Yeah, baby, it´s me! |
Apreciem a imagem ao lado. Isto mesmo, o seu bom e velho LeoJisso acabou de ser nomeado (recebi o diploma, ou o Termo, hoje) Vice-Presidente da Associação dos Preletores na minha Regional, RJ-Niterói. E confesso a vocês que estou sem saber o que pensar ou fazer agora. Explico:
Praticamente já virou um mantra dentro da Seicho-No-Ie (pelo menos na minha Regional) que não nos devemos apegar ao cargo. Ok. Concordo, e, sinceramente, fui até pego de surpresa pela indicação, pois, para mim, o grande barato, o que, com o perdão da má palavra, me dá um tesão enorme, é o lado doutrinário, o "ser escalado para dar palestras". Isso para mim é tão forte, mas tão forte, que praticamente achei o meu lugar ao sol nesta encarnação simplesmente fazendo isso: dando palestras.
Aí você recebe um convite, e isso foi materializado depois neste pedaço enorme de papel, e começa a pensar: "devo estar fazendo uma boa figura, senão não estaria sendo 'recompensado' com esse cargo..."
Mas quem disse, cara pálida, que se trata de uma recompensa? É responsabilidade, e das grandes.
"Ah, mas é só vice-presidente...", poderia dizer um desavisado leitor, para quem eu responderia: "e antes eu não era nada lá, era só um número e um nome escrito no caderno de presença das reuniões de preletores. E olha que eu sou daqueles que senta no fundo do salão e mal dá palpites nas reuniões e nos estudos. Fico ali, só de boas, urubuservando tudo...
Para vocês verem o tamanho do meu "desinteresse" no assunto, recebi uma mensagem da minha presidente dos preletores quando já estava saindo de casa, dizendo que aguardava a minha presença. Pensei eu na minha ingenuidade que ela tinha disparado esta mensagem para todos. Mas qual! Era só para mim mesmo!
Aí vos pergunto: como cantaria Noel Rosa, com que roupa eu vou? Fui de bermudão e camiseta e sandália. E só (claro, peça íntima também, mas esta não era visível...). Aí começa a reunião da Associação dos Preletores e o primeiro assunto foi justamente o quê, o quê, o quê? Meu traje! Pelo menos deveria estar com uma calça. E por isso não poderia receber lá na frente de todos, na posterior Reunião dos Preletores, esse termo. E recebi lá mesmo, algo bem pequeno, petit comitée...
Imaginem minha cara! Pedi mil perdões, pois até o momento não tinha recebido nenhuma instrução sobre os trajes em reuniões em que não teria nenhum papel importante a não ser receber as orientações da Sede Central (e reitero: é a mais pura verdade!). E a vontade que tive foi de cavar um buraco na terra e se possível ir até o Japão pedir perdão no túmulo do Mestre...
Mas tive que esperar a hora do almoço. Nesta hora, fui para casa, me barbeei (a barba nem estava lá essas coisas de grande, um dia só), tomei banho, e coloquei um terno mesmo. Preto. E gravata. Igualmente preta.
Deixem-me apenas situar: hoje é dia 19 de janeiro. Sequer temos um mês de verão. E está muito quente aqui no Rio de Janeiro. Muito.
E eu de terno.
Preto.
E gravata.
Também preta.
Meio-dia.
Horário de verão.
Desnecesário dizer que só o ato de pensar já estava deixando minha testa úmida...
Voltei, recomposto e empapado de suor para a Regional. E o povo se compadecendo de mim.
Moral da história: se o hábito faz o monge, o terno faz o preletor. Ainda mais ele sendo vice...
Ou seja, a partir de agora, nada de atrasos e aposentadoria das bermudas, pelo menos nestas reuniões.
Ainda que estejamos em meados de janeiro.
No verão.
Meio-dia.
Horário de verão...
E ainda me acham apto para exercer cargo de semelhante responsabilidade...
Deve ser por causa do desapego mesmo... pelo menos das roupas!
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