E começa oficialmente agora o apocalíptico estudo da Revelação Divina de Novo Céu e Nova Terra, anunciado posts atrás. Como sempre, estudaremos frase por frase, e preparem-se, o que não falta nesta RD são frases, acho que mais que as 28 da Revelação Divina da Grande Harmonia.
O termo apocalíptico que empreguei acima não significa, em absoluto, ironia, ou, pior, concordância com estes estudos infundados sobre o fim dos tempos que, mais recentemente, uma certa denominação evangélica vem apregoando, em especial para o último dia 21 de maio, praticamente uma semana atrás. Pelo contrário, se formos analisar o verdadeiro significado de Apocalipse, veremos que em grego este termo significa simplesmente "Revelação" (que, aliás, qualquer Bíblia, ou "Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas" ou "Gregas Cristãs" - prolixo nome que as Testemunhas de Jeová empregam para a Bíblia e para o Novo Testamento, respectivamente - utiliza).
Assim, temos que Apocalipse significa meramente revelação. Consequentemente, qualquer Revelação Divina que aqui estudarmos, seja da SNI, seja da Oomoto, etimologica e corretamente será um estudo apocalíptico. Manjaram, neófitos?
Entendida esta primeira parte, vamos ao conceito, como um todo, desta Revelação. Basicamente ela é uma Revelação calcada no livro do Apocalipse (me evitem o pleonasmo de dizer que se trata de uma Revelação sobre o livro de Revelação...), mas baseada não no fim do mundo escatologicamente falando, mas sim, do fim (e é isso que tem que ficar bem fixado na mente de cada um de nós) de uma VISÃO SOBRE O MUNDO que até então, antes de conhecermos o pensamento iluminador da Seicho-No-Ie, nós não possuíamos...
O escritor Joseph Murphy, outro gênio do pensamento iluminador, tal qual Masaharu Taniguchi, escreveu um livro chamado "O Poder da Oração", que é dedicado justamente ao estudo do livro do Apocalipse. Foi a primeira referência que eu tive sobre tal livro não como uma visão aterradora dos "últimos-dias-antes-do-fim-do-mundo", mas, curiosa e espantosamente, como um tratado sobre... (o quê, o quê, o quê?) ... a oração, ou seja, os processos de uma oração, da sua formulação até a sua concretização. Não vou entrar no mérito da obra, e de seus vários simbolismos (e como é prenhe o Apocalipse de simbolismos!), mas vou me ater apenas a um único versículo, quase no fim do livro, mais especificamente no capítulo 21, 1:
"E vi um novo céu e uma nova terra. Porque o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existe"
À guisa de curiosidade, Joseph Murphy nos informa o significado de alguns termos deste trecho, nas pgs, 122 e 123: céu significa percepção; terra, manifestação e o mar é o equivalente a ondas de medo, dúvidas, preocupação e ansiedade. Fechemos este livro e iniciemos nossa participação.
O Novo Céu e a Nova Terra existem quando você se apercebe da maravilhosa Verdade que a SNI nos brinda, a saber, a de que você é Filho de Deus e o paraíso existe aqui e agora. Então, a primeira frase desta RD significa, na realidade, um convite: note o tempo verbal: "Vê": veja, observe, analise com seus próprios olhos, carnais ou espirituais, eu já renovei (não se trata de uma mera promessa, de algo a ser cumprido post-mortem, ou como diria os budistas, lá na longínqua Terra Pura). Eu já renovei o Céu e a Terra, eu já renovei a Mente (Céu) e consequentemente o Fenômeno (Terra), já renovei as Verdades Vertical e Horizontal, então, agora, onde quer que você esteja, amável leitor, no interior de uma escura lan house, no conforto de seu sofá com seu laptop no colo, na sua mesa de trabalho lendo preguiçosamente estas linhas enquanto beberica algo para aquecer-te ou refrescar-te, AGORA mesmo o Céu e a Terra já estão renovados.
E não pensem vocês que isso é um fenômeno meramente cristão. Na-na-ni-na-não, muito pelo contrário. É que me falta agora procurar o trecho exato, mas uma escritura budista nos informa que um monge, antes de alcançar a iluminação, via os montes como montes, os rios como rios e as ervas como ervas. Ao alcançar a iluminação, esta visão foi solapada: os montes não eram apenas montes, os rios não eram mais rios e as ervas muito menos não eram ervas. E, a partir deste instante, tudo ganhou um significado novo para ele.
Na própria SNI existe algo semelhante, quando se afirma que conhecer o pensamento iluminador da Seicho-No-Ie é como dar uma guinada de 360 graus na sua vida. Não, não me equivoquei nos cálculos, não se trata de apenas 180 graus, e sim você dá uma reviravolta completa no seu mundo e passa a enxergar o mundo, novamente, com outros olhos. A vida permanece exatamente a mesma, mas a sua Visão da vida, esta sim, mudou e está renovada, desde já. Este é o significado profundo destas primeiras oito palavras desta RD. Mas ainda tem mais, muito mais, vocês (nem eu, ou pensam vocês que eu não aprendo também?) não perdem por esperar!
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