domingo, 29 de maio de 2011

2 - Homem, Retira a Venda Dos Teus Olhos

O que esta segunda frase quer nos dizer? Exatamente o que tínhamos intuído no post anterior: se lembram que já estamos renovados, usando o advérbio "já" para especificar o ato passado? Pois é, esta segunda frase apresenta um segundo convite, ou uma ordem, como queiram, para nós: retire a venda dos teus olhos. Engraçado como as coisas combinam: na primeira frase fomos convidados a ver. E agora, a tirarmos a venda dos nossos olhos...
Desnecessário dizer que se trata da venda da ilusão. Ou seja, vamos nos desfazer da ilusão e ver o novo céu e a nova terra que se descortinam ante nossos olhos! E, obviamente, quando se trata de homem se trata de toda a espécie humana: homens e mulheres, retirem a venda de teus olhos e vejam o novo céu e a nova terra!
Aí nos resta a seguinte indagação: ao retirarmos a venda dos nossos olhos, o que veremos? Respostas no próximo post, mas, antes disso, uma fábula me ocorreu agora...
Os conhecedores e amantes da Filosofia certamente se lembrarão do belo livro de Platão (um dos antecessores de Masaharu Taniguchi no que se refere à visualização da Imagem Verdadeira, mas isso é assunto para outros posts...) chamado "República", se lembram? Este livro, dividido em outros dez livros (melhor seria dizer "capítulos"), nos traz, no livro sétimo, uma das mais belas fábulas do conhecimento humano, chamada "A Alegoria da Caverna". Alguém sabe do que estamos tratando? Se sabem, me corrijam caso eu tenha alterado alguma coisa...
A Alegoria da Caverna nos propõe que uma pessoa, recolhida dentro de uma caverna, olhe para o mundo exterior apenas através das sombras que as pessoas fora da caverna fazem. Essa pessoa, curiosa como ela só, vai para fora da caverna e olha o mundo brilhante lá fora, quase fica cego com tamanho brilho e volta para a caverna a fim de contar aos seus semelhantes o que tinha visto lá fora. Os cavernosos, no entanto, se recusam a acreditar no que o primeiro cidadão fala e lhes dá pouco crédito. Moral da história?
Comparemos: o ser que sai para fora da caverna bem poderia ser Cristo, Buda, Masaharu Taniguchi e também (why not?) nós. Lá fora, ou, como cantaria Roberto Carlos, "além do horizonte" existe um mundo mais belo, mais perfeito, mais harmonioso. Mas, para não sairmos de nossa zona de conforto intelectual e espiritual, preferimos chafurdar nas trevas do que conhecer o que Deus tem para nos oferecer.
Desta forma, esta frase ora estudada é como se fosse o nosso amigo cavernoso tentando nos convencer que para fora da caverna existe algo mais perfeito, em outras palavras, ele nos convida a retirar a venda da ilusão dos nossos olhos.
Bom, só por estas duas frases estudadas, dá pra sentir que este estudo promete... Apocalipse, Platão, Joseph Murphy... estou gostando disso...

Nenhum comentário:

Postar um comentário