sexta-feira, 2 de abril de 2010

Reflexões Sobre Uma Santa Sexta-Feira II

Bom, segunda pergunta: o que nos significa a morte de Cristo? Para minha augusta noiva, moça de ideias inflamáveis a quem não se deve dar livros explosivos, como fiz no carnaval, pouco significa, mas, para nós, o que essa morte significa?
Quando proponho tais reflexões o faço sem que busquemos a resposta nos livros do Mestre, como um exercício próprio de nosso filosofar. Quem acompanha regularmente este blog sabe que, por mais belos que sejam os trechos dos livros do Mestre, cito-os apenas em raras ocasiões. No entanto, desenvolvendo ideias a partir das ideias tanigucheanas, creio que consigo aprofundar ainda mais a Doutrina dentro de mim, e, sendo bem-sucedido, também o consigo para as parcas almas que acompanham este blog.
Retornando... Cristo morreu para nos redimir dos pecados? Confesso que desde os tempos da minha catequese nunca consegui entender isso, como uma pessoa através de um ato resolve tomar para si todos os pecados, passados, presentes e futuros de toda a orbe terrestre para si e oferecê-lo em holocausto a Deus.
E Deus? Gastaria seu único cartucho são para tal missão?
E o João das Couves, ateu convicto, agradeceria a JC por tal resgate?
Analisemos os fatos. JC ficou até os 30 acumulando sabedoria, para, dos 30 aos 33 iluminar os judeus com sua sabedoria. Infelizmente, como Ele mesmo disse, nenhum profeta é bem vindo em sua terra natal, e acharam que Ele blasfemava. Detalhe: a blasfêmia dEle era considerar não só Ele mas como todos como Filhos de Deus (afinal de contas, o Pai Nosso é o Pai Nosso, e não o Pai de Cristo...).
Agora convenhamos: alguém ser condenado por isso, imagina a evolução espiritual do povo naqueles tempos!
Aí pegaram Jesus pra Cristo e mataram-no. Mataram-No? Necas de pitibiriba, eis que o Blasfemo ressuscitou! Ressuscitou? Bom, aí já é outra história (Tá bom, eu me rendo, amor!)...
A Morte dEle ficou marcada como o mais bem sucedido (apesar de toda a história da Cristandade tentar depor contra séculos e mais séculos depois) expediente de salvação divino (olha o Toshiyuki Fujiwara aí gente!) que se tem notícia. Ele morreu só para nos dizer: vocês são filhos do Pai Altíssimo, são herdeiros dEle. Nada temam! Esta é, em síntese, a mensagem do Cristo. A Mensagem Viva do Ungido.
Apenas para esclarecer, quando escrevi no mais bem-sucedido expediente de salvação, pensei, sim, em Buda. Com todo respeito a Sidarta Gautama, que, literalmente, quase morreu de tanta mortificação para se iluminar (soa parecido com a mensagem cristã?) para no final tudo acabar (ou começar) com um pires de leite dado por uma mulher, a história de vida dele sequer se compara com a de Cristo, muito embora tenho que reconhecer, humildemente, que a teoria budista sobre a mente põe muita psicologia moderna no chinelo, e isso que estamos tratando de algo criado a, pelo menos 2600 anos!!! Leiam apenas o início do Darmapadda e vocês saberão do que estou falando...
Bom, é isso, já escrevi demais, para variar, fica aqui minha mensagem. Uma boa sexta-feira para todos, reflitam bastante sobre a sua mensagem e, qualquer hora eu volto!

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