domingo, 18 de novembro de 2012

Convite Para Um Mundo Ideal - As Obras de Arte E Os Ritmos

Pg. 52:

"Por mais saboroso que seja o café, se ficar morno, não será bom. Mesmo uma sopa preparada por um renomado chef perderá o paladar se esfriar. Por isso, é bom saborear a sopa imediatamente, assim que for servida. Mesmo em outros tipos de pratos, a temperatura influi no sabor. Em outras palavras, é uma questão de adequação ao tempo. O sucesso de todas as obras e todos os trabalhos, bem como se eles trarão a felicidade ou não, depende de quando são feitos, ou em que momento eles são realizados ou executados. Se deixar escapar o 'momento oportuno', o trabalho fracassará e a obra perderá a sua atratividade. É como se uma música saísse fora do ritmo. Uma música com ritmo descompassado não tem valor algum. Na vida, é muito importante que se adquira o domínio do ritmo para realizar os trabalhos."

Ok, ok, e como sabermos qual é o tal do "momento oportuno" de que nos fala o texto? Se fôssemos dar ouvidos a Masaharu, o Taniguchi, ele não hesitaria em dizer que o "momento oportuno" é o agora. E, sendo o agora, como adequar este "agora" com a última frase do nosso texto, ou seja, como adquirir "o domínio do ritmo para se realizar os trabalhos"?
A resposta é uma só, se divide em três sílabas e tem sete letras: prática. Sim, prática. Só podemos dominar isso quando tivermos prática, e a prática se faz simplesmente... fazendo... já ouviram aqueles famosos versos, não me lembro a autoria agora: "caminante, no hay camino, el camino se hace al caminar" (ou seja, caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar"? É mais ou menos por aí.
Também devemos levar em conta a tríplice adequação: à pessoa, à hora e ao local, mas disso a natureza cuida.
Mas só cuida se... praticarmos. Pensem nisso.




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