Iluminados pela NOVA luz, vejamos a verdade da existência. Repararam na insistência quase neurótica do "novo"? Isso indica o caráter de renovação desta RD, o caráter apocalíptico, no sentido de revelação, e não de fim do mundo. Tá certo que, como diria o poeta, todo fim é um começo, mas nem sempre é assim, pelo menos não no sentido do fim do mundo físico, fenomênico; afinal de contas, já vimos que o fim do mundo, para todos neste mundo, termina com a morte, e que ela mesmo é apenas e tão somente uma porta para nos levar a uma outra dimensão. O problema é que quando passamos para a tal da outra dimensão, geralmente sumimos e os que ficam do lado de cá imaginam - em vão - que os mortos morreram...
Mas outro ponto assaz interessante nos oferece este trecho: o convite para vermos a verdade da existência, o que, tautologicamente, é um convite para vermos a verdade da vida. E o que é a verdade da vida? É a verdade de que o homem é filho de Deus e que a matéria inexiste. Assim, por conseguinte, a fealdade, a impureza, as doenças, a tristeza e os sofrimentos, todos eles foram devidamente extintos. E foram extintos à luz dessa nova Realidade que se descortina através dos nossos olhos. Lembram-se do finalzinho do Apocalipse ("Eis que faço novas todas as coisas"? Pois é bem por aí...).
Em suma, o que é fenômeno desaparece, não tem substância, não tem consistência. O que é eterno e real é invisível aos olhos, já intuía, no século passado, com razão, Antoine de Saint-Exupèry com seu Pequeno Príncipe.
Enfim, é isso. Alguma dúvida mais ou podemos já passar para a próxima frase?
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