Boa noite para todos neste início de fim de semana... queria ter escrito mais durante a semana, mas no único dia que estive disponível para escrever tinha visita em casa... umso besser, hier bin ich zurück, tanto faz, estou aqui de volta, e desta vez para encerrar minhas impressões finais sobre nosso livro...
Desta vez não tive tamanho escrúpulo em anotar as partes interessantes, como no post passado, mas, mesmo assim, vou tentar destacar alguns pontos que me chamaram a atenção, e, claro, recomendando fortemente a leitura desta obra, não para virar ateu ou à-toa, mas, sim, para obter algumas informações válidas sobre como nós processamos a nossa fé... no mais, reitero minha posição religiosa, no sentido de que existe um algo superior a toda esta criação, mesmo por inferência lógica, de que não há efeito sem causa... e Deus seria esta Causa. Agora, como esta Causa se mostra perante o mundo, bem, aí já é outra história... vamos lá então?
1. O autor aponta, de forma bastante convincente, o processo fisiológico da fé para, depois, apresentar capítulos pontuais em que defende sua tese diante dos mais variados temas, como a prece, a conversão religiosa, experiências de quase morte, a "anomalia" geopolítica dos Estados Unidos serem uma grande nação e - horror dos horrores! - profundamente religiosa etc etc etc;
2. Sobre a prece o autor descreve a sua ação benéfica perante o corpo. Nada de novidade para quem estuda o funcionamento da prece perante o corpo e a liberação de certas substâncias orgânicas... isso me lembra, e quem quiser consultar, esteja à vontade, o volume 3 da Verdade, em um de seus capítulos iniciais, quando o Mestre fala da incoerência de querer atribuir inteligência aos elementos materiais do corpo, sem que "algo" por trás fosse o responsável por isso... como disse anteriormente, não há efeito sem causa...
3. Lembram-se de um dos meus questionamentos anteriores, do fato da anomalia genética o fato de existirem ateus? Pois é, não é que ele explica este fato também?
4. Uma das coisas que me fazem recomendar fortemente a leitura do mesmo é sua honestidade intelectual para com o amável leitor. Dou um exemplo que me chamou bastante a atenção, no finalzinho da parte em que ele trata da existência dos ateus, nota de rodapé da pg. 201:
"Como a maioria das ideologias ateístas são fundamentadas na mera negação da existência de Deus, eu gostaria de salientar que nenhuma filosofia se mantém sem que haja uma lógica que apoie seus princípios básicos. Sem tal lógica, o que chamamos de uma filosofia na realidade não passa de mais um sistema de crenças baseado na emoção, em vez de na razão. Vejo isso como o principal problema enfrentado pelo movimento ateísta de hoje, que, sem ter uma ciência própria, apóia-se, para se sustentar, nas falhas que vê na lógica das crenças que busca contestar. E, embora seja um fato que nenhuma religião jamais foi capaz de defender seus princípios pela razão, nenhuma filosofia legítima pode se manter com base apenas na negação. As contradições de um sistema de crenças não dão validade aos princípios de um outro. Declarar que algo não é branco, por exemplo, não faz com que seja negro. De modo análogo, encontrar falhasa nas convicções de todas as religiões do mundo não constitui prova de que Deus não existe. Assim, para ser viável, o ateísmo precisa ter seus próprios princípios, sua própra base lógica, algo que, acredito, essa nova ciência da bioteologia está finalmente provendo"
Aprenderam, Dawkins et caterva?
5. Outro ponto digno de nota é a diferenciação que ele faz do sentimento espiritual do sentimento religioso, duas coisas totalmente distintas e estanques entre si, muito embora amiúde secantes e comunicantes. O primeiro é o sentimento de comungar com a divindade sem estar preso a um determinado ritualismo religioso, e o segundo, como podem imaginar, é o sentimento ritualísitico religioso. Ele afirma, com razão, que o perigo de existirem fanáticos religiosos está mais centrada neste segundo grupo. Isso me fez lembrar as considerações expendidas pelo Prof. Masanobu em seu Caminho de Paz pela Fé em relação aos fundamentalistas...
6. Falando em Dawkins, bom, este post está bem grandinho, não? Vamos abrir um novo, aguardem, o trecho seguinte suscita várias interpretações e, até uma conclusão assaz interessante...
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