domingo, 6 de janeiro de 2019

Relato de Experiência I (Ou Contando o Que Devia Ter Contado Há Tempos...)

Ontem, quando mencionei en passant sobre meu retorno neste blgo coincidir justamente no aniversário de 109 anos do meu avô, caso estivesse ainda aqui conosco, uma fiel leitora do blog comentou que queria saber mais detalhes deste Relato. Achei curioso, porque imaginava que já tivesse contado a história aqui (e na realidade até contei, está com o marcador de Relatos de Experiência, mas não contei a história toooooda, com os detalhes prolixos que só eu poderia fornecer). Então, conforme o prometido, segue a história:

A primeira vez que botei os pés numa Associação Local da Seicho-No-Ie foi num sábado, 16 de novembro de 1996, ainda em Ricardo de Albuquerque, Zona Norte quase Baixada Fluminense, mas ainda teimosamente pertencendo a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Participei de duas reuniões naquele ano, na semana seguinte participei do meu primeiro culto aos antepassados (na época era o nome que se dava ao que hoje conhecemos como Cerimônia em Gratidão aos Antepassados). Como não tinha entendido chongas nenhuma da razão de ler aquele livrinho preto (a.k. Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade), retornei somente em 1998. Desta vez para ficar mesmo, tendo ou não que ler aquele livrinho preto.
Em 1998 estava praticamente no meio da Faculdade de Direito, e meu avô, Pery Ximenes de Aragão, em meados daquele ano ficou doente. Pneumonia, disseram. Até hoje não sei exatamente o que o levou para o Hospital Central do Exército, em Triagem. Só sei que toooooda a família aparecia lá quase que diariamente, para saber do estado de saúde dele. E me cobravam porque nunca tinha ido lá até então.
Na época, como disse, estava na Faculdade, e esta era em Niterói, e ia para lá praticamente todo santo dia e todo santo dia eu literalmente (consultem um mapa e vocês verão que falo sério) atravessava o Rio de Janeiro inteiro, pegava a Barca e ia estudar. E com isso arrumava sempre uma desculpa para não vê-lo.
Mas, se lembra do livrinho preto? Pois é, nessa época já tinha respeitado ele mais e já tinha adquirido a versão com as quatro sutras. E resolvi todo santo dia, após o almoço, me trancar no quarto e fazer, não a Chuva de Néctar da Verdade, mas sim a CONTÍNUA Chuva de Néctar da Verdade, apenas como contribuição para a melhora do seu estado de saúde.
Bom, um dia fiquei mais folgado na minha programação e resolvi dar um pulo no Hospital antes de ir para a Faculdade. Encontro meu pai e uma tia. Meu pai foi logo me recebendo:
- Oi, filho, que bom que você veio ver seu avô. Pena que ele está bem caidinho, tem uns dois a três dias que ele só dorme.
Eu cheguei do lado dele na cama, não falei nada e de repente ele acorda, arregala os olhos e dispara:
- É o Leonardo que está aí? Deus te abençoe, Deus te faça muito feliz!
Meu pai e minha tia ficaram com cara de tacho e também eu mesmo não acreditei. Como que o velho acordou naquele momento e mais, como ele te reconheceu de primeira??? Contei no sábado seguinte entusiasmado este relato na Associação e o preletor Ademilson deu de ombros dizendo:
- Ximenes (é assim como até hoje ele me chama), grandes coisas que aconteceu! Simplesmente você fez a sutra para seu avô e despertou a Imagem Verdadeira dele na hora que te viu, ué! O que tem isso de tão espantoso?

Bom, se despertou foi apenas naquele momento. Em 11 de agosto daquele ano ele faleceu. Pediram para eu colocar uns dizeres bíblicos para o Santinho dele. Aproveitei e sugeri o trecho final da Chuva de Néctar da Verdade. Foi aprovado. Mas não terminou por aí.
Na Missa de Sétimo Dia dele eu não fui. Não me lembro agora, mas acredito que tinha prova para fazer no dia e iria chegar atrasado, enfim. No dia seguinte, uma prima vem até mim e fala:
 - Pô, Léo, que pena que você não foi à Missa do vô. Tava tão bonita...
- É, tava ocupado na faculdade...
- Inclusive até lemos no final aquele texto da Seicho-No-Ie...
- Há? Que trecho?
- Ah, não me lembro agora, mas fui eu que li no final da Missa, era aquele que falava algo sobre reconciliação... sei lá!
Ou seja, no final de uma Missa Católica de Sétimo Dia de falecimento do meu avô foi lida (e eu perdi isso...) simplesmente a Revelação Divina da Grande Harmonia. "Só" isso... Sem que ninguém da Seicho-No-Ie pedisse para isso ser feito (na verdade, o único SNI na família até hoje sou eu, e eu nem estava lá...)
Impressionante, né?
Mas tem o segundo relato, e esse ainda é mais sensacional...




Um comentário:

  1. Muito obrigada,eu não conhecia nenhum trecho do seu belo relato. Impressionante mesmo, parte da Sutra, durante uma missa. Uma pena vc não estar presente...

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