sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Revelação Divina Sobre o Ser que Transcende o Nascimento e a Morte

Continuando a relacionar as Revelações Divinas, segue esta, sobre o Ser que Transcende o Nascimento e a Morte:

"Chama-se homem aquele que não se deixa amarrar por “cordas” materiais. O homem verdadeiro é filho de Deus e não é matéria, não é corpo carnal. Não sendo corpo carnal, jamais acontece de ele entrar no mundo da matéria ou dele sair. Logo, o homem é inascível. Se não nasce, não morre também. O mundo da matéria desaparece porque é uma imagem que apareceu projetada pela mente, mas o homem não desaparece porque não apareceu no mundo da matéria. O homem é Vida sempiterna, não a vida que se contrapõe à morte. Sendo ele Vida sempiterna, para ele não existe nem velhice, nem doença, nem morte. Diz-se velhice ao crepúsculo da vida em que definha a força vital. O homem, no entanto, não definha nem envelhece porque é Vida sempiterna. O que definha não é Vida, não é homem. Chama-se homem aquele que não definha; chama-se homem aquele que não envelhece; chama-se homem aquele que não adoece; chama-se homem aquele que não morre. Conta-se que Sakyamuni se tornou monge porque viu os quatro sofrimentos do homem, que são o viver, o envelhecer, o adoecer e o morrer. Mas naquele momento ele ainda não estava vendo o homem verdadeiro. Ele viu a projeção da mente e confundiu-a com o homem. Se ele viu que o mundo era efêmero, é porque não estava vendo o mundo do homem verdadeiro, mas o mundo da projeção da ilusão. O homem verdadeiro não está no mundo efêmero, não está no corpo carnal. O homem é ser imortal e eterno, é ser indestrutível, é ser absoluto, é ser imaculado. O homem é filho de Deus e, por isso, é puro desde o princípio. Não é correto dizer que o homem é “inascível, imortal, imaculado e impuro”. A filosofia prajna prega que o homem é “inascível, imortal, imaculado e impuro” porque é uma filosofia de transição, passando da filosofia da existência efêmera para a filosofia da existência verdadeira. Ela é um expediente de pregação feita pelo lado da matéria. O homem não é “inascível e imortal”. A Imagem Verdadeira do homem é Vida imortal desde o princípio. O homem não é também “imaculado e impuro”; na sua Imagem Verdadeira, o homem é absolutamente puro e imaculado desde o princípio.
Quem compreender a Imagem Verdadeira do homem, que é Vida sempiterna, imortal, imaculado e puro desde o princípio, será tomado de uma alegria tão grande a ponto de querer pular e dançar.


(Revelação Divina de 25 de novembro de 1932)

3 comentários:

  1. Confesso que não conhecia essa Revelação Divina.

    ResponderExcluir
  2. Eu também não conhecia esta Revelaçâo. È muito profunda. Obrigado Mestre.

    ResponderExcluir