domingo, 31 de julho de 2011

Da Trigésima Nona Palestra

E lá fui eu para Itaboraí hoje cedo para mais um Domingo da Seicho-No-Ie - Um Modo Feliz de Viver! Cerimônia em Memória Aos Antepassados. Preparei um material que disponibilizo aqui em outra página, sob o ínstigante título de "Cerimônia Aos Antepassados - Perguntas e Respostas".
Foi um número bom de participantes. Contando que a presidente e a vice da associação estavam em Niterói para um treinamento de caravanas, foi muito bom o resultado!
Agora palestra para mim, salvo se não surgir outra antes, só mesmo no dia 20.08, no Departamento Feminino, em substituição a minha augusta esposa. O tema é baseado no livro "Namoro, Casamento e Maternidade", o título vou ficar devendo, mas não se preocupem! Quando lerem o post "Da Quadragésima Palestra" vocês saberão!

sábado, 30 de julho de 2011

Plano de Estudos 2011 - Junho/2011

1 - Leia atentamente o capítulo 5 - Não perca a calma nos momentos críticos - do livro Leve Avante Sua Vida.

2 - Em um caderno, transcreva-o, com muita atenção, refletindo sobre sua mensagem.

Como o meu caderno é este blog, transcreverei também aos amáveis leitores que me acompanham. No meu antigo livro, este capítulo se encontra nas páginas 28/30:

CAPÍTULO V
NÃO PERCA A CALMA NOS MOMENTOS CRÍTICOS

"Desde jovem deve-se treinar para manter a calma em quaisquer circurnstâncias. Nos momentos de perigo, é importante manter a calma para tomar as decisões mais adequadas às circunstâncias. O jovem deve cultivar este hábito desde o início da juventude. Torna-se vencedor aquele que não perde a calma e toma a decisão rápida e sábia. Esse tipo de pessoa é procurado em todas as camadas da sociedade e em todas as áreas profissionais. Não basta a pessoa dominar a técnica ou ser esperta. A pessoa esperta pode triunfar na vida, mas, se não possuir coragem e calma, acabará fracassando nos momentos críticos. Perdendo a calma, a esperteza acaba desaparecendo e, mesmo os conhecimentos que a pessoa domina bem, não vêm à memória no momento decisivo. São pessoas assim que, no exame derradeiro, não conseguem manifestar um décimo do que sabem.
Manter a calma quando os outros a perdem e tomar decisões acertadas são qualidades necessárias para futuros líderes. A ação rápida de um aviador que salta de para-quedas quando o avião está prestes a cair, só é possível se ele não perder a calma. Numa crise econômica, conseguir superá-la sem desonrar os compromissos é próprio daquele que sabe manter a calma. Mesmo em relação ao sexo oposto, saber escolher a pessoa certa, afastando inúmeras tentações, só é possível àquele que consegue controlar as próprias emoções. Quem procura na vida somente o prazer e o bem-estar físico, evitando o esforço, acaba caindo em tentações. Prazer e bem-estar nunca devem ser o objetivo primordial na vida.
Na obra A Verdade da Vida, volume 9, consta que 'O espírito elevado nasce em circunstância penosa criada por ele mesmo, para acelerar o aprimoramento espiritual. É como um avião que, ao aumentar a velocidade, aumenta também a trepidação e o barulho'. Acomodando-se numa situação fácil, a capacidade da pessoa regride. Com o desenvolvimento dos meios de transporte, o ser humano não precisa andar muito e sua capacidade física acaba se atrofiando. Para suprir isso, os homens praticam esportes como a maratona, o alpinismo, o esqui etc. Alpinismo ou esqui não é esporte fácil; às vezes expõe o praticante ao perigo da própria vida. Mas o homem somente manifesta sua capacidade quando supera o perigo e procura dominá-lo. Quando o supera, a capacidade latente aumenta, agiganta-se, evolui, ocasionando a elevação espiritual. É por isso que se diz no Japão: 'Passe por sofrimento quando jovem, mesmo comprando'.
Para não perder a calma nos momentos críticos, é bom acumular várias experiências. Há campeões de esgrima que perdem a luta contra espadachins que jamais frequentaram uma academia mas que possui experiência prática por terem usado a espada em campos de batalha. Isto porque os primeiros nunca depararam com uma situação de perigo concreto, enquanto os segundos já enfrentaram isso e acumularam experiências. Quem já enfrentou problemas inúmeras vezes e os superou não se abala diante de novos problemas, porque adquiriu equilíbrio emocional através das experiências.
Havendo equilíbrio emocional, há também equilíbrio do corpo e da ação. A dificuldade que se enfenta para esquiar no primeiro dia é a mesma dos demais dias. Porém, na primeira vez, o esquiador mal conseguirá se manter em pé e andar sobre esquis, porque falta-lhe experiência para se equilibrar. O mesmo acontece em todas as situações. A calma e o equilíbrio interior não são obtidos apenas através da meditação; é necessário enfrentar vários problemas repetindo na prática e, ao mesmo tempo, fazer a Meditação Shinsokan repetindo para si mesmo 'Sou filho de Deus, portanto, possuo força para superar quaisquer dificuldades' até se convencer disso. Quando essa fé se instala no subconsciente, a pessoa consegue enfrentar os problemas de um modo calmo e seguro. Jesus Cristo disse: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará, e nada vos será impossível' (Mt. 17,20). Jovem, nunca fuja dos obstáculos!"

1 - Meditação Shinsokan Em Louvor A Deus

Abra na pg. 136!
Conforme prometido, vamos explanar, "em largas pinceladas", nos dizeres do Preletor Lício sobre cada uma das variações da Meditação Shinsokan presentes no livrinho da foto ao lado, "Explicações Detalhadas Sobre A Meditação Shinsokan". Abramos o nosso na página 136, resumirei o objetivo e colocarei as palavras da mentalização. O resto? Bem, o resto é com vocês, Shinsokan deveria ser feito com a mesma assiduidade de uma escovação dentária...
1 - O que é? Meditação Shinsokan de Louvor a Deus
2 - Para quê? Agradecer a Deus com emoção.
3 - Dica: Para fazer esta Meditação, deve ser feita com emoção. É um Shinsokan meramente de gratidão a Deus, e tal gratidão não deve ser feita de modo racional, com um xoxo "obrigado, Deus". Pelo contrário, deve deixar a emoção fluir. Aliás, fica a dica para o leitor interessado neste tema: leiam o capítulo 14 do excelente "Comande Seu Destino Com o Poder Da Mente", pgs. 106-113, para saber mais sobre o amiúde tão negligenciado poder da emoção.
4 - Palavras de Mentalização: Todos em posição de oração? Vamos lá!
Após entoar o Canto Evocativo de Deus, mentalizar o seguinte:

"Neste momento, deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo da Imagem Verdadeira. Aqui, onde estou, é o Mundo da Imagem Verdadeira" 

Após, mentalizar com bastante emoção (emoção, se quiser chegar às lágrimas, pode, é permitido!)

"Oh, como é sublime o mundo da Imagem Verdadeira criado por Deus! Está preenchido do infinito Amor de Deus! Está preenchido da infinita Vida de Deus! Está preenchido da infinita Provisão de Deus! Está preenchido da infinita Alegria de Deus! Está preenchido da infinita Harmonia de Deus!"

Em outras palavras, estamos preenchidos dos infinitos atributos divinos que visualizamos sempre: Sabedoria, Amor, Vida, Provisão, Alegria e Harmonia. Então continue louvando:

"Neste mundo da Grande Harmonia, eu, como filho de Deus, estou recebendo de Deus a Sua infinita força vivificante"

E não pare por aí. Inspire lentamente e repita:

"Oh, está fluindo em mim a força vivificante de Deus!! Está fluindo em mim a força vivificante de Deus!!"

Respire mais um pouco e continue:

"Oh, estou preenchido pela infinita força vivificante de Deus!! Oh, estou preenchido pela infinita força de Deus!! Já não sou eu quem vive, é a Vida de Deus que aqui vive!!"

Respire mais um pouco (de novo) e continue:

"Oh, está fluindo em mim a infinita força vivificante de Deus!! Oh, está fluindo em mim a infinita força vivificante de Deus!!"

Finalize assim dizendo:

"Oh, estou preenchido pela infinita força vivficante de Deus!! Já não sou eu quem vive, é a Vida de Deus que aqui vive!!"

Ao terminar, se puder, leia o último capítulo do volume 8 da Verdade da Vida, que fala sobre a gratidão. E, para criar um clima, escute concentradamente, prestando atenção em cada verso deste belo hino sagrado:


E bom Shinsokan para você, cheio de emoção e gratidão! Aliás, ficar em posição de oração mentalizando a letra desta música já equivale a um Shinsokan!

Agenda Da Semana

Bom, antes de noite do que nunca: amanhã, 31.07.11, às nove da manhã, estarei na Associação Local de Itaboraí, no Domingo da Seicho-No-Ie, onde farei mais uma Cerimônia em Memória Aos Antepassados. Participem!

Questões Doutrinárias: O Adepto Que Contrata Apólice De Seguro Deve Ser Considerado Uma Pessoa Sem Fé Na Proteção De Deus?

Essa é muito boa, está no Círculo de Harmonia de junho de 2011, pg. 10. O Preletor? Ora, o seu amigo Eduardo Nunes da Silva:
"Há alguns dias, assisti à palestra de uma colega preletora em que ela dizia não contratar seguro para o carro porque confia integralmente na proteção divina. Achei admirável sua postura de fé integral e fui levado a uma reflexão, pois o meu carro está protegido por um seguro geral, que inclui sinistros e furto. Será que, depois de quase quarenta anos como adepto da Seicho-No-Ie, eu já deveria ter deixado de recorrer a artifícios como seguro veicular?
Qual seria a atitude correta? Na Revelação Divina de 5 de dezembro de 1931, consta que 'Se a mente estiver controlada, sentir-se-á como manifestação dessa mente, no momento adequado, o desejo de preparar o que se deve. Não pense que todo aquele que se prepara seja pessoa de pouca fé'. É mais sábio providenciar uma fechadura e trancar a porta da casa do que perder a paz, temendo que a casa seja invadida por alguém mal-intencionado.
Creio que a colega preletora já se aproximou bastante do estado mental que reconhece apenas o bem. Mas, de maneira geral, isso deve ser uma conscientização profunda, e não uma norma de conduta imposta. Se nos impusermos uma conduta sem ter a devida conscientização, perderemos a liberdade e ficaremos com a mente tolhida. Nas palavras do dia 29 de janeiro do livro A Verdade da Vida, volume 37, temos: 'Dizer que tudo está bem e deixar de tomar as providências necessárias também não é atitude livre e natural. É uma atitude que perdeu a liberdade, prendendo-se ao ‘bem’. O natural é bom; tomar naturalmente providências em relação ao natural também é bom'.
Se em algum ponto de nossa mente ainda há o receio de perder ou ver lesado um bem, como um veículo, por exemplo, é melhor contratar o seguro, agradecendo às companhias e aos profissionais que nos oferecem essa comodidade. Assim podemos seguir com nossas atividades, sem nos afligirmos. Nas mesmas palavras do dia 29 de janeiro o mestre Taniguchi conclui: 'Este é o modo de viver da Seicho-No-Ie. É a vida sem embaraço, sem aflições e sem padecimentos'. Independentemente da opção de cada um, com a mente totalmente livre, trabalhemos para a concretização de um mundo em que não haja sinistros, furtos ou prejuízos de qualquer espécie e no qual todas as pessoas possam viver felizes e livres de infortúnio."

É como dizia aquele velho ditado árabe: "Confia em Deus, mas amarra o teu camelo"...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Para Que Servem As Mãos?

Afinal, para que servem as mãos? Vou valer-me de mais uma ilustração,  as mãos são apenas um dos três pontos de energia universalmente conhecidos por todas as religiões e que não poderiam ser alheias à Seicho-No-Ie. Maiores detalhes peço que se socorram do volume 8 da Verdade da Vida, mas, em resumo, os três pontos são os seguintes:
1. Mãos: poder de cura. E esse poder de cura se revelou em Jesus tocando nos doentes, por exemplo, ou mesmo instintivamente. Querem ver? Batam com o dedo bem forte na quina de uma mesa. Agora! Bateram? Qual foi sua reação (não, não precisa repetir o palavrão dito, quero saber a reação corporal). Não foi colocar a mão em cima do machucado? E porque temos este comportamento? Mistério...
2. Intercílio: também conhecida como terceiro olho, na parte central da testa. Refere-se à intuição e, em certos casos, à clarividência;
3. Respiração: ou alento, é a própria Vida de Deus passando por você neste exato momento.
Coloque suas mãos em posição de oração agora: vejam estes três fortes centros de energia: cura, intuição e Vida de Deus juntinhos numa só posição.
E vocês, tolinhos, acreditando que esta posição era frescura de um japonês metido a sabichão, né? Tsc, tsc, tsc...

Ah, As Mãos...

As mãos são parte importantíssima no shinsokan, sim, senhores! Tão importante que oferto aos amáveis leitores, à guisa de introdução, o belo poema das mãos, recitado por Lúcio Mauro, pai:


E para que serve as mãos no Shinsokan,
Lúcio Mauro?
 "Para que servem as mãos?

As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder,
ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar,
confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar,
acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir,
reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau,
salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os antissemitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda; o operário construir e o burguês destruir; o bom amparar e o justo punir; o amante acariciar e o ladrão roubar; o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!
Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos.
As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes; no volante da aeronave
atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida; a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.
Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta,acariciando, mostra a bondade; fechada e levantada mostra a força e o poder; empunha a espada a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes; da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia
nas formas eternas da beleza.
Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta
os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com a s mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.
Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!"

E as mãos no Shinsokan, o que fazem?

E Não É Só Issio! E A Postura?

Acalmem-se, neófitos! Para você dar aquela shinsokadinha bonita, não basta ficar concentrado, hay que colocarse! E, para tanto, seu amigo LeoJisso lhe dará as dicas para uma postura correta!
Antes de pôr a mão no joelho e dar aquela abaixadinha, lembremos das admoestações do Mestre: a posição de Shinsokan é adotada "para se obter a postura correta da mente", ou seja, cada coisa em seu devido lugar, ou seja, o que tem que ficar em cima permanece em cima, e o que tem que ficar embaixo permanece embaixo, o que tem que ficar do lado direito, no lado direito e no lado esquerdo, o que tem que ficar no lado esquerdo...
Muito obrigado,
todos em posição de oração!
Ao lado segue uma ilustração manjadíssima sobre a postura correta, para ficar tanto sentado numa cadeira como no chão. Eu, particularmente, me equilibro melhor shinsokando no chão, com uma almofada pequena sobre as pernas.
E quanto à postura das mãos? Ah, isso é assunto para outro post...

Meditação Shinsokan: Aprenda Fazendo!

Povo do meu blog! A LeoJisso Inc., sempre preocupada com o bem-estar de seu amável público leitor, orgulhosamente apresenta mais uma seção em seu blog, que pode facilmente ser acompanhado através do marcador "Shinsokan: Aprenda Fazendo". Sim, senhores, vamos agora nos aprofundar na nobre arte de dar aquela shinsokadinha antes de dormir e logo assim que acordar! Para isso, vamos nos valer do luxuoso auxílio da Literatura Seicho-No-Ie. Pretendo, ainda, embasado naquele livro de capa prateada, "Explicações Detalhadas Sobre A Meditação Shinsokan", mostrar cada uma das modalidades shinsokanescas (claro que sem a riqueza de detalhes, justamente para os amigos consultarem a obra!), só para dar água na boca!
Como eu já vi que tem um monte de sites, blogs e quejandos com a mesma orientação, não vamos diferir muito destas explicações. A de agora, por exemplo, é facilmente encontrável nas pgs. 28-29 da Pomba Branca de julho de 2011 (também conhecido como "deste mês"):

MEDITAÇÃO SHINSOKAN
Orientações do prof. Masaharu Taniguchi

A Meditação Shinsokan é o caminho que conduz à Sabedoria divina através da prática meditativa, e me foi inspirada por Deus durante meu treinamento espiritual. Na Meditação Shinsokan, visualizamos diretamente a Vida de Deus fluindo em nós.
No idioma japonês, a palavra Shinsokan é composta por três ideogramas:

SHIN = Deus;
SO = Pensar;
KAN = Contemplar

Iniciamos a Meditação Shinsokan, entoando o Canto Evocativo de Deus com a convicção de estarmos chamando a Deus. Concentramos a mente unicamente em Deus, a fim de conseguirmos a sensação de união total com Ele.
Na verdade, Meditação Shinsokan é algo prazeroso, um momento terno, que nos proporciona alegria e felicidade, como se estivéssemos nos braços de Deus-Pai. É exatamente a mesma sensação de uma criança que está no colo do pai ou da mãe. Querido leitor, pratique diariamente a Meditação Shinsokan, de manhã, logo ao despertar, e à noite, antes de dormir.

CANTO EVOCATIVO DE DEUS

"Ó Deus-Pai, que dais vida a todos os seres viventes, abençoai-me com Vosso Espírito.
Eu vivo, não pela minha própria força, mas pela Vida de Deus-Pai, que permeia os céus e a terra.
As minhas obras, não sou eu quem as realiza, mas a força de Deus-Pai, que permeia os céus e a terra.
Ó Deus, que vos manifestastes através da Seicho-No-Ie para indicar o caminho dos céus e da terra, protegei-me"

MEDITAÇÃO

Após o Canto Evocativo de Deus, mentalizar o seguinte:

Neste momento, deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo da Imagem Verdadeira
(Visualizamos e contemplamos um mundo infinitamente vasto e esplendoroso)
Aqui, onde estou, é o mundo da Imagem Verdadeira
É oceano de infinita Sabedoria de Deus (várias vezes)
É oceano de infinito Amor de Deus (várias vezes)
É oceano de infinita Vida de Deus (várias vezes)
É oceano de infinita Provisão de Deus (várias vezes)
É oceano de infinita Alegria de Deus (várias vezes)
É oceano de infinita Harmonia de Deus (várias vezes)

Assim mentalizando, contemplamos os atributos de Deus, que, em forma de luz, nos envolve e se estende por toda parte. Repetimos essa mentalização até conseguirmos visualizar todo o Universo repleto de luz de Deus. É o mundo da harmonia absoluta. Neste mundo da grande harmonia, eu, como filho de Deus, estou recebendo de Deus a Sua infinita força vivificante (que engloba todos os atributos divinos acima referidos).

RESPIRAÇÃO

Ao inpirarmos lentamente, visualizamos a luz resplandecente de Deus fluindo para dentro de nós através das mãos postas (que são como uma antena), preenchendo todo o nosso corpo, desde o alto da cabeça até a extremidade dos pés. Enquanto inspiramos, mentalizamos:
A infinita força vivificante de Deus flui para o meu interior, flui, flui, flui... (repetimos até contemplar a inspiração). Em seguida, comprimimos o ar para o baixo-ventre, dilatando-o para frente, a fim de criarmos a sensação de plenitude. Conservando essa sensação, mentalizamos:
Pela luminosa força vivificante de Deus sou preenchido, sou vivificado, sou preenchido, sou vivificado, sou preenchido, sou vivificado... (várias vezes). Com os olhos da mente, fitamos o nosso ser preenchido e iluminado pela força vivificante de Deus. Enquanto isso, o ar vai se esvaindo lentamente pelas narinas. Quando 70% do ar for expirado, restando ainda uns 30% no baixo-ventre, inspiramos novamente, voltando a mentalizar:
A infinita força vivificante de Deus flui para o meu interior, flui, flui, flui...
Preenchidos os pulmões, novamente comprimimos o ar para o baixo-ventre e, aproveitando a sensação de estarmos plenificados, mentalizamos:
Pela luminosa força vivificante de Deus, sou preenchido, sou vivificado, sou preenchido, sou vivificado, sou preenchido, sou vivificado... (repetimos essa mentalização, combinada com a respiração controlada, até alcançarmos o estado de concentração total), Então, mentalizamos fortemente:
Já não sou eu quem vivo, é a Vida de Deus que aqui vive (várias vezes).
Retornamos, em seguida, às frases iniciais:
Aqui, onde estou, é o mundo da Imagem Verdadeira! É oceano de infinita Sabedoria de Deus... etc (Repetimos este processo por cerca de 30 minutos).
Durante a meditação podemos mentalizar também palavras de afirmação de que o objetivo almejado já está realizado.

ORAÇÃO PELA PAZ MUNDIAL (2 OU 3 VEZES)

O infinito amor de Deus flui para o meu interioir e em mim resplandece a luz espiritual de amor. Esta luz se intensifica, cobre toda a face da terra, e preenche o coração de todas as pessoas com o espírito de amor, paz, ordem e convergência para o centro.

CANTO DA GRANDE HARMONIA (2 VEZES)

A harmoniosa Vida de Deus ilumina o Universo, e no mundo reina a paz.

Fonte: Meditação para Contemplar a Deus "Shinsokan" e Outras Orações e Explicações Detalhadas Sobre a Meditação Shinsokan

E, para os que querem um algo a mais, vejam este vídeo, é interessante! Notem que o Mestre está apontando para onde vai o Flamengo neste campeonato brasileiro: lá longe... Muito obrigado!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Eu Até Tento, Mas...


A Nação é que te agradece desta vez, Gaúcho! Muito Obrigado!
 Povo do meu blog, eu tento, eu juro que tento. Tento fazer deste blog o mais espiritualizado possível, cheio de novidades a cada post, estudos, abordagens as mais diversas possíveis sobre a doutrina, comentários do cotidiano à luz de nossa querida, idolatrada, salve-salve Seicho-No-Ie, mas não consigo. Simplesmente não dá. Por favor, espero que os leitores não abandonem este pobre blogueiro pelo fato de, mais uma vez, abrir espaço aqui para falar... para falar... do seu, do meu, do nosso querido Clube de Regatas do Flamengo!!! O que ele fez ontem, ele e o Santos, é bem verdade, foi algo digno de nota. E nota alta! Pois bem, o Mengão virar uma partida já perdida na casa do adversário em sua meia hora inicial por 3 X 0 para o atual campeão sul-americano, com o seu principal jogador cansando de fazer jogadas celestiais, para um improvável 5 X 4??? A única coisa que tenho que fazer, eu sei, a foto é velha, já usada em um post anteriore, mas vale para o estado de graça que eu e mais 35 milhões de felizes cidadãos viveram no dia de hoje: muito obrigado, Mengão!
Ou seja, eu tento, eu até tento esquecer de falar de futebol aqui. Mas o meu time não deixa... Mengôôôô!!!!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Questões Doutrinárias: Tem A Ousada Afirmação da Sutra Sagrada, De Que O Homem Pode Ver Sem Olhos, Fundamento Científico?

Leiamos no Círculo de Harmonia, abril de 2011, pg. 11, do preletor Eduardo Nunes da Silva:

"Na Sutra Sagrada Palavras do Anjo consta: 'O homem, desde que sua vida transcenda o corpo carnal, pode ver sem olhos'. À primeira vista, esta pode parecer uma afirmação descabida e sem fundamentação científica, mas na edição brasileira da revista Scientific American de junho de 2010, foi publicado o artigo A Estranha Visão dos Cegos, de autoria de Beatrice de Gelder, mestra em neurociência cognitiva e diretora do Laboratório de Neurociências Cognitivas e Afetivas da Universidade Tilburg, na Holanda. No referido artigo consta que 'pessoas que não veem por causa dos danos cerebrais têm a capacidade extraordinária de reagir a emoções em rostos e até de se desviar de obstáculos sem enxergá-los'.
Na sutra sagrada consta que 'Mesmo no mundo da projeção, os cientistas mais eminentes não veem o homem como corpo carnal e esclarecem que os sentidos são atributos da mente'. e é citado o caso de um paciente do médico italiano Cesare Lombroso (1835-1909). Segundo consta, o referido paciente sofreu deslocamento do sentido da visão e, embora não pudesse ver com os olhos, conseguia ver com a ponta dos dedos. Talvez somente este exemplo isolado possa parecer insuficiente para que possamos afirmar que os sentidos não estão nos órgãos físicos. Mas Beatrice Gelder diz em seu artigo que 'desde 1917 médicos relatam casos de visão cega - então tratados como visão residual - em soldados feridos na Primeira Guerra Mundial'.
Embora parte da comunidade científica receba os estudos e relatos sobre a visão cega com certo ceticismo, não podemos ignorar os conceitos chaves sobre o tema, pontuados pelos editores da Scientific American, que são: 1) Algumas pessoas que deixam de ver por causa de danos no cérebro apresentam visão cega - resposta a objetos e imagens que não podem enxergar conscientemente; 2) A visão cega pode detectar muitas características visuais, incluindo cores, movimentos, formas simples e a emoção expressa pelo rosto ou postura de uma pessoa. Pesquisadores estão mapeando as áreas mais antigas do cérebro responsáveis pela visão cega e explorando os limites dessa incrível habilidade.
Embora esses estudos não sejam conclusivos, sinalizam que a ciência começa a caminhar para a mesma conclusão que consta em A Verdade da Vida, volume 23: 'Na verdade, vemos com a mente, e não com os olhos'. Os cientistas especulam que, no caso da visão cega, a estrutura neural responsável por essa capacidade seria o colículo superior, que fica na parte do subcórtex chamada mesencéfalo. No volume 23 de A Verdade da Vida, o professor Masaharu Taniguchi afirma que 'Pensamos que vemos com nossos olhos físicos, mas vemos com a mente que age através dos globos oculares'. Da mesma forma, em se tratando da 'visão cega', embora esta supostamente se processe através do colículo superior, ela é uma faculdade da mente que é capaz de buscar variados modos para atingir seus objetivos."

36 - É A Religião Verdadeira, Porque É A Base De Todos Os Ensinamentos

E assim chegamos a mais um final de um Estudo, desta vez da Revelação mais apocalíptica, mais escatológica de todas! E com esta frase, fazendo alusão à religião verdadeira, por ser ela a base de todos os ensinamentos. Faz sentido, faz muito sentido, e vou explicar o porquê.
A SNI não prega que o mundo todo faz sentido a partir do momento em que um japonês metido a asceta ouviu vozes dizendo que "tudo é tudo, nada é nada (assim filosofou dom Maia)", já cantava Jorge BenJor em seu "Engenho de Dentro". Pelo contrário, a Seicho-No-Ie parte do pressuposto que todas as religiões ditas sérias partiam de dois pressupostos básicos, que recebiam nomes diferentes de acordo com a época e a evolução espiritual de cada povo: o homem é filho de Deus, ou seja, é depositário de toda a potencialidade divina; e o meio em que ele vive é criado unicamente por sua mente, ou sua disposição em encarar o mundo "exterior".
Isso no Cristianismo tem um nome, isso no Budismo tem outro nome, que é batizado de maneira distinta no Islamismo que, por seu turno, apresenta uma denominação totalmente diversa no Xintoísmo e assim vai. Até mesmo o Ateísmo, pasmem, comunga destes dois princípios, sem, evidentemente, dar o nome de Deus aos bois: o homem é filho (ou produto) da natureza e o mundo externo é projeção única e exclusiva dos seus cinco sentidos. O resto é balela, é colóquio flácido para acalentar bovinos. Acredite quem queira acreditar, quem tiver ouvidos que ouça: estas premissas são tão eternas e corretas quanto qualquer lei matemática.
Assim sendo, nossa SNI é uma suprarreligião, ou mesmo uma protoreligião, no sentido de seus postulados antecederem todo e qualquer discurso religioso coerente, venha de onde vier, pregue quem pregar.
Ela, assim, não é a religião dita "verdadeira"; antes, ela fornece os subsídios para que cada uma das religiões, que desde as mais priscas eras abeberam-se de seus princípios, sejam também consideradas como verdadeiras, úteis e necessárias a cada um dos fiéis a que elas venham a se socorrer.
O que o japonês acima mencionado fez foi apenas isolar estes princípios, aplicando-os na vida prática.
Então, o que deseja essa Revelação Divina atestar? O fim do mundo?
Sim, o fim do mundo. O fim de uma antiga concepção do mundo, antes do advento da SNI.
Eis que se fizeram, assim, novas todas as coisas. Muito obrigado!

Questões Doutrinárias: Os Pais Devem Supervisionar Os Acessos Dos Filhos À Internet Ou Devem Confiar Na Proteção Divina E Na Boa Índole Destes?

Questão capciosa esta. Para responder, temos no Círculo de Harmonia de março de 2011, pg. 9, a sempre respeitável opinião do preletor Eduardo Nunes da Silva:

"Na história da humanidade nada há que tenha, em tão curto espaço de tempo, influenciado tanto a vida dos indivíduos e da sociedade humana como o advento da Internet.
A Internet oferece inúmeras comodidades à vida moderna, mas o mundo virtual também oferece perigos e é um campo aberto para fraudes, circulação de conteúdos degradantes, além da superexposição a que ficam sujeitos os usuários da rede.
Como proteger os jovens, e principalmente as crianças, de sites impróprios e de pessoas que fazem mau uso da rede? Os pais devem fiscalizar a “navegação” dos filhos pela Internet?
Em A Verdade da Vida volume 13, o mestre Masaharu Taniguchi diz: 'No tocante à educação da criança, é preciso que a liberdade dela seja respeitada'. Respeitar a liberdade da criança e do jovem, no entanto, não quer dizer que os pais não devam estabelecer limites e oferecer a devida proteção. Lembremos que a Internet é um meio de comunicação extremamente invasivo e que é grande a vulnerabilidade do usuário diante dela. Quantas vezes, ao acessarmos a rede, não vemos abrir-se em nossa tela uma página não solicitada, por exemplo, páginas de cassinos virtuais? Todos nós sabemos que antes de nos aventurarmos pelas páginas da Internet é altamente aconselhável contarmos com um poderoso e atualizado programa antivírus.
No tocante às crianças e aos jovens, não se trata de fiscalizá-los, mas é importante poder contar com um provedor que ofereça aos pais controle de conteúdos ou instalar um programa específico para este fim, de maneira que os jovens usuários não tenham sua navegação invadida por conteúdos indesejáveis ou para que não entrem por engano em sites impróprios.
De qualquer modo, os pais devem procurar saber que tipo de acesso os filhos fazem com frequência e conversar abertamente sobre os perigos existentes na rede. Evite fixar o mal na mente infantil, falando sobre pessoas más e inescrupulosas, mas esclareça que há muitas pessoas mal orientadas que fazem mau uso da rede. Converse sempre com seus filhos e peça para que qualquer amizade feita no mundo virtual seja relatada a você. Também os oriente para que não se exponham demais, por exemplo, em sites de relacionamento.
No caso que constatar que seu filho, às vezes, visita sites impróprios, não dê tanta importância a isto. Até certo ponto, a curiosidade é natural. No caso de isto começar a torna-se um hábito, não reprove o filho, mas converse abertamente com ele em tom amigável, perguntando o que ele quer saber sobre o assunto. Não repreenda o filho, mas observe os pontos negativos no tipo de site em questão. E, principalmente, os pais devem analisar sua própria atitude mental. Sobretudo no ambiente doméstico, os pais devem ler com frequência bons livros, como A Verdade da Vida e procurar manter pensamentos elevados e usar boas palavras. Em um lar assim, é certo que os filhos serão naturalmente bem encaminhados."

Um adendo final antes de terminar o post: se por acaso, pai e mãe, seu pimpolho ou pimpolha estiver lendo este blog, pode ficar tranquilo. Aqui as únicas coisas impróprias que poderão aparecer é um ou outro comentário perdido sobre um raro insucesso do Flamengo ou do Inter, e, mesmo assim, este blogueiro promete se controlar...

35 - O Meu Ensinamento Não É Um Dogmatismo Intolerante Que Repudia Toda E Qualquer Seita Religiosa

Bom, se Deus afirmou que Se permite ser chamado de Deus da Seicho-No-Ie ou Acendedor Dos Sete Candeeiros, logo podemos inferir que Seu ensinamento não pode ser um dogmatismo intolerante, o que é assaz positivo. Positivo e coerente. Na realidade, religiosamente falando, sempre considerei SNI uma espécie de suprarreligião, ou seja, uma religião que englobaria todas as demais, e, por esse modo, toda vez que estudo uma determinada religião, a estudo sob o prisma seichonoieístico, ou seja, sob o prisma da unicidade de todo e qualquer discurso religioso, e não como se determinado ensino religioso fosse algo apartado de mim. É como se eu quisesse aprender mais sobre o Islamismo, por exemplo, para ver até que ponto ele e eu somos um só, formamos uma só ideia em comum, e não para afirmar: "ah, esse ponto está certo, este está errado". Captaram a sutil, mas importante diferença? Não são as diferenças o marcante, e sim a igualdade: no momento em que você percebe a igualdade do pensamento religioso, você percebe que eu e o outro, religiosamente falando, somos um só. E isso é muito, muito importante de ser notado, e é uma das marcas principais da SNI, algo que acompanha sempre nosso cartão de visitas perante os demais ensinamentos religiosos.

Questões Doutrinárias: O Divórcio Desrespeita O Mandamento De Deus?

Com vocês, o preletor Eduardo Nunes da Silva, Círculo de Harmonia de janeiro/11, pg. 15:

"O casamento é um dos eventos mais importantes da vida de um ser humano e, uma vez casadas, as pessoas não devem pensar em se separar. O lar constitui academia para aprimoramento espiritual dos cônjuges. Nas 'Palavras de Sabedoria', em A Verdade da Vida, volume 22, o professor Masaharu Taniguchi ensina: 'Uma vez casado(a), pensa que teu cônjuge, por pior que pareça, é a pessoa mais adequada para ti. Assim pensando, poderás conduzir tua vida atual para uma vida harmoniosa. Aceitando o agora com sentimento de gratidão, poderás transformar o momento presente num futuro melhor'. Este ensinamento sublime é inquestionável, mas, neste mundo das formas em que vivemos, sabemos que há casais que chegam a situações insustentáveis em que não há mais respeito e que um acaba retardando o progresso espiritual do outro. Que fazer em situações como essas?
Na Bíblia consta que o casal jamais se deve separar, a não ser por adultério. No livro Namoro, Casamento e Maternidade, o mestre Taniguchi explica que esse mandamento, dado por Jesus, é um mandamento de Deus e, portanto, em casos normais, respeitar isso é ser fiel a Deus. Mas explica também que 'Quando alguém se casar equivocadamente com um(a) parceiro(a) por quem não sente amor, em vez de ter medo de corrigir isso, é melhor, para a felicidade de ambos, desfazer logo essa união e iniciar nova vida, buscando uma união verdadeira'. E o mestre conclui: 'Em linhas gerais, um casamento equivocado é aquele que não teve como base o amor que se sente nas profundezas da alma. Por exemplo, um casamento efetuado por conveniência familiar, por conveniência econômica, para satisfazer a vaidade, por compaixão, por sacrifício, por ter sido enganado, por ter sido coagido etc. Essas uniões não foram realizadas com base no amor que se sente nas profundezas da alma e, portanto, são falsas. Se, por engano, foi efetuada uma união falsa, desfazê-la é o caminho de Deus'.
Para concluir este texto, quero enfatizar novamente que, uma vez consumado o matrimônio, os casados devem considerar o cônjuge como metade da própria alma que deve acompanhá-los por toda a vida e esforçar-se ao máximo para aprender com alegria as lições que a vida a dois e a vida familiar oferecem. Em suma, as pessoas não se devem divorciar levianamente.
Não ache que sua metade da alma deva ser alguém com a personalidade igual à sua. A vida a dois se torna interessante exatamente porque o casal é constituído por pessoas com personalidades diferentes, mas que se complementam mutuamente."

34 - Com O Meu Ensinamento, As Sete Igrejas E As Doze Tribos De Israel Recebem Nova Vida

Acho que em toda a literatura seichonoiê, pelo menos a traduzida em português, esta é a única menção clara à Israel e ao Judaísmo, por tabela, fruto talvez da origem apocalíptica desta Revelação. As sete igrejas são as sete igrejas, aliás, que o Apocalipse menciona, quais sejam: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia, presentes em Apocalipse 1, 11. É interessante destacarmos, aqui, o que Joseph Murphy nos informa a respeito do significado destas igrejas, em seu O Poder Da Oração, pgs.17/18:
"As sete igrejas são os sete degraus ou graus de percepção pelos quais todos passamos antes de chegar a um ponto de convicção mental ou compreensão íntima e vívida a respeito do assunto ou estado sob o qual rezamos".  Lembremos que, para ele, o Apocalipse nada mais era que um livro que ensinava a oração.
E quais são as doze tribos de Israel? Era a divisão das terras judaicas entre os doze filhos de Jacó, a saber: Rubem, Simeão, Levi, Judá, Dã, Neftali, Gad, Aser, Issacar, Zabulon, José e Benjamin. Ou seja, todos os ensinamentos, tanto o cristão como o judaico (sem contar com o restante dos candeeiros, lembrem-se que Deus também aceita ser chamado de O Acendedor dos Sete Candeeiros) recebem Nova Vida, Nova Interpretação. 

Questões Doutrinárias: Haveria a Década Da Paz E Não Violência, Promovida Pela ONU, Fracassado?

De novo ele, preletor Eduardo Nunes da Silva, em nossas Questões Doutrinárias! Do Círculo de Harmonia de Dezembro de 2010, pg. 10:

"Em 1998 a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou a década de 2001 a 2010 como Década Internacional de Cultura de Paz e Não Violência para as Crianças e Adolescentes do Mundo. A campanha recebeu seu primeiro impulso com o lançamento, no ano 2000, do Manifesto de Cultura de Paz e Não Violência.
A SEICHO-NO-IE DO BRASIL apoiou o movimento criando um link em sua página na Internet, para que os adeptos e demais visitantes pudessem assinar, e também divulgando através do Círculo de Harmonia o endereço de acesso ao manifesto. Mais de 75 milhões de cidadãos assinaram o manifesto, assumindo o compromisso em torno dos seis princípios que envolvem convivência pacífica, sustentabilidade e justiça social. Os seis princípios são respeitar a vida e a dignidade de cada ser humano, sem discriminação, nem preconceito; rejeitar a violência, isto é, praticar a não violência ativa rejeitando a violência em todas as suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular contra os mais desprovidos e os mais vulneráveis, como crianças e adolescentes; ser generoso, que significa compartilhar tempo e recursos materiais no cultivo da generosidade e pôr um fim à exclusão, à injustiça e à opressão política e econômica; ouvir para compreender, que significa defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre o diálogo sem ceder ao fanatismo, à difamação e à rejeição. Preservar o Planeta, promover o consumo responsável e um modo de desenvolvimento que respeitem a todas as formas de
vida e preservem o equilíbrio dos recursos naturais da comunidade com plena participação das mulheres e o respeito aos princípios democráticos, de modo a criarmos juntos novas formas de solidariedade.
O fato de a mídia em geral não haver dado maior cobertura e destaque à Década de Cultura de Paz e Não Violência pode dar a falsa impressão de que a iniciativa resultou em fracasso, mas o fato é que esta constitui uma das campanhas mais bem sucedidas já realizadas pela ONU; mobilizou centenas de instituições governamentais e da sociedade civil e desencadeou projetos e ações no mundo inteiro, visando à implantação da cultura de paz e não violência.
Diz a constituição da UNESCO, órgão das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura: 'Se a guerra nasce na mente dos homens, é na mente que devem ser construídas as defesas da paz'. Embora ainda não tenhamos implantada a cultura de paz, esta década marca o início de trabalhos
contínuos para a construção da verdadeira cultura de paz.
A paz não é apenas a ausência da guerra e de conflitos, mas é um processo positivo, com a participação de muitos na promoção do diálogo, dentro de um espírito de cooperação mútua e entendimento. A esse processo podemos denominar 'Paz Ativa'. Disse o professor Masanobu Taniguchi no Curso Internacional da Seicho-No-Ie pela Paz Mundial – Brasil, 2004: 'O meio para concretizar a ‘Paz Ativa’ não está presente na democracia como sistema. Essa é uma questão que está unicamente dentro da mente de cada pessoa. [...] Para concretizar a paz significativamente, é necessário um movimento em que ‘todas as pessoas se unam sob a vontade de Deus’”.

33 - Permito Que Me Chamem "Deus Da Seicho-No-Ie", Mas Aceito A Denominação "Acendedor Dos Sete Candeeiros"

Sobre o "Acendedor dos Sete Candeeiros" já nos manifestamos quando falamos na Revelação Divina adequada. Nesta aqui, mais adequadamente, qual a diferença existente entre ser chamado "Deus da Seicho-No-Ie" e "Acendedor dos Sete Candeeiros"?
Basicamente, "Deus da Seicho-No-Ie" seria a segunda acepção de Deus, o Deus particularizado de cada religião, como Jeová, Alá e, nesse caso, Seicho-No-Ie-no-Oomikami. E o "Acendedor dos Sete Candeeiros" é Deus na primeira acepção, o Deus Todo-Poderoso, Aquele que unifica todas as crenças numa só, como veremos na última frase do nosso estudo.
Dito isso, passemos para a próxima frase!

domingo, 24 de julho de 2011

Amy, a Bosatsu


Amy, a Bosatsu
 Pessoal, acho que todo mundo sabe com pesar da passagem para o mundo espiritual de uma grande líder da Seicho-No-Ie inglesa, a bosatsu Amy Winehouse.
Sim, senhores, I´m not crazy, estou falando dela mesma, a popstar que driblou um monte de jornais e revistas neste fim de semana para falecer numa já anunciada e prevista morte.
Mas agora, porque cargas d´água eu tive essa ideia maluca de elevá-la à bosatsu? Ora, tolinhos, ainda me perguntam o porquê? Foram várias as lições que herdamos dela, querem saber?
1) Aprendemos que por mais que amemos nossos pais e queiramos vê-los bem, o carma de cada um é o carma de cada um, e que não precisamos carregar em nossas costas carmas alheios para tentar amenizar a dor também alheia: falo isso em relação aos problemas familiares dela;
2) Aprendemos que por mais fama, sucesso e dinheiro que possamos ter, isso ainda não é tudo, senão ela estaria ainda entre nós com aquele vozeirão;
3) Aprendemos também que relacionamentos são apenas reflexos de como levamos nossas vidas com nossos pais: refiro-me ao conturbado casamento dela com o tal do Blake Field-Civil (acho que é esse o nome);
4) Aprendemos ainda que não precisamos de subterfúgios para escapar de todos estes problemas, que só aumentariam nossa dor e nosso instinto autodestrutivo.
E o mais incrível: ela nos ensinou tudo isso com o mais eloquente dos exemplos: sua própria vida pessoal. Dar exemplos da boca pra fora é fácil, quero ver é mostrar na pele como isso funciona! E que, apesar de sua autodestrutiva vida pessoal (desta vez Menninger, e não Freud, explica), fica para nós a quinta e mais importante lição que ela nos brindou, ao término de sua vida:
A de que, por mais difícil que seja sua vida por conta das decisões erradas que você tenha tomado em relação a ela, se você explorar, ainda que em uma pequena fração, o seu talento e de sua capacidade infinita, não importa as inexistentes ilusões da tua vida, o teu talento sobreviverá. Como está sobrevivendo.
Rest in peace, Amy. You deserve it. Thank you for all!

PS.: Ah, não esqueçam de lhe incluir seu nome num registro espiritual. O Santuário Hoozo a aguarda!

Questões Doutrinárias: A Eutanásia É, Do Ponto De Vista Ético E Religioso, Um Procedimento Aceitável?

Continuemos com nossa série de questões doutrinárias, todas elas respondidas pelo preletor Eduardo Nunes da Silva. Esta aqui, constante no Círculo de Harmonia de novembro de 2010, pg. 11:

"Há algum tempo a questão da eutanásia ocupou grande espaço na mídia, devido ao caso da americana Terri Schiavo, que teve o tubo de alimentação desligado por ordem do Tribunal Federal da Flórida. A questão permanece aberta. Os defensores da eutanásia tentam justificar sua posição afirmando ser essa prática uma forma de evitar o sofrimento acarretado por um longo período de doença.
Se virmos o homem apenas como um ser carnal, não deixa de ser lógica a argumentação dos defensores da eutanásia. Quem não tem um conhecimento mínimo das leis mentais e espirituais tenderá a achar que os sofrimentos experimentados por um doente surgem por obra do acaso e não têm qualquer finalidade. Desta maneira, também é natural que acredite que a morte seja o fim do sofrimento.
A questão é: 'É ético tirar a vida de uma pessoa ou permitir que ela acabe com a própria vida, no caso de suicídio assistido, quando não há a possibilidade de ela se curar e o seu sofrimento é atroz?'
A bioética trata dos prolongamentos e das abreviações da vida. E há os que defendam a ortotanásia, que é a morte, no entender de alguns, no tempo certo, reta, digna, sensível aos processos de humanização. Em artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo de 26 de março de 2005, a Dra. Nise Yamaguchi abordou da seguinte forma as questões envolvendo eutanásia, distanásia e ortotanásia:
'Existe grande confusão entre os diversos tipos de eutanásia – ou boa morte. Uma é a eutanásia ativa, na qual o médico ou alguém causa ativamente a morte do indivíduo e que é proibida por lei no Brasil. Anda de mãos dadas com o chamado suicídio assistido, mas é prática regulamentada em alguns outros países, como Holanda e Dinamarca.
'Em um outro extremo há a distanásia ou obstinação terapêutica, que, segundo o especialista em bioética padre Leo Pessini, ‘é uma ação, intervenção ou um procedimento médico que não atinge o objetivo de beneficiar a pessoa em fase terminal e que prolonga inútil e sofridamente o processo de morrer, procurando distanciar a morte’. Sou contra a distanásia – aqui vale um debate ético, afinal, a distanásia é diferente daquela situação em que um paciente com câncer ou Aids controlados, por exemplo, tem uma infecção e vai para a UTI ou para uma intervenção cirúrgica, e tais procedimentos podem até melhorar sua qualidade de vida e aumentar o tempo de existência'.
Em seu livro 51 Consultas Femininas a professora Teruko Taniguchi diz: 'Existe a palavra eutanásia que se refere ao ato de abreviar a vida de um doente incurável, para pôr fim a seus sofrimentos. Ao ver um ente querido – pai, mãe, filho, etc. – acometido por uma doença incurável e contorcendo-se de dores atrozes, algumas pessoas desejam libertá-lo logo desse sofrimento injetando-lhe ou fazendo-o tomar uma substância letal. Desejam isso justamente porque amam a pessoa que está sofrendo e querem proporcionar-lhe alívio. Mesmo assim, desejar a morte de um ser humano é condenável, tanto moral como juridicamente'.
No livro Entrada para o Mundo de Deus, do professor Seicho Taniguchi, consta: 'É imprescindível que as pessoas reconheçam a existência da Vida verdadeira e se empenhem em manifestá- la, o que é muito mais importante do que procurar preservar a todo custo a vida do corpo carnal'.
Baseados nas palavras dos professores Teruko e Seicho Taniguchi, podemos crer que a eutanásia não pode ser considerada um correto posicionamento ético e religioso. A Revelação Divina de 15 de setembro de 1933 esclarece que os sofrimentos são um expediente da Vida para purificar os carmas negativos do passado e que por isso as comunicações do mundo espiritual enaltecem o valor dos sofrimentos. Não queremos dizer que não se deve fazer nada para aliviar os sofrimentos. Nesse sentido todos os esforços científicos devem ser utilizados, além das orações, especialmente dos familiares.
Mas se não concordamos com a eutanásia, também não podemos concordar com a obstinação da distanásia, que tenta preservar a vida física a todo custo através de métodos artificiais. Há momentos em que o profissional da saúde deve se empenhar em dar conforto e minimizar os sofrimentos do paciente, mas deixar a vida seguir o seu curso até que, em chegando a hora, possa 'romper livremente o casulo de carne e ascender ao mundo espiritual'.
Hoje, quando estou escrevendo este texto, completa 36 dias do falecimento de minha querida mãe. Os médicos adotaram um procedimento, em meu entender, exemplar. Ela foi nutrida e recebeu medicamentos para que não sofresse, mas sem a obstinação de manter seu corpo de anciã em situação vegetativa. Quando chegou a hora determinada pela Vida, ela pode expirar tranquilamente."

32 - Colabora no Movimento De Iluminação Da Humanidade, Que É Um Trabalho Divino

Continuando o estudo de nossa RD (falta pouco, acalmai-vos!), recebemos um convite para colaborar no Movimento de Iluminação da Humanidade, ou seja, um convite para sermos legítimos bosatsus, no sentido moderno do termo. Quem quiser maiores informações, pode pesquisar a minha análise da Sutra em Louvor aos Apóstolos da Missão Sagrada. As vantagens e os benefícios são enormes. Uma delas, que posso adiantar desde já, é o fato de nos conscientizarmos que eu e o outro somos um, ou seja, conscientizarmo-nos do verdadeiro amor divino, seja ele do ponto de vista xintoísta (musubi), budista (shimuryoshin) ou mesmo cristão (expresso na fórmula amai o próximo como a ti mesmo). Em todos eles é empregado o raciocínio de que "eu e o outro somos um", ou seja, da unicidade entre todos perante Deus.
Assim, corolário lógico deste raciocínio é o fato de que ao iluminarmos a humanidade, iluminaremos a nós mesmos, e que isso é um trabalho divino. Não é sensacional?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Questões Doutrinárias: Porque Não Ocorre, Em Grande Escala, A Revolução Na Educação?

E nossas questões doutrinárias prosseguem. Com a palavra, o preletor Eduardo Nunes da Silva, no Círculo de Harmonia de setembro de 2010, pg. 16:

"O mestre Masaharu Taniguchi nos ensina que educação não consiste em acumular conhecimentos de fora para dentro, mas sim em ajudar alguém a desenvolver seus dotes próprios, naturais, e que ensinar consiste em 'tirar de dentro' e desenvolver a potencialidade infinita que se aloja no indivíduo. Isso é muito mais do que uma questão metodológica, mas requer uma mudança profunda na forma de ver e conceituar o próprio ser humano.
De certa forma, grandes teóricos da educação têm avançado no sentido de criar mecanismos para que os educadores possam extrair os dotes interiores dos educandos, mas, em contrapartida, não vemos nenhuma grande revolução na educação. Por que será que isso ocorre? A educadora Gisele S. Lira Resende, no ensaio Uma Reflexão Crítica sobre a Educação Brasileira, diz: 'É possível observar que os cursos de formação continuada, bem como os estudos reflexivos realizados nas escolas, pregam a necessidade de mudanças em relação ao modelo atual. Entretanto, a prática pedagógica permanece estagnada'. Parece que, apesar de sua vontade, os professores e educadores em geral se veem curvados pelo peso da gigantesca tarefa de substituir os velhos modelos e práticas educacionais por novos.
Prossegue a educadora Rezende: 'Há muito estudiosos, como Vygotsky, Wallon, Piaget, Freire entre
tantos outros, já insistiam na singular importância de que ao aprendiz cabe construir seu conhecimento por meio de suas vivências, da interatividade, de suas descobertas, do enfrentamento das incertezas, de sua criatividade e criticidade'. Com alegria vemos que ela, assim como os estudiosos citados, reconhecem grandes potenciais no interior dos educandos. Por outro lado, ela afirma que o modelo educacional que temos 'privilegia a memorização, que incentiva a leitura linear do mundo, não dando direito ao aprendente de formular seus próprios conceitos'.
Apesar de o referencial teórico nos oferecer perspectivas bastante interessantes, os educadores, de maneira geral, não vêm sendo capazes de liberar os incríveis potenciais dos educandos, pois permanecem tolhidos pelos velhos métodos e conceitos. Se a própria pedagogia contemporânea nos abre perspectivas muito interessantes e promissoras, por que, afinal, não vemos mudanças significativas no campo da educação?
Mais à frente, Rezende pergunta: 'Será que não está na hora de lançar um olhar sobre a educação de quem educa?'. Nesse particular, a revolucionária Educação da Vida, proposta pela Seicho‑No-Ie, deve dar sua contribuição, para que os educadores possam revelar seu talento natural e, a partir daí, obterem resultados expressivos em sala de aula.
A verdadeira revolução na educação só ocorre quando o educador descobre o seu próprio potencial a partir da conscientização de que ele próprio é filho de Deus. Aí, então, flui naturalmente a verdadeira Sabedoria. Os educadores são, de maneira geral, pessoas inteligentes e cultas, mas o professor Masaharu Taniguchi diz em O Livro dos Jovens que “Por mais talentoso que seja um homem, se o seu talento está dentro dos limites da sua ‘pequena inteligência humana’, cedo ou tarde ele acabará fracassando. [...] A verdadeira sabedoria é uma sabedoria infinita que normalmente se parece com a água calma, porém, nas horas certas e nos momentos oportunos começa a fluir abundantemente'.
O estudo da Seicho‑No‑Ie oferece ao educador e a todas as pessoas o acesso à Sabedoria transcendente, que está dentro de todos nós. Chegamos a ela por meio de algo que, em linguagem religiosa, chamamos renascimento. O verdadeiro renascimento é a renovação da consciência; é conscientizarmo- nos de que somos filhos de Deus, possuidores de capacidade infinita. Somente por meio do despertar espiritual será possível a revolução na educação."

31 - Não Monopolizes As Graças Recebidas

Ainda dentro do espírito de compartilhar as graças oriundas do conhecimento da Seicho-No-Ie, chegamos a mais esta frase: "Não monopolizes as graças recebidas", ou seja, não pegue para si todas as graças.
Geralmente tal comportamento é oriundo da conscientização de que as graças são semelhantes aos bens materiais, ou seja, de que elas não seriam distribuídas por Deus às mancheias, mas sim parcialmente. Ou seja, a graça X somente será alcançada em apenas um determinado número de vezes, então, "farinha pouca, meu pirão primeiro", o que está, de longe, enganado, "puramente enganados", como cantaria Ben Jor em sua canção "Assim Falou Santo Tomás de Aquino" (em breve numa SNI Hits mais perto de seu computador!).
As graças de Deus são ocorrências meramente espirituais, a matéria é uma forma consequencial e condensada do espírito divino. Apenas isso, e nada mais do que isso! Próxima frase, por favor!

De Onde Vem O Mal? Ele É Uma Doença?


Pobre urso...
 Povo do meu blog, bom dia! Ontem fiquei estupefato ao ver na banca a revista Galileu (também conhecida como "Superinteressante" da Editora Globo), justamente com esta chamada de capa! E a abordagem é bem original: o mal, segundo a reportagem, nada mais seria do que um mero desequilíbrio cerebral, ou seja, uma... doença!!!
Eis o link para ler um pequeno trecho da reportagem: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI244261-17773,00-DE+ONDE+VEM+O+MAL+TRECHO.html
Agora paremos para pensar um pouco...
Se o mal é uma doença e eu, você e tudo quanto é seichonoiê está careca de saber que a doença não existe, logo...
E justo agora, que eu estava lendo o trecho do Princípio do Relógio de Sol que trata justamente da inexistência do mal. Mesmo assim, não deixa de ser uma abordagem extremamente interessante. Claro que a visão será a mais materialista possível, pois o pouco que podemos ler da reportagem nos remete a conceitos como distúrbios cerebrais, entre outras coisas. Mas é muito, muito interessante que tiremos o composto, digamos, sobrenatural do mal (que ele é influxo de seres, digamos, superiores a nós, como o cramulho, o coisa-ruim, o duba-dubá, o que-não-sei-que-digo, entre outros. Também nos leva a imaginar que aqueles endemoniados que Cristo curou foram pessoas simplesmente com perturbações mentais e que foram levados a se imaginar endemoniados em virtude das crenças locais. Enfim, verei se adquiro tal revista, mas desde já fica a dica: Revista Galileu deste mês de julho de 2011. Muito obrigado!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Da Trigésima Oitava Palestra

E a minha trigésima oitava palestra foi ontem, minha primeira vez na Pomba Branca, de Icaraí. O tema era o mesmo da trigésima sétima palestra, ou seja, sem novidades. Mas tenho alguns pontos a ressaltar na reunião de ontem:
1. A animação das Pombas;
2. O preparo das Pombas: todas portavam devidamente suas sutras e estavam afiadíssimas quando citava trechos dos livros ou das sutras sagradas.
Isso melhora e muito a performance do Líder de Iluminação, e faz com que ele tente tirar o melhor de si, pois sabe que, se falar besteira, talvez não retorne mais àquele púlpito!
No final, ainda disseram que eu era muito "didático"... gostei do ineditismo do elogio! Didático eu nunca tinha sido chamado ainda! Valeu, muito obrigado!

Da Trigésima Sétima Palestra

E voltei a dar palestra lá na Fraternidade de Icaraí, segunda-feira passada, tema: os três primeiros capítulos de Abrindo O Canal Da Provisão Infinita. Como não existe uma divisão de capítulos no referido livro, peguei um especificamente e dei a palestra. O capítulo? Olha ele aí!

PALESTRA – 18.07.11 – ABRINDO O CANAL DA PROVISÃO INFINITA – CAMINHO PARA OBTER A PROVISÃO INFINITA – PGS. 61/73

A fé verdadeira não objetiva a obtenção de bens materiais

Na Revelação Divina de 10 de abril de 1932 da Seicho-No-Ie, Deus afirma:
“Eu vim, não por causa da matéria, mas da vida; não por causa da carne, mas do espírito. São poucos os que compreendem isso. Aquele que, com a mente sujeita à mudança das condições materiais, aumenta a fé quando os bens materiais aumentam e perde a fé quando eles diminuem, ou louva a Deus quando o corpo se torna saudável e descrê dEle quando alguém da família adoece, está acreditando na matéria, e não em Deus. A matéria é algo que acaba se alterando; portanto, a fé embasada em graças materiais se desmorona conforme as alterações da matéria.”
Essa Revelação começa com a afirmação categórica: “Eu vim, não por causa da matéria”. No entanto, existem muitas pessoas que procuram a Seicho-No-Ie pensando tratar-se de uma religião que proporciona graças terrenas e materiais, porque tomaram conhecimento de muitos casos de pessoas que, passando a frequentar a Seicho-No-Ie, obtiveram graças tais como: cura de uma doença difícil de ser debelada por meio de tratamento médico, harmonia no lar, lucros financeiros etc. No entanto, quem pensa “Recebi graças. Deus seja louvado” ao conseguir bens materiais certamente perderá a fé quando sofrer prejuízo e pensará: “Esta religião não me serve, pois não me proporciona graças”. Quem pensa na graça de Deus ao recuperar a saúde provavelmente perderá a fé quando a saúde declinar. A fé dessas pessoas não é autêntica, pois não está alicerçada na sólida base de conscientização da Verdade, mas na instável base de graças fenomênicas. Todas as coisas fenomênicas são transitórias e um dia acabam se desfazendo e desaparecendo. Por isso, a fé motivada por graças materiais enfraquece mais dia, menos dia. Quem recorre a Deus somente em busca de graças fenomênicas não possui fé verdadeira; não passa de um materialista ganancioso. Recorrer a Deus em busca de coisas materiais é uma atitude que denota o instinto natural do homem primitivo, e não é um ato de fé verdadeira. Tal modo de proceder é comparável a um empreendimento com fins lucrativos. Como disse no início, existem pessoas que procuram a Seicho-No-Ie pensando em obter graças materiais. Esse procedimento não é próprio de quem deseja alcançar a fé verdadeira.

A fé verdadeira consiste no despertar espiritual

Deus revelou que não veio pela matéria, mas pela Vida, pelo Espírito. Ao proporcionar graças ao ser humano, Deus não visa ao favorecimento fenomênico. O que importa a Ele é o grau de aprimoramento que a alma da pessoa alcança com o recebimento de graças. É esse o significado da Revelação acima mencionada.
Mesmo que alguém receba como graça fenomênica uma soma de 10 milhões de ienes, não poderá levar essa fortuna quando morrer. Deus sabe que não adianta conceder-nos coisas que não duram eternamente e, por isso, deseja proporcionar-nos algo que permanecerá conosco mesmo quando morrermos. Que graça é essa que poderemos manter conosco mesmo após a nossa morte? É o acúmulo de méritos estritamente ligados à alma – ou seja, o aprimoramento espiritual. O aprimoramento espiritual é o maior tesouro do ser humano. Qualquer que seja a outra graça obtida, não é tão importante. No íntimo, todos sabem disso, e por isso, desde os tempos antigos, as pessoas menosprezam quem é muito apegado aos bens materiais, tachando-o de avaro, ganancioso etc. Está latente no ser humano a consciência de que não é digno nem correto apegar-se às coisas materiais.
As pessoas ficam envergonhadas ou ofendidas ao serem tachadas de avarentas ou gananciosas. No entanto, a maioria deseja ganhar dinheiro. Sem dúvida, os bens materiais e a saúde são necessários ao ser humano. Os recursos materiais são necessários para que o ser humano possa cuidar do “instrumento” chamado corpo carnal, conseguir lugar para morar etc. Portanto, não há nada de errado em obter recursos materiais na medida adequada, pelos meios lícitos. Errado é valer-se de meios ilícitos para conseguir o que deseja ou ter a atitude mental mesquinha de colocar uma moedinha de 10 ienes na caixa de doação de um templo e esperar um retorno de 100 mil ienes. Se alguém rezar diante do altar com essa intenção trapaceira, será impossível sintonizar com as vibrações espirituais de Deus.
Ao ver um homem colocar uma moeda de 10 ienes na caixa de doação de um templo e rezar pedindo a graça de obter 100 mil ienes, com certeza Deus pensará: “Que atitude mesquinha!”. É óbvio que Ele não considerará digno um devoto que age dessa forma.
Deus nos adverte que não devemos cultivar a fé tendo como base a intenção de obter graças materiais. Talvez alguém pergunte: “Então, o certo é viver pobre?”. Obviamente, a resposta é “não”. A pobreza não é o estado natural do ser humano; por isso, o homem não deve buscar a vida de pobreza. Deus é a fonte de riqueza, e o homem, sendo filho de Deus, é próspero por natureza. Em outras palavras, na Imagem Verdadeira, o ser humano é dotado de riqueza infinita. Não é certo manifestar o aspecto de pobreza, porque isso significa estar projetando a “sombra” de uma atitude mental que não está em conformidade com a Imagem Verdadeira. Com exceção de pessoas de alma pura como São Francisco de Assis, as que vivem na pobreza geralmente possuem tendência gananciosa. Muitos dos pobres são mesquinhos e justamente por isso permanecem na pobreza. Existem também os que reivindicam um determinado salário e teimam em não trabalhar por menos, e, por causa disso, não conseguem sair da pobreza. É preciso partir de um pensamento nobre e positivo: “Quero realizar algo útil às pessoas, mesmo gratuitamente”. Esse espírito de doação é espírito de uma pessoa verdadeiramente rica, pois baseia-se na conscientização de estar na condição de doar. Quem é rico em espírito torna-se rico também no plano fenomênico.
Quando a pessoa manifesta em atos a postura mental de realizar algo útil aos outros, surgem naturalmente recursos necessários para essa finalidade. Portanto, mesmo que alguém perca o emprego, logo encontrará o outro se tiver essa disposição mental. Existem muitas oportunidades de trabalho, mas faltam empregos para as pessoas que se recusam a trabalhar se não for aceita a sua pretensão salarial.

Relato de experiência da sra. Morotake

Por ocasião do Seminário da Seicho-No-Ie realizado em 10 de dezembro de 1958 no salão da Loja de Departamentos Taiyo, na cidade de Kumamoto, foi apresentado o seguinte relato de experiência da sra. Kazuko Morotake, moradora dessa cidade. Quando o marido dela perdeu o emprego, o casal resolveu fazer gratuitamente a varrição de algumas ruas; como consequência disso, o marido da sra. Morotake conseguiu um emprego ideal para ele. Leia na íntegra o relato da sra. Kazuko Morotake:
Faz quatro anos que viemos morar aqui em Kumamoto. Algum tempo depois que mudamos para cá, surgiu um problema inesperado: por causa de uma situação de desarmonia, a firma em que meu marido trabalhava acabou fechando e ele ficou desempregado. Não tínhamos parentes nem velhos conhecidos nesta cidade, mas felizmente pudemos contar com a colaboração dos adeptos da Seicho-No-Ie, principalmente dos professores Hirai e Goshi, e, meses depois, meu marido conseguiu emprego numa excelente firma. Porém, durante os nove meses em que meu marido ficou desempregado, tanto ele como eu vivíamos tensos e irritados e brigávamos muito. Meu marido chegou a me dizer: “Não podemos continuar assim. Eu fico aqui com o filho mais velho, e você vai para a casa de sua família levando o mais novo”. Meus pais já haviam morrido, e eu só tinha uma irmã na minha terra natal. Essa irmã se colocou à disposição para vir buscar a mim e ao meu filho mais novo. Mas eu pensei: “Antes de me decidir, vou pedir orientação espiritual a um professor da Seicho-No-Ie”, e então tive a feliz oportunidade de contar com a ajuda da esposa do prof. Goshi, que é uma das dirigentes da Associação Pomba Branca desta cidade. Graças a ela, meu marido e eu pudemos receber a orientação do prof. Hirai.
Contei a ele o problema que estávamos enfrentando e também falei sobre certos fatos que me preocupavam: meu pai se casara em segundas núpcias, e, quando ele faleceu, a minha madrasta – a “mãe sucessora”, conforme os ensinamentos da Seicho-No-Ie – deixou os restos mortais (ossos) dele no templo, fez uma doação de 10 mil ienes para que fosse efetuado o culto perpétuo e depois nunca mais deu notícias. Eu, como filha, vinha sentindo peso na consciência por não ter cumprido o meu dever filial, isto é, não ter ido buscar os ossos de meu pai para colocá-los no túmulo. Meu marido e eu expusemos todos os problemas que nos afligiam, e o professor orientou-nos demoradamente, numa sessão que começou às 7 horas da noite e terminou por volta das 2 horas da madrugada.
Na manhã seguinte, acordamos às 5 horas e começamos a varrer as ruas. O prof. Hirai nos dissera: “Enquanto varrem, entoem repetidas vezes a frase 'Existem somente o bem e a prosperidae', com bastante fé”. Por isso, varremos as ruas entoando essas palavras. Era a única coisa que restava fazer, pois já havíamos lido os livros da Seicho-No-Ie, entoávamos com frequência a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade e praticávamos assiduamente a Meditação Shinsokan. Por isso, empenhamo-nos em agir conforme a orientação do prof. Hirai: varrer as ruas entoando “Existem somente o bem e a prosperidade”, a fim de acumular virtudes. Ao varrermos as ruas, estávamos, na verdade, “varrendo” a nossa própria mente. Na região onde fazíamos a varrição havia muitas ladeiras. Para varrer uma das ruas, cujo declive era particularmente acentuado, chegávamos a gastar cerca de vinte e cinco minutos. Meu marido e eu íamos varrendo sem parar de entoar: “Existem somente o bem e a prosperidade. Obrigado, obrigado”. Ao cabo de algum tempo, ficamos com bolhas nas mãos. Os vizinhos pareciam pensar que nós havíamos ficado malucos. Certo dia, ouvimos alguém comentar: “Aquele casal frequenta a Seicho-No-Ie, mas o marido está desempregado. Isso significa que os adeptos da Seicho-No-Ie também perdem o emprego”. Tanto o meu marido com eu ficamos muito sentidos com esse comentário. Eu pensei: “Desculpem-nos, prof. Taniguchi e adeptos da Seicho-No-Ie, por termos agido de modo a provocar comentários negativos dos outros. Mas não se preocupem, pois já nos reerguemos e prosseguiremos praticando a fé”. Assim, continuamos nos dedicando todos os dias à limpeza das ruas.
Ao ler um dos volumes de A Verdade da Vida, deparei com um trecho no qual o prof. Taniguchi diz que um dos meios para que uma pessoa desempregada consiga emprego é “ter a disposição de efetuar um trabalho que seja útil a maior número possível de pessoas”2. E no volume 5 de A Verdade consta um conto de Andersen cujos personagens principais são um casal de velhos.3 O resumo do conto é: a velha esposa confiava inteiramente no marido, apoiava-o sempre dizendo “O meu velho não erra nunca”, e por fim o casal acabou ficando rico. Resolvi adotar como lema a convicção da velha esposa desse conto. Escrevi a frase “Meu marido não erra nunca” em várias folhas de papel e colei-as em toda parte da casa: cozinha, sala, corredor e até no banheiro.
Prosseguimos no trabalho de varrer as ruas, com a convicção: “Temos feito tudo o que nos cabe fazer. Quanto ao resto, deixamos a critério de Deus”. Na tarde do quinto dia, uma senhora da vizinhança aproximou-se de mim e disse:
– Obrigada por varrer as ruas todos os dias.
– Eu é que lhe agradeço pela atenção – respondi.
Após pensar um pouco, a senhora falou:
– Talvez eu esteja sendo intrometida, mas não gostaria de trabalhar numa empresa?
– Oh, claro que gostaria! Se houver um lugar que aceite pessoas como eu, por favor, me apresente. Ficarei muito grata.
– Existe uma vaga na empresa onde minha irmã trabalha. É uma fábrica de produtos alimentícios, pequena, mas sólida. Para falar a verdade, é um pouco longe daqui, pois fica em Motoyama.
Para mim a distância não importava. Nessa época, meu marido ia todos os dias ao centro de triagem de trabalhadores diaristas, mas custava a ser escolhido. Naquele dia, ele fora escolhido para trabalhar numa loja de instalação de cartazes. Foi na ausência dele que conversei com essa senhora e recebi essa proposta de trabalho. Ela disse:
– Então, prepare o seu currículo. Posso levá-la à firma amanhã de manhã.
Como já disse, naquele dia meu marido saíra cedo para trabalhar na instalação de um cartaz. Essas firmas de colocação de cartazes dão aos trabalhadores temporários os pedaços de madeira que sobram. Assim, ao terminar o trabalho, já ao anoitecer, meu marido voltou para casa carregando nas costas uma grande quantidade de pedaços de madeira.
Eu, que havia recebido uma proposta de trabalho por meio de uma senhora da vizinhança, aguardava feliz e ansiosa a volta do meu marido, para contar-lhe a novidade. Era noite de lua cheia e, ao olhar para fora, avistei meu marido chegando com pesado fardo nas costas. Entrou em casa com passos trôpegos e disse que caminharia oito quilômetros pronunciando “Muito obrigado, muito obrigado”. Fiquei tão comovida que me ajoelhei diante dele e o reverenciei. Anteriormente, ele sempre ocupara cargo de direção e nunca havia feito trabalhos pesados. No entanto, nesse dia, depois de ter trabalhado até tarde na instalação de um cartaz, caminhou oito quilômetros carregando um pesado fardo de pedaços de madeira para serem aproveitados como lenha. Ele fez isso por amor a mim; o amor o imbuiu de uma grande força. Ele me contou, satisfeito, que recebera 350 ienes pelo trabalho desse dia, o que era um ganho acima do estabelecido para a tarefa. Eu também fiquei muito contente e disse:
– Que bom, querido! Você é maravilhoso! Talvez suas irmãs fiquem decepcionadas se souberem que você se tornou um trabalhador diarista e faz serviços pesados. Mas eu o admiro por isso, e agora há pouco, quando vi você chegando sob o luar, com o pesado fardo nas costas, sua imagem me pareceu divina e não pude deixar de reverenciá-lo.
Meu marido disse, emocionado e um pouco encabulado:
– Puxa! É bom saber isso. Quanto aos 350 ienes que ganhei hoje, resolvi usá-los para comprar arroz.
Contei-lhe, então, a novidade:
– Querido, tenho uma boa notícia. Uma senhora que mora perto daqui disse que tem um serviço adequado para mim na fábrica onde a irmã dela trabalha, e sugeriu que me apresentasse à empresa. Parece que é para trabalhar na seção de embalagens. Gostaria de saber a sua opinião.
– Para ser franco, não me agrada muito a ideia de minha mulher ter de trabalhar fora. Mas, na situação atual, não importa se me agrada ou não. Aceite a proposta, se você quiser.
– Prometi apresentar-me amanhã cedo, às 8 horas. Você poderia ir comigo.
Preparei o meu currículo essa noite.
Mas, ao acordar na manhã seguinte, por volta das 6 horas, senti uma dor de cabeça muito forte e nem consegui me levantar.
Meu marido, que tinha acordado antes, me chamou:
– Não está na hora de se levantar? Justo hoje você dormiu demais.
– Não é isso, querido. Estou com uma terrível dor de cabeça, sinto-me tão mal que não consigo me levantar. É uma dor horrível.
Preocupado, meu marido perguntou se eu tinha preparado o meu currículo, e eu respondi que sim. Então, ele disse:
– Eu vou a essa empresa para entregá-lo.
Foi Deus quem fez com que esses fatos acontecessem. Esse é o ponto principal do meu relato. Na verdade, tudo transcorria conforme a orientação de Deus. Até mesmo o fato de eu ficar acamada gemendo de dor de cabeça foi para o nosso bem. Se tivesse percebido isso, teria me sentido grata. Mas, naquela hora eu não compreendi isso e lamentei o sucedido.
Meu marido se apresentou à referida firma e, para sua surpresa, foi recebido pelo dono da fábrica.
Após cumprimentá-lo, meu marido explicou.
– Minha mulher tinha uma entrevista marcada para hoje, a fim de se candidatar a uma vaga nesta firma, mas acordou com cefaleia muito forte e ficou muito acamada. Na impossibilidade de ela comparecer, eu trouxe o currículo dela.
O dono da fábrica disse:
– Lamento que sua esposa tenha adoecido. A propósito, o que é que o senhor faz?
– No momento, estou desempregado – respondeu meu marido.
– Um pai de família desempregado? Isso não é bom – disse o outro – Talvez o senhor queira trabalhar para nós. Acabamos de comprar um carro para ser usado como veículo de propaganda e estamos procurando alguém para trabalhar nele. Já recebemos sete ou oito currículos de candidatos, mas, se o senhor se interessar, poderá nos apresentar o seu. O senhor parece ter a idade adequada para o cargo.
Diante dessa proposta inesperada, meu marido entregou o meu currículo, voltou apressado para casa e me disse:
– Agora sou eu quem precisa preparar o currículo.
Dizendo que era necessário purificar-se antes de começar a preparar o seu currículo, ele entoou a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade e fez várias práticas de purificação. Disse também que não se deve redigir um currículo com disposição mental pessimista, mas sim como alegria e gratidão, pois o estado mental do candidato pode ser percebido na redação. Ele chegou a cantar durante cerca de dez minutos o hino Arigato-san. Certo de que a sua vida futura dependia desse currículo, e com fé nos ensinamentos do prof. Taniguchi, meu marido preparou o currículo com sentimento de amor, alegria e entusiasmo e levou-o para a empresa. Dois ou três dias depois, ele foi fazer o teste. Após a primeira “peneirada”, sobraram três candidatos, e no final meu marido foi o escolhido.
Meu marido está nesse emprego há um ano e oito meses, e dizem que as vendas da empresa duplicaram depois que ele começou a fazer a propaganda dos seus produtos. Muita gente pergunta-lhe o segredo do seu sucesso. Quem for a nossa casa descobrirá o segredo: numa das paredes, está afixado um papel em que eu escrevi: “Meu marido é o vendedor mais eficiente do Japão”. Até mesmo donos ou gerentes de lojas com fama de serem muito exigentes e implicantes recebem com boa vontade a visita de meu marido e fazem pedidos de mercadorias. O fato é que, depois da admissão de meu marido, a empresa passou a ter maior lucro. Meu marido e eu estamos felizes com isso. Claro que estamos contentes com o salário que a firma nos paga, mas o que nos alegra é a prosperidade da empresa, que se reflete no bem-estar dos empregados.
Recebemos também outra graça. Meu filho mais velho, de 11 anos, sofria de enurese noturna, e eu me preocupava muito com esse problema. Ao ler os livros da Seicho-No-Ie, procurava trechos em que constam explicações sobre este problema e lia-os repetidas vezes. Queria saber quantas vezes por dia eu precisava ler a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade para conseguir a cura da enurese noturna de meu filho. Certo dia, conversei a esse respeito com a sra. Kuranaga, que faz parte da Associação Local a que pertenço. É uma pessoa maravilhosa, possuidora de grande fé. Dizem que, quando ela teve de se retirar da Manchúria em meio à situação caótica do final da Segunda Guerra Mundial, manteve sempre consigo um volume de A Verdade da Vida. Admiro muito a firmeza de sua fé. Pois bem, ela me emprestou esse volume de A Verdade da Vida, o que considerei uma honra para mim. Numa das páginas, o prof. Taniguchi aconselhava os pacientes de tuberculose a não se preocupar com a hemoptise, pois cessa naturalmente. Percebi que poderia aplicar esse conselho ao problema de enurese noturna de meu filho. Assim, escrevi num papel a frase: “A enurese noturna de meu filho vai parar naturalmente. Não há razão para me preocupar tanto”. Durante duas semanas, li essa frase junto com meu filho, todos os dias, e ele obteve a cura. Estamos realmente felizes com essa graça. Temino aqui o meu relato de experiência.

Comentário sobre o relato da sra. Morotake

No relato da sra. Morotake, o ponto que merece especial atenção é o fato de ela e o marido terem se dedicado gratuitamente ao serviço de varrer as ruas visando unicamente à purificação espiritual. Costumo dizer que não há razão para se afligir com a perda de emprego porque existem em toda parte trabalhos a ser feitos. O significado é o seguinte: se a pessoa procurar em torno de si alguma atividade que contribua para o bem do próximo, descobrirá muitos serviços a fazer. A sra. Morotake e o marido não começaram a varrer as ruas esperando ganhar dinheiro com isso. Enquanto varriam, entoavam a frase “Existe somente o bem e a prosperidade” e mantinham a mente repleta de pensamentos positivos, que atraem o bem e a prosperidade.
Como o mundo da realidade fenomênica de cada pessoa é a concretização dos seus pensamentos, a vida do casal Morotake tomou um rumo positivo de acordo com a atitude mental positiva dos dois. Por um desenrolar natural de acontecimentos, primeiramente a sra. Morotake recebeu uma proposta de trabalho, e em seguida, por uma circunstância inesperada, o marido acabou conseguindo um bom emprego. Analisando o relato da sra. Morotake, percebemos que o importante não é agradecer depois de obter os bens, mas sim mentalizar a prosperidade da Imagem Verdadeira e, além de agradecer em pensamento, mostrar o sentimento de gratidão em palavras e atos. Assim procederam o sr. e a sra. Morotake, e a mente deles sintonizou naturalmente com as vibrações do mundo da Imagem Verdadeira, de provisão infinita. Em consequência, a prosperidade do mundo da Imagem Verdadeira manifestou-se no mundo fenomênico.

domingo, 17 de julho de 2011

Questões Doutrinárias: Como Se Dedicar À Missão Recebida De Deus, Quando Não Se Sabe Qual É Essa Missão? (Ou O Filtro Solar)

E vamos para o Círculo de Harmonia do mês de agosto/2010, pg. 5. Com vocês, o Preletor Eduardo Nunes da Silva:

"O Mestre Masaharu Taniguchi exorta todos, principalmente os jovens, a ponderarem sobre a missão recebida de Deus. Mas, muitas vezes, mesmo ponderando com sinceridade, não conseguimos sentir com clareza qual é a missão que devemos desempenhar na vida.
Há um texto que se tornou conhecido no mundo inteiro, a partir de um vídeo produzido pela agência de publicidade DM9DDB, intitulado Sunscreen. Também foi produzida uma versão em português (Use Filtro Solar) com a narração de Pedro Bial. A idéia do filme veio de um texto lido por um orador em uma cerimônia de formatura nos Estados Unidos no ano de 1997. O que quero dizer é que em determinado ponto do texto o orador diz aos jovens formandos: “As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham, aos 22 anos, nenhuma ideia do que fariam na vida. Algumas das pessoas interessantes de 40 anos que conheço ainda não sabem”.
Há pessoas que muito jovens intuíram com absoluta certeza qual a sua missão, como o senhor Akira Eto, músico e compositor, que nos é apresentado no livro A Verdade, volume 5, de autoria do mestre Masaharu Taniguchi. O próprio mestre também ainda muito jovem teve a certeza de que deveria ser escritor. Mas há aqueles que, por exemplo, estão na idade de ingressar na Universidade e não têm uma ideia exata do que fazer e ainda aqueles que já têm mais idade e continuam sem saber qual a sua missão. Gostaria de fazer com que essas pessoas lembrem as palavras acima, isto é, que há pessoas das mais interessantes que, aos 22 anos, não tinham nenhuma ideia do que fariam na vida e outras que aos 40 ainda não sabem.
Mas o que torna esse tipo de pessoa interessante? Acho que o segredo de pessoas assim está na dedicação ao agora. Em A Verdade da Vida, volume 7, consta: 'Com grande determinação, realize, agora mesmo, tudo que lhe cabe fazer neste momento! Esse é o ‘modo de viver da Seicho-No-Ie’. Esse é o modo de viver que está em conformidade com as Leis do ‘Desenvolvimento Infinito da Vida’'.
Em suma, dedicar-se à missão recebida de Deus é dedicar-se ao agora. Faça aquilo que está à sua frente e que pode ser útil às pessoas à sua volta, à sociedade, à Pátria e à humanidade, por mais simples que seja essa tarefa. Se deve optar por uma carreira universitária, escolha uma de acordo com as características de sua personalidade, ainda que futuramente não venha a desempenhar essa profissão, porque as experiências de vida, os contatos humanos, além das disciplinas acadêmicas, futuramente se revelarão muito valiosas.
Dedicando-se ao agora, a vida sempre trará agradáveis surpresas. Mesmo pessoas que, jovens, souberam exatamente qual a sua missão, foram brindadas pela vida com agradáveis surpresas. Por exemplo, o mestre
Taniguchi sempre quis ser escritor, mas, segundo ele mesmo relata, não tinha a intenção de ser um religioso e escrever a literatura extremamente original e profunda da Seicho-No-Ie.
Ore a Deus para que o oriente e dedique toda sua força àquilo que deve realizar agora e estará cumprindo com fidelidade a missão a você atribuída por Deus."

E, como bônus, segue o mencionado vídeo Filtro Solar, com Pedro Bial!

30 - Não Deves Limitar-Te A Receber O Amor De Deus

Exorta a Revelação Divina, ainda no espírito da frase anterior, ao trabalho da divulgação dos ensinamentos da Seicho-No-Ie, agora por uma vertente diferente, qual seja, a da distribuição das graças: não devemos limitar apenas a receber o amor de Deus, e sim, compartilhar junto com a humanidade esse amor. Caso não compartilhemos, estaremos incorrendo em um dos mais graves equívocos para um suposto filho de Deus, o egoísmo, que é o ato de pensar que "só eu posso ser filho de Deus, só eu posso ter esse direito, só eu mereço ser filho de Deus". Besteira. Todos nós temos o inalienável direito de sermos filhos de Deus, de gozarmos do Seu infinito amor. Por esta razão, não devemos nos limitar em receber, apenas, o amor de Deus, e sim, passar adiante, como bons bosatsus que somos!

Questões Doutrinárias: O Esforço Para Visualizar A Imagem Verdadeira É Um Obstáculo Para Administrar Bem Os Assuntos Do Mundo Fenomênico?

De novo nosso tira-dúvidas Preletor Eduardo Nunes da Silva nos responde, no Círculo de Harmonia de maio/2010, pg. 12:

"Se alguém que se propõe a estudar a Seicho-No-Ie e viver de acordo com seus ensinamentos teme que, ao se esforçar para visualizar profundamente a Imagem Verdadeira, possa se tornar uma pessoa ineficiente ou alheia aos assuntos do mundo fenomênico, às suas obrigações como cidadão e à sua vida cotidiana é porque ainda não compreendeu que a Imagem Verdadeira não é algo que se encontre em um mundo distante; não é uma existência abstrata e intangível.

Na página 33 do livro Descoberta e Conscientização da Verdadeira Natureza Humana o mestre Masaharu Taniguchi explica que 'A Imagem Verdadeira é, portanto, a Vida universal única, que é originalmente o nada, o vazio, mas que está presente em toda parte. Dizendo assim, parece se tratar de algo totalmente vazio, sem nenhuma substância, mas não é isso. Dentro do nada existem todas as formas'. Portanto, visualizar a Imagem Verdadeira não é vivermos de forma abstrata e alheios ao mundo, mas reconhecer a Imagem Verdadeira como Vida universal que está presente em todas as coisas.
No livro Viver Junto com Deus – A Verdade em 365 Preceitos, o professor Masaharu Taniguchi observa que 'Os acontecimentos do mundo fenomênico são bastante complexos e, muitas vezes, não sabemos como lidar com uma situação complicada e tumultuada e conduzi-la a uma solução que satisfaça a todos'. Então como devemos proceder para solucionar essas questões de grande complexidade do mundo fenomênico? Prossegue o professor Taniguchi: 'Entretanto, mesmo quando no mundo tridimensional todos os caminhos parecem bloqueados e não sabemos como sair da dificuldade, no mundo de quarta dimensão, de quinta dimensão, ou seja, no espaço que transcende
as dimensões (talvez seja mais conveniente usar o termo ‘extensão’ em vez de ‘espaço’), os caminhos
estão livres. Se voltarmos a nossa mente para a Sabedoria de Deus, o Ser Supremo que transcende as dimensões, com certeza encontraremos meios de solucionar os problemas'.
Em outras palavras, alcançar a Imagem Verdadeira da Vida significa viver a vida de maneira normal e movimentar-se em consonância com a Lei da Vida, como explica o sagrado mestre Masaharu Taniguchi na página 100 do livro A Verdade da Vida, volume 3: 'Quando começar a se movimentar,
estar-se-á vivendo a Vida de Deus (Amor). Quando assim se procede, concretiza-se o viver no qual se emparelham a Sabedoria e o Amor'. Assim é o 'viver religioso' proposto pela Seicho-No-Ie, o viver em que há preparo em tudo, sem nos descuidarmos de nenhum aspecto da vida, seja ela a Vida essência ou Imagem Verdadeira, seja ela a manifestação da vida no plano fenomênico."