Após a série de convites à iluminação e à renovação de um novo mundo, mais um convite, desta vez muito parecido com uma bem-aventurança: Tu, que estás vertendo lágrimas de tristeza, olha para o alto e recebe a minha luz. Como assim?
"Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados", nos informa o capítulo 5 de Mateus. Além de merecer uma profunda reflexão pelo fato da transitoriedade do mundo fenomênico, o consolo para os chorosos vem justamente do fato de "olhar para o alto e receber a luz divina. Mas, não é bem assim que a banda toca. Eu explico.
Como se verá mais à frente, mais especificamente daqui a quatro frases, trataremos novamente sobre a intrincada questão da onipotência divina, que eu vou adiantar agora, tema este repetido já algumas vezes neste blog...
Deus é onipotente? No sentido dEle ter como conseguir fazer tudo, sim. Neste caso, podemos dizer, em verdade, à maneira de Aristóteles, que Deus é uma potencialidade infinita. Deus é uma potencialidade infinita, friso novamente. Mas Ele Se impõe um pequeno, mas intransponível limite: o do livre arbítrio humano.
Lembram-se, quando estudamos a Revelação Divina da Grande Harmonia, quando estudamos a frase "Mesmo que Deus queira te auxiliar, as vibrações mentais de discórdia não te permitem captar as ondas da salvação de Deus"? Pois é bem por aí.
E nesta frase não é diferente: Tu que choras OLHA PARA O ALTO e recebe a minha luz. A luz só virá mediante o nosso ato consciente e livre de olhar para o alto. É o nosso livre arbítrio que está em jogo neste momento. Assim, como diriam os americanos, it´s up only to us, só depende, unica e exclusivamente, da gente.
Eu já me peguei muitas vezes pensando qual a razão de Deus nos conceder este tal de livre arbítrio. Eu, em minha imaginação, sugeriria a Deus o livre arbítrio somente para coisas boas. Mas, vai ver que não sou tão sábio assim, muito embora minhas intenções fossem das melhores. Por qual motivo Deus nos deu a chance de escolher, desde lá do Éden? Muito embora, desde lá tenhamos sido punidos por nossas escolhas. Qual a razão disso?
Sinceramente, ainda não sei a resposta, e no dia que souber talvez até invente uma religião... mas tenho algumas suspeitas:
1 - Para não deixar a humanidade como um bando de autômatos. Ora, Deus gosta da diversidade, então, é diversidade que teremos. Parece ser aceitável?
2 - Ora, se tudo o que Ele criou é bom, e se tudo o que é ruim é inexistente, então Deus não vê tais imperfeições e para Ele tudo estaria muito bom, desde quando o Jardim do Éden foi criado? Essa é boa, mas para muitas almas que estão afundadas na tristeza e na melancolia não parece ser a resposta mais agradável...
3 - Alguma outra resposta a qual eu não tenha ainda imaginado...
Agora passo a bola para vocês: em um pequeno exercício de imaginação, o que vocês imaginam como resposta a esta pergunta?
Fico no aguardo.
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