Confesso que hoje dei uma olhada meio por acaso num livro que comprei há algum tempo, creio que de uma Editora evangélica, intitulado "Apócrifos e pseudo-epígrafos da Bíblia", um livro tão grosso quanto a própria, que pretende ser o repositório dos escritos apócrifos que foram meio que deixados de lado pela Cristandade no momento da formação do cânone bíblico. E, confesso, o que me chamou a atenção para o mesmo foi o fato de que, em Porto Alegre, vi o mesmo livro numa livraria sendo anunciado em nova edição contendo os Evangelhos de Tomé ou Judas e de Maria Madalena. O de Tomé (ou Judas) eu já sabia que esta minha edição mais antiga tinha, mas fiquei curioso quanto ao segundo. E, qual não foi a minha (grata) surpresa ao saber que lá tinha tal obra, também? E qual não foi a minha (gratíssima) surpresa ao descobrir neste Evangelho tais palavras tão semelhantes ao pensamento seichonoieístico? Por favor, é para ler em posição de oração!
"O Salvador disse: 'Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão unidas, elas dependem uma das outras, e se separarão novamente em sua própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua própria essência. Quem tiver ouvidos para ouvir que ouça'.
Pedro lhe disse: 'Já que nos explicaste tudo. Diz-nos isso também: o que é o pecado do mundo?' Jesus disse: 'Não há pecado; sois vós que os criais. quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é o chamado 'pecado'. Por isso, Deus-Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem'".
Acho que tá bom, né? No primeiro parágrafo JC simplesmente nos informa da unicidade de todas as coisas (o velho mas nunca batido "eu e outro somos um") e no segundo parágrafo simplesmente Ele nos informa da inexistência do pecado! Interessante, não? E é por conta deste pecado que Deus novamente apareceu para (re)conduzir-nos à nossa origem. Não é sensacional?
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