sábado, 14 de novembro de 2009

Sobre a Morte III

...mas a morte é uma situação em que o ser (vivo!) deixa de ser percebido pelos sentidos físicos. E o que são os sentidos físicos senão puro fenômeno? Ilusão! Não por outra razão nosso Mestre qualifica como ilusão o sentimento de perda de um ente querido.
Gente, isso é muito profundo, e é necessário certo período para amadurecer isso. Acho que pior que o sentimento de perda é o sentimento da saudade, é saber que momentos que aparentemente não eram dados muito valor não mais se repetirão.
Tagore já dizia que "se choras porque perdeste o sol, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas". Feliz ou infelizmente, é a mais pura verdade. O choro, o pesar, o luto são necessários e até naturais no ser humano. Até mesmo Jesus, antes de ressuscitar Lázaro, chorou a perda do amigo! Porque não se conceder este momento, mesmo que por um breve átimo, pleonasticamente falando?
Mas, a Vida continua. Aqui e lá. E nossos entes queridos continuam aqui. No nosso sangue, nos nossos genes, na nossa Vida. E prosseguem por lá, evoluindo, progredindo e, de vez em quando, nos visitando também...
E para finalizar tudo isso, uma das minhas citações bíblicas favoritas, quase no finzinho da Bíblia, Apocalipse 21,4, creio que não há trecho melhor que sirva de consolo para este momento:

"E Deus lhes enxugará todas as lágrimas dos olhos; e não haverá mais morte, nem choro, nem gritos, nem dor, porque as primeiras coisas passaram"...

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