sexta-feira, 30 de abril de 2010

Voltando...

E aí, gostaram? A maioria, claro que não, onde já se viu, um blog destinado a comentários es-pi-ri-tu-ais dedicando seu parco espaço para falar de um assunto tão mundano como ... futebol??? É um verdadeiro absurdo!!!
Pois, mesmo assim, ainda temos lições es-pi-ri-tu-ais para tirar deste texto. Uma destas é a seguinte: até que ponto devemos nos deixar levar pelas efemeridades do fenômeno? Bonito, não? Mas é verdade, e logo explico, com meu próprio exemplo:
Flamengo joga. Flamengo é campeão. Fico muito, muito feliz. Flamengo perde. Perde um título. Fico triste. São reações normais, de um torcedor normal. A alegria por uma vitória faz nosso dia seguinte ficar sempre mais leve, mais feliz. Mesmo a expectativa de uma vitória já nos alegra.
Creio que disse alguns posts atrás que o esporte nada mais é do que a mais bem acabada metáfora do fenômeno que já existiu: vibramos, nos esforçamos, nos alegramos, entristecemos, por algo que, no fundo, não quer dizer absoluta e rigorosamente nada! Um título. Ser o melhor num determinado esporte num ano. Entrar para a história. Mas só. Apenas isso.
E não estou nem entrando no mérito de que "eu me mato e quem ganha dinheiro são os jogadores". Acho, sinceramente, este argumento chato. Torço, berro, vibro, me alegro sim, independentemente dos meus jogadores estarem bem ou mal remunerados. Afinal, esta é a função deles. Ou estou errado?
Ou seja, vibramos, choramos, nos alegramos, apenas por nada. Esta constatação nihilista me leva a fazer um último questionamento: em quantas ocasiões nós nos comportamos exatamente assim em nossas vidas, em assuntos que não têm a mínima correlação com o esporte em si?
Porque, em última análise, nos envolvemos tanto com o fenômeno em si? Raciocinemos um pouco sobre esta questão...

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