Vamos continuar com nosso estudo? A segunda e a terceira frases da nossa RD são repetitivas, tautológicas, servindo apenas para confirmar o sentido da primeira frase, ou seja, as vantagens de uma reconciliação com o Todo. Descompondo, assim, a segunda frase, o que teríamos?
QUANDO SE EFETIVAR A RECONCILIAÇÃO: Ok, ok, e quando se efetiva tal reconciliação? Citemos o tripé da SNI, que esqueci de mencionar na primeira frase, e que consiste em Amar, Perdoar e Agradecer. Amando efetivamos a reconciliação. Perdoando efetivamos a reconciliação. Agora, o mais importante, segundo a RD, é agradecer. Logo logo verão o porquê. Mas amar e perdoar são formas de agradecer também. Não vou me alongar muito neste tema para não estragar o estudo das próximas frases, mas tal reconciliação, ou seja, tal volta para o todo se efetiva através do amor, do perdão e da gratidão.
Vou dar um exemplo concreto, personalíssimo e que aconteceu comigo não tem meia hora: voltei da casa de minha augusta noiva, por ocasião de seu 36º aniversário. Minha não menos augusta mãe estava de cara amarrada para mim, por não ter lhe dado um único telefonema, preocupada que estava pelas notícias de violência que circundam a cidade por estes dias. E, mui provavelmente, ela continuará assim amanhã, como se tivesse feito o maior dos pecados;
E aí, caro neófito, o que você faria no meu lugar?
Meu eu fenomênico aguarda a primeira oportunidade para se rebelar e contradizer, caçoar e zombar tais zelos maternais. Sabem a razão? Porque o eu fenomênico nada mais é que o ego. E o ego se vê separado e distinto de tudo e de todos, só ele existe e somente a sua sobrevivência neste mundo importa.
Mas, este eu não existe. Falando em linguagem budista, ele é composto de cinco skandhas, ou cinco agregados, um mais inconsistente que o outro: matéria, sensações, percepções, formações mentais e a consciência. Eis, em resumo, o que é o nosso tão propalado ego.
E o nosso Eu Verdadeiro, o nosso Eu bam-bam-bam? Ah, este ama, perdoa e agradece o ato maternal. E sabem a razão? Porque ele sim, está conciliado (nunca reconciliado) com todas as coisas do céu e da terra. Ele não se sente separado do todo, pelo contrário, ele É parte do todo! E, justamente por isso, ama, perdoa e agradece a tudo e a todos. Porque, simplesmente, ele não é atingido por vibrações discordantes, aliás, tais vibrações sequer existem para ele! Se vocês, por curiosidade, lerem agora a terceira frase da RD, vão saber exatamente o que estou falando, mas ainda há coisa para ser vista aqui...
COM TODAS AS COISAS DO CÉU E DA TERRA: Mais uma vez olha o céu e a terra aqui. Olha a Imagem Verdadeira e o fenômeno aqui. Reconciliar-se com a Imagem Verdadeira é fácil, mas e quanto a se reconciliar com o fenômeno? Como fazer, no caso concreto mencionado acima, para melhorar o convívio com minha mãe? Elementar, meu caro LeoJisso: amando sua mãe (sentindo-se um com ela, olha a unidade aí de novo), perdoando sua mãe (doar amor a sua genitora) e agradecendo sua mãe (reconhecendo o cuidado que ela tem contigo).
TUDO SERÁ TEU AMIGO: Eis a nossa recompensa: na realidade, nada mais é do que a boa e velha aplicação do princípio do relógio de sol: quando você se reconcilia, você muda um paradigma, substitui o paradigma do eu que separa por se achar importante pelo paradigma do Eu que é importante por estar unido ao Todo,; ocorrendo tal substituição, o que acontece? Tudo se torna teu amigo, nada te pode atingir, em outras palavras, você atinge o nirvana do salmista nº 23, quando este afirma que "nada lhe faltará", ou do salmista nº 91, que diz: "ainda que mil caiam de um lado e dez mil do outro lado, nada me atingirá, pois Tu estás comigo". Em verdade, em verdade eu afirmo: Essa imunidade não deriva de Deus estar conosoco, ela deriva de voltarmos nossas atenções a Deus, reconciliando-nos com o Todo. O resto, bem, o resto, como diria aquele sábio rabino, é comentário jurídico...
Imprime mais esta, Sílvia?
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Certamente. Devidamente imprimada.
ResponderExcluirMuito obrigada Leonardo!
Ooooooooops , hehehe q imprimada q nada ... imprimida.
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