quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Revelação Divina Sobre a Fé Verdadeira


Linda esta Revelação, não acham? A parte que eu mais gostei foi a pergunta veemente de por que não residimos no mundo absoluto? Por conta de nossa falta de fé, simples assim. E no final Ele fala que a fé verdadeira "consiste em acreditar na natureza verdadeira do homem, que não se queima no fogo nem se afoga na água e é plenamente livre, onde quer que esteja, no céu ou na terra, em cima ou embaixo, à direita ou à esquerda, ou em qualquer dos quatro cantos do mundo". Só por esse pequeno inventário nós nos conscientizamos de quanto nos falta alcançar esta fé verdadeira...

"A paz existe no mundo interior, e não no mundo exterior. O mundo exterior é fenômeno e se transforma agitada e rapidamente. Correndo atrás do mundo que se transforma incessantemente, não terão calma, mesmo que queiram. Mesmo que alguém alcance a alta posição de uma autoridade capaz de dominar o mundo, pensando que naquela posição não haverá ninguém para ameaçar a sua paz, mesmo assim não cessará a apreensão. Aliás, quanto mais alto chegar, maior será sua apreensão. Aliás, quanto mais alto chegar, maior será sua apreensão. Então, será que apreensão desaparecerá se ele descer à posição mais baixa possível, de onde não é possível cair mais? Suponhamos que ele se torne um mendigo, pensando que assim terá a paz, mas, mesmo assim, a apreensão não desaparecerá. Mesmo que a pessoa procure levar uma vida de pureza e total renúncia às coisas materiais, se receber um prato de comida e no momento pensar nos semelhantes que não têm nada para comer, não conseguirá se servir desse prato tranquilamente. Em suma, subindo alto ou descendo a vida abaixo, a apreensão não deixará o coração dessa pessoa enquanto viver no mundo das comparações. Isso é óbvio. Homens, por que não residem no mundo absoluto? Em vez de correr atrás do mundo do círculo que gira agitadamente, por que não se assentam no centro do círculo? Por que não residem no mundo do 'eu sou filho de Deus', que transcende as comparações? Quando se assentarem no mundo central não haverá mais apreensão, mesmo que se movam para qualquer lugar do alto ou do baixo, da esquerda ou da direita, do céu ou da terra, ou para qualquer dos quatro cantos do mundo. Se residirem no mundo do 'eu sou filho de Deus', não estarão alto demais mesmo ocupando uma posição elevada nem se sentirão maculados ou humilhados quando ocuparem a mais baixa das posições. Religião verdadeira é aquela que faz as pessoas atingirem a Imagem Verdadeira, a convicção 'eu sou filho de Deus', e entrarem no estado sem temer. Aquela que suscita o temor nas pessoas a fim de corrigi-las e encaminhá-las para o bem é uma espécie de instituição social, penitenciária ou reformatório, e não uma religião. Religião é aquela que conduz as pessoas a se conscientizarem da sua natureza verdadeira, da natureza de filho de Deus, que é plenamente livre, que não se deixa aprisionar e que não teme, onde quer que esteja colocado ou agindo, seja no alto ou embaixo, na esquerda ou na direita, no céu ou na terra, ou em qualquer dos quatro cantos do mundo. Tomem cuidado com as religiões que pregam o temor. O filho de Deus é a Imagem Verdadeira, que é um ser diamantino e indestrutível, um ser plenamente livre e sem obstáculos; logo, para ele, não existe nada que deva ser temido. Quem prega o temor está pregando a ilusão. Quem impõe o temor está impondo a ilusão. Quem prega o temor das doenças, das catástrofes e de diversas desgraças está pregando com base na ilusão de que a felicidade do homem depende da quantidade de bens materiais e de que o homem se queima no fogo e se afoga na água. A fé de quem acredita em tal pregação não deixa de ser fé, mas é uma fé ilusória, superstição, a fé verdadeira consiste em acreditar na natureza verdadeira do homem, que não se queima no fogo nem se afoga na água e é plenamente livre, onde quer que esteja, no céu ou na terra, em cima ou embaixo, à direita ou à esquerda, ou em qualquer dos quatro cantos do mundo. Esta é a fé verdadeira."

(Revelação Divina de 5 de agosto de 1933)

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