domingo, 31 de janeiro de 2010

Do Esporte Como Fenômeno, Literalmente!

Outro dia, recebi uma reprimenda de minha augusta noiva acerca do fato de eu ter tuitado, ou colocado como post aqui neste mui humilde blog, ou ambos, o fato de estar vendo a entrevista de nossa chefe de estado (não, não a Dilma, mas a Patrícia Amorim, presidenta do meu Mengão) na televisão. Segundo ela, este deveria ser um espaço para o debate de assuntos sérios, e não mundanos como o nosso nobre esporte bretão...
Bem, não entrarei em maiores considerações acerca da importância do futebol na história do Brasil e mesmo no mundo no último século, cuja importância vai muito mais além das quatro linhas de um estádio. Haja vista que a própria, em memorável redação, arrancou dos circunspectos avaliadores da UFF um bravo 9,5 por uma redação acerca de um título mundial conquistado pelo Brasil que, acaso ela tivesse colocado o ano de tal conquista, teria conseguido apenas 0,5 de nota, tamanha sua apedeutice em matérias esportivas...
Mas deixemos os prolegômenos e vamos aos paralipômenos: pretendo aqui discutir, sim, a importância do esporte como comparativo de nossa vida espiritual, e não é cascata ou papo de torcedor apaixonado; leiam e observem se não tenho razão!
Uns posts atrás, tratando do Haiti, comentei que o hino de um país é um protótipo (quase sempre) de visualização da Imagem Verdadeira de um país (digo quase sempre pois amiúde vários hinos, o francês, por exemplo, tão admirado pela sua melodia, equivale, com todo respeito, a um hino de açougueiros por sua letra...).
Como, por exemplo, não se encantar com trechos, no Hino Nacional, do tipo "Dos filhos deste solo és mãe gentil", muito embora a realidade nacional destoe completamente deste quadro? Mas o que importa num hino é a sua afirmação de que aquilo realmente existe, e isso mexe na psique de um povo...
Transplantemos isso para o futebol e veremos o "vencer, vencer, vencer" dos flamenguistas ou o "não podes perder, perder pra ninguém" dos botafoguenses, apenas para ficar nestes dois ralos exemplos: ambos não deixam de ser fortes mentalizações, que, potencializadas pela emoção e pelo inconsciente coletivo, acabam realmente se tornando verdade no mundo das formas...
Vejam bem, eu disse "mundo das formas". Porque, no fundo, no fundo, o esporte é a mais perfeita e bem acabada alegoria de mundo fenomênico que o homem, em sua genialidade, pode ter criado: a proximidade de um obstáculo, a superação do mesmo, a alegria por essa superação, a consciência de que "cada jogo é um jogo, hoje a gente venceu, amanhã não é certo", o respeito pelo adversário... são todas metáforas interessantes que nos servem para ver que, no mundo fenomênico, nem tudo está perdido e, dependendo dos nossos esforços, podemos, sim, sair vencedores na maioria das partidas e até, porque não, sermos campeões!
É saber, principalmente, que a vitória de hoje não garante a de amanhã, e que cada vez que formos campeões temos que redobrar nossas atenções se quisermos continuar no topo...
Bom, é isso... te convenci, amor? Caso negativo, agora vou apelar para o camisa 10 do Jisso Futebol Clube, então, quem sabe ele não te convence:

"A OPORTUNIDADE ESTÁ DENTRO DAS MUDANÇAS"

Este mundo é um estádio onde se realiza o treinamento da alma, e esta vida é comparável aos jogos de beisebol, futebol, vôlei etc. Mesmo que agora estejamos em desvantagem, podemos reverter a situação marcando, nas partidas seguintes, mais pontos que os adversários. A transitoriedade deste mundo faz surgir oportunidades a todo instante"

(Do livro Viver Junto Com Deus - A Verdade Em 365 Preceitos, Masaharu Taniguchi, in Palavras de Luz 2006, palavras do dia 25)

Bom, amor, se nem o Mestre conseguiu te convencer, não sei quem mais o fará...

PS.: O fato de hoje a tabela apontar um Fla-Flu no Campeonato Carioca é mera coincidência. Também o fato de justamente na hora do jogo eu estar dando palestra também. E sem contar com o Grenal lá no Sul...

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