sábado, 16 de abril de 2011

Bolsonaro

Agora sim vou polemizar, e num assunto que não encontro unanimidade e concordância nem mesmo com minha augusta e direitista senhora. Sim, estou falando do esquecido Jair Bolsonaro e sua tragicômica participação no CQC, dias atrás... Sim, senhores, pois, se tenho que reprochar Bolsonaro, é apenas e tão somente no que tange à sua audîção, e isto porque confundir auditivamente "gay" (escuta-se "guei") com "negra", realmente é caso para Centro Auditivo Telex... Mais engraçado ainda é o fato dele tentar corrigir um assunto evocando outro pior, no caso, a emenda saiu bem pior do que o soneto! Mas, vamos lá então... antes de mais nada, quero dizer que sou eleitor a umas duas legislaturas dos Bolsonaro, pai e filho, federal e estadual e só não cravo no outro filho porque este é vereador no Rio de Janeiro e eu moro em Niterói... E defendo, sim, o que ele disse, sem medo de perder a audiência neste blog, e já explico a razão... Hoje falamos muito em democracia, em liberdade de opinião. Você é livre para expressar o que bem quiser e o que bem entender, certo? Sim, desde que em certos limites estabelecidos. Aí é que começa o busílis, quando interpretaram mal que Bobô (tenho intimidade para tratá-lo assim, afinal, sou seu eleitor!) falou, em especial sobre a questão gay. Aí questiono os meus nobres leitores deste blog: qual o grande, o absurdo problema que tem de Bobô não gostar de homossexuais? Cáspita, isso é tão natural quanto o fato de eu não gostar de gremistas, por exemplo, eu, colorado de truz, ou simplesmente não gostar de vascaínos, eu, flamenguista de carteirinha! Por ele não gostar de homossexuais ele vai sair batendo em tudo quanto é gay? Não, até porque, como ele mesmo disse, o que cada um faz com seus corpos peludos é problema de cada um... Aí entra a segunda e mais perturbadora questão, e explico já a razão do perturbadora. Muita gente pensa como ele, e o lado mais, digamos, avançadinho da sociedade simplesmente não tolera esta discordância de opiniões, tachando-a de antiga, retrógrada, e desembocando em adjetivos até meio forçosos como intolerante, virulenta e quejandos. Aí questiono novamente: como fazer para "convencer" este lado mais reacionário a passar para o seu lado? Como fazer isso sem mexer com sua liberdade individual de opinião? Simplesmente aceitar o fato de que existem certas pessoas não suportam homossexuais, e nem por isso vão sair agredindo e coisa e tal. "Ah", dirão alguns, "mas isso vai fomentar atos de violência e homofobia". Pode até ser, mas para um cidadão chegar ao cúmulo de agredir um outro igual seu por simplesmente ser homossexual é preciso, com todo respeito, ter muita caraminhola na cabeça. Como diria o nobre deputado, "deixai os peludos com seus peludos", e fim de papo. Querer forçar uma parcela da população a rezar pela sua cartilha é tão violento quanto os atos escrachados de homofobia, só que esta é uma violência invisível, sutil, praticamente uma tortura chinesa. É querer vencer pelo cansaço o sagrado direito de um ser humano de acreditar como verdadeiro as coisas mais falsas deste mundo e vice-versa. Ou não. Por isso acho que toda essa grita contra Bobô é desnecessária. E, por fim, quanto ao Marcelo Tas ter orgulho de sua filha lésbica, parabéns para ele: é um direito que ele tem de se sentir feliz, assim como Bobô tem o direito de manifestar sua insatisfação se a filha fosse dele... esta, pelo menos, é a minha opinião, até porque... Seicho-No-Ie é ou não é contra qualquer dogmatismo, seja lá de que setor venha?

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