sábado, 25 de setembro de 2010

Nosso Lar do Progredir Infinito

Olá a todos os amigos deste blog! Acabo de chegar em casa depois de, finalmente, levar minha augusta noiva ao cinema para ver "Nosso Lar". Não, amável leitor, ainda não arrumamos nosso cafofo, o nosso lar em questão é o filme mesmo, baseado na obra da dupla Chico Xavier & André Luiz, que, ao contrário do que muitos apedeutas possam imaginar, não se trata de dupla sertaneja...
Bom, o filme é belíssimo, passa uma mensagem muito bonita e cheguei a ter algumas pequenas "alucinações" no meio do filme. Calma, calma, muita hora nessa calma, não tive visões ou coisas do gênero, até pelo fato de meu equipamento mediúnico, se é que eu o tenho, não me permite tais aventuras etéreas, mas... bom, deixa eu explicar durante os comentários, aí fica mais fácil o entendimento...
1. Acho que a mensagem principal que o filme nos traz e nos deixa é uma pequenina palavra que vendemos a preço de banana e plantamos uma bananeira para não querer comprar: perdão. Sim, perdão, e vou explicar o porquê...
2. Perdão pela nossa vida passada, que levou o tal do André Luiz, que não era nem tão crápula assim, a baixar todo imundo no Umbral, por conta de seu suicídio inconsciente... fumo, indiferença, todas estas coisas. Por tudo isso é que serve o tal do perdão que falei anteriormente;
3. Perdão pelas nossas atitudes atuais. Já repararam que a morte nos ajuda tanto a perdoar e a reconhecer os méritos das pessoas? Tenho uma parente que, quando o pai era vivo, vivia às turras com ele, quando ele morreu (ou desencarnou, em espiritês) tornou-se o xodó da vida dela... dá pra entender? Claro que dá, e para tal explicação nem precisa da ajuda de Freud...
4. E a explicação é uma só: o tal do ego. Sim senhores, esse tal ego é uma droga, e nesse caso nos faz sentir mais superiores do que efetivamente somos, é como se tentássemos ver com uma lupa a nossa pequenez perante o mundo. Na realidade não somos pequenos, pois, como Filhos de Deus, temos a vocação para a grandeza, afinal de contas, temos a quem puxar. Mas daí a querer ser maior do que o outro, aí, meus queridos, aí realmente não dá... por isso que, no Mundo Ideal, somos todos iguais, tanto eu que escrevo aqui neste blog quanto o mendigo que dorme aqui na esquina de casa e por quem eu cruzo toda santa e profana manhã quando vou ao trabalho e quando de lá eu retorno...
5. Então tá: perdão pela nosso passado e perdão pelo nosso ego (o que no fundo é a mesmíssima coisa). Tá bom ou quer mais? Queremos mais sim: filmes como este nos reconciliam com nossa dimensão (meu São Dawkins, perdoai-me) divina, mostrando que somos todos iguais nesta orbe, neste minúsculo pedaço de rocha e água a que chamamos de Terra...
6. A alucinação? Claro, como poderia me esquecer? No meio do filme notei uma certa semelhança (quem estiver lendo estas linhas que tire suas próprias conclusões) entre Nosso Lar e a Seicho-No-Ie, que nada mais nada menos vem a ser em japonês o LAR do Progredir Infinito (e o que se faz em Nosso Lar senão melhorar e evoluir sempre?)
7. Mas que blogueiro vocês foram arrumar, que em tudo na vida sempre arruma um jeito de ver Seicho-No-Ie em tudo, hein? É em música, é em Freud, é em Nosso Lar... cruz-credo! Se vocês acham isso, é porque não leram naquele livro preto de preleções sobre a Sutra Sagrada que, em última análise, Seicho-No-Ie é uma metáfora para o Universo... estudai irmãos, estudai! Estudo também é prática!

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