quarta-feira, 7 de abril de 2010

Quando a Chuva Passar...

"Poesia numa hora dessas", diria o poeta? Sim, porque apesar do ensaio geral para o dilúvio que ocorreu no Rio, temos que tocar nossas úmidas vidas... queria escrever na segunda, na terça, mas quem disse que a falta de luz deixou? Pois é, restou-me este finzinho gelado de quarta-feira sem Mengão na Libertadores para escrever alguma coisa para os amigos do blog e dizer que estou bem, mal agradecido pra burro (ruim para um preletor) por estar reclamando de meus sapatos molhados, de ter de encarar a pé por dois dias seguidos daqui de casa até o Centro de Niterói e por passar uma terça-feira às escuras... e quem perdeu tudo, de casa a vida, como está hoje, recém-saído da Páscoa?
E o mais (tragi)cômico disso tudo: o toró não era chuva de verão, não era água de março e, contrariando ainda mais o finado Tom Jobim, não fechava o verão, encerrado desde antes da semana santa... então, qu´est-ce que celui ci?
Bem, deixemos estas tristes reflexões para registro. Não quero registrar as horas negras no meu relógio do sol, mas, de vez em quando, é bom pegar a roupa suja para si e lavá-las, como nos ensina o Mestre Taniguchi em "Preleções sobre o Evangelho de João", ao narrar a cena de Jesus chorando por Lázaro...

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