Chamar Ednalva de "Preletora-Mor" é realmente uma injustiça. Isto porque pessoas como ela podem muito bem ser classificadas, e com todo o aval do Mestre, de "Dedicado à Iluminação", ou em bom japonês, "bosatsu", forma nipônica do hindu bodhissatva.
Reza a mitologia budista, em especial a mahayana, que o primeiro dessa série excepcional de seres estava, por mérito próprio, a dois passos, literalmente, do paraíso (ou melhor, nirvana) mas que, por ouvir a voz dos demais humanos sofrendo, voltou para resgatar todos para, só depois, ela adentrar no Nirvana. O "Louvor aos Apóstolos" fala algo semelhante quando afirma que os modernos "bosatsus" "se dedicam à salvação dos semelhantes antes mesmo de alcançar a própria salvação".
E o melhor, para isso não precisa a pessoa ser dotada de superpoderes espirituais ou coisas semelhantes. Muito pelo contrário. Paulo Coelho afirma, por exemplo, que o caminho da espiritualidade é o caminho das pessoas comuns, algo que o Mestre escreve, no prefácio de "O Que Deve Fazer o Dedicado À Iluminação" nestes termos: "Seus divulgadores não usam vestimentas especiais no púlpito, nem realizam rituais solenes e, nesse particular, é uma religião que não exige que se abandone o lar para atingir a iluminação espiritual (...) A característica da Seicho-No-Ie está no fato de o seu ensinamento fazer parte do próprio cotidiano dos seus seguidores" (pg. 8-9).
Assim, em resumo, é Ednalva. Uma verdadeira bosatsu. Preletores, e preletores-mor, confesso, há muitos, mas bosatsus, estes sim, são poucos. E tenho a sorte de conhecer uma legítima! Devo ter feito algo muito bom em outras vidas mesmo!
Somente os bosatsus entendem - e vivem - o que a Marcha da Missão prega, em sua última estrofe:
"Somente os que vivem para esta missão
Conhecem o prazer que nós recebemos"
Reverências,
Muito Obrigado!
PS: Acorda, Amor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário