Mais uma das gratidões aos ditos inferiores: depois de seus filhos agradeça a teus criados. Por criado pode se subentender subordinado também. E qual a razão para tal gratidão? Simplesmente por eles nos ajudarem em nossas mais distintas tarefas, oras! Se agradecemos aos nossos superiores (pátria e pais) e aos nossos iguais (cônjuge), por qual motivo não agradeceríamos, ou melhor (vou bater sempre nesta tecla) reconheceríamos o bem que nossos subordinados nos fazem?
A literatura seichonoieísta aponta vários e vários casos de gratidão aos nossos inferiores. Talvez a mais clássica delas conste no volume 7 da Verdade da Vida e que consta até na Humanidade É Isenta de Pecado: é a do industrial quase falido que recebe ajuda de todos, inclusive (e principalmente) de seus funcionários para se reerguer, e isso quando ele passou a ter a consciência de aceitar sobre si a irresponsabilidade de um subordinado seu que, depois, passou a se regenerar. É bela a história, e recomendo a leitura, cabem a vocês pesquisarem o nome do autor deste relato; as referências bibliográficas eu já dei.
O que deve ficar claro neste ponto é a questão da gratidão a todas as coisas do céu e da terra, aos superiores, aos iguais e aos inferiores. Não é a posição hierárquica que define o que deve ser ou não "agradecível" (meu São Camões, me perdoe por este neologismo!), até porque, como vocês devem estar carecas de saber, posição hierárquica é questão meramente fenomênica, e neste ponto a literatura espírita deve nos auxiliar bem, em relatos em que pais de uma determinada pessoa voltam a este mundo como seus filhos. Ou seja, é tudo fenômeno, ou seja, inexistente. Por trás daquele seu colega de trabalho incompetente ou relapso esconde-se, também, um FDDPEM, ou seja, um Filho de Deus Perfeito e Maravilhoso. E, como tal, merece todas as nossas reverências e, acima de tudo, gratidão!
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