Se bem os Espíritos não procedam uns dos outros, nem por isso menos afeição consagram aos que lhes estão ligados pelos elos da família, dado que muitas vezes eles são atraídos para tal ou qual família pela simpatia, ou pelos laços que anteriormente se estabeleceram. Mas, ficai certos de que os vossos antepassados não se honram com o culto que lhes tributai com orgulho. Em vós não se refletem os méritos de que eles gozem, senão na medida que empregais por seguir os bons exemplos que vos deram. Somente nestas condições lhes é grata e até útil a lembrança que deles guardais."

Fantástico, né? A questão já começa com uma consideração que fiz alguns tempos atrás num tópico da comunidade "Grupo de Estudos da SNI" no orkut, Massae deve se lembrar, de que nenhum laço de parentesco guardam os espíritos, que no astral se irmanam por laços de afinidade...
Confesso que quando li este trecho não pude deixar de encontrar afinidades com uma obra-prima do pensamento seichonoieano, "Anata Wa Kanarazu Sukuwareru", ou em bom vernáculo, "Você Será Salvo Infalivelmente", do fofinho (palavras de minha augusta noiva) Toshiyuki Fugiwara...
Na minha modesta opinião, com todo respeito aos brilhantes Kamino Kusumoto (do qual já dediquei as mais vivas loas em postas anteriores) et alii, este é o melhor livro publicado pela SNI de alguém fora da família Taniguchi. Nosso fofinho Fugiwara, que brincava com bonecas em sua sensível infância, escreveu joias de pensamento espiritual como estas:

"A Seicho-No-Ie nos ensina que devemos orar aos antepassados, que devemos agradecer a eles, não como condição para sermos felizes. Devemos somente agradecer. O importante é agradecer somente. Quando acompanhado de condições, deixa de ser somente gratidão, ficamos presos a detalhes e acontece o mesmo que ocorreu com essa senhora, que acabou se desviando do caminho correto e afundando irremediavelmente (...)
Se na hora de orarmos aos antepassados, o fazemos reconhecendo a existência de espíritos em ilusão, não se torna verdadeira oração de gratidão, por melhor que seja a forma de orar. Ler a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade diante do oratório dos espíritos dos antepassados, indubitavelmente é a maior oferenda, o melhor modo de dedicar-lhes orações. Mas não porque eles sejam espíritos em ilusão; é porque a Verdade torna-se o melhor nutriente, o melhor alimento para os espíritos que se encontram em processo de desenvolvimento infinito (...)
No entanto, certas pessoas andam afirmando que acontecem infelicidades por culpa dos antepassados em ilusão. De onde trouxeram isso? Trata-se de um tremendo engano. A Seicho-No-Ie deve ser Seicho-No-Ie, pois, do contrário, será confundida com outras seitas, e acabará parecendo superstição. (...)
A verdadeira prática de dedicação de amor deve partir da gratidão. Esta, sim, é a única prática sagrada que nos liga a Deus" (pgs. 216/218)

E olha que para pegar este pequeno trecho tive que cortar, com dor no coração, vários outros trechos entrecortados... não é sensacional?

Falando nisso, esta história de prática de gratidão ouvi no feriado, através de um misto de conversa/orientação pessoal com Ednalva, embora o tema não fosse exatamente este, mas que me levou a uma interessante conclusão hoje de manhã, mas este é assunto para outro post, até porque este já está bem grandinho...

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