domingo, 13 de janeiro de 2019

5 - O Pecado É Originariamente Treva E Se Extingue Quando Exposto À Luz; Porém, Quando É Mantido Oculto, Ele Continua Como Treva E Não Se Extingue

Continuando com o nosso estudo frase por frase da RD da Confissão, continuemos com nossa quinta frase... e o que ela nos ensina?
Retomando a história de que o pecado é originariamente treva (e é!), ele fala de um assunto interessante: a ocultação do pecado. O que é, como acontece, como se alimenta? Agora, no seu LeoJisso Repórter...
O pecado, ou a consciência de sua existência, se alimenta de alguns pequenos demônios que alimentamos ao longo da nossa vida: o medo, a culpa e a vergonha.
O medo de não nos considermos perfeitos.
A culpa de sermos imperfeitos.
A vergonha de sermos considerados por nós mesmo (e pelos outros) estes seres imperfeitos...
Que legal, né?
Quando o medo, a culpa e a vergonha se juntam para nos apontar: "olha aqui, você pecou!", fazemos como a empregada displicente (ou eu quando estou com preguiça de faxinar a casa): empurramos a poeira para um lugar escondido, oculto.
E o Mestre fala várias vezes que esse sentimento alimentado pelos três demos acima informados se dá muitas vezes pela nossa "lembrança" de que no mundo da Imagem Verdadeira somos seres perfeitos... então preferimos nos fazer de desentendidos e fazer o quê? "Pecado? Eu? Nunca nem vi quando foi isso?"
Amigos, o pecado é originalmente inexistente, como bem diz a Revelação Divina. Agora, o que é existente é o sentimento de culpa por ter supostamente pecado. Guardem bem esse termo: sentimento de culpa. É para isso que confessamos. Para que possamos olhar para nós e dizer: eu errei, mas isso serve como aprendizado para algo muito maior. Não tenho que me sentir culpado de nada!
Soa um tanto quanto irresponsável esta fala, não? Afinal, nos absolvermos de qualquer culpa no cartório espiritual significaria um certo relaxamento dos nossos pruridos morais. Ou não?
Atentem bem a este ponto: toda ética e toda moral dentro da Seicho-No-Ie parte do seguinte pressuposto: eu e o outro somos um. O que eu faço ao outro eu faço a mim. E o que eu não faço, também.
Nos adestramos muito mal espiritualmente com essa história de culpa e pecado. Poderíamos muito bem substituir estas palavras por "aprendizado", ou seja, estamos ainda em formação, um devir, como falei posts atrás.
Neste sentido, certa está uma tradição oriental que alega que o termo pecado simplesmente signfica "errar o alvo". Você mira o alvo, dispara sua flecha e o que acontece? Você erra o alvo. Você pecou.
E o que fazer depois disso? Ora, se aprimorar melhor para dar o próximo tiro, não é?
É, Michael, você pecou muito...
Não. Muitas vezes simplesmente sentamos no chão e choramos com o arco em punho, pensando quão imperfeitos somos. Assim, o medo de sermos imperfeitos se concretizou com a culpa de sermos imperfeitos e a vergonha de sermos assim tachados pelos nossos. Que lindo, não?
Ou então considerem a frase ao lado. Michael Jordan, considerado o atleta americano do século (o maior de todos é um outro negão, nascido mais ao sul do continente, sorry, periferia...). Quantas vezes ele errou na vida? Agora traduza o termo "erro" ou "falha" ou "fracasso" por "pecado". Entenderam o que eu digo?
Então, no momento em que desocultamos o cadáver dos nossos pecados (na próxima frase você vai entender o que eu digo...) e o mostramos à luz da espiritualidade, o que vemos? Sombras que se dissipam pouco a pouco e mostram a única realidade existente em nós: Luz. E Progredir Infinito. O resto, como diria o rabino daquela história, é mero comentário jurídico...

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