Como disse no post anterior, na segunda parte da palestra, tudo estava indo bem quando suscitaram uma dúvida sobre a Imaculada Conceição de Cristo. Aí, praticamente, virou uma aula de Educação Sexual para adolescentes (os poucos adultos, eu incluído, apesar dos pesares, naturalmente enrubescidos) quando uma garotinha resolveu apimentar a palestra, Beatriz, se não
me engano.
Foi
quando de repente, não mais que de repente, me vira esta
menininha (lembra um pouco a Ágata da Avenida Brasil, a recém acabada novela da Globo, só para vocês terem mais ou menos uma
ideia), se virou para mim e disse:
-
Você falou um nome feio!
Risada
geral. Perguntei a ela?
- Que
nome feio? - ao que ela replicou: - Não quero dizer. Insisti:
-
Qual a primeira letra do nome então?
Ela
disse:
-
S...
- E
termina com e, x e o? - perguntei. Ela, mais vermelha que um
pimentão, concordou.
Aí
tive que cortar um dobrado para tentar convencê-la de que a tal
palavra não é feia, sem sucesso. Ela ouviu esta
"pérola" de alguém, se não me engano
de uma tia do colégio, sei lá. Contraargumentei:
-
Isso não é feio, você só não está
preparada para isso ainda. Cerveja é um nome feio? Não,
mas a sua idade não permite tomar cerveja, porque senão
seu fígado vai virar uma usina de álcool (risos
gerais). Com essa palavra é a mesma coisa. Cachaça é um nome feio?
Ela não se convenceu, ficando quieta.
Mas o fato me chamou a atenção para algo curioso: uma coisa é você querer evitar um determinado assunto, a outra é você desqualificar este assunto para não falar dele. Não sei se a pobre Beatriz crescerá com alguma noção errada a respeito do tal nome feio. Mas, seja lá quem disse isso, não deve ter agido corretamente. Um simples "você ainda não está preparada para isso" já serviria. Agora, "nome feio"?
E eu que pensava que nome feio fosse "circunscisfláutico"...
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