domingo, 11 de abril de 2010

Palavras do Dia 11 - Senhor de Si Próprio

"Quando se apega a algo, o ser humano passa a acreditar que sua vida não terá razão de ser se o objeto do apego vier a lhe faltar. Ele passa a acreditar que tal objeto é mais importante do que a própria vida. No entanto, não existe objeto que seja tão valioso, pois quando ele desaparece surge sempre um outro para substituí-lo. E você, então, certamente achará engraçado ter se ligado tanto a algo que já não existe. Em suma, o homem não é escravo dos objetos, mas senhor de si próprio, independente e autônomo. Não é um ser tão fraco e pequenino que consegue sobreviver amparado em algo. Saiba que você é o que de mais sublime existe no céu e na terra, o autêntico senhor."

Belo trecho este. Aliás, belíssimo, que nos permite muitas e boas reflexões. Não se trata apenas de trechos como a importância de manter limpo as caixas do correio e situações do cotidiano quejandas. Não. Ao transcrevê-lo aqui, muitas coisas vieram-me a mente. Vou tentar repô-los em minha mente agora.
"Quando se apega a algo"... eu me apego muito a livros. E acabei de chegar a uma importante descoberta: já viram o que existe, literalmente, no meio da palavra "apego" ? Não repararam? Leiam de novo: "apEGO"... sim, o danado do que vivemos tentando eliminar, o ego.
Assim, o apego vem do ego. Vem do fenômeno. Uma vez me contaram que chegaram para o Mestre, no Brasil, e mostraram a palavra "Deus" para ele. Mas mostraram como "dEUs", ou seja, que o Eu encontra-se dentro de Deus. Será que fizeram o mesmo com o apego?
Segunda reflexão: leio no volume 15 da Verdade da Vida, trecho que foi transcrito também na "Humanidade é Isenta de Pecado": os dois maiores carmas deste mundo são: acreditar que o corpo carnal existe e acreditar que a matéria existe. Com os meus milhões de desculpas ao Mestre, culpando o tradutor, não acho que seja propramente um carma, e, sim, matrizes cármicas, ou seja, pensamentos matrizes que originam mil e um carmas. Assim, quando nos apEGAmos a um objeto (gostei disso!), acreditamos piamente que ele é importante para nós, mas, quando vimos a sua intrínseca inexistência, pfui!, eis que ele some feito fumaça em nossas mãos. Já tive muita percepção desta ao sonhar que estava com um determinado objeto e saber que estava dormindo, que ele não existia de verdade... é, meu amigo, nosso verdadeiro sonho na realidade, é a nossa própria "realidade"... e assim nos tornamos senhor de nós próprios, nada nos pertencendo, pois nada tem existência real, só mesmo o Mundo da Imagem Verdadeira... o maior vácuo criativo que existe...

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