domingo, 13 de janeiro de 2019

Revelação Divina da Circulação Natural

Findas as considerações sobre o Amor Severo, voltemos às Revelações Divinas. Esta daqui é uma das mais famosas, justamente pelas frases que a abrem: Seicho-No-Ie não mostra milagre, ela os faz desaparecer. Vários volumes da Verdade da Vida, a começar pelo 3, tratam deste tema (se não me engano, essa Revelação consta na íntegra neste próprio volume). E qual a tônica dele? A de que viver uma vida natural (saca a tal da segunda norma fundamental? É mais ou menos por aí... quando a pessoa se tornar capaz de se contentar pelo que é natural, todas as suas infelicidades serão eliminadas... bonito, isso, não? Quer ler o resto? Baixa o scroll no seu teclado então!

"Seicho-No-Ie não é lugar para mostrar milagres. Seicho-No-Ie é lugar para desaparecer milagres. Que há de milagroso em o homem se tornar saudável? O homem é originalmente saudável; por isso, tornar-se saudável é o natural, não é milagre. Seicho-No-Ie é lugar que faz com que todos despertem para a Verdade, que faz desaparecer os fenômenos extraordinários que faz a humanidade retornar ao estado natural e faz com que o homem sinta contentamento pelas coisas naturais. Saibam que todas as infelicidades humanos são coisas que nascem da incapacidade de sentir contentamento pelo que é natural. Quando a pessoa se tornar capaz de se contentar pelo que é natural, todas as suas infelicidades serão eliminadas. Não existem doença nem pobreza. Não existe tampouco a pessoa que usurpou a riqueza alheia, nem a pessoa cuja riqueza foi usurpada. Não existem o fraco que é espezinhado, nem o forte que espezinha. Tudo está harmonizado e todos estão providos abundantemente. Isto é a Imagem Verdadeira. A grandiosa correnteza da Vida circula em todos os homens, flui continuamente sem barragens, abundantemente, e a provisão material também se torna naturalmente infindável. O fato de todas as coisas afluírem conforme a necessidade é igual à situação que se verifica quando se retira água da correnteza de um caudaloso rio: a água contígua corre para o vazio deixado e o preenche. É a circulação inesgotável. Porque a pessoa não se apega à pobreza, não se torna pobre; porque não se apega à riqueza, não usurpa; porque não existe riqueza fixa e estagnada, mesmo recebendo o abundante fluxo de dádiva, não a guarda para si, não se apega a ela; não recusa o que lhe chega e, acrescentando-lhe valor ainda maior, usa-a em benefício do próximo. A ideia de autossuficiência é uma ideia estreita que isola o “eu” do “outro”. Na verdade, “eu” e “outro” somos um só. Seicho-No-Ie é a cooperação mútua em que se produz para o outro e se recebe do outro, numa circulação contínua e incessante. Seicho-No-Ie do mundo presente consiste em ver a situação da circulação inesgotável do mundo da Grande Realidade e viver essa situação no mundo presente. Tanto o santo que se apega à pobreza como o rico que se apega à riqueza não são praticantes da Seicho-No-Ie. É praticante da Seicho-No-Ie aquele que vive de modo natural, conscientizando o homem natural. Homem natural é o filho de Deus. São poucas as pessoas que despertaram para esta Verdade. Pensar que existe filho de Deus diverso do homem natural e aspirar por coisas extraordinárias é o mesmo que correr em busca da luz dando as costas ao Sol.
Homens, se a doença se cura pelo despertar da Imagem Verdadeira da Vida do homem, é porque cessa o fenômeno extraordinário (anormal) chamado ideia de doença, e o homem retorna ao natural originário. Qualquer doença é um tipo de fenômeno “extraordinário”. Também a pobreza é um fenômeno extraordinário, e por isso ela desaparece quando a mente do homem retorna ao natural. Não pensem que Deus está dentro de um fenômeno extraordinário. Isso é um pensamento antinatural que aprecia as coisas excepcionais. Rancor, ódio, medo, inveja, desejo de vencer espezinhando os outros – tudo isso é causa de doenças porque são sentimentos antinaturais. Abandonando-se a mente (sentimento) antinatural, cura-se a doença e também a pobreza. É importante tornar-se homem natural. Não existe filho de Deus fora do homem natural."

(Revelação Divina de 25 de janeiro de 1933)

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