"Não existem pessoas totalmente seguras quanto à própria aparência. Todas descobrem algum 'defeito' em si mesmas e se penam na tentativa de disfarçá-lo. E, muitas vezes, as pessoas que andam com um visual extravagante não possuem beleza natural. Elas tentam parecer bonitas 'camuflando' a aparência original.
O desejo de se tornar belo, em si, não é algo errado. Graças a esse desejo da maioria das pessoas, as técnicas de maquiagem evoluíram e, certamente, seguirão evoluindo cada vez mais. Entretanto, é preciso deixar claro que o verdadeiro embelezamento consiste em 'reparar e melhorar a base'. É muito limitada a contribuição dos truques de 'camuflagem', tais como tintura de cabelo, penteados, aspecto da barba etc.
Mas a maioria das pessoas se empenha em 'camuflagens' esquecendo-se de efetuar o 'reparo da base', que é o mais importante. Considero isso um fenômeno estranho. É possível 'reparar a base', mesmo sem recorrer ao procedimento um tanto arriscado como a cirurgia plástica. Existe um meio mais seguro e agradável para melhorar a aparência.
O princípio básico é muito simples e pode ser assim expresso: 'A mente transforma o corpo'. Isso significa que, aprimorando a mente e cultivando a beleza interior, pode-se promover a beleza física. Pessoas bondosas, afáveis e risonhas têm uma beleza peculiar, independentemente dos seus traços fisionômicos. Quanto a pessoas irascíveis, rabugentas, traiçoeiras etc., têm uma fisionomia bastante desagradável.
Certa vez, por ocasião da campanha para as eleições de membros da Câmara Alta assisti a um programa de TV que contou com a participação dos líderes de diversos partidos políticos. Observando a fisionomia de todos, simpatizei particularmente com um deles. Ao falar dos seus esforços em fazer uma boa política para o bem-estar da população, seu rosto se iluminava, e sua expressão radiante o fazia parecer mais bem-apessoado.
Mas, quando o programa passou para a etapa de debates entre os representantes dos partidos políticos, essa pessoa começou a atacar abertamente o regime imperial e a criticar o Hino Nacional, e então a sua fisionomia se tornou hostil e feroz como a de um lobo faminto.
Como se pode perceber, a mente tem o poder de mudar o aspecto físico, e esse fato se verifica em todos, sejam homens, mulheres, velhos ou jovens. Portanto, para melhorar a aparência, precisamos nos empenhar em mudá-la pelo poder da mente, em vez de disfarçar as falhas e os defeitos.
Para isso, é preciso, antes de mais nada, cultivar o amor e a bondade. Enquanto estivermos remoendo ódios e ressentimentos, nenhuma 'camuflagem' servirá para melhorar a nossa aparência. Quando alguém passa a ter uma mente agressiva e ferina, como aconteceu com o aludido político, imediatamente a sua fisionomia se torna feroz, e de nada adiantará proferir um belo discurso.
Desde antigamente, fala-se muito em boa ou má fisionomia do ponto de vista do estudo fisiognômico. Mas a fisionomia não é algo fixo e pode ser mudada conforme a mente. Quem vive com disposição mental afável e bondosa passa a ter, com certeza, uma fisionomia agradável. Nem as mais dispendiosas fórmulas de beleza tornam o rosto de uma pessoa mais bonito e luminoso do que o de um filho amoroso que sorri, com carinho, para a mãe idosa."
Bom, post com clima de dejà-vu, ou seja, já estudamos este assunto em outros livrinhos e em outros capítulos, mas sempre é bom dar uma recapitulada básica...
Verdade da Vida vol. 1: O Mestre disseca as três formas de pensamento, a saber, pensamento propriamente dito, palavras e expressão fisionômica. Este post trata especificamente desta última...
E, como forma exterior de pensamento, uma mudança interior é necessária, ou seja, bons pensamentos e boas palavras alteram naturalmente a expressão fisionômica e, via de consequência, melhoram o destino. O Mestre até cita alguns curiosos provérbios nipônicos com conteúdo semelhante, como "Marimbondo pica o rosto de quem chora". Isso é verdade. Mas, se alguém chora, é em consequência de algo primitivo, afinal de contas, não nos esqueçamos que este é um mundo consequencial e, como tal, a aparência fisionômica, por ser fenomênica, também é consequência, e não causa, de nossa felicidade ou infelicidade. Meditemos um pouco sobre isso...
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