Curiosamente, hoje comprei um livro bem humorado sobre o tema, se chama "Assim Morreram os Ricos e Famosos". E como eles morreram? Aí é que está, a indesejada das gentes nos leva sempre da velha e boa forma...
Biologicamente podemos conceituar a morte como a cessação dos estímulos vitais de um organismo. Passaríamos em um instante a termos nossos atos conjugados no passado, toda uma vida sendo levada para o pretérito perfeito, imperfeito, ou pior, quando não para o mais-que-perfeito.
Mas devemos fazer uma pequena intervenção aqui: a morte pertence ao mundo fenomênico, e como tal, apresenta um aspecto puramente ilusório, puramente fictício.
"Ora, meu caro Líder de Iluminação", dirão vocês, não sem razão, "então é perda de tempo chorarmos pelos nossos mortos, lembrarmo-nos deles com carinho, etc, etc, et coetera?"
Não, não, claro que não. Na minha impotente opinião, ao consolar alguém que perdeu um ente querido, não fico querendo usar velhos clichês, um abraço mudo ainda é, para mim, o maior lenitivo contra a dor da perda. E nem seria fenomenicamente impermeável para dizer que seria besteira represar suas justas lágrimas, afinal de contas, vivemos em um mundo fenomênico e, como diria papai, "cada terra tem seu uso", e nossa "terra", por assim dizer, é o mundo fenomênico...
Mas, não vos esqueçais de um pequeno detalhe...
Nossa "nacionalidade" é outra, a qual teremos, mais cedo, ou mais tarde, de voltar...
A essa "viagem" é que chamamos de "morte", que, biologicamente falando, etc etc etc...
Apenas carimbamos nosso passaporte e voltamos para o bom e velho Mundo de Marlboro, também conhecido como Mundo da Imagem Verdadeira. É lá que está a nossa verdadeira pátria, o nosso verdadeiro Eu, a nossa verdadeira Vida, que jamais cessa, que jamais morre, que jamais sofre qualquer obstáculo.
Então, nossos entes queridos que se foram já voltaram, não para a Terra dos Pés Juntos, mas para a sua verdadeira origem.
Que é para onde retornaremos, infalivelmente. Sem morte. Só Vida.
E o que é a Vida? Essa eu deixo para o filho do centenário Luiz Gonzaga, curiosamente ambos finados, responder. Canta aí, Gonzaguinha!
É a Vida. Imortal. O resto são churumelas fenomênicas...
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