Reconciliação = Gratidão
Simples, não? Mas não me lembro quem disse a verdade de que só os gênios enxergam o óbvio. E, neste quesito, nosso Mestre mandou muito bem. Reconciliação é gratidão.
Vários posts atrás entrei numa discussão a respeito do conceito de gratidão, e o quanto tal conceito está relacionado com o Princípio do Relógio de Sol. Para quem ainda se recorda do que eu disse, que não devem ser muitos, peço um pouco de paciência, afinal, o tema exige um pouco mais de vagar e das minhas parcas considerações. Para quem não leu ou não se recorda, esta é a oportunidade! Vamos lá, então?
Gratidão.No dicionário você encontra gratidão como ato de ser grato. E ser grato significa agradecer a algo ou a alguém. E o que significa agradecer? Vamos partir para um exemplo mais concreto.
Sílvia me pede um copo d´água. Eu, solícito, dou um copo d´água a ela e ela me agradece com um "muito obrigado".
(Neste momento, LeoJisso, em um rasgo de cultura inútil, pesquisa a origem do termo "muito obrigado", vejam que interessante, tirei de um site: a expressão é a forma reduzida de "fico-lhe muito obrigado", que nada mais vem a ser do que formar um elo de ligação, de dever, a uma pessoa, elo também de retribuição. Mas, fechando o parênteses e voltando a nosso copo d´água...)
No momento que Sílvia me agradece pelo copo d´água, além dela se sentir muito obrigada a mim o próprio fato dela agradecer, além de mostrar a pessoa educada que ela é, reconhece (prestem atenção nas palavras) um bem que eu lhe fiz...
Reconhecer um bem que se faz: este é o espírito da gratidão. O ato de reconhecer é mental, e o reconhecer o bem, o que é isso senão ver sempre as partes positivas das pessoas, coisas e fatos? O que é isso senão aplicar o Princípio do Relógio de Sol no dia-a-dia?
Assim, se gratidão envolve reconhecimento do bem e a primeira norma fundamental nos admoesta a agradecer a todas as coisas do céu e da terra, logo desde a primeira norma fundamental somos praticamente intimados a ver as partes positivas das pessoas, coisas e fatos. Ou seja, tudo está interligado!
E esse agradecer nada mais é do que a reconciliação que tanto trata na RD. Ou seja, nos tornamos unos com o todo (reconciliamos) quando reconhecemos o bem implícito a todas as coisas.
E, cá pra nós, o que é esse reconhecimento implícito do bem em tudo senão o próprio estado paradisíaco, antes de Adão e Eva comerem o fruto do conhecimento do bem e do mal, o fruto da dualidade?
Será por isso que dizem, como já muito ouvi falar, que Seicho-No-Ie é a religião de antes da queda, de antes do chamado "pecado original"?
Pensem nisso!
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