sexta-feira, 2 de abril de 2010

Reflexões Sobre Uma Santa Sexta-Feira I

Bom dia a todos! Teclo estas linhas sob um tímido sol de início de outono, uma silenciosa e calma sexta-feira santa. Agora passa um pouco das dez da manhã, já fiz a Sutra, li meia hora de Verdade da Vida na sua 26a leitura do volume 16 (quero terminar este volume até 14.05, quando completarei 10 anos de leituras quase ininterruptas desta coleção; culpa do Preletor Cléber!), atualizei minhas leituras das revistas de filosofia e a VIP, agora deu-me vontade de escrever algumas reflexões sobre este dia, antes de começar a preparar minha palestra do dia 18, no Carlos Victor (Capítulo 5 d´"O Livro dos Jovens"). Vamos lá então?
A tradição cristã (predominantemente católica) aponta o dia de hoje como o mais triste do ano, afinal, fora o dia em que Jesus Cristo morreu, ou melhor, fora condenado, ou, para os mais trágicos, fora assassinado sob permissão legal. É quase o final da Quaresma, o equivalente aol Ramadã (sem a rigidez e a austeridade dos islâmicos), em que o Jejum, obrigatório, vale somente para a data de hoje. Hoje, a tradição assaz supersticiosa proíbe atos comezinhos como o de trabalhar, banhar-se (!!!) etc para refletirmos sobre a morte e paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Particularmente, acho isso uma grande pantomima. Nada contra quem segue tais preceitos, mas, como diria um escritor do Novo Testamento, "Morte, onde está a sua vitória?". Cáspita, JC ressuscitou, ressuscitará daqui a três dias, belo, formoso e pimpão. Não deveríamos refletir sobre a morte de Cristo nestes termos, e sim...
Por exemplo, sempre me pergunto se JC hoje voltasse a Terra, se ele seria reconhecido como tal. Arrisco-me ainda a dizer: e se ele realmente for, por exemplo, o folclórico Inri Cristo, personagem (sim!) de programas humorísticos como o Pânico et caterva? Reconheceríamo-Lo? Daríamos a Ele toda a dignidade possível? Ouviríamos a Sua mensagem, seja lá em que embalagem estivesse?
Paremos e pensemos um pouco até o próximo post.

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